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Tudo Sobre o Guepardo: Características, Nome Científico e Fotos

Tudo o que se disser sobre os guepardos ou Acinonyx jubatus (seu nome científico), como características, habitat natural, fotos, entre outras curiosidades, ainda será pouco diante da experiência de estar frente a frente com essa verdadeira “força da natureza”.

O animal vive nas savana africanas, mas também nas planícies e desertos da Ásia, nos campos e áreas abertas da Península Arábica, como um dos mais exuberantes membros da família Felídea, apesar de ser o único representante desse gênero Acinonyx.

O guepardo também pode ser conhecido como chita, lobo-tigre, chita-africana, leopardo-caçador, onça-africana, entre outras denominações que eles recebem devido à sua semelhança com os leopardos.

Porém, não confundi-los! Esse é o Panthera pardus, outra exuberância da natureza, um dos cinco maiores felinos do gênero Panthera (juntamente como o tigre, a onça-pintada, o leão e o leopardo-das-neves), mas que, no entanto, em praticamente nada se assemelha ao nosso exótico, extravagante e singular Acinonyx jubatus.

Entre as principais características físicas dos guepardos, podemos notar um crânio curiosamente desenhado para que não sofra a resistência do ar, uma coluna vertebral quase como um instrumento de guerra, uma cauda exuberante, entre outas características que contribuem para torná-lo um predador nato e hábil na arte de caçar uma boa presa.

Isso para o azar dos antílopes e gnus, algumas das suas principais presas, que não conseguem opor a menor resistência a esses animais quando atingem os seus assustadores 120km/h; e ainda beneficiados por uma capacidade de aceleração e explosão não igualada por nenhuma outra espécie de animais terrestres.

O Guepardo Características

Nada de esperar horas e horas numa emboscada. Ou apenas esperar e esperar e esperar até que um infeliz cruze o seu caminho. Nada disso!

A tática dos guepardos é bem simples: mirar a presa e correr, e correr, percorrendo uma distância de quase 8 metros em uma única passada, até atingir os seues 115 ou 120km/h, numa explosão de mais de 500m, até que a vítima, mesmo quase tão veloz quanto eles, simplesmente sucumba ante as suas poderosas garras.

Fotos, Curiosidades e Características Etimológicas do Nome Científico do Guepardo

Uma curiosidade sobre os guepardos refere-se ao seu nome científico, Acinonyx jubatus. Este supostamente seria um termo grego para designar “garras fixas” (Acinonyx) + “jubatus” (que tem juba), em uma alusão às características dos filhotes quando ainda são bem pequenos.

Mas isso não é totalmente certo. O certo mesmo é que eles conseguem utilizar bem essa característica de possuir garras fixas ou não-retráteis, pois são elas que garantem a sua firmeza no solo, para mudanças de direção rápida, como um dos fenômenos mais belos da natureza.

Já o seu apelido (chita) é cheio de singularidades etimológicas. O que se diz é que ele seria um derivado hindu de “chiita”, que poderia ser traduzido como “malhado” ou “com manchas salpicadas”, em uma alusão ao seu aspecto físico inconfundível.

Já para os britânicos eles são as “cheetah”, para os italianos “ghepardos”. O “leopardo cazador” é espanhol. Enquanto os holandeses conhecem bem o “jachtuipaard”, além de inúmeras outras denominações que eles recebem nos continentes asiático e africano.

O Habitat dos Guepardos

Além das características, nome científico, fotos, curiosidades, entre outras peculiaridades sobre os guepardos, cabe aqui chamar a atenção também para o fato de que hoje eles estão entre aquelas milhares de espécies ameaçadas de extinção, muito por culpa da caça predatória, invasão do progresso em seus habitats naturais e diminuição das suas principais presas.

Por isso mesmo só é possível encontrá-los em estado selvagem em algumas áreas restritas do Turcomenistão, Irã e Iraque, além de países do sul da África e da Península Arábica.

Essa é uma situação considerada preocupante, já que algumas décadas atrás era possível encontrar guepardos em estado selvagem nas planícies e campos abertos do Afeganistão, Paquistão, Turquia, Azerbaijão, Índia, entre outros países dessa exótica região do planeta.

