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Tudo Sobre a Flor Maria-Sem-Vergonha: Características

De origem africana, a maria-sem-vergonha é uma flor cuja maior peculiaridade é ser do tipo comestível. Porém, ela possui outras características tão interessantes quanto, e que vamos abordar a seguir.

De nome científico Impatiens walleriana, essa planta também é conhecida como beijinho, pertencente ao gênero Angiospermae e também à família Balsaminaceae. Trata-se de um vegetal que, quando cresce, fica em posição ereta, sendo ramificado, podendo atingir uns 50 cm de comprimento.

As flores dessa planta possui tonalidades que podem variar entre o vermelho, o laranja-avermelhado, o rosa, o branco, entre tantas outras. Já as suas hastes em si são vermelho-escuras, e quase não possuem ramificação. As folhas, por sua vez, são carnosas, sem pelos e tendo também a sua nervura central arroxeada.

Sua origem é africana, mais precisamente das Ilhas dos Mares do Sul. É considerada uma planta daninha, podendo se multiplicar com grande facilidade, e até mesmo conseguindo se desenvolver em regiões isoladas, em trechos de estrada, em canteiros ou simplesmente em vasos e jardineiras comuns em residências.

Essa característica de conseguir se propagar em qualquer lugar pode ser um problema, pois a planta pode se tornar uma praga, caso não seja devidamente controlada.

Na verdade, a espécie maria-sem-vergonha é a “mãe” de vários outros híbridos, e é por isso que é muito difícil encontrá-la para cultivo caseiro. E são justamente esses híbridos que fornecem uma imensa variedade de flores e folhagens em geral, desde o tamanho até a tonalidade de suas cores.

Os vários exemplares desses flores, por sinal, vão desde versões mais simples, com pétalas um pouco mais singelas, até as do tipo que são formadas por muitas camadas.

Como Pode ser Feito o Cultivo Dessa Planta?

Em caso de encontrar a maria-sem-vergonha para cultivo por aí, primeiro, você tem que ter em mente que ela pode ser cultivada de qualquer maneira em diversos lugares distintos. Sejam em jardineiras, ou mesmo em bordaduras junto a paredes e muros, ela se dá muito bem.

Inclusive, fazer o conjunto de várias mudas coloridas dessa flor é uma ótima maneira de deixar o seu jardim bem mais colorido. Nesse sentido, é bom destacar que o plantio pode ser tanto à meia sombra, mas é recomendável evitar o sol pleno.

Já o substrato onde a planta irá ficar precisa ser rico em material orgânico, ao mesmo tempo em que a terra precisa permanecer úmida. Substratos básicos são bem recomendados para que a planta se desenvolva com o mínimo de nutrientes.

Em relação ao clima, a maria-sem-vergonha não gosta de ventos muito fortes, mas, ao mesmo tempo, tolera bem estações frias, contanto que não sejam muito intensas. Pode até mesmo ser plantada em regiões sub-tropicais, que se desenvolve bem.

Em se tratando de adubação, o mais recomendado é que esse processo seja realizado no início da primavera e do outono. Ele tem por função estimular a floração da planta justamente nessas estações onde boa parte das flores desabrocham. A adubação também pode ser no começo do verão, após a floração da planta.

Esse processo de adubação, por sinal, pode ser realizado todo mês ou a cada dois meses, e o  material usado pode ser húmus de minhoca, que tem a capacidade de deixar o solo mais poroso, aumentando, assim, os teores de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e manganês. Também melhora o pH, e eleva a quantidade de microrganismos do local.

Desvalorização da Planta

Uma das principais características da maria-sem-vergonha é justamente o fato dela ser de um cultivo muito fácil, não tendo grandes problemas de manuseio. Contudo, foi exatamente essa peculiaridade que fez com a planta fosse desvalorizada com o passar do tempo.

Contudo, essa aspecto vem mudando nos últimos anos, devido à redescoberta dessa flor como elemento paisagístico, especialmente por conta da recente onda de cultivo de plantas que vem tomando conta de pessoas que moram em cidades grandes.

