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Lista De Tipos De Baratas: Espécies, Nomes, Habitats E Fotos

Fazer uma lista com os tipos mais singulares e incomuns de baratas, em suas inúmeras espécies e nomes científicos, além de habitats, características e fotos, pode ser considerada uma das experiências mais repugnantes a que se pode ter direito nesse nosso incrível Reino Animal.

E uma curiosidade sobre as baratas é o fato de que elas pertencem a uma subordem – a “Blattaria” – , que reúne mais de 5.000 espécies diferentes, dentro dos mais diversos gêneros e pertencentes às mais variadas famílias.

Porém, não menos curioso, é o fato de que cerca de 99% desses animais são considerados inofensivos; somente um número reduzidíssimo de espécies podem ser consideradas verdadeiras pragas urbanas.

Porém, quando são pragas, elas são pragas mesmo! Uma das espécies mais prejudiciais à saúde humana, especialmente pelo fato de carregar em suas patas (ou por meio das suas fezes) um sem número de micro-organismos patológicos, como fungos, bactérias, vírus, protozoários, entre diversos outros agentes transmissores de doenças.

Já o tamanho desses animais dificilmente varia tanto. O normal é que elas apresentem-se com tamanhos que oscilem entre 15 e 30 mm.

Como algumas das mais populares, entre elas, a barata-americana, a barata-alemã e a oriental. Juntas, elas compõem um grupo de insetos dos mais detestadas e odiados de todo esse nosso controverso Reino Animal.

Calcula-se que as baratas estejam entre nós há pelo menos 310 ou 320 milhões de anos, num total de quase 5.000 variedades, sempre com um singular formato achatado, 2 ou 3 centímetros de comprimento, cabeça relativamente pequena e meio triangular, um par de antenas que lhes confere ainda mais horripilância, além de olhos bastante desenvolvidos.

E mais: como uma das comunidades de seres vivos mais repugnantes e detestadas de todos os ecossistemas existentes no planeta! Um verdadeiro símbolo de sujeira, degradação e falta de cuidado.

Capaz de causar uma impressão que talvez somente os ratos – outra comunidade não menos detestada – sejam capazes de igualar. Porém com características e singularidades que, por mais incrível que pareça, fazem dessas espécies algumas das mais originais e controversas de todo o Reino Animal.

Mas o objetivo desse artigo é fazer uma lista com os tipos de baratas que podem ser encontradas com maior facilidade pelo homem. Um grupo de espécies com seus respectivos nomes científicos, habitats, fotos, entre outras inúmeras particularidades dessa comunidade de animais.

1.Blatella Germanica (Barata alemã)

Blatella Germanica
Blatella Germanica

Dentre as espécies mais comuns dessa comunidade de insetos temos a singularíssima “Barata alemã”; uma variedade da ordem Blattodea, membro ilustre da família Blattellidae, e também considerada uma barata doméstica e com características cosmopolitas.

A Barata alemã dificilmente ultrapassa os 10 ou 15 mm, com uma coloração acastanhada e um par de faixas escuras dispostas longitudinalmente.

Elas também podem ser encontradas com os sugestivos apelidos de baratas-francesas, baratas-loiras, francesinhas, entre outras denominações até bastante singelas para um ser tão asqueroso e repugnante.

Esse é um exemplo clássico de uma barata doméstica; de uma verdadeira praga urbana; capaz de causar grandes transtornos à saúde humana, em especial pelo fato de demonstrar uma certa preferência pelo ambiente bastante convidativo dos restaurantes, bares, lanchonetes e onde quer que elas possam encontrar restos de alimentos em abundância.

Originária do continente asiático, a Blatella germânica ganhou o mundo; e sempre como uma praga urbana e bastante afeita ao ambiente doméstico – apesar de também apreciar o ambiente bastante convidativo dos estabelecimentos comerciais, desde que estes não possuam temperaturas muito baixas.

Mas como uma barata que se preze, a alemã também chama bastante a atenção por resistir a baixas temperaturas – mesmo que por pouco tempo.

Por isso mesmo tornou-se uma das espécies mais comuns no mundo, trazida por acaso de longas viagens e expedições desde tempos imemoriais, para tornar-se famosa como uma praga urbana por excelência em diversos países ao redor do planeta.