Nesses locais, eles costumavam habitar savanas, campos, planícies, bosques; preferindo sempre locais com abundância das suas principais presas, entre as quais, diversas espécies de cervídeos, além de antílopes, avestruzes, zebras, javalis, porcos-do-mato, entre outros animais de médio e grande porte.

Atualmente os guepardos são mais abundantes no continente africano, especialmente nas regiões sul e leste, onde podem ser contados entre 7.000 ou 8.000 indivíduos, habitantes das savanas e campos abertos de Angola, Moçambique, Botswana, Tanzânia, Zâmbia, Namíbia, Suazilândia, África do Sul, entre outros países desse imenso continente.

Esses números, apesar de expressivos, podem enganar à primeira vista, já que hoje o que se sabe é que os guepardos habitam entre 5 e 7% das áreas onde ocorriam com abundância. E mesmo sabendo que quase 2/3 das áreas onde eles podem habitar são praticamente desconhecidos, são mínimas as chances de que possamos ter uma abundância dessas espécies em território africano como no passado.

Além do Nome Científico, Fotos e Imagens, as Características Físicas e Biológicas dos Guepardos

Os guepardos são considerados mecanismos dos mais impressionantes quando o assunto é movimento. Um corpo esguio, grande capacidade de retração do abdômen, massa muscular abundante em toda a lateral da sua coluna vertebral e um tórax como uma verdadeira máquina, fazem deles espécies de ferramentas tecnológicas produzidas com o que há de mais moderno em aerodinâmica e cinesiologia no reino animal.

Os guepardos, à parte o seu nome científico, curiosidades, entre outras características que podemos ver nessas fotos, chamam a atenção mesmo é quando entram em ação! Pois uma espécie aparentemente comum e sem grandes atrativos torna-se uma verdadeira máquina de articulações, músculos e ossos.

Fisicamente eles apresentam-se com um crânio diminuto (e aerodinâmico), olhos discretos e vivazes, focinho destacado e pelagem toda ela em um exuberante amarelo pardacento (com suas inconfundíveis manchas pretas).

No rosto dos guepardos destacam-se esse seu par de olhos entre o verde e o dourado, vivos e ameaçadores, curiosamente posicionados próximos às narinas, o que lhes conferem o aspecto típico dos predadores.

As orelhas também são diminutas, e com dois traços que margeiam as narinas (quase como lágrimas negras a escorrer pelas suas faces), que ajudam a formar um todo bastante singular e original.

O peso dos guepardos geralmente oscila entre 27 e 66 kg, a depender das variedades encontradas. A altura geralmente fica entre 1,1 e 1,5m. Além de uma cauda imensa e exuberante, que também teria uma função de equilibrar o seu corpo durante a corrida, o que mais uma vez demonstra a tecnologia por trás desse animal, que curiosamente possui um sistema cardiovascular bastante discreto, suficiente apenas para levar uma quantidade razoável de sangue até os órgãos, cérebro, membros e demais partes do seu corpo.

Uma Verdadeira Força da Natureza!

O guepardo é uma verdadeira “força da natureza!”. Um feixe de fibras e de músculos, quase todo ele estrategicamente posicionado nas laterais da sua coluna, faz com que esse animal ganhe uma passada mais larga, capaz de abarcar cerca de 8 metros a cada investida.

Curiosamente, eles apresentam caninos discretos, e características também bastante discretas do seu maxilar, o que por sua vez cooperam para que a sua boca mantenha-se poderosamente encaixada no pescoço da presa durante a mordida; permanecendo assim durante cerca de 8 a 10 minutos, até que a vítima desfaleça por falta de oxigenação, e aí então possa ser saborosamente degustada aos pedaços.

Já as suas narinas não conseguem abrir-se vigorosamente; elas acabam sendo limitadas pela estrutura das suas mandíbulas, o que nesse caso faz com que, após uma bela corrida de mais de 500 m, a uma velocidade de quase 120km/h, eles aproveitam aqueles minutos de asfixia da vítima para descansar.

