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Cuidados Pós-Parto de Éguas: O que é Preciso Fazer?

As éguas entram no cio pela primeira vez, via de regra, a partir de 18 até 22 meses de idade. Isso não significa que o corpo da equina esteja pronto para ser fecundado. É necessário esperar até cerca de 30 meses para que o aparelho reprodutor esteja completamente desenvolvido.

O ciclo sexual de uma égua tem duração média de 21 dias, sendo que o cio (fase estral) costuma durar, em média uma semana, podendo apresentar variações entre dois e 12 dias.

São nas últimas 24 ou 48 horas antes do término da fase estral que a ovulação acontece, período ideal para que a égua seja coberta por um garanhão, inseminada artificialmente ou receba transferência de embriões.

Cio e Prenhez das Éguas

Por isso é essencial que os criadores supervisionem o cio do animal, garantindo assim que a reprodução se dê de forma mais eficiente. O ramo da de reprodução equina se desenvolve constantemente, visto que a criação de cavalos é uma área que movimenta bilhões anualmente.

A melhoria das técnicas de reprodução auxilia os criadores a conseguirem animais mais qualificados, com uma genética superior a de seus progenitores, além de obterem maior assertividade no desempenho reprodutivo.

A prenhez de uma égua que tenha sido coberta por um garanhão, tenha sido inseminada artificialmente ou tenha recebido transferência de embriões dura em torno de 11 meses (de 335 a 345 dias, normalmente).

Égua Prenha

Caso a égua tenha sido coberta por um jumento, ao invés de um cavalo, sua gestação frequentemente ultrapassará os 12 meses – ela dura em média de 360 a 375 dias, às vezes até mais.

Durante o período gestacional as éguas necessitam de acompanhamento de um médico veterinário, precisam estar em um local asseado e adequado, devem ter à disposição água limpa e fresca, vacinas, vermífugos, alimentação de boa qualidade, vitaminas e sais minerais em quantidade adequada para um animal prenhe.

Os partos das éguas se dão normalmente no período noturno e é raro que apresentem algum problema ao parir. Elas devem estar em um ambiente seguro e tranquilo para darem à luz. Após o parto são necessários observações tanto para a mãe como para o potrilho ou potranca recém-nascidos.

Cuidados Pós-Parto de Éguas

No geral, é recomendado deixar mãe e filhote tranquilos, não realizando nenhuma intervenção que não seja necessária. Problemas durante o parto de equinas são raros, porém, caso algo aconteça, é essencial que as medidas cabíveis sejam tomadas.

Mesmo mantendo um ambiente em que mãe e filhote se sintam seguros e sem perturbações, é de suma importância que, ao mesmo tempo, os criadores monitorem o período do pós-parto das éguas e procedam com alguns cuidados, quando esses se mostrarem necessários.

O primeiro passo, caso o parto tenha ocorrido sem nenhum problema, é esperar a ruptura do cordão umbilical que liga a mãe ao recém-nascido. Isso deve ocorrer sem nenhuma intervenção humana, assim que a pulsação no cordão cessar. Caso, por algum motivo, o cordão umbilical não se rompa naturalmente, é preciso cortá-lo.

A égua costuma expelir a placenta pouco tempo após dar à luz, porém esse tempo pode variar para algumas horas. Existe a possibilidade de a placenta não se deslocar naturalmente.

Isso vai exigir a administração, por parte de um veterinário, de um medicamento que previna futuras complicações para a égua, como retenção da placenta, febre, posterior diminuição na produção de leite, toxemia (intoxicação advinda do acúmulo em excesso de toxinas endógenas ou exógenas no sangue) ou laminite – que é a inflamação (crônica ou aguda) da parte sensível do casco do animal e que pode resultar em deformação permanente nos cascos.

Desde o peri-parto (período que compreende o último mês de gestação e os cinco meses seguintes ao parto) é preciso verificar se a égua não apresenta mastite ou mamite (inflamação das mamas). Tais ocorrências são bastante raras, mas podem acontecer.

Pós Parto de Égua

Se a égua apresentar inflamação das mamas, ela deve ser tratada e medicada adequadamente por um veterinário e o potrilho/potranca não deve ter contato com o leite materno.

Cuidados com o Recém-Nascido

Em relação ao recém-nascido, é preciso checar se ele está respirando normalmente e desobstruir as vias nasais e bucais, na hipótese de estarem obstruídas pelo líquido amniótico.

É necessário também tratar o coto do cordão umbilical com uma solução de iodo a 2%. É importante que tanto a parte interna como a externa do umbigo sejam submergidas na solução.

Esse procedimento visa evitar que o filhote seja acometido por uma bicheira – o que pode levar a danos nas articulações do animal, deixá-lo incapaz de participar de competições e até ocasionar a morte caso não tratada a tempo.

É normal que, depois de mamar, o potro/potra fique deitado, mantendo a barriga em contato com o solo, o que facilita a contaminação da região, que é porta de entrada para infecções e doenças. Por isso, outra recomendação é proceder com a queima do umbigo.

É preciso ainda acompanhar a levantada do recém-nascido. Ele deve ficar em pé em até duas horas após o nascimento e mamar pela primeira vez em até seis horas depois de nascer.

A primeira mamada do potro/potra é importantíssima, já que o primeiro leite é rico em colostro (imunoglobulina), o que vai proteger o recém-nascido de doenças e infecções, fortalecendo seu sistema imunológico. É preciso observar se o movimento de sucção está sendo feito, para garantir a alimentação correta do filhote.

Outra coisa a ser observada com atenção é se o sistema excretor do animal está funcionando corretamente – se ele expulsou o mecônio (substância que está no intestino do feto e é sua primeira evacuação) e se está urinando sem nenhum problema.

Alimentação Para Éguas que Estão Amamentando

Para manter tanto a égua como o filhote saudáveis é necessário uma alimentação balanceada e de qualidade para a mãe – que vai consumir até o dobro do que consome um animal que não está em período de lactação.

As necessidades nutricionais de uma égua que está amamentando aumentam em relação a proteína, fósforo, cálcio e lisina. É essencial que a mãe tenha suas necessidades nutricionais atendidas, com complementos, caso necessário, para que seja capaz de produzir leite nutritivo e de qualidade para seu filhote.

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