Com exceção da Antártida (e dos países insulares), a Barata-alemã pode ser encontrada em todos os demais continentes; e por isso mesmo ela possui essa incrível variação de apelidos, já que para cada região ela acabou recebendo homenagens diferentes.

Para os franceses ela é, como não poderia ser diferente, a “Barata-francesa”. Já para os russo, é a terrível “Barata-russa”. Os alemães, obviamente, as têm como as “Baratas-alemãs”. Além de outras inúmeras denominações que seria impossível descrever em tão poucas linhas.

As Características Da Barata Alemã

A Barata-alemã (Blatella germanica – seu nome científico) entra nessa nossa lista com alguns dos principais tipos de baratas como uma espécie noturna, cujo habitat preferido é o ambiente doméstico, como podemos observar nessas fotos.

Mas também não se espante se, por algumas dessas infelicidades do destino, deparar-se com alguns desses animaizinhos durante o dia, ou mesmo durante o crepúsculo.

Isso é até bastante comum, só que o normal será encontrá-las em ambientes escuros, como em cozinhas e banheiros, sempre à procura de alimentos e escapando pelos ralos da casa.

Barata Alemã Fotografada de Lado
Barata Alemã Fotografada de Lado

Aqui talvez a principal curiosidade acerca dessa espécie seja o fato de elas terem se tornado, ao longo do tempo, uma das mais resistentes ao ataque por inseticidas – talvez o resultado da insistência por esse tipo de expediente; que na verdade acabou por fortalecê-las.

E agora o que temos aqui é uma “super espécie”; um membro terrível dessa terrível comunidade Blattaria; como uma típico animal onívoro, detritívoro, bastante afeito a uma dieta à base de açúcares, gorduras, carnes, carboidratos, entre outras iguarias bastante energéticas.

Isso quando elas não partem para o desespero, alimentando-se de restos de sabão, fungos, mofos, colas, cremes dentais, e até mesmo outras espécies – quando adquirem um típico comportamento canibal.

Como uma espécie cosmopolita, a Barata-alemã pode ser encontrada em todos os continentes, com exceção da Antártida.

E preferencialmente em lugares com temperaturas que não ultrapassem os 30 graus centígrados, para que elas possam desenvolver-se até atingir não mais do que 1 ou 1,5 cm de comprimento.

A partir daí elas tornam-se uma das principais pragas urbanas do planeta; capazes de resistir como poucas ao ataque por inseticidas; além da sua alta capacidade de reprodução, bastante potencializada pelo hábito de levar consigo o invólucro com os ovos durante todo o período de incubação dos mesmos.

E, ao que parece, o ambiente ricamente estruturado dos bares, restaurantes e lanchonetes também atraem de forma especial essa variedade de insetos; que aprecia um clima quente, escuro e bastante úmido – como, afinal, parece ser o “paraíso encantado” para a maioria das variedades de baratas.

2.Barata-Oriental (Blatta orientalis)

Barata-Oriental
Barata-Oriental

Eis aqui, nessa lista com os principais tipos de baratas que conhecemos, uma espécie com nome científico, habitat e características bastante singulares, como podemos ver nessas fotos.

A Barata-oriental também pode ser encontrada por aí com o original apelido de “Barata-nua”, devido às suas características físicas. E da mesma forma pode ser descrita como uma espécie cosmopolita, facilmente adaptável ao convívio com os humanos e essencialmente doméstica.

A sua coloração geralmente varia entre o negro e o amarronzado; mas também chama bastante a atenção nessa espécie a diferença marcante de tamanho entre machos e fêmeas.

Nesse caso, alguns machos podem ser encontrados com menos de 2cm de comprimento, enquanto as fêmeas podem facilmente se aproximar dos 3 cm!

Mas não é só nisso que eles diferem. Os seus aspectos físicos também são bastante singulares. Basta saber, por exemplo, que os machos podem ser facilmente identificados pelo tamanho das suas asas, grandes e amarronzadas, e por um uma estrutura corporal mais acanhada.

Enquanto as fêmeas, não se sabe bem por quê, possuem asas curiosamente descoloridas, pequenas e discretas – mas que, também curiosamente, envolvem uma estrutura corporal bem mais robusta que a deles.