Mas engana-se quem pensa que a velocidade é a grande ou única arma dos guepardos durante a luta pela sobrevivência! Na verdade ele utiliza o que há de melhor em biomecânica para garantir o sucesso durante a perseguição de algumas espécies quase tão velozes quanto eles.

Em menos de 3 segundos os guepardos saem de 0 a 96km/h! E isso é considerado um fenômeno em capacidade de aceleração, não comparado a nada que exista dentro dessa imensa e exuberante natureza selvagem.

O que se diz é que um avião a jato não conseguirá, de forma alguma, igualar-lhe em aceleração, já que, como dissemos, ele conta com praticamente 2/3 da sua massa muscular a envolver-lhe a coluna vertebral, o que a torna bem mais flexível, com capacidade para estender-se e retrair-se como em nenhuma outra espécie, e por isso mesmo capaz de lhe acrescentar entre 60 e 70 cm a mais em cada passada – que já é impressionante!

A Velocidade dos Guepardos

Como dissemos, os guepardos, à parte o seu nome científico, aspectos físicos, além dessas características que podemos observar nessas fotos, são considerados os animais terrestre mais velozes da natureza!

E essa é, sem dúvida, uma vantagem e tanto, já que a natureza não lhes dotou com mandíbulas fortes e dentes destruidores – como ocorre com os tigres e os leões, por exemplo.

Por isso mesmo eles contam com garras que não se retraem, como a dos demais felinos, o que lhes permitem utilizá-las a todo o momento para uma aderência ideal quando estão em altíssima velocidade – e ainda para mudanças bruscas de direção, como só eles são capazes realizar.

Os guepardos apresentam patas bem mais discretas que as de outros felinos, com quatro dedos nas anteriores e posteriores, de onde saem essas suas garras que mais se assemelham às de ursos ou cães, tal a característica das suas conformações.

A velocidade dos guepardos é realmente a sua principal característica, mas também uma das inúmeras controvérsias que o cercam, já que o que se descobriu é que essa velocidade máxima na verdade costuma oscilar entre 112 e 116 km/hora. E quando se trata de uma arrancada por até 500m, essa velocidade dificilmente ultrapassa os 105km/h (o que já é muito!).

E mais: a média obtida após dezenas de arrancadas na natureza (realizadas em tiros curtos de 50, 100, 200, 300 e até 500m) costuma oscilar entre 86 e 88km/h. E isso nos permite concluir que esse alcance de 115, 120 e até 136km/h são eventos mais raros, que dificilmente eles conseguem repetir com constância na natureza – o que de forma alguma tira o mérito da possibilidade de atingir tais marcas caso realmente seja necessário.

E as cronometragens mais confiáveis dão conta de que um guepardo, ao ultrapassar essa barreira dos 500 m, provocou um verdadeiro assombro nos cientistas, pois um pobre antílope acabou sendo alcançado em inacreditáveis 21 segundos, o que lhe exigiu uma velocidade máxima atingida de mais de 130km/h, em um dos fenômenos mais impressionantes da natureza selvagem.

Fotos, Imagens e Características do Comportamento do Guepardo ou “Acinonyx Jubatus” (Nome Científico) na Natureza

Estudos realizados no Ethosa Park e no Serengeti analisaram as características comportamentais dos guepardos, e os resultados não poderiam ser menos singulares e originais. O que se descobriu é que eles estão entre as espécies de felídeos mais sociáveis da natureza; sendo capazes, inclusive, de constituírem-se em grupos de machos não aparentados.

Na verdade não será nada estranho se você encontrar, aqui e ali, um grupo de guepardos irmãos unidos mesmo após terem sido afastados da mãe por volta de 1 ano e 2 meses de idade.

Outras observações realizadas em indivíduos habitantes do Serengeti (a maior e mais exuberante reserva animal do planeta) também apontaram a possibilidade de que irmãos permaneçam próximos por toda a vida, ainda na companhia de outros machos, mesmo sem qualquer relação de parentesco.