Impatiens Walleriana

Até mesmo porque uma das vantagens dessa planta é que ela floresce praticamente o ano todo (até mesmo no inverno), o que faz com que possa ornamentar qualquer lugar o tempo todo. Nesse sentido, a maria-sem-vergonha pode ser usada para forragem de jardins, ou então para vasos no interior de ambientes diversos (casas, escritórios, etc).

Portanto, não se deixe levar pela fama que essa planta tenha adquirido algum tempo atrás, pois, sendo cuidada de maneira simples, é uma ótima planta para embelezar qualquer lugar que você queira.

Dicas Extras nos Cuidados com Essa Planta

Mesmo que não seja necessariamente uma planta que demande muita atenção no seu plantio, ou mesmo nos seus cuidados cotidianos, a maria-sem-vergonha pode se desenvolver ainda mais com algumas recomendações extras, especificamente entre as estações da primavera e do verão.

Um bom exemplo disso é que a floração dela ocorre de maneira bem mais abundante caso as raízes estejam amontoadas, o que implica dizer que para transplantá-la para um vaso maior, é necessário que a planta como um todo ocupe todo o recipiente. Inclusive, a melhor estação do ano para fazer a mudança de vaso é durante a primavera.

Já com relação à temperatura ideal, tanto na primavera, quanto no verão, essa planta floresce de maneira mais intensa em ambientes com média de 18º C. Contudo, é bom salientar ainda que a maria-sem-vergonha resiste bem a um calor um pouco mais intenso.

Obviamente que quanto mais quente for e estação, mais as regas precisarão ser frequentes, com o intuito do solo ficar sempre úmido, que é o que esse planta, de fato, gosta. Por sinal, durante o verão, o mais recomendável é pulverizar a planta com água, como uma espécie de complemento às regas. Cuidado apenas para que as folhas não fiquem molhadas por muito tempo, pois isso facilita o ataque de fungos.

Em caso da maria-sem-vergonha estar em um vaso, é apropriado também apoiá-lo em um prato que tenha seixos molhados. Já a adubação pode ser feita com fertilizante líquido semanalmente entre os meses de novembro e março.

É recomendado também colocar a maria-sem-vergonha em local arejado e iluminado, mas, não sob sol direto, especialmente em locais onde a incidência no meio do dia é maior.

Ainda durante a estação do verão, também é necessário fazer uma boa poda nesse período do ano, fazendo com que a planta consiga fica mais compacta.

Manutenção no Outono e no Inverno

Estas, como bem sabemos, são as estações mais frias do ano, só que para que a maria-sem-vergonha possa continuar se desenvolvendo bem, é recomendável que a temperatura ambiente em que ela esteja não seja muito abaixo dos 18º C. Isso fará com que a planta continue florindo bem.

Pra facilitar ainda mais essa questão, durante esse perídio do ano, você pode diminuir um pouco a frequência de regas para que a terra na qual a planta está não fique demasiadamente encharcada. Nesse aspecto, o melhor é deixar que o composto fique quase seco entre uma rega e outra.

Durante o outono e o inverno, também é recomendável deixar de adubar a planta, mesmo que seja por um curto espaço de tempo. Se possível, durante o inverno, o mais recomendável é deixar a maria-sem-vergonha num local em que o ambiente fique entre 13º C e 18º C (não menos do que isso).

Como Pode ser Feita a Propagação da Flor Maria-Sem-Vergonha?

A forma mais eficaz de propagar essa planta é por meio de estacas, preferencialmente, no período que compreende os meses entre outubro e abril, que é quando esse procedimento pode ser feito com melhores resultados.

Inclusive, o método para fazer a propagação é bem simples, bastando retirar 10 cm de ramos laterais da planta, removendo suas folhas inferiores, e mergulhando essas mesmas estacas em copos com água. Em alguns poucos dias, as raízes comecem a surgir.