Isso sem contar o fato de que voar é coisa para machos! Pelo menos entre as espécies dessa comunidade; na qual são eles que amedrontam em voos rasantes de no máximo 3m de distância.

Uma Espécie E Os Seus Predicados

Uma curiosidade acerca das Baratas orientais é o fato de elas serem bem menos adaptáveis a condições adversas – em relação às alemãs.  Na verdade até mesmo com relação às suas investidas em busca de alimentos elas são mais discretas.

Essa variedade restringe-se a ambientes sujos, escuros e úmidos; como as regiões de bueiros e esgotos. Mas também parecem ter uma certa preferência por locais onde possam encontrar restos de comida, troncos apodrecidos e formações arbustivas.

Mas não se espante se encontrar um exemplar de uma Blatta orientalis em uma folhagem, em construções abandonadas, na base de pedras, entre outras regiões onde elas possam encontrar o ambiente que mais apreciam – pois essa é uma das suas inúmeras singularidades!

Esse animal é uma das espécies de baratas originárias do norte da África, de países como Tunísia, Egito, Líbia, Argélia, entre outros.

Mas, curiosamente, tornou-se uma das variedades típicas dos Estados Unidos, especialmente de trechos do Sul, Centro-Oeste e Nordeste, onde elas conseguem encontrar as temperaturas que mais apreciam – algo em torno de 21 e 24 graus centígrados.

Com relação à sua estrutura física, as Baratas orientais não fogem às características dessa comunidade. O normal é que elas apresentem-se com cerca de 2 ou 2,5 cm de comprimento e com uma coloração escura.

E o que chama bastante a atenção nessa espécie é uma certa preferência por sótãos, porões, adegas, construções abandonadas e escuras; os locais mais apreciados para a execução dos seus respectivos processos reprodutivos.

É aí que essas baratas preferem depositar os seus “estojos com ovos” (as “ootecas”), que ainda serão incubados por cer cade 50 ou 70 dias, para que as ninfas possam se desenvolver em um período de tempo entre 6 e 10 meses, para machos e fêmeas, respectivamente.

3.Barata Americana (Periplaneta americana)

Barata Americana
Barata Americana

A Periplaneta americana é famosa por ser uma daquelas espécies de “baratas voadoras”. Caso sinta-se ameaçada, elas irão voar e tornar-se ainda mais “ameaçadoras”.

A espécie é tipicamente tropical, e por isso mesmo bastante comum no Brasil, mas também em diversos países Sul-americanos.

Na verdade ela é uma daquelas variedades cosmopolitas, que costumam chegar aos países por acaso, escondidas em caixotes, bagagens, e onde quer que elas encontrem um ambiente acolhedor.

O continente americano é o lar dessa espécie. E até mesmo nos Estados Unidos e Canadá elas podem ser encontradas, geralmente em residências (em busca de alimentos) ou em construções abandonadas (para os momentos de descanso).

Mas sempre como uma companhia indesejada para os humanos, facilmente encontrada em restaurantes, bares, lanchonetes e onde quer que elas possam encontrar as suas iguarias preferidas: restos orgânicos, saborosos e suculentos, os quais elas buscam com avidez durante todo o dia.

Alguns estudos apontam para uma origem africana da Barata americana; mas hoje ela já pode ser considerada, para o “orgulho” dos americanos, como uma espécie nativa do país.

E com relação às suas principais características, o que chama bastante a atenção é a sua agilidade. Sim, essa é outra daquelas “baratas voadoras”, capazes de dar aqueles seus rasantes inconfundíveis, principalmente quando sentem-se ameaçadas.

E não podemos esquecer de que estamos falando, também, de um dos principais vetores de transmissão de doenças da face da terra, muito por conta da sua capacidade de abrigar um sem número de agentes infectantes, que fixam-se nas suas patas (ou mesmo nas suas fezes) e contaminam alimentos e o que quer que tenha contato com elas.

As Peculiaridades Da Periplaneta Americana

Se a agilidade e a capacidade de “voar” (sim, elas são as chamadas “baratas voadoras!”) são as marcas registradas da Barata americana, a de se regenerar é a sua grande “arma secreta!”.

Analisadas em laboratório, descobriu-se a incrível capacidade de regeneração dessa espécie – e com uma facilidade capaz de impressionar até mesmo alguns animais especialistas nesse tipo de recurso.

