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Reprodução de Pinguins: Filhotes e Período de Gestação

Desde que o mundo é mundo o galanteio e a oferendas à fêmea marcam o início de uma relação. Daí vem o acasalamento e a reprodução dos filhos. Embora a humanidade esteja mudando os costumes aos poucos, no mundo animal os hábitos continuam os mesmos.

Este é o caso encantador do pinguim (ave da família Spheniscidae), que vaga pela pinguineira (colônia reprodutiva) durante três a quatro anos, à procura de sua cara-metade.

Quando encontra sua fêmea, oferece flores em forma de pedras para a construção do ninho e saudações, em uma dança de acasalamento. Se ela aceitar, se abaixa para sinalizar que sim. Bingo! Está iniciada uma nova família que promete durar por toda vida.

Isto porque o pinguim, na maioria das espécies, é fiel ao seu parceiro. Vai embora no inverno, mas a cada estação reprodutiva o casal se reencontra e começa tudo de novo: o cortejo, com a dança nupcial, a oferta de hera e de pedras, a aceitação da fêmea e por fim a cópula.

Mas é claro que existem exceções. Cerca de 25% dos casais se divorciam. Mas somente se não houver uma boa reprodução dos ovos, quando surge um estresse e os casais se separam. Então voltam ao mar e só retornam após vários meses, no recomeço do ciclo.

Ritual do Acasalamento

  • Para descobrir se o pinguim é macho ou fêmea, o pinguim macho apanha um seixo com o bico e deposita-o elegantemente aos pés de outro que esteja sozinho.
  • Se o cortejado for outro macho, só percebe o erro ao receber gestos agressivos e uma bicada raivosa.
  • Se for uma fêmea não preparada ou já comprometida, ela recebe o presente com indiferença. Então o macho retoma a prenda e segue em busca de outra fêmea.
  • Se for uma fêmea disponível, ela aceita o presente fazendo uma profunda reverência.
  • Pronto! O macho encontrou sua fêmea. Faz outra reverência e juntos esticam o pescoço, dando início a um coro nupcial.

Reprodução e Cuidados

A fêmea coloca de um a dois ovos, mas eles nunca são abandonados: são cuidados pelo casal, em sistema de revezamento, para que não atraia predadores, como outros pinguins e a gaivota. Enquanto um elemento do casal cuida dos ovos, o parceiro sai em busca de alimento.

Por outro lado, os pinguins se protegem mutuamente. Eles fazem seus ninhos com pedras ou escavados na pedra, sempre em colônias reprodutivas, onde se reúnem milhares de pinguins. Ali deixam seus ovos, que são cuidados de cinco a seis semanas, até eclodirem.

Pinguim Cruzando
Pinguim Cruzando

Cuidados com os Filhotes

Assim como fazem com o ovo, os pais protegem a cria. evitando que predadores se aproximem. Quando está quase do tamanho dos pais, o filhote troca as penugens por penas iguais às dos pais e vai à luta: aprende a nadar e encontrar seus próprios alimentos. A partir daí, adeus papai e mamãe: o mundo está à sua espera!

Filhote de Pinguim
Filhote de Pinguim

Características do Pinguim

  • Vive de 30 a 35 anos.
  • Pesa entre 15 a 35 quilos.
  • Mede de 70 a 120 centímetros.
  • É uma ave marinha que nada excelentemente, mas não voa.
  • Passa a maior parte de seu tempo na água e chega a nadar até 40km/h de velocidade.
  • É revestido por espessa camada de gordura que protege seu corpo.
  • Em sua maioria, possuem peito branco e a cabeça e o dorsos são pretos.
  • Seus principais inimigos são as focas-leopardo, as baleias e os tubarões.
  • São extremamente dóceis, curiosos e divertidos.
  • Tornam-se agressivos somente quando são ameaçados.
  • Estão sempre reunidos em grupos numerosos.
  • Fazem muito barulho quando estão na água.
  • Flutuam facilmente devido à quantidade de gordura do corpo.
  • Possui asas recobertas por nadadeiras recobertas por plumagem lisa, densa e gordurosa.
  • Nadam com rapidez usando as nadadeiras.
  • As asas são atrofiadas e fazem o papel de barbatanas.
  • Suas asas rígidas são similares às de outros vertebrados nadadores.
  • Têm olhos adaptados a ver embaixo da água.
  • São protegidos do vento e do frio pela gordura subcutânea e pelas penas.
  • Suas penas que funcionam como um isolamento térmico para manter a temperatura elevada.

