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Pragas, Doenças e Bicho da Carambola

Uma dos maiores problemas que se tem ao cultivar plantas (principalmente, frutíferas) é o aparecimento de pragas e doenças em geral. E, uma das que mais são atacadas é a carambola.
Quer saber como identificar esses problemas, e como combatê-los?

Então, acompanhe o texto a seguir, onde vamos falar das pragas mais recorrentes nesse tipo de fruita, e como combatê-las.

Mosca-da-Carambola

Com o nome científico de Bactrocera carambolae, esse inseto é uma das pragas mais comuns envolvendo os pés de carambola, e uma das mais destrutivas pragas de frutas em geral. Além da carambola, essa mosca ataca plantações de manga, caju, laranja, grape-fruit, tangerina e jambo vermelho, entre tantas outras.

Esse inseto apresenta um ciclo de vida que compreende ovo, larva, pupa e adulto. As fêmeas dessa espécie depositam os seus ovos nas cascas de frutos bastante jovens, que é de onde nascem inúmeras larvas que se desenvolvem na polpa do fruto. Isso inviabiliza tanto o consumo dele, quanto a sua industrialização.

Mesmo sendo uma praga bastante destrutiva, a mosca-da-carambola é fácil de ser erradicada, precisando de um baixo custo pra isso. Pelo menos, mais fácil de ser combatida em relação a outras pragas, como, por exemplo, a mosca-do-mediterrâneo. Armadilhas, também chamadas de iscas tóxicas, feitas à base de poderosos inseticidas, são feitas com o intuito de capturar moscas adultas, em especial, os machos.

Outra forma de combater a praga é a destruição dos frutos que são atacados por essa praga, seja queimando-os, seja enterrando-os bem fundo no solo, eliminando todo e qualquer foco pela raiz.

No Brasil, em geral, a mosca-da-carambola tem mais incidência em Roraima e no Amapá.

Cochonilha

Esse inseto é bastante difundido em vários países do mundo, como África do Sul, México e Austrália, porém, no Brasil, a sua incidência se restringe, basicamente, à região Nordeste. Esse bichinho se alimenta da seiva da planta, o que pode introduzir corpos estranhos nela, como vírus, fungos ou toxinas. A infestação é facilmente identificável, devido ao aparecimento de bolinhas brancas do tipo algodão nos caules da planta, próximos à folha.

A presença da cochonilha, em geral, costuma atrair formigas doceiras, o que também pode se transformar numa praga para a carambola. O predador natural desses animais é a joaninha, bem como alguns tipos de vespas.

Pra controlar a infestação desses insetos é um pouco complicado, pois a casca dura das cochonilhas, muitas vezes, impede a ação de inseticidas. O mais recomendável, portanto, é usar soluções à base de óleo mineral e sabão. Nesse caso, as melhores alternativas são as emulsões de óleo mineral ou de calda de fumo.

Por vezes, o controle natural não dá resultado para essa praga, então, o recomendável é o uso de um inseticida organofosforado ou mesmo a reintrodução de predadores naturais no meio ambiente onde se encontram os pés de carambola.

Fumagina

Essa daqui é uma doença causada por fungos. Estes, por sua vez, não atacam a planta diretamente, porém, devido à presença deles, o crescimento dos pés de carambola ficam comprometidos. Isso acaba reduzindo o vigor das plantas, atrapalhando a fotossíntese. Ou seja, a fumagina pode ser classificada como uma contaminadora de superfície.

Esses fungos necessitam de nutrientes para poderem crescer, e isso é proporcionado pelo melado excretado por pragas sugadoras da seiva. E, esse melado contém, justamente, altos índices de açúcares e outros nutrientes para alimentarem esses fungos.

Os sintomas da fumagina são bem característicos, apresentando um crescimento fúngico de coloração marrom ou preta nas partes aéreas da planta, em especial, nas superfícies das folhas superiores. Já a quantidade de fungos que pode aparecer na planta pode variar de ser apenas uma fina camada de fuligem ou pó, ou então uma folha pesada, repleta de camadas fúngicas, que pode até rachar a folha quando o clima estiver mais seco.

Essa capa escura, no entanto, pode ser lavada, deixando a folha saudável. Isso é o que chamamos de controle não químico. Porém, se a fonte do problema não for devidamente tratada, o crescimento desses fungos irá ocorrer novamente. O importante, portanto, é remover, primeiro, as pragas, para depois limpar as folhas. Não é recomendável adicionar sabão ou detergentes nas fontes de água para a lavagem da planta, já que esses produtos podem queimar a folhagem. O mais eficaz é água morna.

Já em relação ao controle químico em relação ao crescimento do fungo na planta não é necessário, sendo somente recomendável o uso de pesticidas contra a praga sugadora da seiva.
Uma forma eficiente de se prevenir ataques da fumagina é usando caldas de cobre. Só lembrando, no entanto, que esse artifício só serve para proteger as folhas já saudáveis, não recuperando, porém, aquelas que já foram atacadas.

Uma Curiosidade: a Carambola é Boa Para a Saúde, Mas, Não Tanto

Não há como negar que a carambola, assim como diversas outras frutas, é ótima para o nosso organismo sob diversos aspectos. Afinal, ela possui nutrientes como minerais como cálcio, fósforo e ferro, além de vitaminas A, C e algumas do complexo B. Isso além dela ser rica também em antioxidantes, que combatem o envelhecimento precoce. E ainda tem o fato de que ela pode ser uma aliada para a perda de peso, já que possui poucas calorias (cerca de 31 a cada 100 g).

Porém, a carambola, a despeito desses benefícios que possui, também pode ser prejudicial. Por quê? Simples: ela possui um alto teor de oxalato, além de uma substância conhecida como caramboxina, uma toxina que é específica somente da carambola. O problema é que ambas as substâncias são potencialmente tóxicas para quem possui algum tipo de doença renal, ou, de repente, para quem tenha um alto teor urêmico (que nada mais é do que uma síndrome que causa o acúmulo de ureia no sangue).

Constatou-se também que a carambola possui ainda uma grande quantidade de ácido oxálico, o que pode provocar pedras nos rins.

O conselho? Fácil: simplesmente não exagere na dose, comendo várias e várias carambolas. Com equilíbrio, ela ajuda a termos um pouco mais de saúde, mas, em excesso, pode provocar justamente o contrário.

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