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História da Soja e a Origem Dela

A história da soja e as suas origens perdem-se no tempo! Mas as conclusões científicas mais confiáveis dão conta de que elas estão na China; na distante China de 800 a.C; quando uma espécie selvagem começou a sofrer, de forma natural, diversos processos de cruzamentos até chegar na variedade que hoje conhecemos.

Aliás, uma variedade bem diferente do que era quando desenvolvia-se como uma espécie rasteira ao longo do rio Yangtse; como um típico grão sagrado; tão ou mais sagrado quanto o próprio trigo, ou o arroz, ou até mesmo o milho; espécies que, em conjunto, são responsáveis pela sobrevivência do homem ao longo de milênios.

Uma das mais antigas referências à soja está no livro chinês sobre espécies agriculturáveis “Pen Ts’ao Kong Mu”; obra do então imperador chinês Sheng-Nung, famoso por ser o grande representante da agricultura chinesa, mestre na arte de cultivar a terra, a ponto de torná-la um substituto possível para a alimentação à base de carne.

E mais que isso: capaz de tornar a soja uma espécie de moeda de troca no período, a grande cultura da época, de onde extraía-se toda a proteína vegetal consumida, além do leite, queijo, óleo, entre outros produtos que pudessem ser obtidos a partir dessa excelente matéria-prima.

Por volta de 300 a.C., já há registros do desembarque da soja (diretamente da China) em outros territórios da Antiguidade, como na Grécia, Roma, Egito, Índia, entre outras civilizações não menos lendárias, e que agora incorporavam a soja às suas dietas, juntamente com outras verdadeiras dádivas da natureza.

Uma História Milenar

Como dissemos, a história e origem da soja remontam há milênios! No entanto, a espécie que distribuía-se às margens dos rios do Leste da China era um tipo selvagem, que precisou passar por diversos processos naturais de cruzamento, até que por volta do séc. IX a.C. (ou X?) fosse domesticada e transformada num vegetal comestível e capaz de prestar-se aos mais diversos fins.

Foram necessários ainda muitos e muitos séculos até que o grão pudesse sair dos seus limites estreitos do território chinês, inicialmente em direção à Coreia, Japão, Vietnã, Laos, entre outros territórios que hoje compõem o Sudeste Asiático – isso já por volta de 400 d.C; o que mostra o quão lenta e progressiva foi a sua inserção nesses mercados.

O Ocidente só passaria a conhecer a soja entre os sécs. XV e XVI, em função das grandes navegações, que foram as principais responsáveis pelos avanços da agricultura ocidental, graças à introdução de novas e cada vez mais exóticas culturas, além de técnicas totalmente originais de agricultura até então desconhecidas do homem ocidental.

Na verdade podemos dizer que o Ocidente conheceu as maravilhas da soja há bem pouco tempo. O séc. XVIII foi o que marcou o momento em que esse grão começou a ser estudado com mais interesse para fins alimentícios, especialmente para a extração da sua valiosíssima proteína vegetal (incomparável) e para a fabricação do tradicional óleo de cozinha.

Até que, a partir do início do séc. XX, já com todos os estudos que deveriam ser feitos sobre os benefícios e possíveis malefícios da introdução da soja na dieta de seres humanos, o grão fosse finalmente introduzido no dia a dia do cidadão comum, em uma das trajetórias mais singulares entre esses que hoje estão entre os vegetais (ou grãos) mais populares nos dias atuais.

Soja: História, Origem e Trajetória Pelo Mundo

Apesar de ser hoje reconhecida como uma das principais espécies da agricultura mundial, a soja só ultrapassou os limites do quase fantástico território da China no final do séc.V d.C.

Até então pouco se sabia sobre essa espécie, apenas que compunha a dieta básica dos povos da região leste do país, especialmente para a extração de leite, proteína, óleo e para a confecção de pães.

Na verdade existem relatos que apontam a introdução da espécie na Europa já em meados do séc. XV, mas somente como uma espécie botânica, para compor jardins e para estudos científicos sobre as suas propriedades – ainda não se conhecia as maravilhas gastronômicas da planta!

No início do séc. XX países como a Rússia, Inglaterra, Alemanha, França, entre outros, descobriram na soja uma excelente fonte proteica, além de ser capaz de produzir um óleo que se tornaria, no futuro, um verdadeiro sinônimo de óleo vegetal de cozinha popular, barato e até hoje não igulado no mercado.

Mas foi somente com o fim da 1ª Guerra Mundial, por volta do início dos anos 20, que a soja finalmente foi introduzida (especialmente na forma de óleo comestível) na dieta do cidadão europeu, e mais tarde na de diversos países ao redor do mundo, inclusive no Brasil, onde tornou-se o mais popular e consumido dentre todas as variedades existentes.

A Soja no Brasil

O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo, atrás apenas dos EUA. Mas quando se trata de exportação somos imbatíveis – os maiores exportadores! – , com um total de 84 milhões de toneladas vendidas em 2018.

Na verdade a soja é o principal motor da agricultura brasileira (a espécie mais cultivada), juntando-se à cana-de-açúcar, café e milho para formar a “Santíssima Trindade” do agronegócio brasileiro; o verdadeiro motor da economia; e que, como se sabe, é o principal responsável, há décadas, pelo superávit comercial do país.

Existem relatos de que já por volta do ano de 1882 a soja começava a ser estudada por pesquisadores brasileiros, após a sua introdução nos Estados Unidos (1890), mas apenas como fonte de pesquisa de um cultivar até então considerado exótico e ainda selvagem.

Soja no Brasil

Os dados mais confiáveis dão conta de que foi somente no ano de 1891 que algumas espécies começaram a dar uma resposta positiva no Brasil, mais especificamente no interior de São Paulo – porém, nem de longe, com o vigor observado atualmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país.

Foram necessários ainda alguns anos até que, por volta de 1908, um grupo de imigrantes japoneses trouxessem para o Brasil uma variedade já domesticada e própria para o consumo, que seria comercialmente cultivada a partir de 1914 no estado do Rio Grande do Sul, e com maior abundância a partir de meados dos anos 20.

E o restante da história todos já conhecem! A espécie tornou-se a principal referência para a produção de óleo de cozinha no país. Uma das preferidas para a extração de proteína vegetal dentre todas as variedades conhecidas. Representante máxima da agricultura do brasileira e uma das mais importantes do mundo

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