Depois que isso acontecer, chegou a hora de colocar a muda dessa planta é um local que seja fresco e sombreado, num período de umas 2 semanas, mais ou menos, que é o tempo necessário para que as raízes consigam se estabelecer. Assim que as primeiras brotações surgirem, a maria-sem vergonha pode ser tratada como planta adulta.

Inclusive, conforme a planta crescer, é recomendável ir beliscando com a ponta dos dedos as extremidades da planta para que ela se torne mais densa. Já pra quem se interessar em fazer mudas dela, pode usar uma caixa como sementeira, misturando em partes iguais turfa e areia.

Quando a primavera se inicia, importante colocar as sementes, cobrindo-as com composto devidamente peneirado. Depois, é só umedecer o solo, deixando tudo em um local que seja quente e escuro o suficiente. Quando a germinação começar, faz-se necessário aumentar a luminosidade do lugar, sem que a luz do sol incida diretamente.

Quando ela puder ser manuseada como uma planta adulta, então, chegou a hora de colocá-la em um vaso. Como ela gosta de umidade, procure colocá-la em recipientes que tenham por característica não reter a água das regas, para que esta fique concentrada na planta e não no vaso.

Quais são os Cuidados Restantes em Relação ao Cultivo da Maria-Sem-Vergonha?

No geral, o cultivo dessa planta é algo bastante simples, só tendo que ter cuidado quanto à exposição ao sol, e com invernos muito rigorosos. No entanto, tem um elemento que se mostra essencial para o bom desenvolvimento dessa planta, que é o solo onde ela se encontra.

Nesse sentido, a terra tem que ter bastante material orgânico, já que isso facilita (e muito) o crescimento dela. Fora isso, uma boa adubação com fósforo também ajuda nessa questão, já que ela induz à floração. Adubação com fósforo, inclusive, é excelente para plantas cujas flores cresçam muito juntas.

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Contudo, é bom salientar que a planta, com o passar de alguns anos, irá, inevitavelmente, ficar com uma aparência envelhecida, com muitas folhas mortas. Quando isso acontecer, vale fazer mudas dos galhos mais saudáveis. Na pior das hipóteses, tentar encontrar alguma muda pra venda.

Outras Flores que Também Podem Receber o Nome de Maria-Sem-Vergonha

Catharanthus roseus 

Além de poder ser chamada também de maria-sem-vergonha, esta espécie aqui também recebe os seguintes nomes populares: vinca-de-madagáscar, vinca-de-gato, vinca, boa-noite e beijo da mulata. Como um dos próprios nome já indica, trata-se de uma pequena e endêmica planta originária de Madagáscar.

Contudo, essa planta se encontra em processo de extinção devido à destruição de seus habitats naturais (proporcionados por conta das queimadas), e do avanço desenfreado da agricultura local.

Fora de Madagáscar, essa planta pode passar por um processo de naturalização em diversos lugares do mundo, graças à sua capacidade de adaptação em locais de clima tropical e subtropical.

Também se trata de um vegetal muito estudado na área da medicina, por conta da produção de substâncias denominadas alcalóides bisindólicos, e que são encontradas em suas folhas. Quando essas substâncias são extraídas e purificadas são usadas na fabricação de diversos medicamentos que trata alguns tipos de câncer, e até diabetes.

Esses alcalóides encontrados nas folhas dessa espécies também possuem propriedades anti-inflamatórias. Contudo, é importante ressaltar que a seiva dessa planta é bastante tóxica, não devendo ser consumida em hipótese alguma.

A floração dessa espécie é anual e perene, com flores zigomórficas, possuindo cinco pétalas cada uma, cujas cores são bem variadas. Já as suas folhas são opostas, brilhantes e de formato oval, medindo entre 2,5 e 9 cm de comprimento cada uma delas. Ela também possui frutos que nada mais são do que pares de folículos, em média, de 2 a 4 cm de comprimento.

No geral, é uma planta que se dá muito bem com a luz do sol direta (ao contrário da primeira maria-sem-vergonha que falamos aqui), sendo também muito resistente a períodos de seca (contanto que sejam inferiores a 1 ano).