O tecido musculoesquelético, células hepáticas e epiteliais estão entre os que melhor apresentam essa característica; e talvez estejamos diante de uma das razões para a “imortalidade” dessa comunidade de animais, que talvez só rivalizem com os artrópodes e os equinodermos quando o assunto é antiguidade.

Algumas substâncias químicas parecem estar por trás da capacidade de regeneração de algumas células dessa barata. E tudo indica que tais substâncias promovam uma espécie de atração (e proliferação) entre elas, o que faz com que esses animais pareçam eternos.

Já com relação às características físicas da Barata americana, o que podemos dizer é que elas costumam apresentar entre 27 e 45 mm (com algumas espécies sendo capazes de atingir os assustadores 5cm!) e uma coloração entre o marrom e o avermelhado.

Barata Voando
Barata Voando

E que as fêmeas têm a característica de carregarem as suas ootecas (bolsas com ovos) por cerca de 1 dia inteiro, a fim de que possam depositá-los com segurança em algum lugar apropriado.

A Barata americana é a típica espécie de esgoto; daquelas que podem ser facilmente encontradas em bueiros e sistemas sanitários; e que geralmente penetram nas casas por meio de ralos abertos.

Como uma espécie peridomiciliar (que vive no entorno de residências), ela caracteriza-se por penetrar nas casas somente quando precisam encontrar novas fontes de alimentos. Por isso mesmo encontram em cozinhas de casas, bares, restaurantes e lanchonetes os seus ambientes preferidos.

Os ovos da Periplaneta americana costumam ser incubados por um período entre 30 e 45 dias, em cerca de 30 bolsas com ovos (ootecas) que abrigam cerca de 15 unidades. Enquanto as ninfas desenvolvem-se entre 125 e 140 dias.

4.Periplaneta Fuliginosa (Barata-de-faixa-marrom)

Periplaneta Fuliginosa
Periplaneta Fuliginosa

Um outro tipo bastante curioso de barata que também deve ser registrado aqui nessa lista onde constam descrições, fotos, habitats, nomes científicos e peculiaridades desses animais, e à “Barata-de-faixa-marrom”.

A espécie é um daqueles “assustadores” exemplares desse universo das Blattarias; também conhecida como “Banda-café”, “Barata-marrom-fuligem”, “Barata-de-banda-marrom”, entre outras denominações que ela recebe em função do seu aspecto físico.

E esse aspecto é justamente o de uma fuligem, bem caracterizado pelo amarronzado da sua coloração, que ainda apresenta-se bastante reluzente, especialmente no tórax, o que a torna uma variedade única nessa singular ordem de animais.

A Periplaneta fuliginosa é uma espécie detritívora, com uma preferência toda especial por materiais orgânicos em decomposição; o que a torna, juntamente com fungos, bactérias e demais micro-organismos semelhantes, uma das espécies mais importantes para a transformação da matéria orgânica na natureza.

Uma característica marcante nessa variedade de baratas é a sua preferência por ambientes fechados, como casas abandonadas, ruínas, depósitos, centros de armazenagens, entre outros locais onde elas possam encontrar umidade e restos de alimentos.

A Barata-de-faixa-marrom é uma daquelas variedades cosmopolitas, facilmente encontrada em todos os continentes, exceto na Antártida, já que prefere temperaturas que oscilem entre 25 e 31°C.

Quanto às suas características físicas, elas geralmente apresentam-se com cerca de 1,4 cm de comprimento, com uma coloração entre o marrom-escuro e o marrom-escuro reluzente, sem as características de uma barata voadora, e que supostamente teria sido presenteada para o resto do mundo pelo continente africano.

Barata-De-Faixa-Marrom
Barata-De-Faixa-Marrom

Podemos caracterizar a fuliginosa como uma praga urbana domiciliar; mas também com características de uma espécie peridomiciliar; que costuma carregar o seu estojo com ovos durante o dia inteiro e depositá-lo em um local seguro, para que sejam incubados por cerca de 1 mês e meio.

Uma Espécie E as Suas Peculiaridades

As ninfas da Periplaneta fuliginosa costumam desenvolver-se cerca de 2 meses após a eclosão dos ovos. E a longevidade dos machos geralmente oscila entre 113 e 118 dias; enquanto as fêmeas não ultrapassam os 3 meses.