Já as fêmeas possuem hábitos solitários; só mesmo em épocas de acasalamento é possível encontrá-las em pequenos grupos formados por machos, fêmeas e filhotes.

Enquanto isso, eles parecem ter uma preferência por demarcar territórios em bandos, talvez por questões de segurança (quem é que irá atrever-se em um território tomado por guepardos?), ou mesmo para fins de acasalamento, já que assim terão melhores condições de demarcar uma grande faixa de terra com fêmeas suficientes para o grupo.

Mas, diferentemente dos leões (os “Reis das Savanas”), os guepardos dificilmente são avistados em grandes grupos, como verdadeiros bandos a devastarem um território com a sua presença. O mais comum é que você veja aqui e ali um pequeno grupo formado por no máximo cinco indivíduos, muitas vezes irmãos que permaneceram juntos após a separação das mães.

Os Aspectos Econômicos da Presença do Guepardo na Natureza

Não é apenas no nome científico, aspectos físicos e biológicos, entre outras características (como podemos ver nessas fotos), que os guepardos chamam a atenção. Eles também possuem lá o seu valor econômico – infelizmente bastante associado à extração da sua pele, que (cada vez menos) ainda é valorizada como artigo de luxo.

Oa guepardos também ajudam aquecer o chamado “turismo ecológico”, em que espécies como estas são consideradas verdadeiras celebridades, capazes de arrebanhar um verdadeiro exército de milhões de turistas, todos os anos, que procuram nas savanas africanas, planícies e desertos árabes, entre outras regiões da Ásia, capturar fotos com valor inestimável, principalmente para os amantes desse tipo de aventura.

Aliás, sobre esse valor econômico dos guepardos, cabe chamar a atenção para o fato de que o comércio ilegal desses animais ainda é uma triste realidade.

E para piorar ainda mais a situação, os caçadores contam agora com o auxílio poderosíssimo das redes sociais, que ajudam a divulgar a venda desses animais como qualquer outra mercadoria, a despeito de estarem cometendo um crime, de acordo a legislação de diversos países.

Só entre 2012 e 2018, de acordo com dados do Cheetah Conservation Fund (Fundo de Conservação para os Guepardos), cerca de 1.367 animais foram disponibilizados para venda pelas redes sociais, totalizando mais de 900 posts analisados durante esse período.

E mais: das redes sociais analisadas, o Instagram ganha de sobra, tendo a preferência de cerca de 77% dos anunciantes.

Guepardo na Natureza

E o problema é que regiões como o leste da Etiópia, norte do Quênia, a região em torno do Mar Cáspio e Aral, entre ouras áreas próximas, não contam com mais do que algumas centenas de guepardos; e caso o tráfico continue ocorrendo no ritmo atual, a expectativa é a de que em não mais do que 20 anos toda a população dessa região seja dizimada.

As investigações concluíram que é da Ásia – mais especificamente da região da Península da Arábia – que parte a maioria absoluta dos posts (cerca de 2/3); e agora o que resta às principais Ongs de proteção animal é contar com a denúncia dos cidadãos, além de mecanismos jurídicos capazes de identificar a origem desses anúncios, e só aí então partir para a captura desses comerciantes ilegais.

Como os Guepardos se Comunicam?

Os guepardos não são capazes, nem de longe, de competirem como os “Reis das Savanas” quando o assunto é comunicar-se. O máximo que eles conseguem é chamar a atenção uns dos outros por meio de um som melodioso, especialmente entoado para atrair o sexo oposto, ou então sons agudos para a comunicação entre mães e filhotes, da mesma forma melodiosos e bastante característicos.

Também não se espante se, em uma excursão em plena savana africana, ou numa árida e escaldante planície do Irã, ou mesmo em um campo aberto na Península Arábica, deparar-se com uma espécie rosnando de forma hesitante e confusa. O que estará ocorrendo ali é uma espécie de reunião de grupo; uma espécie de confraternização, geralmente feita quando eles têm a oportunidade de colocar o papo em dia.