Seu cultivo deve ser realizado em solo fértil, com regas ocasionais. Pode ser usada na decoração de jardins, maciços, vasos, bordaduras e jardineiras. O momento de surgimento das flores dessa planta se estende pelo ano todo, mas, após dois anos mais ou menos, ela tende a ser trocada, pois perde a beleza natural.

Impatiens balsamina

Aqui temos uma erva asiática que também recebe o nome de maria-se-vergonha, e que faz parte do mesmo gênero Impatiens que a primeira flor que falamos neste texto. Ela é da família das balsamináceas, possuindo folhas lanceoladas, e serrilhadas, cujas folhes são avermelhadas, rosas, brancas, ou simplesmente variegadas.

É uma planta bastante cultivada com finalidades ornamentais, enquanto que o sulco do seu caule possui propriedades diuréticas e eméticas. É uma excelente escolha para a formação de canteiros, bordaduras e maciços de periodicidade anual, especialmente se a intenção for ter flores em abundância.

Além de maria-sem-vergonha, essa espécie também pode ser chamada de balsamina, ciúmes, não-me-toques, melindres, nóli-me-tângere ou papagaios.

O cultivo, por sua vez, pode ser a sol pleno, ou simplesmente em meia sombra. O solo precisa ser fértil e bem drenado, da mesma forma que precisa ser enriquecido com bastante material orgânico. As regas precisam ser regulares, e as adubação, mensais, já que elas estimulam a floração das plantas.

Impatiens Balsamina

Na verdade, é mais fácil essa planta se adaptar ao excesso de água do que a períodos muitos longos de seca. Mesmo assim, é uma for tipicamente tropical e que aprecia bem o calor, contanto que não seja excessivo. Da mesma forma que ela não tolera o frio subtropical, nem o mediterrâneo.

A multiplicação é feita na base da estaquia, ou mesmo por sementes. Contudo, plantas que sejam mais sadias e visualmente bonitas são conseguidas por meio do plantio de sementes. Além disso, essa planta enraíza facilmente a partir do momento em que os entrenós do ramo encostam na terra.

Caso o plantio tenha sido feito por meio de sementes, a germinação levará entre 14 e 21 dias, mais ou menos. Já o transplante para potes individuais ou para solos de jardim precisam ser feitos quando a muda atingir uns 15 cm de altura. Um vaso um pouco grande pode comportar de 3 a 4 mudas.

Thunbergia alata

Pertencente à família Acanthaceae, essa é uma espécie de trepadeira herbácea, cuja origem são as áreas tropicais da África Oriental. Essa e outras do gênero foram introduzidas em outras regiões do mundo como uma planta meramente decorativa.

Seu caule é volúvel, com folhas pecioladas e flores amarelas, possuindo uma espécie de tubo de coloração marrom. Inclusive, cada flor é acompanhada por duas brácteas esverdeadas. Apesar de ser perene, ela também pode ser usada como uma planta anual.

Podemos dizer que as flores são produzidas nas “axilas” da planta, com cada uma emergindo de um cálice verde-amarelo, com sua corola tendo formato de trombeta. A intensidade da floração acontece mais entre o final do verão e o início do outono, sendo polinizada por abelhas e beija-flores, principalmente.

Em se tratando de cultivo, essa planta prefere climas tropicais, subtropicais e equatoriais, não tolerando geadas. O plantio tem que ser a pleno sol ou a meia sombra, em solo que seja fértil, rico em material orgânico, e que pode ser ainda mais enriquecido com, por exemplo, farinha de osso e outros substratos.

Já as regas precisam ser feitas com certo intervalo de tempo, e apenas quando o solo se apresentar seco. Para que a floração seja minimamente intensa, faz-se necessário usar composto orgânico e farinha de osso ao final do inverno, e quando for durante a floração, o mais indicado é fazer uso de adubo mineral NPK 04-14-08. Importante: regue antes de fertilizar a planta, pois isso evita que as raízes queimem.

