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Crucíferas e Brassicas

Os vegetais crucíferos e brassicas pertencem à mesma família Brassicaceae. A diferença é que, enquanto o termo crucífero refere-se à família o termo brassica refere-se a uma classe inferior dessa família.

Os vegetais crucíferos receberam esse nome após a observação do botânico francês Antoine-Laurent de Jussieu (1748-1836) de que tais vegetais possuíam flores muito semelhantes a cruzes ou crucifixos.

Eram vegetais como: rúcula, brócolis, acelga, rabanete, couve-flor, agrião, repolho, entre outras variedades que ajudam a compor uma comunidade com mais de 350 gêneros, e que deram origem a cerca de 3.200 espécies.

E entre elas estão algumas variedades da classificação inferior dos vegetais Crucíferos, as Brassicas, que são populares em todo o mundo pela diversidade de formas com que podem ser consumidas.

Como, por exemplo, cozidos, em saladas, sucos, refogados, a vapor, entre outras formas de saborear alguns dos vegetais mais ricos em cálcio e ferro dentre todos os que já foram descritos e catalogados.

São espécies como a couve-chinesa, o brócolis, a mostarda, o repolho, entre outras variedades, que são consideradas verdadeiras potências em fibras, vitaminas A, B e E, além de ferro, cálcio, magnésio, sódio, potássio, betacaroteno; sem contar os seus poderes antioxidantes e anticancerígenas – considerados os seus grandes diferenciais em relação a outras famílias de vegetais.

Vindo diretamente da Ásia e da região do Mediterrâneo, os vegetais Crucíferos e Brassicas – com a sua inconfundível estrutura folhosa, verde e sensível ao toque – caíram quase que imediatamente no gosto popular em todo o mundo.

E no Brasil, como não poderia ser diferente, viraram sinônimos de saladas em praticamente todos os estados Brasileiros, como algumas espécies que serão relacionadas logo abaixo.

1.Brócolis

O brócolis é uma das “celebridades” entre os vegetais Crucíferos da classificação Brassica. Acredita-se que já no Império Romano a Brassica oleracea (seu nome científico) costumava adornar a mesa de nobres e plebeus.

O brócolis é uma planta herbácea, com uma coloração entre o verde-escuro e o verde-azulado, com folhas onduladas nas extremidades, flores de formato irregular (em forma de um cálice), e que resultam numa constituição semelhante a um tufo.

Ele costuma ser colhido a cada 2 anos, de forma perene, em regiões de clima frio (entre 17 e 24°C), além de possuir a característica de não resistir bem ao transporte e armazenamento. – E por isso recomenda-se o seu consumo o mais rapidamente possível.

O brócolis é famoso pelas suas propriedades antioxidantes, desintoxicantes e anticancerígenas – nesse último caso, devido à presença de compostos como os Isotiocianatos, que possuem uma comprovada ação preventiva contra o desenvolvimento de células defeituosas – desde que o vegetal faça parte da rotina do indivíduo.

2.Couve-Chinesa

Uma curiosidade sobre a couve-chinesa é que ela costuma ser bastante confundida com um repolho, ou mesmo com uma variedade de alface, devido à sua constituição física. Mas esse não é o único motivo.

Na verdade, assim como os vegetais citados, a couve-chinesa é considerada uma referência na Europa, China e América do Sul quando o assunto é a ingestão de ferro e cálcio.

Ela pode ser reconhecida pelas suas folhas grandes, largas, com uma cor verde-claro, cuja estrutura termina na forma de uma cabeça, que pode ser consumida crua, no vapor, em refogados, batida no liquidificador e em combinações com inúmeros outros vegetais.

Na verdade, não é tarefa nada fácil enumerar a quantidade de maneiras de preparar um dos mais nutritivos e digestivos representantes do gênero Brassica da família das Crucíferas.

3.Mostarda – Brassica juncea

A mostarda é o principal ingrediente de um molho considerado uma verdadeira referência na composição dos mais diversos tipos de lanches.

Ele é produzido a partir do vegetal moído e misturado com água e vinagre, para a elaboração de um condimento exótico e com um inconfundível sabor levemente doce, picante e adstringente.

Em regiões como o sudeste asiático, norte da África e no Mediterrâneo, a Brassica juncea também pode ser reconhecida por outros nomes, como: mostarda-preta, mostarda-da-índia, mostarda-branca e mostarda-castanha.

Mas sempre com a mesma característica de poder ser apreciada na forma de um singular condimento que, nesses países, são utilizados nos pratos mais curiosos e singulares já inventados.

A planta pode atingir até 3m de comprimento e apresenta folhas verdes, com bordas irregulares e flores amarelas – tudo isso a partir de uma semente que mal atinge os 2mm.

4.Rúcula – Eruca sativa

A rúcula ou “Eruca sativa” também está entre os mais nutritivos vegetais Crucíferos da classificação Brassica. O vegetal é uma verdadeira referência entre as plantas com propriedades digestivas, diuréticas e antioxidantes; e ainda com altos níveis de vitaminas A, B e C, além de zinco, ferro, manganês, cálcio, betacaroteno, potássio, entre outras substâncias nutritivas.

Tais substâncias ainda fazem da rúcula – que já é uma espécie de referência na gastronomia italiana – uma das celebridades entre os praticantes dos mais diversos tipos de dietas.

O que se diz é que a rúcula, apesar de não estar entre os mais consumidos entre os vegetais Crucíferos, possui quantidades de ferro, cálcio, fibras e vitaminas capazes de fazer de variedades como alface, brócolis e até mesmo a couve-flor meros coadjuvantes.

Pois, quando o assunto é o fortalecimento das defesas, prevenção dos mais diversos tipos de cânceres e regularização do aparelho digestivo, ela é quase imbatível.

5.Repolho

Finalmente, nas regiões Sudeste e Nordeste, um vegetal quase insubstituível na hora de compor uma salada para ser servida na hora do almoço ou como ingrediente de um suculento refogado.

Ela é outra subespécie da Brassica oleracea, identificada como pertencente ao grupo cultivar “Capitata”, devido à sua constituição como uma planta herbácea, cujas folhas sobrepõem-se umas sobre as outras até formar uma “cabeça”.

O seu cultivo é bianual e a espécie teria sido desenvolvida a partir de mutações genéticas naturais de outras espécies selvagens bastante comuns nos países do Mediterrâneo desde os tempos mais remotos.

As variedades de repolho mais conhecidas são: o repolho-roxo, liso, crespo, repolho-de-bruxelas, repolho-chinês, entre outras variedades que ajudam a compor o vasto arsenal das espécies dos grupos cultivares Sabauda e Rubra, cultivadas em regiões de clima ameno ou temperado.

100 gramas de repolho contêm cerca de 24 calorias, vitamina A (235UI), B1 (110 mcg), vitamina C (41,3mg), Fósforo (32mg), Ferro (0,57 mg), além de cálcio, potássio, sódio, entre outras inúmeras propriedades – inclusive medicinais.

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