Mas um guepardo também poderá simplesmente ronronar – como aliás é típico dos Felídeos. E tal manifestação certamente significará contentamento! Aquela deverá ser uma reunião entre parentes, que podem permanecer juntos mesmo após separados das suas respectivas mães. Ou até mesmo elas – as mães com os seus filhotes – poderão estar em uma pequena reunião para a qual estranhos não são convidados.

Agora, se esse rosnado for mais intenso; como quem sente-se acuado; o mais certo é que ele tenha se deparado com um leão disposto a roubar-lhe a presa, ou com um macho mais forte a disputar com ele o território ou a posse das fêmeas. E seja qual for o motivo, o melhor que você tem a fazer é manter-se o mais distante possível deles!

No entanto se os sons emitidos por um guepardo (ou grupo de guepardos) forem uma mistura disso tudo, é bom se preocupar, pois poderá ser que você seja a ameaça; e poderá ser também a preparação de um guepardo pronto para atacar!

E, acredite, não adiantará correr, pois nisso eles é que são os verdadeiros mestres! E caso você seja o alvo, certifique-se de ter pelo menos algumas centenas de metros de vantagem desses animais.

Além das Características, Nome Científico e Fotos, os Hábitos Alimentares dos Guepardos

Como dissemos, os guepardos são animais carnívoros; predadores vorazes; não contentando-se com menos do que uma boa jornada de carne fresca de antílopes, gnus (filhotes), avestruzes, zebras, impalas, gazelas, entre outros animais de médio e pequeno porte.

Em períodos de escassez, os guepardos não terão a menor vergonha de lançar mão de um banquete à base de insetos, lebres, ovos, lagartos, entre outras espécies que eles possam encontrar no ambiente hostil das savanas, planícies, bosques, desertos e campos abertos dos seus habitats naturais.

E a tática é sempre a mesma: silenciosamente eles observam, de longe, o infeliz que nem sequer imagina que será a refeição do dia de um guepardo.

Pode ser um filhote de gnu que se desgarrou do bando, ou uma gazela com aparência frágil, um antílope que lhe pareça ser saboroso, ou mesmo um exótico e extravagante Oryx (que por acaso pareça uma presa fácil), além de outras espécies que eles tanto apreciam.

Presa escolhida, é hora de partir para o ataque. Logo então é posto em ação um mecanismo formidável, composto por membros longilíneos, uma coluna flexível e ladeada por densa musculatura, garras poderosíssimas e que não se retraem (o que lhes garantem poder de tração suficiente para mudanças bruscas de direção), entre outras ferramentas de fazer inveja às mais privilegiadas estruturas produzidas com o que há de melhor em biotecnologia.

A caçada não durará mais do que 50 ou 60 segundos, podendo durar até irrisórios 20 ou 30 segundos, a depender da distância que estiver do animal, em um trajeto de no máximo 600m.

O problema é que tal investida exige um gasto fabuloso de energia. Por isso, logo que um guepardo alcança a vítima, ainda precisará manter as suas presas bem fincadas no seu pescoço, mantendo-se assim por cerca de 10 minutos, enquanto descansa e ao mesmo tempo corta-lhe o suprimento de oxigênio.

Hábitos Alimentares dos Guepardos

Uma característica marcante dos guepardos, à parte o seu nome científico, aspectos físicos, comportamento, entre outras singularidades que podemos perceber nessas fotos, é que eles conseguem ser bem sucedidos em quase 70% das suas investidas.

E as que são frustradas geralmente é o resultado do assédio de outros animais em torno da sua presa, especialmente os leões, lobos e hienas, que costumam ser companhias ingratas na luta pela sobrevivência no ambiente selvagem.

O Processo Reprodutivo dos Guepardos

Os processos reprodutivos dos guepardos são os típicos dessa extravagante comunidade dos Felídeos. Eles geralmente ocorrem entre os meses de outubro e dezembro, e após a cópula, a fêmea deverá ultrapassar um período de 3 meses de gestação, para dar à luz entre 2 e 6 filhotes (podendo chegar a 8 em alguns casos), que nascem totalmente cegos e sem pelos – e somente após 6 ou 8 dias começam a abrir os olhos.