Podas podem ser feitas no início da primavera, pois isso ajuda a planta a renovar as suas energias, e voltar a florir no ano que vem. É preciso também suprimir a vegetação que está em volta dela, já que o seu crescimento é bem rápido.

A propagação pode ser feita por meio de sementes, ou até mesmo por mudas que nasçam ao redor da planta principal. Os procedimentos deverão ser os mesmos.

Usos Populares e Medicinais

A maria-sem-vergonha da espécie Catharanthus roseus é usada em algumas localidades da África para fins medicinais, especificamente por conta da ação de alguns dos seus agentes, que podem servir como poderosos hipoglicemiantes orais.

Processos feitos com a planta também extraem compostos dela usados no tratamento de malária, febre de dengue, diarreia, diabetes, câncer e doenças de pele em geral.

Pra se ser uma idia, o extrato de suas folhas é aplicado como agente antisséptico, especialmente na cura a feridas, contra hemorragias e erupções cutâneas. Também serve como potente enxaguante bucal.

Catharanthus Roseus

Já as partes aéreas dessa planta são consideradas sudoríficas e diuréticas, também podendo ser usadas no alívio de indigestões, disenterias, dores de dentes, além de trata os efeitos da picada de certos insetos, como vespas. Essas partes aéreas servem ainda como purgantes, vermífugas e depurativas.

Especificamente em Uganda a infusão das folhas é usada no tratamento de úlceras, e em Botsuana, as mesmas folhas misturadas ao leite são aplicadas na pele com o intuito de amolecer abcessos. Já em Togo, as raízes são usadas para o tratamento de dismenorreia.

Inclusive, os alcaloides que são extraídos das partes aéreas da planta são comercializadas em soluções com sal (que são chamadas de liofilizadas) que servem, especialmente para aplicações intravenosas.

Descoberta do Valor Medicinal da Catharanthus Roseus

Muito embora essa planta seja nativa de Madagáscar e da Índia, essa espécie foi levada para praticamente todos os trópicos, até mesmo antes de surgir o interesse ornamental por ela. Assim, o seu cultivo se naturalizou por toda a linha da Equador.

Com isso, essa planta passou a ser cada vez mais usada em diversas culturas de Madagáscar, Jamaica e Filipinas para uso medicinal, como, por exemplo, no tratamento da diabetes. Nesse meio tempo, pesquisadores canadenses e norte-americanos se interessaram pelas propriedades terapêuticas dela durante a II Guerra Mundial.

Foi, então, que no decorrer da década de 50, após inúmeras pesquisas, descobriu-se que os extratos dessa planta não alteravam os níveis de açúcar do sangue. Ao mesmo tempo, descobriram que esse extrato reduzia a contagem de células brancas de animais de laboratório, sem efeitos colaterais consideráveis.

E, mais recentemente ainda, descobriu-se que especificamente dois alcaloides presentes em suas folhas são poderosos agentes contra alguns tipos de câncer, podendo ser usados em quimioterapias.

Contudo, é sempre bom alertar para algo: assim como a espécie Impatiens walleriana, esta flor aqui também é tóxica caso seja ingerida em grandes quantidades. Portanto, cabe dizer que essas propriedades medicinais que citamos aqui são usadas após o devido tratamento de partes da planta.

Hydrocera Triflora: Outra Interessante Flor da Família Balsaminaceae

Aqui temos uma erva perene, que tanto pode ser aquática, quanto semi-aquática, sendo uma planta bastante ligada à fabricação de bálsamos, por exemplo. Pode atingir de 1 a 2 m de altura, possuindo caules macios, geralmente esponjosos, e tendo ainda raízes com nós inferiores.

Já as folhas são alternadas ou mesmo em espiral (estas, podem ser com ou sem haste). Os caules de cachos de flores possuem entre 5 e 8 mm de comprimento. Suas brácteas são em forma de lanças caídas, e os caules com as flores em si podem chegar a 12 mm de comprimento.

