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Como os Pinguins Vivem no Gelo? Como Resistem ao Frio?

Você pensa que todos os pinguins gostam de temperatura fria? Pois está enganado. Embora essas aves tenham surpreendente resistência ao frio, somente quatro das 18 espécies de pinguim existentes no mundo inteiro vivem no gelo, como o pinguim-imperador, que suporta o inverno da Antártica, com temperaturas inferiores a 20 graus centígrados. O pinguim-de-magalhães, ao contrário, gosta de temperaturas de 0 a 28 graus centígrados. Quando se encontra em temperatura mais frias, sente-se mal e acaba morrendo.

Mas não é só você que se engana. Devido a esta crença de que todos pinguins vivem no gelo, muitos migrantes que fogem do frio chegam às costas da Bahia durante o inverno, onde as pessoas os colocam no gelo para resgatá-los. Assim as aves acabam morrendo pois além de estar muito cansados e com imunologia baixa, precisam de aquecimento,  não de frio. Outro problema que ocorre durante a migração é que suas asas ficam muito sujas de óleo, o que os impede de  mantê-las na posição correta que isola seus corpos termicamente.

Como Pinguins Resistem ao Frio

Como a natureza é sábia, os pinguins também o são. Além de possuírem uma grossa camada de gordura antes da pele, que os protege das baixas temperaturas, os pinguins que moram nas regiões mais geladas têm uma estratégia infalível para se aquecerem: formam um agrupamento em forma circular e os indivíduos que ficam no meio ficam mais aquecidos e protegidos do vento mais forte.

Eles se movimentam de minuto a minuto, um empurrando o outro para a frente, até chegarem ao centro. A roda não para: os que estão no centro, após aquecidos, ficam com calor e pulam fora, onde procuram se refrescar, pois no meio do grupo atingem uma temperatura corporal até 37,5 graus centígrados e precisam dissipar esse calor. Já do lado de fora, limpam suas penas e comem neve fresca, às vezes até se perdem do grupo, mas ao sentir frio novamente conseguem voltar para ele.

Como São os Ninhos?

Os ninhos seguem uma formação circular de pedras empilhadas até a altura de 20 centímetros de altura por 25 centímetros de diâmetro. Os pinguins dão tanta importância ao ninho que os machos ganham favores especiais das fêmeas quando trazem uma pedra. Os ovos pesam cerca de 500 gramas e a encubação é partilhada, de acordo com a espécie, por 34 a 36 dias, quando os ovos eclodem. Os filhotes só vão para a creche (um aglomerado formado por muitos filhotes para se protegerem) após 30 dias, onde permanecem até irem para o mar, por volta de 80 a 100 dias.

Pinguins que Vivem no Frio

Existem ainda quatro espécies de pinguim no Polo Sul: pinguim-imperador, pinguim-gentoo, pinguim-de-barbicha e pinguim-de-adélia. Segundo estudiosos, o aquecimento global na Península Antártica ocorre cinco vezes mais rápido do que em outros lugares do mundo e coloca em risco, além de outras vidas, os quatro pinguins que ali vivem, pois com a  redução do gelo no berçário dessas aves, há também a redução da oferta de seus alimentos, que é o krill, lulas e peixes.

  • Pinguim-Imperador – Aptenodytes Forsteri

    Pinguim-Imperador
    Pinguim-Imperador

Pertence à família Spheniscidae e é o maior e mais ameaçado pinguim do mundo, pois as ventanias e o aquecimento global desfavorecem a terra firme, mas continua a colocar seus ovos sobre camadas finas de gelo, e isso faz com que caiam na água ou se percam. Pode medir até 1,20 metros e pesar e até 40 quilos. Passa o inverno na Antártida e tem plumas multicores, apresentando tons cinza azulados nas costas, branco no abdômen, preto na cabeça e barbatanas, e uma faixa laranja envolvendo os ouvidos. Pesca em profundidade de 250  a 450 metros e para isso fica até 30 minutos submerso, sem respirar. Tem como predadores naturais o tubarão, a orca e a foca-leopardo. A fêmea põe só um ovo no outono (maio/junho), mas vai passar o inverno no mar e abandona o ovo, que é incubado pelo macho por 65 dias do inverno antártico, sem que ele saia do ninho, para que o ovo não congele. Durante esse período o macho jejua durante aproximadamente 100 dias e perde até 40% de seu peso até o final da reprodução. Quando chega a primavera, a fêmea volta e substitui o macho. Caso aconteça o filhote nascer antes da chegada da mãe, o pinguim tem uma opção B, que é alimentar o filhote com secreções  provenientes de uma glândula que tem em seu esôfago.

  • Pinguim-Gentoo  (pygoscelis Papua)

    Pinguim-Gentoo 
    Pinguim-Gentoo

Embaixo da água é a ave mais rápida do planeta, onde alcança 36 km/h. É reconhecido por sua faixa branca da cabeça ao bico, que é alaranjado. Seu nome é de origem hindu, e suspeita-se que tenha surgido devido à faixa da cabeça, que parece um turbante. Mede entre 75 a 90 cm e altura, o que o torna o terceiro pinguim em tamanho, perdendo só para o Pinguim-Imperador e o Pinguim-Rei. As fêmeas pesam ente 5 a 7,5 quilos e o peso dos machos varia entre 5,5 a 8,5 quilos.

  • Pinguim-De-Barbicha (pygoscellis Antarcticus)

    Pinguim-De-Barbicha
    Pinguim-De-Barbicha

Conhecido também como pinguim-de-face-manchada, em sua maior colônia na ilha de Zavadovski, no oceano glacial antártico. A ilha é rodeada por águas ricas em alimentos,  apesar de ser um uma ilha vulcânica. Esta espécie pode crescer aproximadamente 70 centímetros de comprimento e se alimentam de peixes pequenos e krill. As garras são afiadas, desenvolvidas para escalar a lava. Se reproduzem também na Antártica, Ilha Bouvet, Ilhas Falkland, Argentina e Chile. Com população em torno de oito milhões, são vistos também nas ilhas de Santa helena e Tristan da Cunha, na África do Sul e Nova Zelândia.

  • Pinguim-De-Adélia (pygoscelis Adeliae)

    Pinguim-De-Adélia
    Pinguim-De-Adélia

É habitante da Antártida e seu nome deriva de Terra Adélia, nome da esposa de Jules Dumont d’Urville, descobridor da espécie. Nidifica no continente. Constrói seu ninho com pedregulhos nas encostas mais abrigadas, mas foi detectada na população um declínio em torno de 70% da população, devido às mudanças climáticas.Com o aumente de 6 graus centígrados, ocorrido nos últimos 50 anos, o gelo marinho provoca maior evaporação da água do mar, que traz a neve. E eles continuam a nidificar sobre a neve, mas quando a neve funde enche os ninhos de água, o que influi na diminuição dos filhotes.

 

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