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Quais São os Predadores do Jacaré e Seus Inimigos Naturais?

Costumamos considerar jacarés como animais que estão no topo da cadeia alimentar, e nem imaginamos que algum outro animal seja capaz de se alimentar deles, capaz de ser considerado um predador de jacarés. Será que nenhum outro animal pode sobrepujar um jacaré e transformá-lo em refeição?

Quais são os Predadores do Jacaré e seus Inimigos Naturais?

Bom, poderia se dizer que os únicos inimigos naturais dos jacarés são outros jacarés. Antes de atingir o tamanho adulto, os jovens jacarés são atacados por guaxinins, linces e aves pernaltas, entre outros animais. Atividades relacionadas a humanos, como caça furtiva e invasão territorial, continuam sendo ameaças.

Mas esses répteis antigos também têm alguns predadores, ou inimigos naturais, próprios. Grandes felinos, como onças e leopardos, às vezes atacam, matam e comem crocodilos e jacarés adultos. Enormes serpentes como anacondas e pythons às vezes atacam crocodilianos crescidos também.

Até aí tudo bem, não é? Enquanto filhotes, jacarés são presas vulneráveis para muitos predadores oportunistas. Mas depois de adultos, poucos se habilitam a tentar comê-lo, a não ser mesmo outro jacaré. Entendemos até aqui? Pois bem, mas e se eu disser que o jacaré pode encontrar um predador menor que ele para desafiá-lo?

As Lontras e os Jacarés

Consegue imaginar uma lontra fofinha desafiando, encarando um jacaré adulto? Seria difícil demais acreditar nisso, se não tivesse sido filmado. Em 2011 um internauta postou um vídeo em sua página de Facebook que deixou boquiaberto até especialista em répteis. Ele filmou uma lontra capturando e se alimentando de um jacaré na Flórida.

Aparentemente o jacaré ainda era jovem, mas já tinha pelo menos um metro e meio de comprimento. Quando se trata de comer, as lontras já são conhecidas como famintas vorazes em seu habitat e, no convívio com jacarés, ficou provado que elas não temem se arriscar se estiverem com fome, mas são capazes de lutar mano a mano nessa batalha.

O que chamou a atenção nessa luta filmada foi a inteligência da lontra em atacar o jacaré em seu pescoço e por trás do animal, de tal modo que, por mais que o jacaré se movimenta-se violentamente de um lado e do outro e se enrosca-se, a lontra permanecia fora do seu alcance de ataque. Como a lontra sabia que ali era o melhor golpe?

Lontra e os Jacaré

Lontras são um dos animais acostumados a atacar jacarés filhotes e isso talvez esclareça como adquiriu experiência em discernir como não ser vítima dos movimentos agressivos defensivos do jacaré. Ela sabia que ao montar no jacaré pelas costas e morder seu pescoço, ficaria fora da zona de ataque e em condição de subjugá-lo.

Outro detalhe que os especialistas destacam em tornar essa luta favorável para a lontra está na questão da resistência. Por mais que o jacaré possa girar sobre si mesmo na tentativa de se desgarrar da lontra, o jacaré se cansa bem mais rápido. A lontra tem mais energia e pode esperar que o jacaré esgote suas forças.

Mas será que uma lontra tem uma mordida tão poderosa assim, a ponto de ultrapassar a carapaça de um jacaré na mordida? De fato, lontras tem presas bem afiadas, mas ainda assim não o suficiente para isso. O jacaré nesse caso sofre com outra desvantagem pessoal: seu esforço muscular o faz acumular um ácido que acaba o intoxicando.

É como se ele mesmo se envenenasse na luta, perdendo suas forças e facilitando para a morsa, que só precisa esperar agarrada ao seu pescoço até que o jacaré pare de se debater. Daí basta puxar o jacaré até uma área seca onde ela poderá destrinchá-lo calmamente. Em tempo, jacarés também comem lontras. Então, disputa deve ser acirrada!

O Pior Predador do Jacaré

Aqui não precisamos nos limitar a uma espécie de jacaré, mas englobar todas as espécies de crocodilianos. Porque esse predador cruel é o único capaz de pôr em risco todas as espécies: o homem. A principal ameaça aos crocodilianos é a atividade humana, incluindo a caça e a destruição do habitat.

No início dos anos 70, mais de 2 milhões de peles de crocodilos selvagens de várias espécies foram comercializadas, causando a queda da maioria das populações de crocodilos, algumas das quais quase desapareceram. A partir de 1973, houve tentativas de parar o comércio de animais protegidos ou partes do corpo desses animais, como peles de crocodilo.

As regulamentações implementadas tiveram problemas nos anos 80, porque em partes da África os crocodilos abundavam e eram considerados perigosos para os seres humanos, e sua caça permaneceu permitida. Numa conferência em Botswana (1983), foi decidido que, em nome das populações locais feridas, era razoável vender as peles de animais legalmente caçados.

O Grupo de Especialistas em Crocodilos da IUCN da Comissão de Sobrevivência das Espécies, fundada em 1970 por um pequeno número de entusiastas, hoje reúne mais de 300 especialistas, que compartilham seu conhecimento da situação das populações de crocodilos e refletem sobre as estratégias de ação para salvaguardar esses animais.

Com efeito, atualmente, onze espécies de crocodilianos são considerados pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) como “vulneráveis”, “em perigo” ou “criticamente em perigo”. São eles: crocodylus acutus, crocodylus palustris, osteolaemus tetraspis, tomistoma schlegelii, alligator sinensis, gavialis gangeticus, crocodylus intermedius, crocodylus mindorensis, crocodylus rhombifer, crocodylus siamensis e mecistops cataphractus.

Interesse Econômico Sobre as Espécies

A primeira vez que se mencionou o uso de peles de jacaré foi no final do século 18. A partir deste momento, o couro das espécies passou a ser usado para fazer botas, bolsas e sapatos. No entanto, esses animais não eram mortos por causa do processamento, mas sim porque eram considerados prejudiciais, perigosos para os seres humanos.

A partir da segunda metade do século 19, a demanda aumentou para peles, que tornaram-se cada vez mais popular em sapatos, cintos e bolsas. Mas a pele não é o único elemento comercializável de um crocodiliano, do qual vários produtos auxiliares são valorizados: as pernas e as cabeças de animais jovens podem constituir troféus, alguns animais são naturalizados, seus dentes e suas garras constituem objetos valiosos em ornamentação ou usado em jóias e como amuletos.

Os osteodermos pode ser reutilizada na agricultura como fertilizante ou para a alimentação do gado. Na medicina tradicional chinesa, carne de jacaré é conhecido por curar o resfriado comum e prevenir o câncer, e alguns órgãos internos possuem várias propriedades medicinais.

O sangue de jacarés e crocodilos na verdade contém peptídeos que possuem propriedades antibióticas. Eles poderiam, portanto, contribuir para a síntese de novos medicamentos antibióticos. Além disso, a urina e almíscar destes animais são componentes de alguns perfumes.

Várias espécies de crocodilianos são comercializadas como novos animais de estimação. São capturados enquanto jovens e as lojas de animais vendem-nas facilmente. Mas crocodilianos não são animais de estimação ideais; eles se tornam muito grandes e são perigosos e exigem uma grande despesa financeira para mantê-los.

Em resultado, quando ficam mais velhos, são frequentemente abandonados por seus donos, e populações selvagens de acabam invasoras em regiões dos Estados Unidos e Cuba, por exemplo. A maioria dos países têm legislação rigorosa para regulamentar a posse de tais animais.

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