Nesses primeiros 3 meses eles são completamente indefesos, e terão que obedecer às ordens da mãe, que os chamam por meio de um canto melancólico, seguidos de alguns gorjeios característicos; em uma troca de comunicação que não pode ser comparada a nada que conhecemos na natureza.

Após 21 dias eles já poderão, meio tropegamente, seguir a mãe em suas investidas em busca de alimento. Será o momento de começarem a descobrir a realidade da luta pela vida, mesmo que de forma ainda tímida e acanhada.

Mais 90 dias, e eles já poderão ser desmamados (com um limite de 180 dias). Mais 1 ano, e aí então eles já serão considerados independentes, mesmo que ainda formem uma família.

Será possível observá-los entre irmãos e com as suas mães pelas planícies e savanas africanas, já em condições de mordiscar aqui e ali um lagarto-africano. Arriscar umas investidas atrás de uma ave ou roedor. Mas ainda de forma tímida, e sem terem ainda a velocidade como grande arma de combate.

O pequeno Acinonyx jubatus (o nome científico dos guepardos) ainda não terão as características típicas dos adultos (como vemos nessas fotos); na verdade um corpo curiosamente peludo e com manchas ainda em formação acabam dando a impressão de que se trata de uma outra espécie que não seja a dos animais mais velozes da natureza selvagem.

Uma curiosidade sobre a criação dos filhotes de guepardos, é que as mães, movidas por um instinto incomparável na natureza, possuem uma técnica interessantíssima para ensinar os primeiros passos de um verdadeiro caçador (ou caçadora) aos seus filhotes.

Quando ainda têm entre 90 e 120 dias de vida, a mãe costuma trazer presas ainda vivas para que eles comecem a aprender como abatê-las (o que eles, obviamente, não conseguirão mesmo após inúmeras tentativas).

Mas a didática continuará, e por volta de 6 meses eles já terão que correr atrás de presas que as próprias mães soltam próximas a eles; mas somente quando já completaram 1 ano de idade é que poderão, verdadeiramente, correr e alcançá-las como um guepardo que se preze deve saber fazer.

O Desenvolvimento dos Filhotes

Como vimos nesse artigo, as fêmeas é que, no caso desse gênero, apresentam hábitos solitários. E é somente durante esse período de acasalamento que podemos observá-las em pequenos grupos – geralmente formado por mãe e filhotes – , cuidando das suas crias.

Elas terão à sua volta uma pequena reunião de filhotes, cada um com os seus inconfundíveis “mantos” meio acinzentados (uma outra curiosidade), como uma espécie de camuflagem que talvez os protejam de predadores, ou mesmo os tornem semelhantes a variedades de Mustelídeos, entre outras maneiras de não chamar a atenção de inimigos.

E sobre essa proteção contra predadores, há suposições de que a sua pelagem possa esconder-lhes bem da visão de chacais, hienas, lobos, águias, falcões, entre outras espécies que configuram-se como uma ameaça às suas sobrevivências.

Filhotes de Guepardos

Isso porque, como dissemos, os filhotes de guepardos nascem completamente cegos e indefesos, como presas fáceis para as espécies citadas acima. E é por isso mesmo que a mãe costuma levar os seus filhotes (que geralmente nascem com 200 ou 250 g) para um lado e para o outro, numa das cenas mais curiosas da natureza selvagem.

Em cativeiro, por questões óbvias, os guepardos possuem melhores condições de sobrevivência. Eles nascem mais fortes, robustos e exuberantes, ainda como uma expectativa de vida de cerca de 16 anos, contra os 8 ou 9 do ambiente selvagem.

Por fim, eles atingirão a fase adulta por volta dos 2 ou 3 anos de vida. E aí então estarão prontos para lutarem pelas suas vidas por conta própria.

Deverão lutar pelas suas sobrevivências (e da espécie) como um típico representante dessa comunidade dos felinos; porém como um dos mais originais e singulares membros dessa não menos original e singular comunidade.

