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Orquídea Olhos de Boneca: Classificações Inferiores e Fotos

A orquídea olhos-de-boneca (e as suas classificações inferiores), como nos mostram essas fotos, é uma das espécies mais belas e delicadas dessa não menos bela e enigmática família Orchidaceae.

Ela é a Dendrobium nobile! Na verdade, a mais popular e apreciada dentre as espécies de orquídeas, que ainda oferece aos seus apreciadores todas as características de rusticidade, mistério, cores, formas e significados oriundos do continente asiático e australiano.

A olhos-de-boneca também possui as características de uma espécie herbácea, epífita, capaz de formar densas touceiras em sua base, com pseudobulbos que formam sulcos, segmentados por nós, com coloração verde e que dificilmente ultrapassam os 50cm de altura.

As folhas dessa variedade são discretas, maleáveis, delgadas; todas elas devidamente encaixadas nos segmentos dos seus respectivos pseudobulbos.

Neles também surgem as flores, com variegadas cores e formas, geralmente com um tamanho entre 2 e 5cm x 4 e 6cm, constituídas na parte de cima de uma haste floral que pode alcançar até os 2m de altura.

Durante apenas 30 dias, a olhos-de-boneca nos oferece as suas belas flores, especialmente entre os meses de setembro e dezembro, com os mais variados tons de branco, rosa, violeta, amarelo e lilás; e no centro, uma coloração que cria um belíssimo contraste – que, aliás, foi o que lhe concedeu esse apelido.

Até o final dos anos 90, o gênero Dendrobium era considerado um desafio para a botânica, que se via às voltas com uma terrível dificuldade de classificá-lo, especialmente no que dizia respeito às suas centenas de espécies, que, curiosamente, mantinham-se em situação de dependência em relação a outros gêneros.

Até que, com o auxílio do que há de mais moderno em engenharia molecular, tornou-se possível criar algo como uma classificação quase consensual. Inclusive com a classificação inferior de espécies próximas à olhos-de-boneca (a Dendrobium nobile), como poderemos ver nas fotos abaixo e ao longo desse artigo.

1.Abdominea Minimiflora

A Abominea minimiflora é o exemplo clássico da exoticidade que caracteriza essa família Orchidaceae.

Ela é uma espécie monopodial, conhecida por ser uma variedade de onde é possível extrair uma deliciosa essência para perfumes.

O seu nome é uma construção que tem origem no Latim “Abominea” (Abdômen), em uma alusão à sua semelhança com o abdômen de alguns artrópodes.

Abdominea Minimiflora
Abdominea Minimiflora

Essa também é uma variedade epífita, bastante comum nas florestas tropicais das Filipinas, Tailândia, Nepal, Java, Vietnã, Península de Java, entre outras regiões próximas; onde elas desenvolvem-se com o seu grande número de inflorescências, em lugares mais discretos, sombreados – e apenas uma vez por ano.

2.Aporum Leonis

No final de uma haste (tão ou mais exótica quanto as flores) surge a rústica e excêntrica inflorescência da Aporum leonis – uma das classificações inferiores da Dendrobium (o gênero da olhos-de-boneca), cujas fotos, nem de longe, são capazes de dar-nos uma real noção da sua extravagância.

A Aporum leonis também é epífita (que desenvolve-se na superfície das árvores), com flores pequenas, em hastes que pendem delicadamente, facilmente encontrada nas florestas subtropicais e tropicais da Malásia e Indochina.

Aporum Leonis
Aporum Leonis

Todo o mês de março as suas flores surgem, misteriosas, com não mais do que 2cm de diâmetro e um delicado odor de baunilha. Até despedirem-se no início de dezembro, e levarem com elas todo o mistério e enigma que são tão típicos desse gênero.

3.Cadetia

O aspecto leitoso (com algumas tonalidades em um belíssimo lilás), que em algumas variedades contrastam, magnificamente, com variações de amarelo, já dão um pouco a noção do que estamos falando!

Trata-se dessa outra classificação inferior da Dendrobium, que recebeu o seu nome em homenagem ao cientista francês Charles Cadet de Gasicourt (1769-1821), o responsável por oferecer ao mundo uma das espécies mais delicadas dessa imensa família Orchidaceae.

Cadetia
Cadetia

Ela também pode ser encontrada com o singular nome de Orquídea rebarbo, e ainda na companhia de mais de 50 espécies, com as suas mesmas características – todas elas originárias da Nova Guiné, Indonésia e Austrália.

As suas flores são pequenas, na cor branca, com pseudobulbos compostos por apenas uma folha; e ainda capaz de florescer duas ou três vezes por ano.

4.Coelandria

Essa espécie da classificação inferior do gênero ao qual pertence a orquídea olhos-de-boneca, podemos ver nessas fotos como uma variedade das mais originais quando o assunto são as linhas que compõem as suas formas.

A Coelandria também é originária da Austrália e da Malásia, de onde também são oriundas outras 6 espécies desse gênero; todas com as características de espécies selvagens, com uma inflorescência das mais originais, em belíssimas tonalidades de rosa, verde, lilás e branco.

As orquídeas desse gênero estão entre as mais apreciadas por colecionadores e por quem quer que deseje decorar um evento com motivos enigmáticos, rústicos, misteriosos e originais.

Os seus pseudobulbos apresentam-se em forma de cilindros rígidos, levemente pendentes, e que crescem repletos de folhas em toda a sua estrutura – até perdê-las com o tempo.

Mas a aglomeração com que se constituem as suas inflorescências é o seu verdadeiro charme! – e que a eleva ao status de uma das mais singulares dessa família.

5.Diplocaulobium

Diplocaulobium
Diplocaulobium

As fotos desse gênero – também da classificação inferior da comunidade à qual pertence a orquídea olhos-de-boneca – mostram uma espécie que caracteriza-se pelo seu ar de fragilidade, que contrasta com uma extravagância e exoticidade um tanto quanto indecifráveis.

O seu nome é uma referência ao caráter duplo dos seus pseudobulbos: diplo (duplo) + kaulos (tronco) + bios (vida), e as suas origens estão nas florestas subtropicais e tropicais da Nova Guiné, Filipinas, Austrália e Malásia.

As espécies desse gênero costumam apresentar um porte pequeno. Elas brotam de touceiras, de onde, por sua vez, pendem longas folhas em forma de lanças, com flores curtas (não mais do que 3cm), além de uma incrível quantidade de hastes, que a tornam um verdadeiro show de cores e de formas.

6.Dockrilllia

Dockrilllia
Dockrilllia

Por fim, esse gênero da classificação inferior da Dendrobium, que possui uma história, digamos, das mais originais dentro dessa família.

O que se diz é que o seu nome, Dockrillia, lhe foi dado pelo eminente geneticista alemão radicado no Brasil, Friedrich Gustav Brieguer, em homenagem ao botânico australiano Alick William Dockrill (1915 – 2011), considerado um dos maiores taxonomistas dessa família Orchidaceae.

Mas as curiosidades acerca dessa espécie não param por aí! O brilhante pesquisador de Genética Vegetal e Citologia só pôde iniciar os seus trabalhos no Brasil após ter sido expulso da Alemanha pelo não menos controverso Adolf Hitler, por volta de 1936.

Para, a partir de então, continuar, no Brasil, os seus meticulosos estudos acerca das melhores práticas para o aperfeiçoamento genético de espécies vegetais.

Caso queira, deixe o seu comentário sobre esse artigo. E aguarde as próximas publicações.

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