A quantidade de ootecas produzidas por uma fêmea costuma variar entre 6 e 17 estojos, com cerca de 15 ovos cada um, que serão o prenúncio de que uma nova leva de baratas está por vir, para a “alegria” da população das regiões temperadas da Ásia e do sudeste dos Estados Unidos, onde essa espécie pode ser encontrada com maior facilidade.

A “Barata esfumaçada”, como pode ser traduzido esse seu singular nome científico, também chama a atenção pela variedade dos ambientes onde pode ser encontrada.

Lixões, ocos de árvores apodrecidas, vegetação morta, o interior de residências, pilhas de madeiras, bases de pedras, entradas de bueiros, proximidades de esgotos, sótãos, porões…Enfim, desde que possam encontrar alta umidade elas estarão lá, “imensas” e “assustadoras”.

E ainda como um razoavelmente importante vetor de doenças; uma típica praga urbana; com características de uma espécie domiciliar, não voadora e com uma capacidade de regeneração que já não é nenhuma novidade em se tratando dessas formidável comunidade das baratas.

5.A Barata de Madagascar (Gromphadorhina portentosa)

Barata de Madagascar
Barata de Madagascar

Essa, sim, é o que podemos chamar de uma “barata de respeito”: A Gromphadorhina portentosa, também conhecida como a “Barata sibilante de Madagascar”.

É uma exuberância da natureza, capaz de atingir entre 5 e 7 cm de comprimento, saída diretamente da Ilha de Madagascar – a maior do continente africano – para o mundo!

O habitat preferido dessa espécie são ocos de árvores, troncos podres, pilhas de lenhas, bases de pedras; e uma curiosidade acerca dessa espécie é o fato de ela ser apreciada como animal de estimação – tal a exoticidade dos seus aspectos físicos e biológicos –, o que até a torna um dos alvos do famigerado tráfico de animais silvestres.

Dentro dessa comunidade das Gromphadorhina, algumas outras espécies costumam ser confundidas com a Barata-de-madagascar, como a G.oblongonota, a G.picea, entre diversas outras. No entanto, ela possui características únicas!

Como o seu sibilado característico, por exemplo, produzido quando o ar é expirado por meio dos canais de saída. Além do fato de elas não possuírem asas e serem excelentes escaladoras das mais desafiadoras estruturas.

Outras características das Baratas-de-madagascar são as antenas dos machos (bem mais destacadas que as das fêmeas), um singular par de chifres (não menos exuberantes), além do fato de deslocarem-se com as ootecas no interior do corpo.

Chama também bastante a atenção nessa espécie o fato de elas alimentarem-se preferencialmente com restos vegetais e celulose, por viverem cerca de 5 ou 6 anos (em cativeiro); sem contar o fato de que essa relação entre fêmeas e os seus filhotes são bem mais próximas e duradouras do que é comum ocorrer com outras espécies.

As Peculiaridades Das Baratas-De-Madagascar

Como dissemos, nessa lista com os inúmeros tipos de baratas existentes no planeta, em diferentes espécies, nomes científicos, habitats e demais singularidades, como podemos observar nessas fotos, as Baratas-de-madagascar possuem um lugar bastante especial.

Na verdade há quem diga que elas nem sequer poderiam ser enquadradas nessa categoria – onde encontram-se algumas das espécies mais repugnantes da natureza!

No entanto, podemos, sim, caracterizá-las como pertencentes a essa subordem das Blattarias. Mas como uma comunidade à parte, e com características únicas, como essa de emitir sinais sonoros por meio da respiração.

Na verdade isso é algo bastante incomum entre os insetos, já que, como se sabe, o natural é que todo e qualquer som emitido por eles seja o resultado de uma fricção entre os seus membros.

Outra coisa que chama bastante a atenção na Gromphadorhina portentosa é o fato de ela ser uma das preferidas quando o assunto é a utilização de baratas em produções televisivas e cinematográficas.

As produções Starship troopers (1998), Possuídos (1975), Homens de Preto (1997), entre outras produções não menos extravagantes, foram apenas algumas que ajudaram a catapultar a fama das Baratas-de-madagascar e levá-las ao estrelato como poucas espécies tiveram a honra na história do cinema.

