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Qual a Importância dos Corais para o Meio Ambiente?

Famosos nos documentos de vida marinha, os corais são animais cnidários, pertencentes à classe taxonômica Anthozoa, mas que e destacam pela presença do exoesqueleto calcário ou formado por matéria orgânica. Quando adultos são considerados pólipos, ou seja, se fixam a substratos (sésseis), os quais podem ser inclusive as rochas e conchas. Possuem capacidade para formação de colônias, as quais, em sua maioria são extremamente coloridas e de grande dimensão, com capacidade para abrigar até mesmo um ecossistema.

Apesar de os recifes de corais se desenvolverem principalmente em águas tropicais e subtropicais, os corais estão presentes em praticamente todos os oceanos, inclusive, pequenas colônias de coral já foram encontradas até mesmo em águas frias da Noruega.

O maior recife de coral vivo já encontrado e documentado está presente na Austrália, mais precisamente na Costa de Queensland.

Neste artigo, você vai conhecer um pouco mais sobre estes animais tão fascinantes e até mesmo sobre a contribuição destes para um ecossistema macro.

Afinal, qual a importância dos corais para o meio ambiente?

Venha conosco e descubra.

Boa leitura.

Filo Cnidaria

Este filo é formado por animais exclusivamente aquáticos, multicelulares, com estrutura simples. A maioria das espécies é marinha e de vida livre, seno encontradas em costas, fundos e águas abertas dos oceanos.

Ao todo, são mais de 11.000 espécies. As formas adultas podem ser categorizadas como pólipos ou como medusas, ambas com simetria externa radial.

Estes indivíduos apresentam a abertura oral rodeada por tentáculos, e, do outro lado, a região aboral, a qual se fixa ao substrato formando um pé.

Filo Cnidaria

A organização tecidual dispõe apenas do revestimento externo (a epiderme), do revestimento interno e da gastroderme. Tais revestimentos são separados entre si através de uma matriz extracelular rígida, no caso a mesogléia- responsável pela típica consistência firme, porém borrachuda das águas vivas.

Estes animais não possuem tecido muscular verdadeiro, logo a movimentação ocorre através das células epiteliais. Tais células, quando presentes na gastroderme, recebem o nome de nutritivmusculares; e quando presentes na epiderme, são chamadas epiteliomusculares.

O sistema nervoso é constituído por uma rede difusa de neurônios multipolares.

Classe Taxonômica Anthozoa

Esta é considerada a maior classe de cnidários, uma vez que abriga um total de 6.000 espécies, dentre elas os corais, águas-vivas, hidras e anêmonas do mar. Estes organismos diferenciam-se dos demais cnidários por serem completamente sésseis, não possuindo um estado de vida livre tal como ocorre na medusa.

Anthozoa

A maioria dos integrantes desta classe forma colônias, as quais são geralmente de grande tamanho. Apesar disso, pólipos individuais podem apresentar tamanho reduzido.

Corais Subclasses e Ordens Taxonômicas

Ao todo, as espécies de corais estão distribuídas em 2 subclasse e 14 ordens taxonômicas.

As subclasses são Alcyonaria e Zoantharia. Na primeira, estão presentes as ordens Alcyonacea, Gorgonacea, Helioporacea, Pennatulacea,  Stolonifera e Telescacea. Na segunda, estão presentes as ordens Actiniaria, Antiniaria, Ceriantharia, Corallimorpharia, Pythodactiaria, Rugosa, Scleractinia e Zoanthinidea.

Na subclasse Alcyonaria (também conhecida como Octocorallia), os pólipos possuem 8 tentáculos e 8 septos; e possuem o formato de pena. Quase todos os indivíduos constituem colônia, sendo que esses pólipos individuais se interconectam por meio de tubos gastrodérmicos e pela mesogléia (tipo de massa extracelular gelatinosa comum em cnidários).

A subclasse Zoantharia possui um sistema mais complexo de septos, os quais são arranjados em múltiplos de 6 (sendo de, no mínimo, 12). Muitos indivíduos podem viver isoladamente, e, quando há conexões, estas se estabelecem por meio de dobras externas relativamente simples de suas paredes corporais.

Corais: Hábitos e Características

Em relação aos hábitos alimentares, a dieta dos corais é formada por pequenos seres vivos, tais como peixes e zooplâncton.

A reprodução de algumas espécies ocorre de forma sexuada, ou seja, através da liberação de gametas na água, os quais se fundem para formar uma larva (a qual recebe o nome de plânula). Outras espécies podem se reproduzir de forma assexuada através de brotamento, sendo que o broto pode ou não e separar do coral.

Corais Características

Algumas particularidades anatômicas incluem a presença de uma actinofaringe, ou seja, uma faringe que liga a abertura oral ao celêntero. Muitas vezes, esta faringe possui inúmeros divertículos como células flageladas, os quais recebem o nome de sifonoglifos. A colocação desses divertículos em posições diametralmente opostas confere ao pólipo uma simetria bilateral.

Utilização dos Corais para os Seres Humanos

Corais (especialmente os de cor vermelha) podem ser utilizados para fabricar colares e outras jóias. As substâncias presentes nesses animais também podem ser utilizadas na produção de medicamentos para controle da dor e outras finalidades. O leste da África costuma aproveitar o calcário presente no exoesqueleto dos corais para a construção civil.

https://www.youtube.com/watch?v=LQet2xsy6w8

Convém lembrar que a captura de corais nunca deve ser realizada de modo predatório, e as áreas consideradas reservas ecológicas naturais devem permanecer intocadas.

Infelizmente, os ecossistemas dos recifes de corais estão em processo de degradação em razão da atividade humana predatória.

Qual a Importância dos Corais para o Meio Ambiente?

Os recifes de corais são ecossistemas bastante diversificados tanto em nível local, quanto regional e global. Nestes, está presente uma grande variedade de plantas e animais, o que representa alimento e renda para muitas comunidades. Em termos mais palpáveis, uma em cada quatro espécies marinhas pode ser encontrada nos recifes; além de que 65% dos peixes podem ser encontrados por lá.

Aqui no Brasil, há distribuição de recifes de corais ao longo de 3 mil Km de costa, a qual se estende do Maranhão ao Sul da Bahia. Esta formação recifal é considerada a única do Atlântico Sul, e a área conta com unidades de conservação federal, estadual e municipal.

De forma geral, os recifes de coral também podem estar ameaçados em razão das mudanças climáticas, através das quais há um aquecimento dos corais, promovendo a expulsão das algas e, consequentemente, um “branqueamento” destes seres vivos. Um dos maiores braqueamentos da história ocorreu no ano de 1998.

Outro fator que representa ameaça para os corais é a utilização de explosivos, cianeto, mineração de areia e rocha, assim como nutrientes e sedmentos na pesca.

Agora que você já conhece um pouco mais sobre os corais, nossa equipe o convida a continuar conosco para visitar também outros artigos do site.

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Até as próximas leituras.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Recifes de coral. Disponível em: < https://www.mma.gov.br/biodiversidade/biodiversidade-aquatica/zona-costeira-e-marinha/recifes-de-coral.html>;

Oceanário de Lisboa. Coral-folhoso. Disponível em: < https://www.oceanario.pt/exposicoes/aquario/invertebrados/coral-folhoso>;

Wikipédia. Coral. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Coral >.

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