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Características da Abelha

As abelhas são insetos fascinantes, e possuem peculiaridades que outros animais não têm.

A seguir, vamos traçar um panorama completo desse maravilhoso espécime.

Aspectos Gerais das Abelhas

A Apis mellifera é a abelha que comumente conhecemos, e se trata de uma espécie europeia, que foi domesticada, e que é uma ótima produtora de mel e de cera. Basicamente a sua alimentação é à base de néctar e pólen, o que faz com que sejam importantes para a polinização das plantas, e para a preservação na natureza como um todo.

Em termos mais científicos, esses animais pertencem ao filo artrópoda, à classe Insecta, à ordem Hymenoptera, à família Apidae, à subfamília Apinae, e à tribo Apini.

Já com relação ao aspecto físico, as abelhas apresentam um corpo segmentado em três partes distintas, que são cabeça, tórax e abdômen. Possuem, no total, quatro asas ligadas ao tórax, onde as asas posteriores estão ligadas às anteriores através de ganchos. Além disso, possuem um par de antenas na cabeça, e mais três pares de patas (todas também ligadas ao tórax).

As fêmeas das abelhas possuem um canal de postura de ovos (chamado apropriadamente de ovopositor) muito bem desenvolvido, e que é transformado em ferrão, uma arma muito importante para as abelhas, tanto para ataque, quanto para defesa.

Também podemos dizer que se tratam de insetos holometábolos, ou, em outras palavras, que passam por uma metamorfose completa (sabem as lagartas que viram, depois, borboletas? É por aí).

Vida na Colmeia

Além de serem insetos sociais, as abelhas também possuem uma sociedade dividida em castas, com uma predominância muito maior de fêmeas em seus grupos. São castas onde, geralmente, há uma divisão de apenas três categorias: as operárias, os zangões e a rainha. O sexo desses animais é determinado pela fecundação: os óvulos não fecundados dão origem aos machos (que são os zangões), e os fecundados formam as fêmeas (as operárias e a rainha).

Pra cada colmeia, há uma única rainha. “Mas, e se nascer uma nova rainha naquela comunidade, como fica?”, pergunta você. Das duas uma: ou a rainha mais nova é morta pela mais velha, ou uma delas sai da colmeia (geralmente ocorre de ser a mais velha). Essa que se vê obrigada a sair, vai junto com um grupo de operárias para fundarem, juntas, uma nova colmeia. Afinal, uma rainha sozinha não consegue formar uma comunidade de abelhas.

As rainhas, em condições normais, realizam um único voo em toda a sua vida (a exceção é o voo para formar uma nova colmeia, caso seja expulsa de onde está), que é o chamado “voo nupcial”, onde os zangões copulam com ela, e em seguida morrem. Isso porque os órgãos reprodutivos deles literalmente explodem para o interior da rainha. Em um único voo, a rainha pode copular com vários zangões, armazenando os espermatozoides destes para o resto de sua vida em uma parte do seu abdômen chamado de espermateca.

Pra se ter uma ideia, uma rainha pode pôr até mil ovos por dia!

Depois que esses ovos eclodem, nascem pequenas larvas, e a dieta que as criadeiras dão a elas é que vai resultar com que sejam fêmeas estéreis no futuro, com o intuito de virarem operárias. Já, o comportamento de criação de uma operária é resultado direto de um feromônio (chamado de “substância de rainha”), produzido pelas glândulas mandibulares da própria rainha. Em suma: enquanto a rainha produz essa substância, a construção de células reais fica inibida totalmente.

Ou quando a vitalidade da rainha dá uma diminuída, ou quando está na época do enxameamento, a produção dessa substância tipicamente real também diminui. Resultado: células reais são construídas. É nelas que são colocados ovos e a geleia real. Em decorrência da composição desse complexo alimentar, as larvas que se alimentam dessas substâncias transformam-se em rainhas.

Bom destacar também que esse feromônio também inibe o desenvolvimento do ovário nas operárias.

A Produção Das Abelhas

Através da sua alimentação regada a néctar e pólen colhidos das flores, as abelhas operárias produzem o tão famoso mel, além de também fazerem outras substâncias, como a cera, o própolis e a geleia real.

Em se tratando do mel, ele é um tipo de açúcar com valor energético muito elevado, servindo de alimento para as abelhas de um modo geral. A depender do tipo de néctar que seja coletado das flores, o mel também apresentará uma constituição diferenciada. Nesse caso, podemos ter o mel de flor de laranjeira, o mel silvestre, entre tantos outros.

Algumas espécies de abelhas possuem uma capacidade de produzirem enormes quantidades de mel, como é o caso da Apis melífera, mais conhecida como abelha africana. Já, existem outras que produzem mel em quantidades menores, como é o caso da abelha jataí, que, mesmo de maneira escassa, produz um mel bastante valorizado pelo sabor.

Outro produto bastante fabricado pelas abelhas é a cera. Produzida através da mistura de pólen com néctar, ou de pólen com mel, essa substância é usada para a construção das células da colmeia, servindo como uma espécie de “argamassa”. Para nós, seres humanos, esse produto possui propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes, sendo usado na medicina natural há um bom tempo.

Mais um produto feito pelas abelhas, e que vale a pena mencionar, é o própolis. Ele é produzido através da ação enzimática das abelhas operárias a partir da modificação da cera, e também em combinação com as resinas das plantas. Sua função primordial é proteger a colmeia de micro-organismos nocivos, como vírus, bactérias e até mesmo insetos invasores. A presença dele está geralmente na entrada da colmeia, possuindo uma função desinfetante. É como se fosse uma espécie de “lava-jato”: as operárias passam pela entrada, e são desinfetadas pelo própolis.

E, por fim, podemos citar como mais uma substância peculiar produzida pelas abelhas, a geleia real, alimento da rainha e das larvas que se tornarão rainhas. É uma substância gelatinosa, com propriedades altamente regenerativas, e que é produzida por glândulas hipofaríngeas produzidas pelas abelhas mais jovens.

Gostou das informações? Só ficou faltando falar da importância das abelhas para o ecossistema, mais isso já é conversa para outro texto. Até lá!

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