Como também já nos referimos, as Baratas-de-madagascar estão entre as preferidas por criadores de animais exóticos de estimação.

E elas ainda contam com a vantagem de não necessitarem de mais do que um pequeno espaço escuro, com temperaturas entre 27 e 31 graus centígrados, e de onde elas não possam escapar por meio de escaladas (a sua grande habilidade e arma secreta).

E, no mais, é só mantê-las com uma boa quantidade de verduras e legumes frescos, alguma fonte de proteína e bastante amor e carinho (se é que isso seja possível).

E, dessa forma, garantir a reprodução de uma das espécies mais exóticas, incomuns e singulares desse não menos extravagante, exótico e singular universo das baratas.

6.Barata-Australiana (Periplaneta australasiae)

Essa comunidade que abriga espécies como a Barata americana e a Barata-de-faixa-marrom abriga também essa variedade, com cerca de 3 a 3,5 cm de comprimento, uma tonalidade mais para o avermelhado e com uma faixa meio amarelada no tórax.

Esse animal costuma ser facilmente confundido com a Barata americana, mas elas diferenciam-se pelo tamanho, já que a australiana é bem menos robusta, além de possuir uma espécies de faixas nas laterais das suas asas.

Barata-Australiana
Barata-Australiana

É uma variedade “formidável!” (se é que se possa expressar assim), originária do continente asiático (apesar do nome), e que pode ser encontrada com mais facilidade em estados do sul dos Estados Unidos, como o Alabama, a Geórgia, Texas, Novo México, Flórida, Carolina do Sul, entre diversos outros.

A Periplaneta australasiae é uma dessas espécies cosmopolitas, que acabaram ganhando o mundo ao serem transportadas acidentalmente em carregamentos de frutas, verduras, leguminosas, entre outras situações que oferecem a elas o ambiente que mais apreciam: abafado e confortavelmente escuro.

Aliás, sobre a distribuição dessa espécie, chama bastante a atenção o fato de elas serem facilmente encontradas em regiões da costa dos Estados Unidos, muito por causa da movimentação de carga e descarga, que vive trazendo levas e mais levas de Baratas australianas para o “deleite” das populações desse trecho do país.

Outra curiosidade sobre essa espécie diz respeito à sua tolerância a ambientes secos (ou com pouca umidade), o que faz com que ela suporte bem o clima tropical de algumas regiões do sul dos Estados Unidos. Como na Flórida, por exemplo; mas também o verão quente e o inverno úmido da Califórnia, aos quais elas adaptaram-se muito bem.

O Comportamento da Periplaneta Australasiae

Nessa lista com os mais variados tipos de baratas, com as suas características, habitats preferidos, diversidade de espécies, nomes científicos, entre outras peculiaridades, como podemos observar nessas fotos, não poderia faltar uma espécie como essa.

Isso porque ela é, digamos, uma daquelas baratas meio avessas a um ambiente fechado e escuro. Ao que tudo indica o que elas gostam mesmo é de espaço; de transitar livremente em regiões de portos, em meio a edifícios e centros financeiros de grandes cidades.

A Barata australiana só tolera ambientes fechados quando precisam encontrar alimentos, como um bom animal onívoro, que se sairá bem com uma dieta à base de restos de comida, frutas, legumes estragados, fezes, celulose, entre outros materiais saborosíssimos.

Como uma típica espécie voadora, é dessa forma que ela irá livrar-se do assédio dos seus principais predadores, em uma corrida desabalada em busca de algum buraco (o seu esconderijo favorito), o que a faz lembrar as suas antigas moradas (ocos de árvores e troncos apodrecidos), quando ainda habitava o continente asiático.

E também não se assuste se, em algum momento, deparar-se com algumas delas fazendo de algumas pilhas de madeiras, troncos apodrecidos, plantas, e até mesmo livros, um bom banquete – essa é uma característica da Barata australiana, que chama a atenção pela capacidade de virar-se bem quando o assunto é matar a fome.

Essa espécie possui um ciclo de vida que não ultrapassa os 180 dias; e durante esse período ela deverá atravessar uma fase reprodutiva como é comum a esse gênero.