Essa espécie aqui é colhida especialmente para ser usada na fabricação de corantes em seus locais de origem, principalmente da cor vermelha, sendo usada para a fabricação de esmaltes para unhas.

Trata-se de uma planta com distribuição, especialmente na Ásia, e mais especificamente no sul da China, na Índia, no Sri Lanka, em Mianmar, na Tailândia, em Camboja, em Laos, no Vietnã, na Malásia e na Indonésia.

A forma mais usada de propagação da Hydrocera triflora é por meio de sementes, e não se tem conhecimento do uso dessa planta para fins medicinais.

Além disso, cabe aqui destacar que essa espécie é um pouco diferente das suas “primas” pertencentes ao gênero Impatiens. Na verdade, são diferenças são um pouco sutis, sendo mais relacionadas à morfologia das flores e dos frutos dessas plantas,

Por exemplo: as flores da Hydrocera triflora são um conjunto completo de 5 em 5 pétalas, enquanto que as do gênero Impatiens são compostas de 3 e de 4 pétalas.

Outras Flores que Florescem o Ano Todo

Assim, como a maria-sem-vergonha, outras espécies igualmente bonitas de flores desabrocham durante os 12 meses do ano. A seguir, citaremos bons exemplos disso.

Begônia Cerosa (Nome científico: Begônia semperflorens)

Originária da América Latina, essa planta aqui gosta de climas bem quentes e ensolarados, apesar de se adaptarem bem ao clima de outras estações, contanto que sejam bem tratadas em suas necessidades. Uma das suas principais características é que ela pode florescer nas mais diversificadas cores, como o branco, o rosa e até o vermelho.

Em se tratando do tamanho, são flores que podem chegar a 30 c.m de altura, pelo menos, cujas folhagens podem ser tanto verde, quanto avermelhadas, possuindo bordas que são recortadas também.

O replantio delas deve ocorre todos os anos, preferencialmente, em solos que seja ricos em material orgânico, além de serem muito bem drenados. Esse replantio deve ocorrer bem no final do inverno (em caso de determinadas regiões, na última geada dessa estação).

Begônia Semperflorens

É importante destacar também que o plantio (ou mesmo replantio) dela não pode ser feito em vasos que sejam muito pequenos, já que suas raízes se entrelaçam com bastante facilidade, e se isso acontecer em recipientes de tamanho insuficiente, pode gerar um bloqueio para a passagem de água e nutrientes oriundos de adubações e fertilizações.

Com relação a outros cuidados, as regas nessa planta precisam ser regulares, mantendo o solo relativamente úmido. E, a partir do momento que essa planta cresce, ela forma uma moita um pouco fechada, o que acaba por tornar o acesso ao solo um pouco mais difícil.

Portanto, quando preparar o solo para o cultivo dessa planta , o ideal é usar adubos de ação prolongada, como, por exemplo, esterco de boi ou mesmo composto orgânico mais farinha de osso. Todos liberam nutrientes conforme a planta for necessitando. Depois, basta complementar com adubo líquido do tipo 10-10-10 tanto na primavera, quanto no verão.

Mesmo sendo perene, com o passar de muito tempo, a planta perde um pouco de sua beleza natural, com os canteiros devendo ser renovados com novos plantios de mudas frequentemente.

Lavanda (nome científico: Lavandula angustifolia)

Originária da região mediterrânea, essa planta é bastante conhecida por conta do seu uso tanto em produtos de higiene, quanto na área de perfumaria. A sua flor é uma das que mais atrai as abelhas, e essa característica é usada para a fabricação de um mel feito a parir do seu néctar que está entre os melhores conhecidos. Tanto é que esse produto é usado como iguaria fina na culinária.

Importante destacar que a lavanda é bastante resistente a vários tipos de clima, podendo se desenvolver em diversas temperaturas. Contudo, é bom ficar atento ao fato de que não é muito recomendado fazer o cultivo da lavanda em locais que sejam muito úmidos ou muito frios.

