O Brasil é riquíssimo em espécies de plantas. É possível afirmar, sem dúvida alguma, que o nosso país possui uma variedade de plantas que impressiona o mundo inteiro. Falaremos, então, das plantas em extinção na Região Norte.
Já no ano de 2015, acreditava-se que boa parte da flora corria risco de extinção. Naquele ano, foi realizado uma espécie de inventário. Foi realizado, dessa maneira, o inventário florestal, um estudo acerca das espécies ameaçadas.
Em 2018, o alerta continua. Os pesquisadores da Superintendência de Biodiversidade e Florestas realizaram cerca de seis mil coletas. Verificou-se que mais de 30 espécies estariam extintas em um breve espaço de tempo.
Andiroba, canara, verônica, copaíba, jatobá, breu-branco, sacaca, priprioca, vitória-régia. A lista é enorme! Sabemos disso. Mas, atualmente, as espécies nativas da Região Norte estão em perigo. Não se trata apenas de mencionar as espécies em extinção. Trata-se de preservar tudo aquilo que temos.
Pois bem, neste artigo, falaremos de 10 espécies de plantas da Região Norte que estão correndo risco de desaparecer num futuro bem próximo.
Pau-Roxo
A Peltogyne maranhensis faz parte da família das angiospermas, a mesma do feijão e da ervilha. Também é conhecida como leguminosae, porém, é comumente chamada de Pau-roxo.
A árvore do Pau-roxo varia de tamanho. Costuma atingir de 37 a 45 metros de altura. O diâmetro da árvore é de 1,2 metro. Como o próprio nome sugere, o cerne é de cor roxa, superfície lisa ao tato e pouco brilho.
Além da região do Pará e na parte norte da Mata Amazônica, é possível encontrar o Pau-roxo no estado do Maranhão.
Trata-se de uma madeira razoavelmente difícil de se trabalhar manualmente. Assim que o caule é ferido, solta uma resina gomífera. Por outro lado, dizem que é boa para acabamentos, sendo utilizada em postes de iluminação, tacos para assoalho, construções externas, mobiliário e, inclusive, construções navais.
Castanheira-do-Pará
A Bertholletia excelsa, pertencente à família Lecythidaceae, também é conhecida pelos nomes de castanheira e castanheira-do-brasil. Está presente no Acre, no Amazonas, no Amapá, no Pará e em Rondônia.
Essa é uma árvore bastante bonita e alta. É possível encontrar essa belíssima espécie que corre risco de extinção em florestas às margens de rios como o Amazonas, o Orinoco e o Negro.
A castanheira-do-pará pode chegar até 50 metros de altura; seu diâmetro, mais de 5 metros. Possui um tronco reto, sendo que seus galhos ficam concentrados na parte mais alta da árvore.
Certamente, o desmatamento é a principal causa para o possível desaparecimento dessa gigantesca planta.
Caóba
A caóba (Swietenia macrophylla) é mais conhecida águano ou mogno. Talvez seja uma das árvores mais conhecidas no mundo inteiro, sendo que, internacionalmente, a caóba é chamada de american mahagany, acaju, mahagoni e mahogany.
Essas árvores podem atingi a altura de 70 metros. O diâmetro do tronco pode chegar a incríveis 3,50 metros.
A Swietenia macrophylla se desenvolve muito bem sob o sol, já que não se adapta a baixas temperaturas. Possui uma madeira densa e de resistência moderada. A cor da madeira tem cor marrom intenso.
O mogno (caóba) é bastante utilizada para a fabricação de mobiliário de luxo, esquadrias, decoração, molduras, assoalhos, painéis etc. Costuma-se utilizar, na construção civil, o mogno em acabamentos internos.
Em grandes jardins, possui efeito ornamental, estando presente no Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Tocantins e, também, no Mato Grosso, podendo ser cultivada na região centro-sul do Brasil.
Galeandra Curvifolia
A Galeandra curvifolia está presente no Pará, Tocantins e Rondônia. Também é possível encontrar a espécie no Maranhão.
Trata-se de uma planta herbácea que ocorre, sobretudo, sobre Palmeiras Syagrus coccoides. Vale a pena mencionar que o termo “galeandra” refere-se a um gênero neotropical.
A espécie possui pseudobulbos fusiformes, folhas linear-lanceoladas, inflorescência paniculada e flores de tamanho médio.
Axonopus Carajasensis
Apesar de pertencerem à mesma família Poaceae, a Axonopus carajasensis é diferente da Chusquea pulchella, planta encontrada em São Paulo e que pertence à Mata Atlântica. A Axonopus carajasensis é encontrada na região do estado do Pará.
É uma planta perene e cespitosa que apresenta bainhas foliares e sinflorescência com ramos.
Segundo alguns estudos, essa planta corre sério risco de extinção.
Pau-Amarelo
Essa árvore que possui uma cor exótica também é conhecida pelos nomes Amarelinho, Amarelo-cetim, Amarelão, Cetim, Limãorana, Pau-cetim, Muiratana, Espinheiro, Paucetim e Piquiá-Cetim.
É bastante resistente contra fungos; sua madeira tem textura média e grão regular. É muito utilizada na construção civil, na fabricação de assoalhos, móveis, cabos de ferramentas, brinquedos, instrumentos musicais e utilidades domésticas em geral. Também costuma ser utilizado na contrução de embarcações.
O Pau-amarelo pode ser encontrado na região do Pará, Amazonas, Acre, bem como no estado do Maranhão.
Ipê-Roxo
O Ipê-roxo, também chamado de pau-d’arco, apresenta propriedades medicinais, segundo alguns estudiosos. A árvore pode chegar até 30 metros de altura.
Trata-se de uma planta originária do cerrado, porém, é possível encontrá-la no estado do Pará.
Jequitibá-Branco
O Jequitibá-branco é uma árvore que pode chegar a 50 metros de altura. Possui uma madeira leve e muito apreciada na construção civil.
Também recebe os nomes de coatinga, mussambê, pau-estopa, cachimbeiro e pau-estopa.
Ainda é possível encontrar o Jequitibá-branco na Amazônia, no Cerrado e na Mata Atlântica.
Cerejeira
A Cerejeira possui uma madeira bem clara, oscilando entre o amarelo claro e o castanho. Costuma-se utilizar bastante a Cerejeira na fabricação de móveis, objetos de decoração e instrumentos musicais.
Essa espécie que, a cada dia, corre risco de extinção pode ser encontrada na Amazônia.
É Preciso Parar de Desmatar
Alguns especialistas afirmam que é possível reverter essa situação. O grande mal que se pode cometer contra a flora brasileira é o desmatamento.
Sendo assim, uma sugestão que se faz é a compra de madeira certificada, o que pode minimizar o desmatamento e comercialização ilegal de madeira.
Não se pode deixar de lembrar que sempre é preciso inovar as técnicas de combate ao desmatamento, bem como expandir programas de conscientização popular para a conservação da flora.
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