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Diferenças Entre o Mastim Napolitano e o Mastim Inglês

Quando se trata das suas origens, os cães mastim napolitano e mastim inglês possuem mais semelhanças do que diferenças. No entanto, podemos atentar para alguns detalhes que os diferenciam, como por exemplo o fato de ser o primeiro, ao que tudo indica, originário da Índia, de onde também supostamente foi levado até a Roma Antiga, ainda antes desta ter se tornado um império.

Já o mastim inglês, como a sua designação nos leva a crer, seria uma raça oriunda da Grã-Bretanha; de um período anterior à constituição do Império Romano; supostamente trazida da Ásia Central, mais especificamente da região onde está situada hoje a Região Autônoma do Tibete.

Lá ele deixou a sua rotina de típico cão trabalhador para extasiar a nobreza romana em combates sangrentos contra leões nas arenas olímpicas.

O tempo passou, diversos cruzamentos foram postos em prática, e o que se sabe é que o mastim (ou mastiff) inglês tornou-se, para o homem britânico (até o início do séc. XIX), um típico cão de guarda e de caça, capaz de percorrer longas distâncias em caravanas em busca de toda a sorte de conquistas.

Enquanto o mastim napolitano, por sua vez – que agora tinha Nápoles como a sua pátria – , desenvolvia os caracteres de um típico cão de companhia, inteligente, amoroso e dócil, que só cairia nas graças dos demais povos fora da Itália recentemente – por volta dos anos 40 –, quando, inclusive, tornou-se um dos responsáveis pelo surgimento de uma das raças mais famosas do mundo: o curioso e original São Bernardo.

Principais Diferenças Entre O Mastim Napolitano E O Mastim Inglês

1.Origens

Como pudemos perceber até aqui, talvez as primeiras diferenças a serem listadas aqui acerca dessas duas raças sejam as relativas às suas origens.

O mastim inglês é um cão tipicamente britânico, que teria sido introduzido na ilha há cerca de 3.000 anos pelas mãos de exploradores e comerciantes europeus, que logo encantaram-se com uma raça forte, vigorosa e robusta bastante popular na Ásia, mais especificamente no Império Assírio.

Já o mastim napolitano teria sido levado da Índia para a República Romana, onde, a partir de então, passou a ser, definitivamente, caracterizado como um cão de companhia e também de caça.

Os registros mais confiáveis dão conta de que somente no início do séc. XIX os mastins ingleses desembarcaram nas Américas, enquanto os napolitanos somente em meados dos anos 40.

2.Temperamento

Os cães mastim napolitano e inglês também podem ser diferenciados pelos seus temperamentos. O mastim inglês, por exemplo, é reconhecidamente dócil, companheiro, leal, dedicado e fiel.

Mas eles não hesitarão em proteger a sua família; e para isso poderão lançar mão dos seus antigos caracteres ancestrais de destemor e coragem, que até fizeram com que fossem utilizados, inclusive, em rinhas de cães, no distante séc. XIX na Inglaterra.

Já o mastim napolitano, por seu turno, não possui nenhum gênio agressivo e ancestral que, vez ou outra, surja como uma reminiscência do passado. Nada disso!

Ele é nada mais do que um simples “amigão”, dócil, amoroso, bastante sociável, e que fará de tudo para angariar a simpatia inclusive dos estranhos – o que, obviamente, não o credencia, de maneira alguma, como um autêntico cão de guarda.

3.Inteligência

A princípio, ambos podem ser considerados cães inteligentes, facilmente adestráveis; daqueles que dão tudo pela oportunidade de correr atrás de um graveto e devolvê-lo ao seu dono – ou coisas do tipo.

No entanto, podemos aqui também destacar algumas diferenças entre o mastim inglês e o napolitano. Nesse caso, podemos dizer que a personalidade um pouco mais forte dos mastins ingleses faz deles cães mais arredios ao trato com adestradores profissionais, preferindo mesmo é a companhia dos próprios donos para esse fim. Enquanto os mastins napolitanos podem ser adestrados por quem quer que seja – Eles não farão caso disso.

Profissionais ou os próprios donos terão nas mãos um verdadeiro cumpridor de tarefas, desde que, obviamente, as melhores práticas de adestração sejam iniciadas ainda na sua fase de filhote.

Filhote de Mastim Napolitano
Filhote de Mastim Napolitano

4.Tamanho

Algo que também diferencia sobremaneira os cães mastim napolitano e mastim inglês são as suas características físicas.

O mastim inglês é um assombro! Graças aos seus mais de 80 cm de altura e até assustadores 109 kg de peso, ele recebeu o título de “maior cão do mundo”, capaz de vencer essa “queda de braço” com outras exuberâncias, como o famoso dogue alemão, o Lébrel Irlandês, o São Bernardo, entre outros descomunais representantes desse extravagante universo da família Canidae.

Já os mastins napolitanos não podem ser comparados com o vigor e exuberância dos ingleses, apesar de poderem atingir respeitáveis 60 ou até 70 cm de altura e até 70 kg de peso.

Talvez no que ninguém possa superá-lo é no tamanho do seu crânio (se é que isso seja verdadeiramente um mérito). Pois nisso eles são imbatíveis! E são descritos como o cão com o maior crânio dentre todos os representantes dessa família Canidae.

Mastim Inglês Com a Dona
Mastim Inglês Com a Dona

5.Cuidados

Outra diferença (apesar de não tão marcante) entre o mastim inglês e o mastim napolitano é com relação aos cuidados. Não precisa nem dizer que o primeiro, muito por causa do seu tamanho avantajado, não é dos mais recomendados para serem criados no ambiente restrito de um apartamento.

A não ser, obviamente, que você ofereça a ele uma verdadeiro plano de atividades físicas, que envolva longas caminhadas e exercícios de força, de acordo com o que preconizam os manuais de criação e adestramento desse tipo de raça.

Além disso, por ter um pelo curto, ele não configura-se como um animal exigente quando se trata de banho, escovação e tosa; sendo recomendado, apenas, banhos mensais ou semanais, escovação a cada 8 dias – e, é claro, visitas regulares a um bom médico veterinário.

Mastim Napolitano Bem Cuidado na Beira na Piscina
Mastim Napolitano Bem Cuidado na Beira na Piscina

Já os cuidados com relação ao mastim napolitano não vão muito além disso; a não ser por um detalhe que os caracteriza, que é o hábito de babarem constantemente, como uma espécie de manifestação ao clima tipicamente tropical brasileiro. Por isso mesmo, água em abundância deve ser considerado algo quase sagrado na criação desse tipo de raça.

E no mais, é só atentar para os transtornos geralmente relacionados com o tamanho e peso de ambas as raças; em especial a famigerada displasia-coxofemoral, que costuma manifestar-se como uma desproporção entre o crescimento ósseo e o muscular; um transtorno que, não tratado, pode levar o animal a sérios problemas de locomoção quando adultos.

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