Elas simplesmente irão transportar as suas ootecas por longos e quase intermináveis 40 dias, com cerca de 25 ovos por ooteca, somando um total de 20 ou 25 dessas “bolsas com ovos” prontas para trazerem à vida algumas centenas desses animais.

7.A Barata-Verde (Panchlora nivea)

Barata-Verde
Barata-Verde

Aqui temos um perfeito exemplar de uma espécie exótica e extravagante desse horripilante universo das baratas.  Uma variedade também conhecida como Barata-cubana, Barata-de-banana-verde, entre outras denominações que elas recebem em função das suas características físicas e biológicas.

Como o seu nome nos leva a supor, estamos falando de uma espécie típica do Caribe, mais especificamente ainda de algumas regiões cubanas, de onde ela espalhou-se por algumas localidades dos Estados Unidos, principalmente na Flórida, Carolina do Sul, Carolina do Norte, Texas, Alabama, entre outras regiões costeiras e às margens do Golfo da Flórida.

A coloração verde é, sem dúvida, o seu grande chamariz; e esse é o resultado de uma mutação genética, que foi capaz de transformar esse membro da ordem Blattodea em uma verdadeira atração sempre que é encontrada.

As Baratas-verdes não podem ser consideradas como pragas urbanas. Na verdade dificilmente irá encontrá-la em residências, ou mesmo em uma rotina peridomiciliar. O que elas gostam mesmo é de transitar em espécies arbustivas, troncos de árvores e folhagens.

Nesses locais, elas alimentam-se de larvas, restos vegetais, madeira apodrecida, pequenos insetos, entre outros materiais semelhantes – uma característica que, definitivamente, não as inclui na categoria das pragas urbanas, como as baratas costumam ser descritas.

Uma outra curiosidade sobre essa espécie diz respeito ao seu dimorfismo sexual. É impressionante a diferença de tamanho entre machos e fêmeas, pois enquanto os primeiros dificilmente ultrapassam os 13, 14 ou 15mm, as fêmeas podem facilmente atingir os respeitáveis 2,5 cm de comprimento.

Reprodução E Demais Características Da Panchlora Nivea

Uma outra curiosidade acerca dessas Baratas-verdes diz respeito ao seu especial apreço por fontes luminosas. Esse é um daqueles insetos que costumam ser atraídos por um foco de luz, o que também contribui para despertar ainda mais atenção sobre elas.

Por isso mesmo é bastante comum que essas baratas sejam criadas como animais de estimação – e até mesmo como fontes de alimentação para outras espécies criadas em cativeiro –, especialmente pelo fato de nenhum perigo causar à saúde humana.

Quanto às características da reprodução dessa espécie, o que podemos dizer é que elas permanecem com as suas respectivas ootecas durante o período necessário para que os ovos ali contidos sejam depositados em um lugar seguro.

E o que se sabe, também, é que cada uma dessas ootecas pode abrigar até 50 ovos, que eclodirão a uma temperatura entre 22 e 25 graus centígrados, em não mais do que 46 dias, para o surgimento de ninfas que se desenvolverão em um período entre 143 e 180 dias.

8.Parcoblatta Pensylvanica

Parcoblatta Pensylvanica
Parcoblatta Pensylvanica

Um outro tipo de barata que deve constar aqui nessa lista, onde estão as mais singulares espécies, com os mais variados nomes científicos, as mais curiosas preferências de habitats, entre outras peculiaridades que infelizemente essas fotos não nos mostram, é a Barata-da-madeira-da-Pensilvânia.

Essa é outra singularidade saída diretamente dessa subordem Blattaria, originária das regiões a leste da América do Norte, o que a torna uma espécie típica de trechos das províncias de Quebec, Ontário (Canadá), Pennsylvania, Virgínia, Ohio (Estados Unidos), entre outras regiões próximas.

Fisicamente podemos destacar a coloração marrom-escuro dessa variedade, além de um comprimento que gira em torno de 2,5 cm para os machos, e um pouco menos de 2 cm para as fêmeas – além de uma tonalidade meio amarelada nas laterais dos seus tórax, que confere a essa espécie uma horripilância à parte.

Outra curiosidade acerca dessa variedade é a sua capacidade de “voar” – algo que é típico dos machos. Enquanto as fêmeas chamam a atenção pelo tamanho diminuto das suas asas, que não conseguem oferecer a elas essa característica.