Em geral, podemos dizer que essa planta gosta de sol, pelo menos, durante alguns momentos do dia. Pode ser reproduzida tanto de forma sexuada, quanto assexuada, apesar de que o plantio feito a partir de sementes é um pouco mais lenta.

Lavandula Angustifolia

As flores da lavanda podem ser de coloração arroxeada, rosada ou mesmo esbranquiçada. São inflorescências do tipo espiga, e surgem, geralmente, entre as estações da primavera e do verão. É o tipo de planta que é bastante usada para a composição de jardins, formando maciços, densos, que podem margear caminhos que podem ser compostos em vasos ou jardineiras.

A lavanda, inclusive, pode ser armazenada por meses, ou até mesmo por anos, contanto que seja mantida em local seco e longe da luz direta do sol. O mais recomendável? Pendurar ramos dessa flor para secar antes de guardá-la. A planta pode ser usada em saquinhos de filó ou com algodão para perfumar roupas, ou até mesmo para espantar traças.

Helicônia (Nome científico: Heliconia rostrata)

Originária da América do Sul, e presente em países como Brasil, Colômbia, Venezuela, Guianas e Equador, essa é uma planta tipicamente tropical que produz flores muito bonitas, amplamente usadas por paisagistas. A produção dela de inflorescências é grande, e seu comprimento vai depender da quantidade de flores por caule.

As suas brácteas podem ser de colorações vermelha, verde e amarela, protegendo e envolvendo as flores. Estas, por sua vez, são bastante vistosas, e, na maior parte das vezes, possuem tonalidades contrastantes. Ressaltando que as flores surgem do interior das brácteas, produzindo um néctar bastante apreciado por pássaros.

São plantas consideradas geófitas, ou seja, que não se reproduzem somente através de suas sementes, mas também graças a órgãos subterrâneos especializados em reprodução. Esses órgãos funcionam como uma espécie de fonte de reserva, de nutrientes e até mesmo de água, compostos que servem ao desenvolvimento sazonal da espécie.

Heliconia Rostrata

Caso essa planta seja bem adubada e irrigada, ela produzirá flores durante todos os 12 meses do ano, especialmente nos momentos mais quentes desse período. Alguns dos usos paisagísticos dessa planta incluem a formação de renques junto a muros, maciços, ou simplesmente em plantios isolados.

Essa planta também é bastante usada como flor-de-corte, sendo uma excelente opção para jardins decorativos, já que suas touceiras proporcionam um belo espetáculo, graças às suas grandes e verdes folhas, que, inclusive, assemelham-se a bananeiras.

Gerânio (Nome científico: Pelargonium peltatum)

Sendo originária oda África do Sul, essa é uma flor bastante apreciada no ramo paisagístico, e ainda por cima é do tipo que floresce durante todo o ano. Nisso, essa planta encontrou aqui no Brasil o clima ideal para se desenvolver dessa forma, já que o plantio dela é indicado para ser feito em sol pleno.

Porém, o gerânio pode se dar bem em temperaturas variadas, contanto que sejam entre 5º C e 25º C. Não apreciam excesso de chuvas, e gostam mesmo é de solos mais pesados, e que sejam acumuladores de água. Contudo, esse mesmo solo precisa ser bem drenável.

Aguentam um pouco de neve durante o inverno, sendo plantas rústicas, de folhas firmes, e (principalmente) de caules que resistem a ventanias fortes.

Pelargonium Peltatum

Uma característica interessante dessa planta é que o aroma de sua flor é um tanto peculiar, não sendo nem doce, nem ácido, e até mesmo sendo um pouco amargo. Já o seu óleo essencial possui propriedades medicinais.

Trata-se de um tipo de planta que se sai muito bem tanto em vasos, quanto em jardineiras, desde que a questão da quantidade de água possa ser controlada. Mesmo não sendo flores de meia sombra, no Brasil, elas podem ficar em áreas sombreadas que, ainda assim, terão luminosidade suficiente para se desenvolverem.

