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Tarântula Criação Doméstica, Alimentação e Outras Curiosidades

As tarântulas são grandes aranhas peludas que curiosamente são criadas como em cativeiro ou como animais de estimação em diversas partes do mundo. Apesar do aspecto assustador, o veneno destas aranhas não é letal para seres humanos.

Ao falar em tarântulas, neste artigo, é importante ter em mente que a referência está voltada às aranhas da família taxonômica Theraphosidae, também conhecidas como caranguejeiras e que são criadas de modo doméstico; visto que o termo “tarântula” também está associado na literatura às famosas aranhas de jardim, pertencentes ao gênero Lycosidae. Estas últimas são bem menores que as tarântulas criadas em cativeiro.

Para os curiosos de plantão, neste artigo serão abordados importantes e valiosas informações sobre as tarântulas, assim como sobre os cuidados necessários à sua criação doméstica.

Então venha conosco e boa leitura.

Tarântula Classificação Taxonômica

O primeiro passo ao caracterizar estas aranhas é conhecer sua classificação científica adotada pela zoologia. Classificação definida por:

Reino: Animalia;

Filo: Arthropoda;

Classe: Arachnida;

Ordem: Araneae;

Família: Theraphosidae.

Tarântula Características Físicas

Ao estender as pernas do animal, a tarântula alcança o comprimento médio de 15 a 25 centímetros; no entanto, há espécies que alcançam até 30 centímetros. Para este último caso, há o exemplo da tarântula-gigante-comedora-de-pássaros (nome científico Theraphosa blondi).

O peso varia entre 28 a 85 gramas. A coloração é diversificada, algumas espécies podem apresentar cor preta ou marrom, ao passo que outras são coloridas ou listradas.

Ao longo do corpo, há pelos urticantes que funcionam como mecanismo de defesa.

Um fato interessante é que estas aranhas trocam o seu exoesqueleto para poderem crescer (processo denominado ecdise). Durante a troca do exoesqueleto, também há substituição dos órgãos internos, tais como a genitália feminina e o revestimento estomacal.

 Tarântula Fatores Comportamentais e Curiosidades

Tarântula Azul

A expectativa de vida é consideravelmente diferente em relação aos machos e fêmeas. Os machos vivem apenas 7 anos, ao passo que as fêmeas podem atingir até mesmo a incrível marca de 30 anos de vida.

Essas aranhas apresentam hábitos noturnos e solitários. Na natureza, a maioria delas não se afasta de suas tocas subterrâneas (geralmente forradas com teias de seda), visto que possuem facilidade em detectar a presença das presas através das vibrações do solo.

Tarântula Fatores Reprodutivos

As tarântulas levam um tempo estimado entre 2 a 5 anos para atingir a maturidade sexual.

Antes da cópula, o macho tece uma teia pequena e deposita o seu esperma ali. O próximo passo é se esfregar na teia tecida, de modo que o esperma esteja disponível no corpo inteiro. Terminado o processo, ele utiliza os seus ferormônios como guia para localização da fêmea.

Ao encontrar a fêmea, o macho costuma bater uma das patas no chão, de modo a alertá-la sobre a sua presença. Caso ela retribua positivamente à investida, ele continua a se exibir, desta vez elevando o abdômen e movendo-se para frente e para trás.

Durante o ato sexual, o macho utiliza ganchos para prender as presas da fêmea, visto que os pedipalpos do machos são naturalmente modificados para a cópula.

Após a cópula, o macho costuma fugir, esse comportamento é justificável pelo hábito da fêmea em matar o macho.

O Que a Tarântula Come?

Tarântulas são animais carnívoros, e por vezes até canibais. Sua dieta é extremamente diversificada e inclui grilos, baratas, gafanhotos, aranhas, escaravelhos, pequenos lagartos, tenébrios, zoophobas, roedores, pequenos aves, entre outros animais.

Por questões de disponibilidade e praticidade, tarântulas criadas em cativeiro consomem grilos, baratas, tenébrios e zoophobas. No entanto, a nível nutricional, os grilos e baratas contém mais proteínas e menos gorduras, logo devem ser o principal alimento ofertado. Como estratégia de variação dos nutrientes e minerais, também aconselha-se ofertar tenébrios e zoophobas esporadicamente.

Alguns donos gostam de ofertar às suas tarântulas pequenos roedores e reptéis, ou até mesmo carne crua, justificando a necessidade de suporte proteico. Todavia, a maior necessidade de proteínas está relacionada ao aporte de quitina (presente em animais invertebrados). A oferta de carne crua ainda pode ser potencialmente prejudicial às tarântulas, uma vez que a comida para humanos contém certa concentração de produtos químicos.

Em relação à frequência da alimentação, há uma grande discordância entre os criadores de tarântula, no entanto, a maior parte deles recomenda que uma tarântula adulta de porte médio consuma cerca de 2 grilos por semana. Para o caso de tarântulas mais jovens, um grilo semanal é suficiente. Ainda assim, é importante observar se esta dieta não está deixando o abdômen da aranha inchado. Em casos de inchaço, recomenda-se restringir a alimentação até que ocorra uma nova muda.

O prazo de validade para qualquer alimento no interior do terrário é de 1 dia.

Tarântula Considerações Sobre a Criação Doméstica

O primeiro passo antes da criação de uma tarântula é conhecer a espécie, de modo a identificar se a mesma é terrestre ou arborícola, podendo proporcionar-lhe todas as condições necessárias.

Os terrários podem ser de plástico ou de vidro, sendo que esses últimos podem ser limpos mais facilidade. A luz solar ou elétrica não deve incidir diretamente sobre o terrário, uma vez que as tarântulas são animais de hábitos noturnos.

Tarântulas arborícolas demandam terrários altos e com ramos de árvores; ao passo que tarântulas terrestres demandam terrários baixos e espaçosos.

O substrato para revestimento do piso deve ter 2 a 15 centímetros de espessura (lembrando que este animal gosta de cavar a própria toca). Sugestões de substrato que podem ser encontrados à venda incluem fibra de coco, casca de madeira, vermiculite, turfa, perlite e outros.

No manuseio, é importante ter cuidado com o seu abdômen delicado, assim como evitar movimentos que façam o animal se sentir ameaçado e retribuir com uma picada. Há várias técnicas de manuseio, uma delas inclui segurar o animal entre a segura e terceira pata, com suavidade, porém com certa firmeza. Como as tarântulas não estão habituadas a serem levantadas, a sugestão é que esse movimento seja realizado suavemente.

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Agora que você já conhece importantes e relevantes informações sobre a tarântula, o convite é para que continue conosco e visite também outros artigos do site.

Até as próximas leituras.

REFERÊNCIAS

Avicularia. Alimentação da Tarântula. Disponível em: < http://aviculariapt.directorioforuns.com/t3-alimentacao-da-tarantula>;

Mundo dos Animais. Tarântulas de Estimação: Cuidados Básicos. Disponível em: < https://www.mundodosanimais.pt/invertebrados/tarantulas/>.

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