Por isso mesmo um voo rasante é o que caracteriza os primeiros; um voo rasante e por um curto espaço de tempo; graças a um par de asas que consegue a proeza de ser bem maior do que o seu próprio corpo – que já é razoavelmente exuberante para uma espécie dessa comunidade.

A Barata-da-madeira-da-Pensilvania também chama a atenção por ser daquelas espécies que, ao que parece, preferem mesmo é o ambiente rústico e selvagem de uma floresta arbustiva, de um bosque ou matagal; pois é bem mais fácil encontrá-las em pilhas de lenhas, ocos de árvores apodrecidas e em troncos de espécies abatidas.

E todos os anos elas fazem uma verdadeira festa durante o período de acasalamento; que é quando atravessam diversas regiões em bandos à procura de locais propícios para executarem os seus respectivos processos de reprodução; e ainda com a curiosa característica de também serem atraídas por um foco de luminosidade, como ocorre com outras parentes suas.

As Características Da Parcoblatta Pensylvanica

Como pudemos perceber até aqui, as Baratas-da-madeira-da-Pensilvânia não podem ser listadas entre aquelas espécies consideradas como verdadeiras pragas urbanas, e muito menos um vetor importante para a transmissão de doenças.

Esses animais sobrevivem às custas de restos orgânicos – vegetais, em sua maioria –, que elas adquirem em ambientes onde possam proliferar determinadas espécies de mofos e fungos.

Por isso mesmo é comum encontrar focos dessa variedade de baratas em telhados de construções abandonadas, porões, sótãos e outras construções de madeira. Na verdade elas não podem nem sequer ser consideradas espécies domiciliares.

A Parcoblatta pensylvanica só costuma ocupar residências quando construídas em regiões de bosques, matagais e em florestas; ou mesmo quando a madeira utilizada nas construções abriga ovos dessa espécie.

E sobre a reprodução da Barata-da-madeira-da-Pensilvânia, sabe-se que ela também obedece aos estágios que são típicos dessa subordem Blattaria: a formação de ovos, desenvolvimento na forma de ninfas e uma fase adulta.

E tudo começa pela deposição dos ovos em cascas de árvores, troncos apodrecidos, calhas, telhados de madeira, ou em outras regiões onde eles possam encontrar umidade, escuridão e altas temperaturas.

São várias ootecas, contendo cerca de 30 ovos cada, que deverão eclodir por volta de 35 dias, para que essas baratas desenvolvam-se como ninfas durante 1 ano e tornem-se adultas com uma expectativa de vida entre 6 e 8 meses.

9.O Gênero Ectobius

Ectobius
Ectobius

Nessa lista com os tipos de baratas que até aqui apresentamos, com as suas várias características, nomes científicos, habitats, variedades de espécies, entre outras singularidades observadas nessas fotos, cabe também um lugar especial para essa comunidade.

O gênero Ectobius abriga espécies como a E.sylvestris, E.aethiopicus, E.aeoliensis, E.aetnaeus, E.africanus, entre diversas outras variedades que caracterizam-se por não serem espécies cosmopolitas.

A Ectobius sylvestris é uma delas. E trata-se de uma variedade tipicamente europeia ou euroasiática.

Os indivíduos desse gênero costumam medir entre 5 e 13 milímetros de comprimento, apresentam uma coloração entre o marrom e o esverdeado, com faixas mais claras nas laterais do corpo.

Apesar de serem restritas a algumas regiões da Europa, uma recente reintrodução desse gênero na América do Norte tem como principal objetivo formar uma população que já se espalha por trechos do leste dos Estados Unidos e do Canadá.

Mais especificamente em florestas arbustivas, matagais e bosques das províncias de Quebec, Ontário, Manitoba (no Canadá), Ohio, North Carolina, Arkansas, Tennessee ( nos Estados Unidos), entre diversas outras regiões próximas.

E, por fim, algo que também chama bastante a atenção nesse gênero é o seu dimorfismo sexual. Nesse caso, o que temos aqui são fêmeas com um comprimento bem maior que os machos e com asas curiosamente bem menores; algo que, aliás, também pode ser observado em outros gêneros desse cada dia mais surpreendente e revelador universo da subordem das Blattarias.

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