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Quantos Tipos de Tilápia Existem?

As tilápias são peixes nativos do continente africano, mais precisamente do famoso rio Nilo (do Egito). Todavia, com o passar dos anos, forma introduzidas em outras regiões do globo, e, atualmente, estão presentes em muitas áreas da América do Sul e América do Norte.

Estes peixes teriam sido introduzidos no Brasil no ano de 1950, todavia, alcançaram um crescimento significativo por aqui na década de 1970. Esse crescimento aumento ainda mais nas décadas posteriores, atingindo valores cada vez mais altos com a chegada do segundo milênio. Dos anos de 200 a 2015, por exemplo, houve um assombroso salto de 225%.

Mas ao falar o termo “tilápia” é importante considerar que há alusão a várias espécies de peixes (mesmo que a espécie tilápia-do-nilo seja a mais famosa e difundida), sendo essas espécies pertencentes à subfamília taxonômica Pseudocrenilabrinae.

Pseudocrenilabrinae
Pseudocrenilabrinae

Mas afinal, quantos tipos de tilápia existem ?

Venha conosco e descubra.

Boa leitura.

Criação de Tilápia: Interferência de Fatores como Temperatura e pH

Na qualidade de animais pecilotérmicos, as tilápias variam sua temperatura corporal de acordo com a temperatura do ambiente no qual estão inseridos (neste caso, de acordo com a temperatura da água).

A temperatura da água é um fator decisivo para garantir o pleno desenvolvimento. A faixa ideal está compreendida entre 26 a 30 graus Celsius.

Temperaturas superiores a 38 °C podem resultar na morte das tilápias, efeito semelhante ao obtido em temperaturas muito baixas (na faixa dos 14 aos 10 °C).

A temperatura abaixo dos 26 °C também é desconfortável para as tilápias, uma vez que, nesta situação, a tilápia passa a consumir menor quantidade de alimento- bem como, passa a apresentar um padrão de crescimento mais lento. Temperaturas abaixo dos 20 °C representam, inclusive, certa suscetibilidade a doenças e, até mesmo, pouca tolerância ao manuseio.

Agora, falando em termos de pH, o ideal é que a água esteja com um pH neutro (no caso, próximo a 7,0). Oscilações consideráveis deste valor podem ser até mesmo fatais para a tilápia. A medição do pH é realizada através de um aparelho chamado de peagâmetro.

O pH muito baixo, pressupõe um ambiente ácido. As consequências incluem morte por asfixia- em decorrência do excesso de muco que se acumula no corpo e nas brânquias. Nas mortes por falta de oxigênio, é comum que as tilápias permaneçam com a boca aberta e com os olhos saltados.

Quando o pH está elevado demais, significa que a água está alcalina. Tal alcalinidade pode contribuir para a formação de amônia- substância que também pode intoxicar as tilápias.

Reprodução das Tilápias

Dependendo da espécie, a ‘maturidade sexual’ ocorre dos 3 aos 6 meses. Caso, estes peixes estejam saudáveis e bem nutridos, a desova pode acontecer até 4 vezes ao ano.

O índice de sobrevivência das tilápias é bastante elevado, uma vez que estes peixes praticam o cuidado parenteral, ou seja, proteção da prole. Tal cuidado é exercido ‘guardando’ os filhotes na boca, de modo que estejam a salvo de predadores.

Alimentação das Tilápias

Em relação à alimentação, as tilápias são classificadas como peixes onívoros; ou herbívoros zooplantófagos ou fitoplanctófagos (sendo que esta classificação é considerada adicional e apenas para algumas espécies, como é o caso da tilápia do Nilo).

Entre os organismos vegetais inclusos na dieta estão as plantas aquáticas, algas, sementes, frutos e raízes. Entre os animais, é possível encontrar organismos de pequeno porte, como é o caso de pequenos peixes, anfíbios, moluscos, vermes, microcrustáceos; assim como larvas e ninfas de inseto.

Em relação à alimentação em cativeiro, é importante ter em mente que a ração lançada na água pode perder alguns nutrientes (especialmente, quando se trata de compostos mais solúveis). Dessa forma, é fundamental que as rações específicas para tilápia recebam um processamento adequado.

Ração para Tilápia
Ração para Tilápia

Para que uma ração seja considerada balanceada, é fundamental que possua fácil metabolismo, boa conversão alimentar, boa velocidade de imersão, boa flutuabilidade; assim como boa absorção e solubilidade.

As rações para tilápia podem apresentar o formato de ração farelada, peletizada e extrusada (sendo este último formato o mais popular). A ração em farelos é a ideal para alimentação dos alevinos (ou peixes filhotes), todavia, também possui desvantagens como certa perda de nutrientes e provável poluição nos tanques.

No caso da ração peletizada, este tipo possibilita uma perda nutricional mínima; assim como não demanda grande volume para o transporte e armazenamento.

Ração Extrusada
Ração Extrusada

A ração extrusada é o tipo que paresenta maior digestabilidade. Também apresenta a vantagem de se manter estável quando está na superfície da água (por um período de até 12 horas). É muito prática para o manejo alimentar dos peixes. Apesar de possuir um custo superior aos demais tipos de ração, possui um custo-benefício favorável.

Quantos Tipos de Tilápia Existem?

Ok. Depois de conhecer um pouco mais sobre os requisitos necessários para garantir uma boa criação de tilápias, vamos à questão central deste artigo.

Pois bem, atualmente, já foram encontradas e registradas mais de 20 tipos de tilápias, as quais apresentam diferenciação em relação à velocidade de crescimento, idade de maturação sexual, prolificidade (isto é, produção de alevinos); assim como tolerância a baixas temperaturas e à altas concentrações salinas.

As espécies mais famosos e mais criadas para comercialização no Brasil são a tilápia do Nilo (nome científico Oreochromis niloticus); a tilápia Moçambique (nome científico Oreochromis mossambicus); a tilápia azul ou aurea (nome científico Oreochromis aureus); e a tilápia de Zanzibar (nome científico Oreochromis urolepis hornorum).

No caso da tilápia do Nilo, esta espécie é a preferida pelos piscicultores, uma vez que apresenta uma carne saborosa, poucos espinhos e boa aceitação no mercado consumidor. A espécie apresenta coloração verde-prateada, assim como listras escuras e regulares na porção lateral do corpo e na nadadeira caudal.

A tilápia Moçambique possui coloração branca no ventre e azul-acinzentada no restante do corpo. Também conta com listras escuras e sutis nas laterais. Tal ‘padrão’ de coloração é bastante semelhante ao observado na tilápia azul ou aurea.

No caso da tilápia de Zanzibar, machos adultos apresentam coloração muito escura, do tipo quase negra. No entanto, pode exibir leves tons em laranja, rosa e vermelho nas nadadeiras dorsais.

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Até as próximas leituras.

REFERÊNCIAS

Cursos CPT. Peixes de água doce do Brasil- Tilápia. Disponível em: <https://www.cpt.com.br/artigos/peixes-de-agua-doce-do-brasil-tilapia-tilapia-rendalli>;

Cursos CPT. Tilápias: Manual Prático de Criação. Disponível em: <http://cptstatic.s3.amazonaws.com/pdf/cpt/piscicultura/tilapias-cursos-cpt.pdf>;

MF Magazine. Conheça as diferentes espécies de tilápias criadas no Brasil. Disponível em: <https://blog.mfrural.com.br/especies-de-tilapias-criadas-no-brasil/>;

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