Inclusive, plantar gerânios debaixo de árvores ajuda a diminuir o impacto das chuvas tropicais, já que essa flor morre facilmente com excesso de água. Lembrando ainda que os gerânios podem ser semeados em locais definidos, ou mesmo gerados a partir de mudas conseguidas por estaquia.

Com relação às podas, os gerânios se desenvolverão bem melhor caso sejam cortadas dele folhas que estejam velhas, especialmente quando o botão florescer. Outro tipo de poda pode ser feito no inverno, logo após a floração. Essa deverá ser um pouco mais radical, pois irá reduzir o porte da planta, mas, garantirá a continuidade de seu desenvolvimento.

Em se tratando de pragas e doenças que podem afetar essa planta, as mais comuns são ocasionadas por excesso de água, ou simplesmente por falta de luminosidade. Com a planta mais fraca devido a esses fatores, ela pode ser facilmente atacada por fungos e insetos sugadores, bem como suas raízes e caules podem apodrecer.

Ainda em se tratando de doenças que podem acometer os gerânios, estes podem ser atacados também por alguns tipos de vírus, e que deixam suas folhas amarronzadas e retorcidas. Neste caso, a planta precisará ser destruída, bem como a terra da jardineira ou do vaso precisará ser renovada.

Dicas Para ter um Jardim Bonito o Ano Todo (Com a Maria-Sem-Vergonha e Outras Flores)

Quando se trata de ter um jardim florida com as plantas que citamos aqui (como é o caso da maria-sem-vergonha, por exemplo), muitos podem até pensar que basta cultivar alguma dessas flores e pronto. Ou seja, que não são mais necessários cuidados, visto que durante os próximos anos elas estarão desabrochadas de todo jeito.

Mas, não é bem assim.

É necessário que alguns cuidados sejam feitos, especialmente nos períodos mais frios de inverno. Nesse tempo, pelo fato do sol ser mais fraco, a evaporação não ocorre com muita intensidade. Nesse quesito, a hora de regar a planta é uma das etapas mais importantes, especialmente se a flor estiver à sombra. Portanto, reduze a quantidade de água nesse período.

Podas bem feitas também são cuidados que podem ser bastante úteis para manter o seu jardim sempre bonito e florido. A retirada de folhas e flores secas deve seve ser uma constante durante os 12 meses do ano. Galhos quebrados e doentes também devem ser retirados para evitar, entre outras coisas, a proliferação de fungos.

As chamadas pragas de jardim também são um problema. Atacam especialmente na primavera, mais podem aparecer em qualquer época do ano. Caso um fungo qualquer não seja devidamente controlado, ele irá se proliferar pelo jardim com muita rapidez, infectando tudo.

Em geral, são as folhas as primeiras a serem atingidas por pragas, e por isso observá-las constantemente pode ser útil para identificar todo e qualquer problema no jardim como um todo. Elas podem ficar enrugadas, secas ou mesmo furadas.

Já, formigas subindo nos caules podem indicar a presença de pulgões e cochonilhas, e esse é outro indício forte de que algo está errado.

Maria-Sem-Vergonha: Resumo Básico de Suas Características

A flor maria-sem-vergonha possui, como já mencionamos, origem africana, podendo atingir em torno de uns 50 cm de comprimento, sendo um tipo de planta ereta e ramificada. Suas flores podem ter coloração das mais diversas, como vermelha, laranja-avermelhada, rosa, branca, etc.

Possui alguns pequenos frutos ocos, com inúmeras sementes, e que se multiplicam com grande facilidade, e, por algumas características, é considerada um tipo de planta daninha.

Maria Sem Vergonha Características

O seu desenvolvimento se dá em solo que seja fértil e um tanto úmido, crescendo a pleno sol, mas também se dando muito bem em locais que estejam à meia sombra. Outro nome popular pelo qual é conhecida é beijo-turco.

Pode crescer também em regiões um pouco isoladas, como em trechos de estradas e canteiros, mas, também em vasos e jardineiras tranquilamente.

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