As Variedades de Guepardos

1.Guepardo-asiático

Os guepardos também podem ser encontrados em duas variedades: o guepardo-asiático e o guepardo-real. O primeiro ainda pode ser encontrado em planícies e campos abertos do Irã e Iraque, como uma subespécie do Acinonyx jubatus, outrora abundante no Sudoeste Asiático, mais especificamente em regiões do Turcomenistão, Afeganistão, Índia, Paquistão, entre outros locais do Oriente Médio.

Ele também pode ser conhecido como “chita-asiática”, e infelizmente também foi alcançado pelo flagelo da caça predatória, assim como também da invasão do seu habitat natural pelo progresso, diminuição das suas presas favoritas, entre outras fatores que fizeram com que, de uma população de algumas centenas, eles fossem reduzidos a não mais do que 50 indivíduos.

O Deserto Iraniano é considerado o grande lar dessa variedade! É lá que estão sendo preservados da extinção entre 1500 e 2000 indivíduos que supostamente constituíram-se como um novo ramo do mesmo tronco – o tronco dos guepardos-africanos –, que há pelo menos 23 milhões de anos separaram-se para que surgisse o típico “guepardo-asiático”, representante clássico dos felinos da Ásia.

E para a manutenção dessas espécies, desde 2010 vem sendo realizados estudos genéticos e de monitoramento com câmeras 24 horas, especialmente em reservas, zoológicos e ambientes selvagens de alguns países do Oriente Médio, com o objetivo de estudar esse que é o exemplo clássico de um gato selvagem a habitar o ambiente rústico e árido de alguns dos mais exóticos trechos do continente asiático.

2.Guepardo-real

No início ele foi confundido com um leopardo. Isso foi por volta de meados dos anos 20, quando foi encontrado pelas cercanias da região onde hoje se conhece como o Zimbábue.

O animal era um assombro! Com sua conformação típica, ele deslizava pelas planícies ensolaradas desse trecho da região sul da África, até ser capturado e ter a sua pele exposta no museu de Salisbúria.

1 ano depois essa pelagem teria sido enviada para o Reino Unido, onde foi analisada até chegar-se à conclusão de que na verdade tratava-se de um guepardo, o Acinonyx jubatus rex, uma variedade típica do continente africano e um dos mais belos exemplares de gatos selvagens do mundo.

O curioso é que o guepardo-rex até hoje é conhecido como leopardo-hiena, em mais uma dessas inúmeras confusões que se faz entre esses dois animais.

Guepardo Real

O problema é que, desde que surgiu, o Acinonyx rex logo chamou a atenção pelas suas características, digamos, não-convencionais, especialmente no que trata da conformação da sua pelagem, que apresentava manchas com distribuição diferente do que seria de se esperar nesse gênero.

Acreditavam que tinham em mãos um outro gênero de gatos-selvagens, ou gatos-do-mato, muito por conta do seu aspecto, como uma espécie de híbrido de hienas com leopardos.

Mais tarde, com base no que havia de melhor em engenharia genética, concluiu-se que se tratava apenas de uma variedade vítima de uma espécie de mutação, capaz de lhe conferir algumas características que os diferenciavam dos seus primos, os formidáveis guepardos-asiáticos.

Completam algumas das suas principais características, um conjunto de manchas oblongas que se interseccionam, pelagem mais densa, uma listra bastante destacadas na região da coluna vertebral e uma altura sensivelmente maior do que a do asiático – além, obviamente, de ser um animal típico do continente africano, mais especificamente ainda, de planícies, savanas e campos abertos do Zimbábue.

A Evolução Dessa Espécie

As origens do guepardo ou Ancinonyx jubatus (seu nome científico), com todas as características que podemos observar nessas fotos, estão no distante período conhecido como Mioceno, há cerca de 23 milhões de anos, quando supostamente evoluíram no continente africano, e logo após uma separação, com algumas espécies migrando para o continente asiático, para e aí então começarem a história desse gênero na Ásia.

