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Picada de Abelha Italiana Pode Matar?

Apesar de serem espécies dóceis, o veneno das abelhas italianas (Apis mellífera lingustica) pode matar, caso os seus principais sintomas não sejam combatidos a tempo.

A espécie é uma das mais importantes representantes da exuberante família Apis mellifera, bastante conhecida por ser sociável, facilmente adaptável a ambientes urbanos, e que no continente americano e europeu transformou-se na mais utilizada pelo segmento da apicultura.

Na verdade o que se diz é que ela é a preferida nesse segmento, já que é a que melhor combina qualidades como: alta produção de mel, docilidade no trato, velocidade na construção de favos, entre outras características.

Uma colônia de abelhas italianas é capaz de abrigar até incríveis 150.000 indivíduos. Essa característica a torna uma espécie apta a ser utilizada, tanto para a produção em indústrias como em uma simples chácara nos fins de semana – sem contar a sua capacidade de adaptar-se bem a climas temperados (como os da Europa) e aos subtropicais (como os do sul do Brasil, por exemplo).

O nome, “abelha-italiana”, como já era de se supor, é devido ao fato de ela ser típica desse país, só saindo de lá mesmo a partir do séc.XX, quando espalhou-se pelo mundo, até tornar-se uma verdadeira referência na apicultura.

Elas costumam ter entre 11 e 12mm, uma coloração escura com as famosas faixas amareladas e é considerada uma variedade das Apis melífera (as abelhas-europeias).

As abelhas italianas são abundantes na região sul da Europa, e ainda com a curiosa característica de desorientar-se um pouco durante as idas e vindas nas suas colmeias – não sendo raro que elas acabem se perdendo no meio do caminho.

Outros produtos como: própolis, cera e resina também são produzidos em quantidades impensáveis por outras espécies, e ainda com as mesmas características de um verdadeiro tônico natural, capaz de combater uma enormidade de transtornos relacionados às vias respiratórias.

Picada de  Abelha Italiana Pode Matar?

Mesmo apesar do aspecto frágil, delicado e inofensivo, as picadas das abelhas italianas podem matar, caso não sejam tratadas a tempo.

Inicialmente, o ataque poderá resumir-se a apenas um edema, vermelhidão, dor local, mas no caso de indivíduos sensíveis à sua toxina, o resultado poderá estender-se para acessos de náuseas, vertigens e vômitos, até que evoluam para situações de paradas respiratórias ou cardíacas, com possível óbito em questão de horas.

As picadas das abelhas italianas também podem matar pelo simples fato de serem enormes as quantidades de veneno que elas produzem, e que podem ser responsáveis por sintomas como: taquicardia, dores de cabeça, dor abdominal, queda da pressão sanguínea, aumento da temperatura corporal, que muitas vezes evoluem para um caso grave de complicação renal e cardíaca – sintomas responsáveis por dezenas de mortes todos os anos no mundo.

Há relatos de casos dramáticos envolvendo acidentes de abelhas, como as italianas, em que os indivíduos sofrem com as chamadas “alergias sistêmicas”, que manifestam-se por meio de sensações de mal estar, perda momentânea da consciência, diarreia, choque anafilático, hipotensão, cianose, etc.

Por isso mesmo, o recomendado é a retirada o quanto antes do ferrão (ou ferrões) fixado na pele com uma pinça, pois é nele que está o reservatório de veneno que permanece sendo injetado, lentamente, enquanto nenhuma providência é tomada.

E, nesse caso, recomendada-se a a utilização de uma compressa de água gelada no local, complementada por bastante repouso, administração de analgésicos, até que chegue o socorro adequado.

Como Proteger-se de um Ataque de Abelhas

Essa característica que muitas abelhas têm de serem sociáveis e facilmente adaptáveis ao convívio humano pode ser o que se chama de uma “faca de dois gumes”.

Isso porque, se elas acabam sendo ideais para a criação até mesmo nas grandes cidades, por outro lado costumam invadir as residências, principalmente entre os meses de setembro e dezembro, quando as chuvas e o calor ajudam a alterar o seu metabolismo.

Logo, para esses casos, o mais indicado mesmo é recorrer aos serviços públicos que tratam da retirada desse tipo de animal, ou mesmo aos serviços de um apicultor profissional; e nunca, jamais, tentar retirar um possível foco de abelhas em um determinado local.

O que se sabe é que as abelhas que podem matar, como as italianas, como qualquer espécie animal na natureza, são bastante defensivas, e não medem esforços para defender o seu espaço quando ele é invadido.

Portanto, a dica aqui é manter distâncias de 150, 200 ou de até 300m dos seus habitats naturais – pois essa é uma distância suficiente para evitar qualquer tipo de ataque.

Não podemos esquecer, também, que uma colmeia de abelhas pode facilmente conter cerca de 60 mil indivíduos, e só serão necessárias as picadas de 100 ou 150 para que os principais sintomas possam ocorrer.

Portanto, em matas e demais florestas densas, o recomendado é a fuga para uma região ainda mais densa, já que elas sentem-se à vontade justamente em trechos mais abertos.

Agora, caso esteja no meio de um rio, o recomendado, em primeiro lugar, é que tenha a posse de um colete salva-vidas, para que imediatamente possa atirar-se na água e evitar, com isso, o ataque.

Mas em todos esses casos, não se deve esquecer da precaução de levar consigo um material que possa cobrir o rosto imediatamente durante o ataque, já que – não se sabe bem por quê – é no rosto que acontece a maioria absoluta das investidas dessas abelhas italianas, que podem resultar em graves danos à integridade física de um indivíduo.

Os Cuidados Recomendados

As abelhas italianas, ou outras quaisquer desse gênero, podem matar quando juntam-se em bandos, movidas por um instinto de sobrevivência que as torna seres essencialmente defensivos.

Mas o curioso é que, não se sabe bem por qual motivo, elas não se dão bem com as cores mais escuras – indivíduos vestidos dessa forma costumam transformar-se em uma ameaça em potencial para elas.

Logo, o que se deve fazer é, sempre que for manipular essas espécies, dar preferência às cores mais claras, com os diversos tons de branco – essa é uma dica simples, mas que, por ignorância, alguns acabam negligenciando-a.

Outra coisa, é que será necessário manter-se alerta para o momento em que elas começam a distribuir-se dentro da colmeia. Esse é um momento bastante delicado, em que elas costumam estar reunidas em grandes quantidades, além de agitadas pela necessidade de cuidarem da construção que garante as suas sobrevivências.

Por fim, tente evitar odores muito chamativos e doces, habitue-se a utilizar roupas mais grossas e que protejam bem quando estiver perto de uma colmeia, ou simplesmente evite as incursões nos seus habitats naturais.

Caso todas essas sugestões sejam seguidas à risca, você poderá evitar um transtorno que até poderá ser simples, mas que, no entanto – e principalmente em pessoas alérgicas –, poderá significar até mesmo a morte em questão de horas.

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