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Camaleão Kinyongia: Características, Habitat e Fotos

A ilha de Madagascar é um dos locais de maior biodiversidade em todo o planeta terra. Por ser uma ilha, os animais dessa ilha evoluíram completamente isolados do resto dos animais do continente africano. Logo, Madagascar é reconhecida por abrigar animais únicos, como os Lêmures ou algumas espécies de lagartos, como os Camaleões Kinyongia. Neste artigo, iremos saber informações como características e habitats deste interessante e curioso réptil.

Características Gerais do Camaleão

Taxonomia

Os camaleões são pequenos lagartos da classe dos Répteis (Reptilla), da ordem dos escamados (Squamata) e das subordens dos Sauria (que tem como ancestrais, os dinossauros) e dos Iguania (onde são parentes próximos das Iguanas). 

Parte de ambas subordens, está a família Chamaeleonidae, nome científico que é dado aos Camaleões.

Dessa família, estão presentes duas subfamílias Brookesiinae e Chamaeleoninae, que juntas apresentam 12 gêneros de camaleões e mais de 170 espécies.

Camaleão Kinyongia em Extinção
Camaleão Kinyongia em Extinção

Gênero Kinyongia

O gênero Kinyongia faz parte da subfamília dos Chamaeleoninar. Seu nome é derivado do dialeto africano Suaíli (Kiswahili), um idioma utilizado em vários países da África Ocidental. É relativamente um gênero novo, foi descoberto em 2006 e desde então, reclassificaram dezenas de camaleões presente em todo o território africano, reunindo ao todo 23 espécies de Kinyongias. Dentre as espécies, se destacam:

  • Camaleão de Ituri (Kinyongia adolfifriderici)
  • Camaleão de Fisher (Kinyongia fischeri)
  • Kinyongia gyrolepis
  • Kinyongia tavetana
  • Kinyongia magomberae
  • Camaleão de Van Heygen (Kinyongia vanheygeni)

Recentemente, foram descobertas três novas espécies de camaleões desse gênero. São eles: Camaleão de Ituri (Kinyongia adolfifriderici), Camaleão da Floresta de Rugege (Kinyongia rugegensis) e Camaleão da floresta de Tolley (Kinyongia tolleyae)

Morfologia do Camaleão Kinyongia

Especificamente, os Camaleões machos do gênero Kinyongia têm em suas cabeças uma espécie de chifre (em geral, de 2 a 3) e/ou uma elevação em formato de “maçaneta” em seu nariz. Essa espécie tem tamanhos que variam de médio a grande, sendo que há espécies que podem ultrapassar os 30 centímetros (machos são ligeiramente maiores que as fêmeas).

Apesar da habilidade de camuflagem, têm o corpo de coloração predominantemente verde, com algumas espécies de tonalidades azuis, amarelas, marrons e brancas (nos machos, as cores são mais intensas e chamativas). Essa cor de pele é algo que lhes ajudam bastante ao se esconderem de seus predadores – já que vivem a maior parte do tempo em meio as árvores de seus habitats.

Como todas as espécies de camaleões, têm o corpo dividido em cabeça, tronco, (quatro) patas e rabo (preênsil). Suas patas apresentam 5 dedos: três dedos estão colados de um lado e dois de outro, como uma pinça – característica que facilita com que se locomovam entre os ramos nas árvores. Apresentam também dispositivos excepcionais para capturar insetos: olhos com visão 360º, sendo cada uma com movimentação independente; e uma língua muito extensa, além de ser protrátil e grudenta, fatores que auxilia na captura da presa.

Camaleão Kinyongia Olhos
Camaleão Kinyongia Olhos

Habitat e Comportamento do Camaleão Kinyongia

Camaleões Kinyongia, como todos os seus parentes, também são arborícolas. Passam a maior parte de suas vidas agarrados aos ramos de árvores situadas, em sua maioria -, nos bosques em que estes animais costumam habitar. A maior parte desses animais se dão bem com temperaturas altas, entre 25º e 35ºC. Apesar de passarem a maior parte do tempo em cima das árvores, as fêmeas baixam para o solo de modo a escavar pequenos buracos para depositar seus ovos.

Camaleões têm hábitos diurnos: por isso seu período de atividade costuma ser entre o início da manhã e fim da tarde quando está ensolarado. São também solitários: somente se juntam a outras espécies quando querem se acasalar, quando estão prestes a mudar de local para passar a noite ou se por um acaso, estejam em um mesmo local.

São animais de movimento lento – o que acaba sendo um fator positivo, para que não atraiam a atenção de possíveis predadores ou presas que estejam almejando. E por serem lentos, não são considerados caçadoras ativos como outras espécies de répteis (como jacarés, crocodilos ou monstros-de-gila). Seu método é o chamado “sentar e esperar”: avaliam o local em que estão, encontram sua presa a uma certa distância e esperam que ela se aproxime para que a capture com sua língua elástica.

Reprodução do Camaleão Kinyongia

Os Kinyongia são espécies de reprodução sexuada, porém desenvolvem seus embriões externamente ao botarem ovos, por isso são ovíparos. Em época de acasalamento, machos tendem a atrair as fêmeas mudando sua aparência – costumam ficar bastante coloridos através da habilidade de camuflagem. Após alguns dias da cópula, a fêmea desce da árvore em que habita para procurar um local seguro em que depositará seus ovos.

Os ovos dos camaleões demoram cerca de 10 a 12 meses para eclodir. Não há cuidado parental por parte dos camaleões: os filhotes eclodem de seus ovos e já estão aptos para viver a vida sozinhos.

Alimentação do Camaleão Kinyongia

Não se engane pela aparência frágil dos camaleões Kinyongia: além desse gênero, todos as espécies desse animal apresentam dentes afiados acoplados a uma mandíbula extremamente forte. Essa estrutura bucal lhes ajudam a triturar as carapaças (exoesqueletos) dos insetos que fazem parte de sua dieta. Dentre algumas delas estão:

  • grilos;
  • baratas;
  • gafanhotos;
  • borboletas;
  • bichos-de-seda;
  • moscas

Como dito anteriormente, estes animais utilizam da técnica do “sentar e esperar” para conseguirem se alimentar. Para rastrear suas presas, utiliza de sua visão 360º e de seus dois olhos independentes: se um está focando o alvo que será digerido, o outro observa o ambiente em volta – para que não haja nenhum empecilho quando chegar o momento da emboscada.

Conservação do Camaleão Kinyongia

Embora a população de Kinyongia Fischeri tenha provado ser muito menor do que a estimada após serem incluindos e/ou reorganizados na escala taxonomica atual, não há preocupação com sua conservação no habitat natural.

Todo o gênero Kinyongia, está listado no Apêndice II da CITES (), orgão que lista as espécies que não necessariamente estejam ameaçadas de extinção, mas que seu comércio tenha de ser supervisionado a fim de evitar usos prejudiciais a sua saúde/sobrevivência. Isso acaba forçando o registro de qualquer transação comercial que inclua animais desta espécie.

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