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Tudo Sobre a Harpia: Características, Nome Científico E Fotos

Há regiões onde ela é o Gavião-de-penacho. Em outras, o Gavião-real. Mas ela também pode ser o uiraçu, uiruuetê, cutucurim, uiraçu-verdadeiro, entre outras incontáveis denominações que a Harpia harpyja recebe por esses rincões mundo afora.

O animal é uma exuberância! Um exemplar de uma Harpia harpyja (seu nome científico) é capaz de atingir os inacreditáveis 12 quilos de peso, 2,5 m de envergadura e mais de 1 metro de altura! Dimensões que explicam bem o porquê de elas terem recebido esse sugestivo apelido que remonta à Grécia Antiga – Harpia – , em referência ao monstruoso e assustador ser mitológico meio águia e meio mulher.

No Brasil, os seus apelidos estão geralmente ligados à curiosa estrutura das suas cabeças, encimadas por uma espécie de coroa (daí o seu apelido mais conhecido, Gavião-Real), que lhes confere um ar exótico e singular não comparado ao de nenhuma outra ave na natureza.

E tudo o mais que se sabe sobre essas harpias é que elas são predadoras natas! Elas são capazes de dar cabo de presas muito maiores que elas, como algumas espécies de macacos, preguiças, cobras, roedores, porcos-do-mato, ovelhas, carneiros, entre outras espécies que têm nesse animal um dos seus principais pesadelos.

Dentre as características mais marcantes das harpias – além das origens do seu nome científico e das singularidades dos seus aspectos físicos – , podemos destacar o fato de elas serem típicas habitantes de florestas tropicais, onde costumam passar os dias em sobrevoos acrobáticos em busca das suas presas favoritas.

E é justamente por isso que, no Brasil, elas costumam dar preferência por habitar o ambiente rico e exuberante da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica; em especial as regiões mais ao sul da Bahia, ao norte do Espírito Santo e nos outros estados da região Sudeste.

Características, Nome Científico, Fotos E Descrições Das Harpias

Como pudemos perceber até aqui, estamos falando de uma das espécies mais vigorosas e extravagantes dentro dessa não menos vigorosa e extravagante biosfera terrestre!

Um exemplar de um harpia geralmente mede cerca de 1 metro de altura, com mais de 2 metros de envergadura de asas, 5 kg de peso para machos e 8kg de peso para as fêmeas.

Fisicamente, quando adultos, elas costumam apresentar um ventre totalmente branco, dorso mais para o cinza-escuro, cabeça da mesma forma acinzentada (e com a sua singular coroa ou “penacho”), um original contorno escuro no pescoço, além de asas grandes, poderosas e meio arredondadas.

Essas harpias também apresentam uma combinação de faixas cinzas e escuras nas suas caudas, uma coloração mais clara na parte de baixo das asas, um olhar sugestivo e penetrante, uma face curiosamente achatada, pernas e garras das mais vigorosas entre as aves conhecidas, entre outras características não menos originais e exóticas.

Mas o curioso é que somente após 4 anos ou 5 anos de idade essas harpias passam a apresentar essa coloração em definitivo.

Até essa idade, os indivíduos podem ser observados com uma plumagem mais clara (entre o cinza-claro e o esbranquiçado); em nada aparentando aquela imponência que costumam apresentar na fase adulta.

Quanto à comunidade que elas representam, sabemos que as harpias pertencem à família Accipitridae; uma comunidade que abriga outras exuberâncias, como os buteos, os milhafres, os gaviões, os abutres, entre outras espécies que também chamam bastante a atenção pela exuberância das suas formas.

São geralmente animais vigorosos, com pernas diminutas e robustas, patas fortes e com garras imensas, asas grandes e arrendondas, corpo entre o cinza e o negro.

E que costumam apresentar-se com alturas entre 50 cm e 1m, envergadura na faixa dos 2m, peso que dificilmente fica abaixo dos 4 kg, além de um dimorfismo sexual em que as fêmeas são capazes de pesar até 80% a mais que os machos.

Uma Espécie Única Na Natureza!

Sim, não há dúvidas de que as Harpias harpyjas são espécies únicas na natureza! Elas fazem parte daquela comunidade de animais exóticos, que não se sabe bem se são seres vivos ou verdadeiras forças da natureza!

