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Origem da Chinchila e História do Animal

As origens da Chinchila (bem como a sua história) podem ser identificadas nos distantes e quase míticos territórios da Cordilheira dos Andes – mais especificamente no território do Chile.

Mas a sua história não é, nem de longe, das mais inspiradoras, pois consta que eles eram utilizados pelos nativos da região para a remoção da sua pele, que compunha peças dos seus vestuários, além de outros artefatos.

Os registros mais antigos desse animal remontam ao longínquo séc. XVI, quando os espanhóis, em suas primeiras incursões para a conquista de terras, foram apresentados a essas e inúmeras outras aquisições culturais dos andinos. Era a “Saga do Descobrimento!”

Culturas até então desconhecidas causavam verdadeiro espanto por seus hábitos e costumes considerados selvagens. E entre eles, estava o de capturar as “pequenas chinchas” – as “chinchilas” – , cuja resistência, leveza e maleabilidade da pele (e pelos) logo chamaram a atenção dos nativos.

Da forma mais rápida possível, os animais eram mortos, suas peles removidas com o mínimo de desperdício possível, suas vísceras retiradas e a pele levada para secar ao sol. Os nativos ainda utilizavam-se de determinadas substâncias – também parte das suas culturas –, com o objetivo de aumentar, ainda mais, a resistência do material.

Por fim, nova secagem, entre 2 ou 3 dias em uma região sombreada, e já estavam prontas as suas variedades de capas, cobertores, mantas, entre outros tipos de peças que lhes pudessem ser oferecidas, gratuitamente, por essa espécie de animal.

Origem, História E Características Da Chinchila

A chinchila é o exemplo clássico de uma animal exótico! Mas foi somente nos idos do séc. XVI que padres jesuítas incluíram essa espécie, da família Chinchillidae, em seus registros sobre a diversidade animal e vegetal da Cordilheira dos Andes.

Os registros agora incluíam a “ficha técnica das chinchilas”, que na verdade passou a designar, de forma não taxonômica, diversas espécies de roedores, que hoje habitam regiões da Bolívia, Argentina, Peru, Chile, entre outros territórios andinos.

Em todas essas regiões o animal possui características básicas, e que os unem, como uma densa pelagem composta por pelos de uma sedosidade incomparável.

E mais: são ativos, bastante energéticos; na verdade quem quer que pretenda possuir essa espécie deverá incluir em suas rotinas a prática de exercícios físicos diários ou semanais.

Eles cheiram, vasculham; um olfato poderosíssimo os torna bastante atentos, interessados por toda e qualquer novidade; características que fazem deles um sucesso principalmente entre as crianças.

E pensar que esse animal esteve prestes a ser extinto em meados dos anos 20, quando a caça das chinchilas, para a produção de peças de vestuário, atingiu patamares impensáveis; tornou-se um verdadeiro desafio encontrá-las em seu habitat natural!

Como se vê, as origens e a história das chinchilas podem ser comparadas a uma espécie de “saga pela sobrevivência”. Pois foi necessário a captura de alguns pouquíssimos indivíduos por biólogos americanos, que logo trataram de levar a cabo um projeto de conservação dessa espécie nos Estados Unidos, para que, em meados dos anos 60, o animal finalmente adquirisse o seu novo status: o de uma das espécies exóticas de estimação mais apreciadas do planeta.

Origem, História E Peculiaridades Das Chinchilas

Lá se vão mais de 500 anos, desde que as chinchilas foram descobertas pela primeira vez no ambiente desértico, quente e exótico das regiões que ajudam a compor a quase mítica Cordilheira dos Andes.

Nessas regiões, as espécies só podiam ser encontradas mesmo em altitudes superiores a 2.900 ou 3.000m, habitando em tocas, grutas e buracos com 2, 3 e até 4 metros de profundidade.

Em suas investidas pelas planícies afora, a sua diversão preferida era a busca por alimentos; sementes, brotos, raízes, e até mesmo algumas espécies de insetos poderiam fazer parte do seu cardápio – nesse último caso, nos períodos de escassez das suas espécies vegetais favoritas.

Nessa época, distribuíam-se, em abundância, as variedades Chinchila lanigera, Chinchila real, Chinchila brevicaudata, entre diversas outras, que não demoraram a aguçar o interesse de exploradores e “marinheiros de primeira viagem”, embevecidos com os aspectos físicos do animal.

Logo seria acrescentado um novo capítulo relativo às origens e história da chinchila – agora eles seriam uma das inúmeras espécies de animais selvagens exploradas, especialmente pela indústria de vestuário, para ajudar a manter esse controverso e polêmico segmento de artefatos de luxo.

Foram necessários diversos projetos de conservação com o intuito de garantir a sobrevivência dessa espécie para as gerações futuras. Mas tais iniciativas eram extremamente problemáticas, muito por causa de se tratar de uma espécie selvagem e bastante arredia às técnicas de confinamento implantadas.

A “Saga” Da Conservação Das Chinchilas Selvagens

Sabe-se de pelo menos duas ou três tentativas de criação das chinchilas em cativeiro que fracassaram. Epidemias, dificuldade de aclimatação, o choque entre as diferenças de altitudes, entre outros fatores, praticamente arruinavam as tentativas que se faziam, com vistas a preservá-las dos riscos de extinção.

Foi somente no início dos anos 20, que o biólogo norte-americano, Mathias Chapman, descobriu o que parecia ser óbvio: as chinchilas deveriam passar primeiro por um processo de aclimatação, a fim de que pudessem adaptar-se com facilidade a um ambiente ao nível do mar, em contraste com os mais de 3.000m onde viviam.

E o método escolhido por Chapman foi o de fazer o trajeto dos Andes até os Estados Unidos em paradas estratégicas, que duraram cerca de 12 meses, mas o suficiente para que os animais fossem introduzidos aos poucos no ambiente, para eles, totalmente estranho e hostil.

Ao final do período, o biólogo trazia, em sua bagagem, cerca de 12 ou 13 exemplares de chinchilas, a partir dos quais, em cativeiro, foi possível preservar esse gênero de animais da completa extinção.

Durante esse mesmo período, as chinchilas, como diversas outras espécies, foram alvos da indústria de artefatos de luxo, que não resistiram à qualidade da sua pele – considerada única e bastante original.

Por sorte, a partir dos anos 60, tal costume começou a ser alvo do mais visceral repúdio de diversas organizações ambientais ao redor do mundo, e hoje esses animais são conhecidos mesmo é como espécies incomuns e exóticas de estimação; um sucesso entre as crianças, e os seus pais, que veem neles uma companhia que pouco ou quase nenhum trabalho costumam oferecer.

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