Investigações científicas realizadas na reserva Serengeti concluiram que existia um grupo bem maior de espécies do gênero Acinonyx, com destaque para o Acinonyx hurteni, o Acinonyx pardinensis, o Acinonyx intermedius, entre outras variedades atualmente extintas, mas que juntavam-se a outros representantes da natureza selvagem para compor a fauna do continente europeu – além da China, Índia, Turquia, Paquistão, entre outros países.

Por razões ainda desconhecidas – mas que certamente têm a ver com a capacidade de adaptação dos sobreviventes diante da famigerada “seleção natural” – essas espécies foram ficando pelo caminho.

Mas ainda continuam os estudos que avaliam outras espécies extintas como estas; antigos habitantes da América do Norte (como os guepardos-americanos); que supostamente teriam alguma ligação com esse gênero, da mesma forma modificados geneticamente ao longo de milhões de anos.

Características, Nome Científico, Fotos Imagens e a Conservação dos Guepardos

Os guepardos hoje são animais “Vulneráveis”, de acordo com a Lista Vermelha da IUCN (União Internacional Para a Conservação da Natureza).

E uma série de fatores contribuem para isso: Perda dos seus habitats graças ao avanço do progresso, diminuição das suas presas favoritas, o flagelo da caça predatória, a facilidade com que são acometidos por determinadas doenças e, é claro, a luta pela sobrevivência, que faz com que eles tenham que competir pela vida com outros animais no ambiente selvagem.

Há também suspeitas de que a tendência desses animais para a procriação entre parentes também contribua para o comprometimento da sua existência nas gerações futuras, muito em função do desenvolvimento de anomalias genéticas que podem torná-los vulneráveis a certas doenças.

Os guepardos, como se não bastassem esses fatores de risco, durante muito tempo competiram com algumas espécies de lobos, chacais e roedores pelo título de maiores inimigos de fazendeiros, que os acusavam de serem ameaças à manutenção dos seus rebanhos, principalmente quando os felinos se viam sob um duro período de escassez das suas principais presas.

Verdadeiras campanhas para o extermínio dos guepardos forma levadas a cabo em meados dos anos 60 e 70, com cerca de 10.000 indivíduos mortos em conflitos com fazendeiros até os anos 80.

Mas felizmente contidas por outras campanhas, a partir dos anos 80 e 90, para o bem desse gênero, que àquela altura já dava mostras de que teria a sua população comprometida talvez de forma irreversível no futuro.

Para se ter uma ideia do ponto a que podem chegar esses conflitos entre homens e guepardos, na Namíbia, país da região sul da África, os fazendeiros tiveram que voltar a utilizar cães-pastores com o objetivo de conter as investidas dos guepardos sobre os seus rebanhos de cabras, o que vem fazendo com que sejam poupados da morte centenas de felinos no país.

Graças a esses esforços, de uma população que chegou aos perigosos 2.500 guepardos em meados dos anos 80, a Namíbia hoje possui mais de 4.000 indivíduos. O que torna o país africano o principal lar dos guepardos no continente.

A Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora, ou Covenção Sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES ), considera os guepardos ou Acinonyx jubatus (seu nome científico) um animal “Vulnerável”.

A IUCN (União Internacional Para a Conservação da Natureza) vez ou outra os designa como “Preocupante”, muito por culpa da caça predatória, um dos flagelos da vida selvagem no planeta, e que faz com que a cada dia seja diminuído o número desses animais na natureza.

Hoje existem cerca de 7.000 guepardos no ambiente selvagem e em reservas, com suspeitas de que talvez existam de 2.500 a 3.000 ainda não registrados.

Mas isso ainda é considerado pouco em vista da abundância com que esses animais se desenvolviam na natureza, como típicos representantes das savanas africanas, membros inconfundíveis da fauna da Península Arábica e uma das mais belas, exóticas e extravagantes espécies da família dos Felídeos.

Cachorro e Filhote de Guepardo

No entanto, trata-se de um primeiro passo, que deverá contar com a conscientização dos indivíduos sobre a importância da preservação da natureza, com vistas a que continuem existindo para as gerações futuras, para o bem da manutenção do próprio homem no planeta.

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