O que se diz é que estar frente a frente com um animal desse é uma experiência única e poucas vezes igualada no ambiente rústico e singular da natureza selvagem!

Harpias Harpyjas
Harpias Harpyjas

Isso porque estamos falando de animais que hoje não ultrapassam 1 m de altura, mas que, no passado, podiam ser observados a sobrevoar as densas florestas tropicais do planeta com inacreditáveis 2 metros de altura! O que dá bem a noção do verdadeiro espetáculo (bastante assustador, diga-se de passagem!) que representava o contato com esse animal.

Mas o tempo passou, muita coisa mudou, e esses Gaviões-Reais evoluíram (ou, para muitos, involuíram) para espécies com características um pouco diferentes; e hoje elas podem muito bem ser definidas como poderosas representantes das aves de rapina brasileiras.

São predadoras implacáveis! Munidas de visão e audição incomparáveis! Além de garras capazes de fazer inveja aos mais vigorosos representantes da natureza selvagem, como os ursos e felinos, que nem de longe conseguem fazer frente a esses animais quando o assunto é o vigor das suas garras.

Outra das principais características das harpias é o fato de elas serem predadoras implacáveis no espaço restrito de uma floresta ou fragmento florestal. E é curioso observar como elas limitam-se a um sobrevoo de florestas tropicais; um ambiente aparentemente acanhado, mas que, ao que tudo indica, possui tudo de que elas precisam para desenvolverem-se a contento.

Nesse espaço, elas passam os seus dias em belíssimos voos acrobáticos a observar, silenciosamente, a presença de toda a sorte de animais de médio porte; como os macacos, por exemplo, que são as suas iguarias favoritas, mas que podem ser adequadamente substituídos por uma imensa comunidade de roedores e de outros mamíferos que porventura tenham o azar de cruzar os seus caminhos.

Tudo Sobre O Habitat Das Harpias

Habitat Das Harpias
Habitat Das Harpias

As Harpias harpyjas, à parte as suas características, nomes científicos, entre outras exoticidades que infelizmente não podemos perceber por essas fotos, também chamam a atenção por serem animais típicos das Américas Central e do Sul.

Sim, uma das maiores exuberâncias da natureza é endêmica desse trecho do planeta, em especial das áreas de florestas tropicais, desde o México, passando pela Venezuela e Bolívia, até atingir as matas e florestas do Brasil e da Argentina.

Especialmente no Brasil, as harpias podem ser encontradas com mais facilidade nos ecossistemas da Floresta Amazônica, no topo de imensas árvores, onde constroem os seus ninhos e permanecem à espreita das presas que lhes garantam a sobrevivência nesse desafiador ambiente das florestas de planície do continente.

Mas o curioso é que esses Gaviões-Reais (seu apelido mais conhecido) já foram abundantes em praticamente todos os estados brasileiros. No entanto, vítimas do avanço do progresso sobre os seus habitats naturais, hoje encontram-se reduzidas à região amazônica e a alguns ecossistemas do Sudeste Brasileiro e áreas preservadas da região Centro-Oeste do país.

Também é possível observar, aqui e ali, algumas comunidades esparsas; como as que podem ser encontradas na região sul e em trechos da Bahia. Mas nada que se compare à abundância de outros tempos, quando as harpias eram personagens quase míticos dos ecossistemas de florestas de todo o Brasil.

E por isso mesmo tornaram-se temas para diversos mitos, lendas e crendices acerca das suas características físicas e biológicas, que transformaram-nas em espécies quase fantásticas a compor essa não menos fantástica e surreal fauna brasileira.

Hábitos Alimentares

Tudo o que se sabe sobre os hábitos alimentares das harpias é que elas são predadoras das mais vorazes na natureza.

Veados, preguiças, lêmures, cobras, cães-do-mato, macacos, gambás, tatus, quatis, entre outros representantes da fauna amazônica e da Mata Atlântica, não conseguem opor a menor resistência a esses animais quando percebem que é hora de matar a fome.

