A planta cajueiro, que dá origem a fruta caju, é uma planta nativa da região nordeste do Brasil, e possui uma grande importância por sua adaptação considerada fácil, mesmo em solos de baixa fertilidade, fora o valor inestimável que o caju tem para a economia.
Principalmente nas regiões semiáridas do Nordeste, o caju se tornou através dos anos, uma importante fonte de trabalho e renda para milhares de pessoas. Seja como comerciante, produtor agricultor o cajueiro é uma das principais frutas do Brasil.
Hoje, iremos falar sobre como é a produção do caju no Brasil por hectare, ou seja, quanto das terras brasileiras estão sendo destinadas ao plantio de caju.
Caju
A fruta caju serve para muitas coisas. Dela, é as pessoas aproveitam quase que inteiramente. Um dos principais produtos que se originam dela é a castanha-de-caju.
A casca da castanha também possui utilidade, pois dela irá se extrair um líquido que é usado nas indústrias de lubrificantes e também químicas.
Para o suco de caju, vai se pegar a polpa, e após processar a polpa em minis máquinas, é possível não apenas sucos, mas também doces, bebidas alcóolicas e cajuínas.
Então, apenas com alguns exemplos, deu para ver a importância do caju no Brasil, né?
Comércio
A produção no Brasil do caju é composta majoritariamente por pequenos produtores. Eles comercializam as safras de cajus (a castanha e o pedúnculo) com alguns compradores que são considerados intermediários (ou “atravessadores”), que quando apresentam maiores volumes de compras, realizam a venda para grandes indústrias.
Apesar de neste tipo de venda o risco para o pequeno produtor do não pagamento pelas suas safras seja menor, o produtor ficará com uma parte menor do pagamento que poderia ser realizado diretamente para ele.
Em alguns casos, no entanto, os pequenos produtores podem se associar a algumas cooperativas e, como o aumento da produção de caju está aumentando, eles podem ganhar mais retorno financeiro com a cultura do caju, especialmente quando eles conseguem fazer a venda das suas safras para as indústrias ou mini fábricas, ou seja, o comprador final.
Histórico da Produção Nacional
O cajueiro é um produto de longa data sendo produzido e comercializado no Brasil. Um dos primeiros modelos de produção foi a partir dos extrativistas, que organizam plantações de forma desorganizada nas propriedades.
Por volta de 1600, este tipo de extrativismo foi o principal meio de exploração do cajueiro. Apesar de este tipo de cultivo ainda existir nos dias atuais, o número foi diminuindo cada vez menos.
O crescimento significativo do plantio de caju nacional começou em meados dos anos 50, e foi em 1957 que o governo lançou uma meta de 1 milhão de cajueiros plantados.
A partir disso, o cajueiro também foi incluído, em 1983, em projetos que visavam a região nordestina. Desta forma, já em 1986, havia cerca de 340 mil hectares, e 78% estava nos estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte.
Outro incentivo do governo foi a produção de caju por pequenos produtores. Esse incentivo foi tão forte, que até hoje, cerca de 95% da produção nacional de caju se encontra em pequenas propriedades (menor que 100 ha), em locais que possuem pequenas associações, ou em comunidades afastadas ou em assentamentos rurais. A outra parte (maior que 100 ha) é produzida em grandes plantações.
Hoje, a produção e cultivo do caju, é responsável por produzir cerca de 250 mil empregos por ano, sejam eles diretos ou indiretos, além de servir como fonte de renda para cerca de 195 mil produtores.
![](https://www.mundoecologia.com.br/wp-content/uploads/2019/06/Produção-de-Cajueiro-no-Brasil-300x224.jpg)
Os produtores pequenos, que possuem áreas ou propriedades inferiores de 20 hectares, representam 75% dos produtores nacionais.
Produção Nacional por Hectare IBGE
Os dados apresentados aqui são de acordo com o IBGE do ano de 2015, com algumas atualizações também da safra de 2018.
O Ceará, o principal estado nordestino produtor de cajueiro, representa pelo menos 50% do total de castanha-de-caju que é produzida em todo o território brasileiro. Em segundo lugar, vem o Rio Grande do Norte, com cerca de 22% da produção nacional, e em terceiro o Piauí, com cerce de 18% da produção nacional.
Esses três estados da Bahia já representam 90% da produção de caju no Brasil.
Do ano de 1990 até 2012, a área no Brasil destinada ao plantio do caju, passou de cerca de 582 mil hectares e chegou no patamar de 756 mil hectares, um aumento significativo de 30%.
Entre os anos de 2006 a até 2012, o crescimento foi de 6,5%, bem menor que o passado, e entre 2013 e 2015, houve uma redução, totalizando 586 mil hectares.
Apesar de o número total ter encolhido, foi observado uma mudança que explica. Em 2013, o total de área cultivada superou cerca de 34 mil hectares, o que demonstra um aumento na diferença na área que foi colhida e na área que foi plantada, o que é sinal de uma possibilidade de reformas nos pomares.
Desde 2008 o Ceará apresenta um aumento também na área cultivada com cajueiro-anão, juntamente com uma redução do cultivo do cajueiro-comum. O que sugere uma substituição desses tipos de espécies de cajus.
De acordo com últimos dados divulgados pelo IBGE, a castanha-de-caju foi produzida, em fevereiro de 2018, em 579.685 mil hectares. O rendimento médio foi cerca de 256 quilos por hectare, com uma produção de 148.580 toneladas.
Não apenas no Brasil o cultivo e comércio do caju é expressivo. No mundo, a Índia, por exemplo, foi considera o maior produtos internacional, e em 1965 já produzia cerca de 100 mil toneladas de cajus e castanhas por ano.
Os principais países que compram nossas castanhas de caju são os Estados Unidos, Canadá e Países Baixos. Todos os anos, milhões de dólares entram na economia nacional através da exportação de castanha caju, mas também dos sucos, polpas, óleos de amêndoas, produtos caseiros e de belezas, além das mais variadas funções que o caju pode servir.
Com todas essas informações em mente, é importante lembrar, o tanto de benefícios que o cajueiro traz ao Brasil. Por isto, diversos programas nacionais, para incentivo, são feitos pelo governo.
O cajueiro, além de nos servir como uma ótima fruta, suco e doces diversos, também auxilia o Brasil na área de exportações, de forma econômica e criando empregos para os setores da indústria e urbano.