Espécies de Pinguim

São reconhecidas 18 espécies de pinguins, conhecidos também como “pássaros bobos”. Quatro delas se mudam para as regiões subtropicais. Outras vivem nas faixas das regiões polares e subpolares, que são as áreas mais frias do hemisfério sul.  A maior parte das espécies vive na Antártida e em algumas ilhas da Nova Zelândia. Algumas espécies vivem nos trópicos, como Ilhas Galápago, ou regiões no sul da África, Austrália e África do Sul. Algumas espécies viajam longas distâncias e chegam à costa brasileira, a exemplo do pinguim-de-magalhães (no litoral do Rio Grande do Sul e nas praias do Rio de Janeiro até o Cabo Frio).

  • Pinguim- Imperador

    Pinguim - Imperador
    Pinguim – Imperador

O pinguim-imperador (Aptenodytes forsteri) é uma das maiores espécies da família. Sua altura pode ser superior a 1,20 metros. Costuma botar somente um ovo de julho a setembro, que são os meses mais frios. Escolhe fazê-lo sob temperatura de 50 a 60 graus abaixo de zero, sob ventos gelados e tormentas de neve.

  • Pinguim-Rei

    Pinguim-Rei
    Pinguim-Rei

O pinguim-rei patagônica) chega a medir entre 90 centímetros a um metro. Costuma reproduzir-se de outubro a março, no verão polar. Tanto o primeiro quanto o segundo possuem grandes manchas alaranjadas ou amarelas no pescoço e nas laterais. Outra semelhança são as pernas, as quais contêm uma dobra de pele. É neste esconderijo que incubam os ovos e abrigam as crias, até que regulem a temperatura do corpo.

  • Pinguim-de-Olho-Amarelo

    Pinguim-de-Olho-Amarelo
    Pinguim-de-Olho-Amarelo

O pinguim-de-olho-amarelo (Megadyptes antipodes) é conhecido também como grão-pinguim e mede cerca de 75 centímetros. É encontrado nas ilhas de Nova Zelândia, ao sul.

  • Pinguim-de-Barbicha

    Pinguim-de-Barbicha
    Pinguim-de-Barbicha

O pinguim-de-barbicha (Pygoscelis antarctica) possui uma faixa preta no queijo, que dá origem ao seu nome. Tem seu habitat na Geórgia do Sul, Antártida e costuma fugir para os pontos mais altos da terra quando se sente em perigo. Em seus últimos dias, foge para colinas ainda mais altas, onde espera o fim.

  • Pinguim de Magalhães

    Pinguim de Magalhães
    Pinguim de Magalhães

O pinguim-de-magalhães (Spheniscus Magellanicus) vive no sul da América do Sul e pode ser encontrado no Chile e na Argentina. Tem cerca de 65 centímetros e entre setembro e março (período de reprodução), forma colônias em diversos locais, como Argentina, Ilhas Malvinas e chile, onde são mais numerosos. É a espécie mais comum nos zoológicos brasileiros e podem ser encontrados nas praias do litoral sul, do Rio de Janeiro até Cabo Frio.

  • Pinguim Africano

    Pinguim Africano
    Pinguim Africano

O pinguim africano (Spheniscus Demersus) é a espécie de pinguins mais comuns. Vive em climas mais temperados, como alguns lugares da África e Angola.

Alimentação do Pinguim

Alimentação do Pinguim
Alimentação do Pinguim

O pinguim possui bico robusto e comprido que lhe permite apanha e reter seus alimentos preferidos, dentre eles:

  • Crustáceos
  • Peixinhos
  • Sépias
  • Moluscos

Classificação Científica

  • Reino: Animal
  • Filo: Chordata (cordados)
  • Classe: Aves
  • Ordem: Ciconiiformes
  • Família: Spheniscidae

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