Isso porque, além de uma visão aguçada, as Harpias harpyjas ainda apresentam um par de pernas robustas e poderosíssimas, que terminam em um conjunto de dedos com garras capazes de atingir entre 6 e 8 cm; o que permite que elas ergam do chão animais com até o dobro dos seus próprios pesos.

Com uma velocidade impressionante, essas harpias são capazes de realizar uma implacável investida sobre o animal avistado (não importando se ele está sobre as árvores ou no solo), com rápidas batidas de asas e planando de forma ameaçadora. E ao final da investida, elas sempre terminam bem sucedidas. E a presa, infeliz, sempre capturada. Em um dos eventos mais singulares que podem ser observados em ambiente selvagem.

Harpia se Alimentando
Harpia se Alimentando

Mas essas Harpias harpyjas (seu nome científico) também apresentam como características, além das que podemos observar nessas fotos, a de realizarem pequenos assobios agudíssimos, especialmente nos horários entre o meio-dia e as 15h:00.

Durante esse período, elas tornam-se quase como entes fantásticos sobre o ambiente surreal da floresta Amazônica. Comodamente acolhidas em meio à densidade das florestas, empoleiradas em um vigoroso Ipê, estrategicamente escondidas em jacarandás e andirobas, ou mesmo quase invisíveis em meio à folhagem das guajuviras, pessegueiros e urucuns.

Nesses abrigos elas são capazes de permanecer, impassíveis, como um dos “entes fantásticos” da Floresta Amazônica”. Como os “reis dos pássaros” para alguns indígenas. Modelos para seres mitológicos na Grécia Antiga. E personagens de inúmeras lendas, “causos” e crendices que só mesmo no ambiente rico e extravagante dos biomas brasileiros podem ser observados com tamanha exuberância.

Já com relação aos processos reprodutivos dessas harpias, o que se sabe é que, como membros dessa singular família Accipitridae, elas apresentam o comportamento de animais monogâmicos, capazes de atravessar todas as suas existências em formações de casais, que geralmente constroem os seus ninhos em imensas árvores com até 20, 30 ou 40m de altura!

É no período primavera/inverno que elas entram nas suas fases reprodutivas. É quando então podemos observá-las mais agitadas, em um ritmo ainda mais frenético de longas planagens e assobios estridentes; até que, após a cópula, a fêmea deposite não mais do que 2 ovos para serem incubados em cerca de 60 dias.

Mas o curioso é notar que, mesmo que ambos os ovos sejam incubados com sucesso, somente 1 filhote conseguirá sobreviver até as próximas fases. Isso porque, invariavelmente, o primeiro irá eliminar o seu irmão nascido logo após.

É o inusitado processo conhecido em biologia como “cainismo”. Fenômeno ligado à preservação da espécie entre esses animais; e que ainda não é totalmente explicado pela ciência, tal a exoticidade com que ocorre na natureza.

Quanto aos filhotes, após 180 dias eles já estarão aptos a estrearem o seu par de asas em voos meio atabalhoados; e por isso mesmo ainda precisarão dos cuidados das suas mães por mais 180 dias – período em que são alimentados e protegidos do assédio dos seus principais predadores.

Mas aqui cabe também abrirmos um parêntese para falarmos um pouco sobre as características desse processo de nidificação entre as Harpias harpyjas.

E tudo o que se sabe sobre ele é que as aves parecem dar preferência à construção dos seus ninhos em árvores de grande porte.

E mais: essas árvores costumam possuir copas em forma de chapéus e desenvolverem-se até ultrapassar as demais espécies vegetais em volta delas – árvores com mais de 30 metros de altura! E com algumas capazes de atingir os impressionantes 70 metros! Geralmente com troncos lisos e retos, encimados por ramos escassos, e que sustentam-se a partir de raízes bastante superficiais.

E é nessas espécies que as harpias costumam acondicionar um bom feixe de galhos e ramos ressequidos, em forma de camas capazes de acolher bem os 2 ovos que elas geralmente põem a cada ninhada produzida de dois em dois anos na natureza.

As Singularidades Dessa Reprodução

Filhote de Harpia
Filhote de Harpia

Mas as características da reprodução das Harpias harpyjas (nome científico desses Gaviões-Reais), como podemos observar nessas fotos, não se restringem a esses pormenores.

