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Pônei De Hucul Ou Carpathian: Características, Origem E Fotos

Sem dúvida, um dos animais mais apreciados pelas pessoas são os pôneis, esses cavalos em miniatura muito simpáticos, e que as crianças, muitas vezes, adoram. O que talvez você não saiba é que existem raças muitos peculiares de pônei, como é o caso do Hucul, que também é chamado de Carpathian.

Vamos falar mais dele a seguir, e, ao mesmo tempo, saber um pouco mais a respeito dos pôneis em si.

Características Básicas E Origem Da Raça

Originário das montanhas dos Cárpatos, uma cordilheira de mais de 1.500 quilômetros que se estende da Europa Central até o leste europeu, esse pônei tem uma constituição corporal pesada, resistente e bem rústica. Outros nomes associados a essa raça são: Huculska , Hutsul , Huţul , Huţan e Huzul.

Em termos de comportamento, são animais bem calmos na maioria das vezes, além de serem bastante resistentes, sendo, por isso, usados por moradores dessas regiões para carregarem madeiras em áreas florestais de difícil acesso.

Já com relação à aparência desse pônei, ele possui cores que variam entre o baía, o preto, o castanho, ou mesmo uma variação de cor muito comum entre os equinos chamada de grullo. Possui ainda uma faixa dorsal e listras de zebra nas pernas, algo bem característico da raça, inclusive.

Além disso, a cabeça é pequena, e o pescoço é curto, bem como as pernas. Essa forma mais “compacta” de seus corpos, digamos assim, é essencial para algumas das atividades as quais esse pônei é submetido, como, por exemplo, caminhadas a longas distâncias em terenos difíceis. Sua altura média gira entre 1,3 m e 1,4 m.

Pelo fato da sua pelagem ser bem grossa e resistente, esses animais podem aguentar condições climáticas um tanto severas, além de serem bem resistentes a vários tipos de doenças muito comuns entre outras espécies de pôneis.

Além de serem usados por turistas nos países onde há todo um cuidado na criação e na preservação da espécie, esse pônei também é bastante usado em atividades como equitação, trabalhos agrícolas, e até mesmo como “cavalos de terapia”, ou seja, animais de acompanhamento para pessoas que estejam passando por sérios problemas psicológicos.

Um Pouco De Sua História

O pônei Hucul tem certo parentesco com outra raça, o Tarpan, este extinto e também conhecido como cavalo selvagem da Eurásia. Acredita-se, por sinal, que o último exemplar de Tarpan morreu no Império Russo, no ano de 1909.

Tarpan
Tarpan

Já com relação ao Hucul, essa espécie de pônei foi amplamente utilizada pelo exército Austro-Húngaro no século XIX para diversas finalidades. No ano de 1856, em uma localidade da Romênia, foi feito um espaço especificamente para a reprodução e cuidado dessa espécie de pônei.

Contudo, veio a Segunda Guerra Mundial,, e com ela, o declínio desses animais nas localidades europeias onde tinham crianções desses pôneis, especialmente na Tchecoslováquia. Essa raça só voltou a crescer em quantidade nova,mente na década de 70, com o estabelecimento da organização Hucul Club, que ao longo dos anos, desenvolveu raças puras desse animal.

Hoje em dia a população mundial desses pôneis ultrapassa a casa dos 1.000 espécimes, com a maioria deles vivendo na Polônia, na Eslováquia, na Romênia, na República Tcheca e na Ucrânia. Fora o fato de que essa raça tem se popularizado bastante em outros países, especialmente, na Inglaterra.

Espécie Quase Extinta

Justamente por serem pôneis com bastante rigidez e resistências, os Hucul foram amplamente usados na Segunda Guerra Mundial, ali no leste europeu. E, isso fez com que essa raça fosse quase que inteiramente extinta, tanto é que há algumas décadas atrás, só haviam cerca de 300 exemplares.

Foi somente na década de 70 que programas de criação foram criados naquelas regiões da Europa, fazendo com que o número desses pôneis, atualmente, seja bastante alto, passando dos milhares em vários locais do continente europeu.

Um dos locais onde mais tem se trabalhado para restaurar essa raça de pôneis é em Odrzychowa, no sudeste da Polônia, onde grupos de agricultores se uniram pra tentarem restabelecer esse tipo de cavalo nas pastagens da região.

Felizmente, tais iniciativas têm dado certo, e hoje em dia é muito comum encontrar grupos desses pôneis ao ar livre, pastando nas regiões mais naturais de países como Polônia, Romênia e República Tcheca.

Os Pôneis, Na Verdade, São Cavalos Em Miniatura?

Grupo de Pôneis
Grupo de Pôneis

É muito comum pensarmos que os cavalos são equinos de tamanho natural, enquanto que os pôneis são meio que “cavalos anões”. Porém, a questão não é bem essa. Na verdade, os cavalos “normais” é que são equinos que cresceram demais.

Pra entender melhor essa questão, precisamos voltar até os antepassados desses animais, que é o hyracoterium, e que tinha o tamanho aproximado de uma raposa, pra se ter uma ideia. Em relação à  disponibilidade de alimento, esse animal foi, aos poucos, evoluindo bastante, o que acabou dando origem a inúmeras espécies diferentes de cavalos (inclusive, de diversos tamanhos).

Por exemplo, dessa evolução, surgiram os cavalos do tipo sela, que são ideais para o que fazemos de montaria nos dias de hoje. Estes se desenvolveram, predominantemente, em lugares repletos de gramíneas, onde não se tinham muitos arbustos que servissem de esconderijo. Ou seja, tinham alimento abundante à disposição, mas, precisavam ser ágeis para fugirem de predadores.

Contudo, em paralelo, outros tipos de cavalos evoluíram, e foram aqueles do tipo “tração”, usados, evidentemente, para trabalhos bem mais pesados. Estes, por sua vez, ao contrário dos de sela, viviam em regiões de florestas, onde a predominância era de plantas leguminosas, bastante ricas em proteínas. Em suma, viviam em lugares com alimento de alta qualidade e onde podiam se esconder com mais facilidade.

Resumo da história: os equinos que deram origem aos pôneis como conhecemos hoje se desenvolveram um regiões bastante inóspitas do planeta, e, por isso, não conseguiram desenvolver uma estrutura corporal alta e veloz como os outros cavalos. Essas regiões inóspitas eram, na maior parte dos casos, o norte da Europa e da Ásia. Ou seja, por um processo de simples seleção natural, os espécimes que conseguiram sobreviver foram justamente os de menor estatura para poderem se esconder, como é o caso do nosso (agora) conhecido pônei Hucul.

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