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Lobo Guará Alimentação: O que eles Comem?

Você, com toda certeza, já ouviu falar — ou até mesmo viu —um lobo guará. Ele é uma das espécies que predominam a fauna brasileira, no que se refere aos lobos. Ele mora principalmente no cerrado brasileiro, e, hoje, é considerado o maior canídeo de toda a América do Sul. Incrível, não é?

Os lobos guarás são um patrimônio brasileiro. Ele é um dos animais que representam a cultura. Isso é tão real que, quando muitos pensam nele, logo o associam ao Brasil! Apesar de não ser só aqui que ele pode ser encontrado, a verdade é que esta espécie de lobo já faz parte da nossa identidade.

Além dessas informações, ele possui diversas outras que cativam a curiosidade de qualquer um. Sua beleza aliada à excentricidade desperta um mix de sentimentos. O que acha de conhecer mais sobre o lobo guará? Prossiga com a leitura deste artigo e descubra informações fascinantes!

Alimentação do Lobo Guará: O que eles comem?

Ele possui a dieta onívora, pois se alimenta de frutos (de qualquer tipo e tamanho), além de pequenos animais, como os roedores e pássaros. Ele não faz muita distinção entre os alimentos. Não há preferência sobre qual é o melhor para se comer. O seu corpo precisa do nutriente, tanto das frutas como dos animais, e ele sabe equilibrar muito bem isso.

Algo bem curioso acontece com a lobeira (ou fruta do lobo). Essa fruta recebeu este nome justamente por ter um potencial inestimável para os guarás. Servem de alimentação e é uma das bases para este animal.

Uma relação bem interessante aconteceu entre a fruta e o animal: As sementes germinam com uma velocidade maior quando passam pelo sistema digestório do lobo. Não se sabe o porquê, mas as que foram comidas são muito mais propícias a dar bons frutos no futuro.

Dependendo da estação em que o local se encontra — primavera, verão, outono ou inverno — a alimentação do lobo guará muda. Isso acontece porque a vegetação do cerrado muda, conforme as chuvas aparecem com frequência ou quando estão em falta.

Quanto mais chuva há, maior é a quantidade de frutos que aparecem. Em contrapartida, é muito difícil encontrar animais com o tempo chuvoso. Agora, quando a seca está sobre o cerrado, a quantidade de animais pequenos que o lobo guará ingere é muito maior.

As baixas águas torrenciais trazem consigo uma falta de plantas. Por este motivo, é que a alimentação do lobo guará é tão diversificada.

Ele se alimenta tanto de frutas como de animais, o seu paladar é bem diferenciado. Porém, ele fica refém do tempo. Não há como escolher o que vai comer durante o período.

Onde Ele é Encontrado?

Como foi dito anteriormente, essa espécie de lobo é muito encontrada no território brasileiro, principalmente no cerrado. Além desse ecossistema, ele também pode ser achado no Paraguai, Uruguai, Argentina, Bolívia e Peru.

Por causa de sua fragilidade, comparado os grandes lobos brancos, eles não se adaptam ao clima muito frio. Por este motivo, o lobo guará não é encontrado em mais nenhum país que não tem o clima tropical.

Ele possui um parentesco, tanto com os cães domésticos quanto com os lobos selvagens. Ele é o intermediário entre as duas raças.

Características Físicas

Características Físicas - Lobo Guará
Características Físicas – Lobo Guará

Suas pernas são alongadas, suas orelhas grandes e pontudas e, o fator mais marcante neles, a pelagem laranja-avermelhada. Esse é a sua cor predominante, cobrindo praticamente todo o corpo.

Os únicos locais que não estão cobertos com essa tonalidade são as patas e uma pequena parte do dorso, que são pretas. Além delas, sua cauda, orelhas e pescoço possuem uma pelagem branca.

Seu tamanho é bem menor, comparado à maioria das espécies de lobos: Não atinge mais de meio metro de altura, além de ter, no máximo, trinta quilos.

Hábitos no Cerrado

Ele é encontrado, geralmente, no final do dia. É neste período que ele gosta de aparecer e se destacar no meio da paisagem. Ataques aos seres humanos são raríssimos, pois são animais pacíficos — assim como todos os outros lobos. Caso isso aconteça, foi porque ele se sentiu ameaçado e a pessoa não respeitou todos os alertas que foram dados, antes do ataque.

Reprodução

São animais solitários. Só procuram companhia na época do acasalamento. Sua gestação dura em torno de 65 dias. O número de filhotes é pequeno: entre 2 a 5 por gestação. Quando eles nascem, sua pelagem é totalmente preta. Só adquirem a cor natural do lobo guará na medida em que crescem.

Enquanto pequenos, tanto o pai quanto a mãe participam no desenvolvimento do filho. Seja com alimentação, proteção ou ensino, eles sempre estão lá para colaborar com o crescimento. É raríssimo ver algum pai ou mãe abandonar os filhotes, pois, naturalmente, eles têm um extinto protetor e cuidador.

Refém do Ambiente

O cerrado é um dos ecossistemas que mais sofrem com o desmatamento. Por mais que haja áreas de proteção ambiental, muitos madeireiros clandestinos destroem o habitat. O lobo guará sofre as consequências da falta de noção do ser humano.

Quando o local onde ele está não possui alimentação suficiente, ele se vê obrigado a migrar para outro lugar. Ele corre o risco de encontrar predadores e de vagar sem rumo para um terreno onde nem sabe se haverá comida. Por este motivo, muitos lobos são encontrados mortos nas estradas, porque foram atropelados.

Lobo Guará Fotografado No Cerrado
Lobo Guará Fotografado No Cerrado

Além do mais, é comum encontrar relatos de fazendeiros que tiveram seus galinheiros invadidos. Por não ter mais o seu lugar de habitação, eles começam a caçar para sobreviver. Entre essas e outras explicações é que os lobos guarás encontram-se na lista de animais que podem desaparecer do planeta nos próximos 50 anos.

Além de locais de preservação ambiental, a conscientização da população deve ser despertada. Eles não invadem propriedades à toa, e sim porque estão com fome. Os porcos, galinhas e outros animais viram suas presas porque, há muito tempo, não encontram alimentação em seu habitat natural.

É uma péssima ideia matar o animal, caso ele venha adentrar no seu quintal. Você só estará contribuindo para o desaparecimento da espécie. O mais indicado é ligar para o órgão de proteção da sua cidade ou para a polícia — caso não haja nenhuma associação específica responsável.

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