Basta saber que estamos falando de uma comunidade monogâmica, nem um pouco afeita a uma convivência em grupos (gostam mesmo é de viver solitárias), com fêmeas incrivelmente maiores do que os machos (até 80% mais pesadas), e que ainda chamam a atenção pela originalidade com que atraem os machos, e esses a elas.

Sabe-se, por exemplo, que, durante essa fase, o macho utiliza-se de recursos curiosíssimos para chamar a atenção dessas fêmeas.

Eles irão estender as asas vigorosamente ao aproximarem-se delas. Os seus dedos e garras serão singularmente ampliados como forma de demonstrar virilidade.

Você também poderá notar, com curiosidade, como eles eriçam as suas penas, levantam as cristas de penas no topo da cabeça e fazem verdadeiros malabarismos aéreos.

E, ao final, ao que parece, o mais espalhafatoso é quem acaba conquistando o apreço das fêmeas, para uma relação que deverá durar por toda a existência do casal, a não ser que um dos parceiros faleça, e aí, então, seja necessário recomeçar, em um dos processos reprodutivos mais originais da natureza.

Rituais de acasalamento executados, fêmea fecundada, ovos postos; só o que restará mesmo é esperar as suas incubações, que dificilmente ultrapassam os 2 meses, para resultar no surgimento de dois filhotes – mas com um privilégio para o primeiro, que será o carrasco do seu irmão, para fins de luta pela sobrevivência e preservação dessa tão extravagante comunidade das harpias.

Tudo Sobre O Comportamento Das Harpias Harpyjas

As características, nome científicos, peculiaridades da reprodução, habitats, aspectos físicos, entre outras particularidades que podem ser observadas nas harpias, de imediato revelam a existência de uma espécie única no seio da natureza.

Basta saber que elas, curiosamente, dão preferência ao ambiente restrito de uma floresta de planície e são capazes de viver por toda a vida num trecho ou fragmento específico de Mata Atlântica ou da Floresta Amazônica – desde que, obviamente, haja ali as presas que elas tanto apreciam.

As harpias costumam habitar em regiões até 2.000m acima do nível do mar. Não mais que isso.

E é curioso notar como dificilmente elas são avistadas em campos abertos, ou mesmo acima dos limites das maiores árvores de uma floresta – elas simplesmente dão preferência por compor, com exuberância, a fauna desses biomas fechados e de florestas de boa parte do continente americano.

Porém, mesmo com tamanha exuberância, as harpias conseguem, surpreendentemente, comportarem-se como espécies das mais discretas que se tem conhecimento na natureza selvagem.

Harpia Voando
Harpia Voando

Elas são capazes de passar, imóveis, o tempo que for necessário sobre a copa das árvores para a garantia das suas proteções e para a caça das suas iguarias favoritas; a ponto de só serem reconhecidas a muito custo; como talvez seja uma das principais curiosidades e singularidades observadas entre esses animais.

Por fim, sabemos que as harpias podem viver até longos e quase intermináveis 40 anos (mesmo em ambiente selvagem); e é a partir dos 5 ou 6 anos que elas atingem a maturidade sexual; quando então passam a compor, de fato, essa poderosa e característica comunidade dos chamados “superpredadores”.

E sobre esses superpredadores, o que podemos afirmar é que eles são animais conhecidos por não possuírem predadores naturais nos ecossistemas onde vivem.

Em vez disso, são eles os terríveis predadores de uma imensa comunidade de animais na natureza! Capazes de fazer de presas animais bem maiores do que eles! E que mesmo com essa condição não conseguem lhes opor a menor resistência durante as suas poderosas investidas.

Uma Espécie Incomparável Na Natureza!

E de tudo o que pudemos observar até aqui sobre as Harpias, com as suas exuberantes características, aspectos físicos sem iguais, entre outras especificidades que infelizmente essas fotos e imagens não nos podem mostrar, o que parece estar evidente é que estamos tratando da principal representante dessa comunidade das aves brasileiras.

E a ironia é que as suas inúmeras singularidades são justamente o bem e o mal para essas aves; uma comunidade das mais exóticas do continente; e que por isso mesmo torna-se vítima fácil do assédio dos famigerados caçadores de animais silvestres, que fazem um verdadeiro extermínio desses animais na natureza.

