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Maior Vulcão do Mundo

O Maior Vulcão do Mundo

Se até então o imponente Mauna Loa era considerado o maior vulcão do planeta, agora isso faz parte do passado. Pois, apesar de ser um vulcão inativo, tecnicamente o Tamu Massif é, hoje, o mais imponente representante dessa manifestação da natureza no mundo.

A descoberta foi feita por uma equipe de cientistas liderados pelo professor titular do Departamento de Ciências Atmosféricas e da Terra, da Univ. de Houston, Texas, EUA, William Sager.

O Massif parte das profundezas do Oceano Pacífico, até despontar, assustadoramente, a cerca de 1600km no lado leste do Japão, com uma área total de mais de 300km2.

Para se ter uma ideia do que isso representa, o Monte Olimpo – uma espécie de vulcão descoberto em Marte, e que até agora era considerado o maior de todo o Sistema Solar – possui cerca de 625 km de largura contra os quase 650 km do Tamu Massif.

O vulcão passou a ser estudado pelo professor no início dos anos 90, e tal foi o impacto pessoal da descoberta, que chegou a descrevê-lo como algo irreal, ou como se o Massif fosse tão somente uma reunião de vários outros vulcões muito próximos.

Para desvendar tão mistério, o professor teve que recorrer a vestígios do vulcão recolhidos por um navio especialmente construído para a realização de investigações científicas.

E o resultado foi inequívoco: O Massif é, sim, o maior vulcão do mundo, pois, com base nos resultados dos estudos, um único ponto foi o responsável por todas as suas explosões e efusões de lavas basálticas que modelaram toda a sua estrutura externa.

Um Verdadeiro “Achado” nas Profundezas do Pacífico

O Massif possui algumas características que lhe são próprias. Ele, por exemplo, é do tipo “escudo”. Estes são vulcões, como o próprio nome indica, na forma de um escudo virado para baixo. Essa constituição se deve à sua composição, praticamente toda ela lava endurecida.

Massif
Massif

O que acontece é que as efusões de lava, de que ele teria sido formado, foram se esparramando ao longo de milhões e milhões de anos – ao contrário da maioria, cuja lava acaba se concentrando bem em seu entorno, dando-lhes um formato de cone bastante íngreme.

O maior vulcão do planeta também tem uma longa história de vida. O que os cientistas concluíram é que ele deve ter aproximadamente 145 milhões de anos, e tudo indica que esteja inativo há pelo menos 140 milhões, por motivos que ainda são considerados verdadeiros mistérios a serem desvendados.

De acordo com o professor, existe a possibilidade de haver outros vulcões iguais ou até maiores do que o Tamu Massif na natureza. Mas o que o diferencia dos demais é que, no seu caso, já se tem a certeza de que ele é uma manifestação única, e não um conjunto de vulcões em uma mesma estrutura, como outros que já foram descobertos.

Para a ciência, mais do que uma importância simbólica, a descoberta do Tamu Massif é uma daquelas que permitem entender melhor o potencial do magma existente nos subterrâneos do planeta. E, com isso, determinar, não só os riscos que corremos mas também outros detalhes acerca da formação do planeta Terra.

Ásia Oriental: O Lar do Maior Vulcão do Planeta

O Tamu Massif fica na região leste do Japão, que, por sua vez, fica na Ásia Oriental – uma região com aproximadamente 12 milhões de km2, que abocanha cerca de 25% de todo o continente asiático; e que possui moradores ilustres, como a China, Japão, Taiwan, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Hong Kong, Mongólia, entre outras nações.

Lá também está (capitaneada pelo vigor populacional da China) cerca de ¼ da população mundial; um trecho subregional da imponente Rússia; a segunda maior densidade populacional do planeta (cerca de 130 hab/km2), só perdendo mesmo para os vertiginosos 330 hab/km2 do sul da Ásia; entre outras características.

Ásia Oriental
Ásia Oriental

A Ásia é, definitivamente, uma “terra de contrastes”. O seu lado Oriental, por exemplo, é atravessado pelo Trópico de Câncer, e por isso convive com um clima temperado, cujas temperaturas médias geralmente oscilam entre 9°C e 17°C (no período mais quente) e -3°C e 12°C (na época de maior frio).

Já boa parte do sul da Ásia (e até mesmo trechos da China e de Taiwan) apresentam temperaturas mais elevadas – típicas de uma zona intertropical, que submetem a população a temperaturas muitas vezes acima dos 35°C.

Imagem Ilustrativa do Tamu Massif
Imagem Ilustrativa do Tamu Massif

Mas o maior vulcão do mundo, o Tamu Massif, está localizado no Japão, um país com mais de 126 milhões de habitantes – terra dos antigos Xoguns do séc. XII, da “harmonia e do trabalho duro” -, e que gaba-se de praticamente monopolizar o posto de uma das três maiores economias do mundo.

Lá está um arquipélago que já possui as suas centenas de vulcões, a maioria deles incrustados no chamado Círculo de Fogo do Pacífico; entre os quais, o lendário Monte Fuji, um Patrimônio Mundial da Unesco, com cerca de 3.800m, cercado por lendas, mistérios e inúmeras curiosidades sobre as suas origens.

É nesse trecho do Pacífico que está a maior quantidade de vulcões ativos do planeta, praticamente todos as ocorrências de abalos sísmicos e as maiores montanhas.

Mas também trechos bastante característicos de planícies desérticas, planaltos áridos e semiáridos, rios e lagos imponentes, entre outras exuberâncias, que mantêm esse trecho do continente sob uma constante aura de mistério e surrealidade.

Completam algumas das suas principais características, regiões de clima subtropical, as famosíssimas monções da ilha japonesa e da Península Coreana, o frio das montanhas chinesas e o contraste entre as temperaturas resultantes das massas de ar da Sibéria e do Pacífico Norte, que resultam em temperaturas altas e baixas, respectivamente.

Além dos desertos da Mongólia (como o lendário Deserto de Gobi), as singulares Estepes japonesas, a floresta de xerófila, imensos bambuzais e florestas de coníferas. Entre outros representantes que ajudam a compor um dos trechos mais originais do planeta, e que agora tem o maior vulcão do mundo como um dos seus ilustres inquilinos.

O Maior vulcão do planeta agora é o Tamu Massif, no lado leste do Japão. Mas o fato de ele ser um vulcão inativo pode tirar-lhe tal posto? Deixe a resposta em forma de um comentário. E aguardem as próximas publicações do blog.

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