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Lagosta Rosa: Características, Fotos e Nome Científico

A Lagosta-rosa-do-cabo-verde ou Palinurus charlestoni (seu nome científico) é uma espécie com características únicas!

Como o seu nome logo nos leva a supor, ela é endêmica das distantes e paradisíacas ilhas do arquipélago onde está situada a República de Cabo Verde – a cerca de 569 km da costa da África Ocidental, em plena região central do Oceano Atlântico.

A espécie é uma extravagância, capaz de atingir facilmente os 50 cm de comprimento, e encontrada quase que por acaso por exploradores franceses no início dos anos 60.

Os pescadores ficaram espantados com a espécie até então desconhecida, mas que, a partir dali, transformaria-se quase que num patrimônio nacional cabo-verdiano.

O Palinurus charlestoni – também como o seu nome científico nos leva a supor – pertence ao gênero Palinurus, que abriga outras extravagâncias da natureza, como o Palinurus elephas, o Palinurus delagoae, o Palinurus barbarae, entre outras espécies consideradas iguarias das mais finas e sofisticadas da natureza.

Mas o curioso é que a lagosta-rosa-de-cabo-verde é vermelha! E pode variar entre o vermelho-claro e o púrpura, com marcas mais esbranquiçadas em seu dorso e ventre. E talvez esse seu apelido seja uma alusão à cor que ela adquire após o seu cozimento.

Ou mesmo pela variação de cor que apresenta em determinadas regiões desse imenso arquipélago incrustado bem no meio do oceano Atlântico, com as suas ilhas vulcânicas, discretas e repletas de montanhas; como as Ilhas Barlavento, o Ilhéu dos Pássaros, as Ilhas de Sotavento, entre várias outras riquezas insulares.

Lagosta Rosa: Nome Científico, Características e Fotos

Desde o início dos anos 60, quando iniciou-se, com mais efetividade, a pesca do Palinurus charlestoni, começou a surgir também uma certa preocupação com relação a essa caça desenfreada, que até chegou a listá-la como uma espécie “preocupante” pela IUCN (União Internacional Para a Conservação da Natureza).

Ainda sobre as suas características, o que podemos dizer é que a lagosta-rosa possui algumas particularidades que a distinguem das demais, como um tamanho exuberante, uma coloração mais intensa, patas torácicas curiosamente marcadas com listras brancas em combinação com manchas mais avermelhadas (e mais largas).

Além disso, essa espécie tem a preferência por habitar justamente regiões como essas da Ilha de Cabo Verde, com águas a temperaturas entre 12 e 15°C, em um ambiente tipicamente rochoso e montanhoso, onde elas desenvolvem-se em profundidades que podem variar entre 50 e 400m.

O período reprodutivo das lagostas-rosas-de-cabo-verde ocorre geralmente entre junho e julho; e após a cópula, a fêmea deverá abrigar os seus milhares de ovos nos seus pleópodos, até que, entre os meses de novembro e dezembro, eles estejam prontos para ganhar vida!

Lagosta Rosa no Prato
Lagosta Rosa no Prato

E serem distribuídos pelos mares rochosos e ilhas vulcânicas de toda essa região central do imenso e vigoroso Oceano Atlântico!

E crescerem rapidamente entre os meses de fevereiro e abril, até que seja possível perceber a sua maturidade por meio de transformações que ocorrem em suas carapaças – quando estas atingem em torno de 100 mm de diâmetro.

Mas além do seu nome científico, é possível, também, observar outras características da lagosta-rosa – como podemos ver nessas fotos.

Podemos observar, por exemplo, a sua preferência por menores profundidades durante o verão – quando elas podem ser mais facilmente encontradas em até 150m. Diferentemente do que ocorre no inverno, quando as lagostas-rosas descem para regiões um pouco mais profundas.

Uma profundidade que pode mesmo ser dobrada, a ponto de só podermos encontrá-las a 200 ou 300 m de profundidade – ao que tudo indica, devido a uma reminiscência ancestral, que remonta há centenas de milhões de anos.

Além do seu Nome Científico, Fotos e Características Reprodutivas, o Que Mais Podemos Saber Sobre as Lagostas-Rosas?

Filhote de Lagosta Rosa
Filhote de Lagosta Rosa

Além das singularidades das suas características, a lagosta-rosa-de-cabo-verde apresenta singularidades também com relação à sua história.

Consta que foi no início dos anos 60 que pescadores franceses capturaram um exemplar, que seria suficiente para que uma nova espécie fosse descrita: a Palinurus charlestoni, que agora juntava-se a outras já nossas conhecidas, como a Palinurus mauritanicus e a Palinurus elephas, dentro desse imenso gênero Palinurus.

Mas consta, também, que a descoberta dessa espécie por exploradores franceses (em uma costa portuguesa!) criou, digamos, um certo desconforto diplomático, a ponto de fazer com que o governo português – apenas 3 anos após a descoberta – ampliasse os seus limites marítimos para mais 22km, como forma de barrar esse assédio francês.

A tática deu certo, apesar do fato de que, 9 anos depois, a Ilha de Cabo Verde já seria uma república independente, e com a primazia na exploração, criação e comercialização de uma das suas “meninas dos olhos”: a gigante Palinurus charlestoni – ou simplesmente: a “Lagosta-rosa-de-cabo-verde”.

Espécie que tornou-se quase como uma verdadeira “celebridade” na região; e capaz, até mesmo, de arrebanhar uma legião de turistas apenas e tão somente interessados em conhecer o famoso e extravagante crustáceo.

Uma Espécie Considerada “Preocupante” Pela União Internacional Para a Conservação da Natureza.

Atualmente, por ser uma espécie considerada “preocupante” pela IUCN, a lagosta-rosa-de-cabo-verde tornou-se uma das peocupações dos governantes da ilha e de diversas organizações ambientais que espalham-se pelo mundo.

Por isso mesmo, hoje a espécie é certificada como um “Produto Endêmico Sustentável”. O que signfica dizer que todos os cuidados com relação à garantia da sua sobrevivência para as gerações futuras estão sendo tomados – praticamente uma exigência dos Estados Unidos e dos mercados europeus.

De acordo com representantes do governo cabo-verdiano, essa é uma iniciativa de vanguarda na região, pois a certificação de um produto como “endêmico sustentável” nunca foi, nem de longe, uma preocupação do país – o que pode servir, ainda segundo representantes do governo, como um exemplo a ser seguido.

Um exemplo a ser seguido, principalmente, por países considerados “periféricos”, onde as regulamentações que dizem respeito à sustentabilidade não costumam ser seguidas com o rigor com que são em países europeus, por exemplo.

Mas, apesar de modesta, esse tipo de iniciativa é uma daquelas que acabam por fazer com que um produto, como as lagostas-rosas-de-cabo-verde (ou Palinurus charlestoni – nome científico), consiga, além de agregar mais valor a si, manter as suas características consideradas típicas (que vemos nessas foto).

Além de atrair interesse por outros produtos da região, aumentar a sua reputação, fazer de Cabo Verde uma referência em certificação de produtos in natura; e, ao final, fazer com que a pesca no país – atividade tão tradicional –, se não puder competir em quantidade com as atuais potências no segmento, ao menos consiga competir em qualidade e sustentabilidade.

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