Porém, à parte essa melancólica realidade, o que se sabe é que esses Gaviões-Reais executam um importante papel nos ecossistemas onde vivem.

Isso porque eles funcionam como excelentes controladores da proliferação das mais diversas espécies de animais; entre eles, uma imensa variedade de cobras e roedores que, sem o seu apetite insaciável, tornar-se-iam verdadeiros transtornos no meio ambiente.

As Harpias harpyjas também são importantes como uma daquelas espécies que ajudam a determinar a qualidade de um ecossistema, já que a sua maior ou menor presença imediatamente acusa uma maior ou menor presença de mamíferos de pequeno e médio porte.

E isso, por si só, já configura-se como uma das suas principais contribuições para o meio ambiente; sem contar o fato de que dependem, necessariamente, da presença de árvores de grande porte para que possam sobreviver, descansar, espreitar as suas presas e executar os seus respectivos processos reprodutivos.

Principais Curiosidades Das Harpias

Obviamente, tamanha singularidade só poderia ser mesmo um verdadeiro manancial de curiosidades das mais exóticas e incomuns que podem brotar da mente humana, ou simplesmente ligadas aos caracteres físicos e biológicos desses animais.

Sabemos, por exemplo, que, para algumas tribos indígenas, as harpias são os “espíritos das florestas”; entidades quase fantásticas que, supostamente, atuam como guardiãs de toda a riqueza da flora e da fauna que as circunda em ambiente selvagem.

Já para outras comunidades, essas harpias devem ser mantidas em cativeiro; em gaiolas desde o nascimento; a fim de que, crescidas, possam lhes oferecer as suas belas penas, com as quais produzem os mais diversos tipos de artesanatos; e até mesmo alguns objetos para fins ritualísticos.

Harpia no Cativeiro
Harpia no Cativeiro

Outra coisa interessante a saber sobre esse universo que gira entorno das harpias, à parte as origens do seu nome científico e demais características que podemos perceber por meio dessas fotos, é que também existem tribos indígenas que as adotam como propriedades particulares dos seus caciques.

E mais curioso ainda é saber que elas deverão passar a vida inteira ao lado deles; e ainda serem mortas logo após a morte desse líder; como uma das diversas curiosidades que podem ser observadas acerca do papel dessa espécie na natureza.

As harpias também já foram bastante cobiçadas como espécies de troféus para algumas tribos. O êxito durante uma caçada a esses animais certamente tornava o indivíduo bem mais respeitado, além de conceder-lhe alguns privilégios só concedidos a importantes membros da comunidade.

E como curiosidade é o que não faltam acerca dessas aves, outra que também chama bastante a atenção é o fato de que cabe às fêmeas a caça das presas maiores; e por isso mesmo elas tornaram-se as principais mantenedoras da prole; em especial pelo fato de serem capazes de caçar animais com até o dobro dos seus pesos!

Um Animal Exótico E Extravagante Como Poucos Na Natureza!

Outras curiosidades acerca dessas harpias dão-nos conta de que elas podem acasalar até bem próximas da morte.

Na verdade elas são as próprias expressões da fertilidade, já que para as fêmeas, por exemplo, não existem limites para a reprodução; o que acaba compensando o fato de só realizarem uma postura a cada dois anos (para apenas dois ovos com sobrevivência de um único filhote).

Outro fato interessante sobre essa espécie é que ela mantém-se firmemente no topo da Cadeia Alimentar; e, no Brasil, é a maior e mais poderosa entre as aves; capaz de transportar, facilmente, uma presa com até o dobro do seu peso!

Elas também são capazes de meter medo a animais que consideramos como a própria expressão do terror e da violência, como as temidas jiboias, cascavéis, surucucus, cobras-corais, entre diversas outras espécies assustadoras que, sob o assédio dessas harpias, até parecem tímidas crianças indefesas.

Harpia no Alto da Árvore
Harpia no Alto da Árvore

As harpias, para a alegria de muitos, estão entre as principais predadoras de cobras e serpentes da natureza; e por essas e outras é que elas acabaram sendo eternizadas como símbolos de força e coragem; como adversários difíceis de serem batidos; e que só encontram como terríveis adversários os homens – como aliás não é nada incomum no seio da natureza selvagem.

