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Fluxo de Matéria e Energia nos Ecossistemas: Resumo

De forma resumida, o fluxo de matéria e de energia nos ecossistemas ocorre por meio da absorção dos raios solares (por parte dos organismos vegetais) e pela troca de moléculas (ou elementos químicos) quando ocorre a ingestão de um ser por outro (Cadeia Alimentar).

Como se sabe, um ecossistema é um “todo” caracterizado pela inter-relação entre os seres vivos (fatores bióticos), e entre estes e o meio ambiente (fatores abióticos). Logo, é dessa troca de energia e de matéria que depende a sobrevivência do planeta.

No primeiro caso, através da absorção dos raios solares há o desenvolvimento dos vegetais, que serão ingeridos pelos Consumidores Primários, responsáveis por dar início à troca de elementos químicos entre os seres do Reino Animal.

Na verdade, a existência do planeta pode muito bem ser considerada o resultado da existência do sol, o “Astro-Rei”, que com não mais do que 2% de energia que nos concede, permite a produção (por parte das plantas) de oxigênio, hidrocarbonetos, glicose, entre outras substâncias.

Todas elas são indispensáveis para a vida na terra e para a manutenção desses Consumidores Primários, que compõem o primeiro nível trófico de uma Cadeia Alimentar entre os animais.

É um verdadeiro sistema! Um mecanismo fascinante! No qual toda a energia química (resultante da absorção dos raios solares) e substâncias químicas (resultantes da ingestão de um indivíduo por outro) circulam, constantemente, em um ciclo onde “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”

Um Resumo Sobre o Fluxo de Energia em Um Ecossistema

A troca de energia que ocorre na Terra se dá como num “sistema aberto”, ou seja, o planeta está, de certa forma, aberto para o envio e recebimento de energia do espaço (no caso, do sol).

É a energia que move o planeta! Que sustenta a vida na Terra! Por meio dela, as plantas, algas, procariontes, entre outros organismos com estruturas menos complexas, produzem energia química, que lhes permite produzir compostos orgânicos, que serão absorvidos pelos Consumidores Primários (quando os consomem) e transferidos para os demais seres por meio da ingestão de um ser por outro.

Isso pode ser considerado um resumo de como ocorre o fluxo de energia em um ecossistema – de forma diferente do fluxo de matéria –, que ainda conta com a importante participação de alguns organismos, como as bactérias, por exemplo, que também produzem energia química (e consequentemente matéria orgânica).

A diferença é que, no caso delas, não há necessidade de absorção dos raios solares. Tudo ocorre por meio do que se conhece em biologia como “quimiossíntese”, que resulta na produção de energia térmica (calor) para também ser liberada na natureza.

É algo verdadeiramente maravilhoso imaginar que os animais não conseguem produzir energia química (e muito menos matéria orgânica, que é o alimento das plantas), e por isso precisam ingeri-las para obterem essa energia indispensável para os seus respectivos metabolismos.

Mas é interessante, também, saber que eles precisam ser ingeridos para que doem parte dessa energia para outros seres, e assim sucessivamente, em um processo que resulta na degradação (extinção) em dado momento dessa energia, que precisará, portanto, ser constantemente renovada por meio da manutenção da saúde do meio ambiente.

A Troca de Energia e de Matéria nos Níveis Tróficos de um Ecossistema

Como vimos no resumo que até aqui fizemos sobre o fluxo de energia que ocorre em um ecossistema, ele difere do fluxo de matéria pelo simples fato de que, enquanto neste ocorre a troca de moléculas ou substâncias químicas, naquele o que ocorre é a troca de energia química – que não pode ser produzida pelos Consumidores (apenas pelos seres Produtores).

Essa energia é transferida para os Consumidores Secundários, Terciários, Quaternários, etc., por meio de um sistema que recebe o nome de Cadeia Alimentar.

Como se sabe, essa cadeia é organizada em “Níveis “Tróficos”, em que os seres Produtores (pertencentes ao Reino Plantae) ocupam o primeiro nível, os Consumidores Primários (os animais) ocupam o segundo, os Consumidores Secundários ocupam o terceiro, e assim sucessivamente.

Até que, finalmente, surgem os famigerados seres Decompositores! O final do ciclo! Os responsáveis por reduzir, tanto os Produtores quanto os Consumidores, em seus elementos básicos.

Eles os reduzem a moléculas e a sais minerais que deverão ser devolvidos ao solo, para servirem de fonte de nutrição para as plantas, a fim de que, com isso, estas produzam os nutrientes que conhecemos, e que serão ingeridos pelos Consumidores Primários, Secundários, Terciários, etc.

Uma curiosidade sobre esses seres Decompositores é que, de tão especiais na natureza, eles costumam ser analisados como seres à parte (até mesmo fora dos Níveis Tróficos), já que as suas participações numa Cadeia Alimentar podem ser a de decompositores de organismos Produtores e de Consumidores – tornando, assim, a sua atividade quase como uma função à parte na natureza.

Como desfecho desse resumo sobre como se dá o fluxo de energia em um ecossistema, devemos saber que tal energia transferida de um ser para outro acabará sendo dissipada e extinta, já que em seus organismos ela servirá para todos os processos metabólicos conhecidos, e devolvida (o que sobrou) na forma de calor para o meio ambiente.

Além de Energia, há Também Fluxo de Matéria nos Ecossistemas

Mas nem só de fluxo de energia vivem os ecossistemas, eles também produzem um fluxo de matéria, que consiste, basicamente, na transferência de moléculas ou elementos químicos de um ser para outro, por meio da ingestão (também de um ser por outro).

No caso da troca de energia, o que há é a absorção dos raios solares pelas plantas, realização de fotossíntese, produção de energia química e a consequente produção de matéria orgânica que, ao final, será entregue à natureza na forma de energia térmica (calor).

Já no caso da troca de matéria, o processo se dá de forma bem diferente! Em primeiro lugar, aqui temos um “sistema fechado”, ou seja, as trocas de matéria ocorrem (ao menos supostamente) apenas no âmbito restrito da biosfera terrestre – sem trocas com o espaço ao nosso redor.

Fluxo de Matéria nos Ecossistemas
Fluxo de Matéria nos Ecossistemas

Em segundo lugar, diferentemente do que ocorre na troca de energia, na de matéria não há dissipação – ela estará constantemente sendo transferida, de um ser para outro, ciclicamente; ingerida quando um animal alimenta-se de outro e transformada, por exemplo, em gorduras, proteínas, fibras, amido, entre outras substâncias.

Tais substâncias permanecerão armazenadas, enquanto os resíduos, na forma de fezes, serão devolvidos à natureza, para serem decompostos pelos seres Decompositores; que ainda conseguirão extrair deles mais elementos químicos, que devem voltar para o solo, para serem absorvidos pelos Produtores e Consumidores.

É um processo mágico na natureza! Mas que depende da sua manutenção nas melhores condições possíveis!

E é justamente aí que entra o homem! Com uma contribuição a mais: Como a espécie responsável por zelar por todo esse processo. Aproveitando-se de tudo o que a natureza lhe oferece, de forma racional e com vistas a preservá-los para as gerações futuras.

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