Porém, não menos curioso que as suas características físicas, nome científico, aspectos biológicos, singularidades genéticas, entre outras peculiaridades que não podem ser apreciadas por meio dessas fotos, é o fato de que estamos falando de um dos animais com a visão mais apurada dentre todas as espécies que se conhece na natureza.

Acredita-se que o poder de resolução da visão desses animais seja até 10 vezes maior que o de um ser humano; o que significa dizer que é possível que uma harpia, em pleno voo, enxergue uma presa a uma distância de até 4 ou 5 km! O que não deixa nenhuma dúvida de que estamos falando de uma espécie única na biosfera terrestre!

Uma Visão Além Do Alcance!

E para que possamos verdadeiramente entender o mecanismo por trás dessa incrível visão das harpias, diversos estudos vem sendo postos em prática em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, com o objetivo de determinar o real funcionamento desse fenômeno.

Em um deles, pesquisadores paranaenses vêm colhendo dados acerca dessa característica em Gaviões-Reais habitantes da Reserva Biológica de Bela Vista, mantida pela Itaipu Binacional.

O objetivo do projeto, segundo os seus idealizadores, é saber como funciona a visão das harpias, o que é considerada uma visão normal para esse tipo de espécie e como ela contribui para a sua sobrevivência – e tudo isso com vistas a garantir a sua reintrodução em algumas regiões onde essas aves já estão totalmente extintas.

Visão da Harpia
Visão da Harpia

Somente dessa forma será possível incrementar programas como o PCGR, Programa de Conservação do Gavião-Real, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, cujo objetivo é garantir a sobrevivência desses animais para as próximas gerações.

E esses programas realizam tal intento por meio do monitoramento de ninhos, acompanhamento de exemplares reintroduzidos na natureza, coleta de dados sobre o número de populações existentes, entre outras ações fundamentais para a garantia de que essa comunidade das Harpias harpyjas não seja completamente extinta no planeta em não mais do que 20 ou 30 anos.

E para que se tenha uma ideia da profundidade desse estudo, o exames pelos quais as aves recolhidas se submeteram buscam analisar o tamanho dos seus olhos, o nível de produção de lágrimas, os tipos de bactérias presentes na região ocular (e a quantidade delas), entre outros pormenores não menos importantes.

Além disso, as harpias recolhidas deverão realizar um exame de sangue completo, que será importante para a obtenção de um panorama ideal da saúde das aves, a fim de que nada interfira nas investigações acerca da capacidade visual desses animais.

Os dados ainda não são conclusivos. Mas já comprovam a antiga crença de que as aves de rapina possuem a melhor visão dentre todas as espécies conhecidas; órgão importantíssimo e de vital importância para a sua sobrevivência em meio a esse desafiador ambiente da natureza selvagem.

Já se sabe, também, que uma visão binocular garante a essas harpias uma noção de profundidade e distância até 8 vezes maior do que a dos humanos; o que faz com que o seu ataque – assim que detectam a presença de uma boa presa – seja praticamente fatal para a vítima.

Mas curiosidade mesmo é saber que, apesar dessa visão além do alcance, as harpias não conseguem mover o olhos para os lados, e nem mesmo para cima e para baixo, o que faz com que elas tenham que constantemente movimentar a cabeça a fim de detectar alguma presença desejada ou indesejada.

No entanto, essa é uma deficiência competentemente corrigida pela natureza (como só mesmo ela sabe fazer) por meio de uma visão binocular e aguçada, alta capacidade de resolução de imagens, entre outras características que transformam a visão das águias em um instrumento de combate dos mais poderosos e eficazes dentro dessa exigente e hostil natureza selvagem.

Tudo Sobre a Conservação Das Harpias

Conservação Das Harpias
Conservação Das Harpias

Sim, as harpias também pertencem a essa comunidade composta por milhares de espécies em risco de extinção no mundo.

De uma comunidade abundante em praticamente todos os estados brasileiros, e facilmente encontrada até o sul do México, agora só o que se tem são algumas modestas populações em regiões esparsas do continente americano.

De acordo com pesquisadores do IBAMA, dentre os principais fatores de risco para a sobrevivência desses animais, podemos destacar o avanço do desmatamento da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica, além da caça ilegal de animais silvestres, a presença massiva de turistas em seus habitats naturais, e até mesmo algumas crenças populares bastantes curiosas e sugestivas.

Como uma que atribui às harpias a fama de serem implacáveis raptadoras de crianças e bebês; crença essa que mantém-se ainda bastante viva em algumas comunidades afastadas, onde esses animais são comumente abatidos sempre que avistados.

Outros fatores que também contribuem para esse risco de extinção das harpias são as fragmentações dos seus habitats naturais, que limitam a quantidade de presas e os processos reprodutivos dessas aves.

Assim como também contribuem para isso os conflitos entre criadores de aves e as harpias, o abate para o consumo desse animal, novas doenças para as quais elas não possuem qualquer defesa, entre outros fatores que, não contornados, serão responsáveis pela completa extinção da espécie Harpia harpyja em não mais do que 30 anos.

Felizmente, algumas iniciativas governamentais e não-governamentais já vêm sendo postas em prática com vistas a ao menos minimizar os ricos de extinção dessa espécie.

E tais projetos são postos em prática com o objetivo de fiscalizar, monitorar, educar a população e realizar estudos ambientais que possam contribuir para a minimização desse transtorno.

Pesquisas E Projetos Podem Ser a Salvação Dessas Harpias

Além da exposição das características das harpias, das singularidades do seu nome científico, especificidades relacionadas com os seus aspectos físicos, entre outras peculiaridades observadas nessas fotos e imagens, devemos também reservar um espaço para tratar de alguns dos mais importantes projetos para o controle dessas populações de harpias no Brasil e no mundo.

Uma delas é a “Peregrine Fund”; ONG norte-americana (e com características internacionais) que dedica-se exclusivamente a proteger da extinção aves de rapina em todo o mundo.

Segundo os líderes da entidade, mais de 50% de todas as espécies de aves de rapina do planeta apresentam uma queda bastante acentuada das suas populações; enquanto cerca de 18% já encontram-se em franco processo de extinção.

Por isso mesmo, na visão dos especialistas, o método de criação de espécies em cativeiro apresenta-se como um dos mais eficazes para a proteção desses animais.

E a prova disso foi o bem sucedido trabalho de proteção do singular Falcão-peregrino; uma espécie típica da América do Norte, já em vias de extinção, mas que, a partir do início dos anos 70, por meio dos esforços de milhares de colaboradores da ONG, foi totalmente resgatada desse terrível processo de extinção.

Por meio da coleta de dados, análise global da sua abundância, checagem da distribuição nos ecossistemas e das ameaças às suas sobrevivências, a entidade acredita ser capaz de contribuir para a preservação das mais de 600 espécies de aves de rapinas atualmente catalogadas.

Com isso, será possível, também, dar mais uma contribuição para o equilíbrio do meio ambiente, que costuma ser afetado imensamente pela perda de espécies com nichos ecológicos considerados vitais para a preservação da natureza nas suas melhores condições.

Um Esforço de Salvação Das Harpias Harpyjas

Já no Brasil, chamam a atenção algumas iniciativas bastante exitosas, como o “Projeto de Monitoramento do Gavião-Real”, criado em 2012 no estado do Pará; mais especificamente na cidade de São Geraldo do Araguaia; e que visa garantir a preservação dos ninhos de Gaviões-Reais em toda a região próxima.

O projeto ainda realiza campanhas de conscientização, faz pequisas relacionadas com o cotidiano das populações de harpias, realiza resgate de indivíduos, monitora a sua saúde, entre outras ações consideradas essenciais para a manutenção dessa espécie nesses ecossistemas.

Outro que também pretende ser uma esperança para inúmeras comunidades de harpias presentes na região amazônica, é o “Projeto Gavião-Real”, criado no ano de 1997 por iniciativa do (INPA), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.

Aqui, o objetivo é combater a caça predatória desses animais, além do desmatamento, a invasão dos seus habitats naturais, entre outras ameaças à existência dessas aves.

Harpias Harpyjas Ao Lado de um Homem
Harpias Harpyjas Ao Lado de um Homem

Muito do que é feito pelos colaboradores tem como base a educação e conscientização das populações nativas, além de serviços de denúncias com o objetivo de conter a caça desses animais em ambiente selvagem.

E tudo o mais que se sabe sobre a conservação das harpias diz respeito a iniciativas postas em prática por órgãos governamentais e não governamentais. Como o Projeto de Monitoramento de Harpias no Parque Nacional Serra da Bodoquena, no Complexo do Pantanal, por exemplo.

Nesse caso, a essência do projeto é a de educar as populações sobre a importância da conservação desas harpias para as gerações futuras.

E mais: investir em pesquisas sobre novas formas de reintrodução dessa espécie em ambiente natural e sobre como garantir que elas encontrem as condições ideais para a sobrevivência dentro dessas áreas.

No entanto, tais esforços dependem, necessariamente, da participação do homem nessa luta pela preservação das aves de rapina da completa extinção em não mais do que algumas décadas.

É necessária a sua plena conscientização sobre a importância da manutenção das espécies da fauna do planeta. A importância desses animais para a preservação do equilíbrio e da saúde da biosfera terrestre. Com a sua participação como agente ativo na luta pela manutenção da vida de todo e qualquer ser vivente no ambiente selvagem.

Alguns Aspectos Culturais Da Presença Das Harpias Na Natureza

Como pudemos perceber até aqui, à parte as suas características físicas, biológicas e genéticas; mesmo considerando as peculiaridades do seu nome científico, e até mesmo outras curiosidades não mostradas nessas fotos e imagens; também chama bastante a atenção nessas harpias o conteúdo abstrato que envolve a sua presença na natureza.

E sobre essa característica, podemos ressaltar, por exemplo, o fato de uma harpia ser o símbolo do Museu Nacional do Rio de Janeiro e um dos  símbolos mais apreciados pelas instituições militares do país; como o 7º/8º Esquadrão Harpia, o 4º Batalhão de Aviação do Exército Brasileiro, entre outras.

Chama a atenção, também, o fato de que até mesmo a famosa Tropa de Elite escolheu a harpia como símbolo, muito por causa das suas características de força, visão aguçada, tenacidade, capacidade de planar e abarcar o todo à sua volta, intimidar as espécies mais temidas da natureza, entre outras características que, obviamente, não poderiam deixar de chamar a atenção das instituições de defesa do Brasil e do mundo.

Isso sem contar o fato, já bastante relatado ao longo desse artigo, de as harpias terem dado nome a um ser mitológico da Grécia Antiga; personagem meio águia, meio mulher, cujas características assustadoras atravessaram milênios até chegar aos nossos dias.

E elas chegaram para compor o cabedal de mitos de um inconsciente coletivo que não se cansa de fazer representações dos mais variados aspectos da natureza humana. E que agora já se sabe que tem nas harpias um dos seus mais incomuns e exóticos símbolos. Uma espécie verdadeiramente única na natureza! E representante das mais imponentes dessa extravagante fauna do continente americano.

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Harpia_harpyja

http://www.avesderapinabrasil.com/harpia_harpyja.htm

https://www.infoescola.com/aves/harpia/

https://www.wikiaves.com/wiki/gaviao-real

https://www.parquedasaves.com.br/a-harpia-esta-quase-extinta-na-mata-atlantica/

https://www.portalsaofrancisco.com.br/animais/gaviao-real

https://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/harpia-harpyja-voce-conhece-o-gaviao-real/

https://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/harpia-ave-de-rapina-sul-americana-esta-ameacada-de-extincao.htm

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Um comentário

  1. Prezados (as), bom dia,
    primeiro quero parabeniza-los pelo excelente conteúdo do site, sensacional.
    Num artigo que fala sobre as HAPIAS, tem uma foto, de uma harpia, abaixo do subtítulo
    “Uma Espécie Única Na Natureza!” – Harpias harpyjas.
    Vocês teriam, por acaso, o nome/contato do autor daquela imagem?
    Eu gostaria de usar para ilustrar um trabalho, mas gostaria de pedir autorização ao fotografo.
    Desde já agradeço.
    Atenciosamente,
    Cassio Polli
    [email protected]

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