Mandioca Amarela Benefícios

É, você tem razão. A mandioca fica sim amarela quando você frita ou cozinha, está certo. Mas não é disso que estou falando…. Não, também não é porque deixou apodrecer a raiz. Estou falando de uma variedade cuja “carne” é colhida já amarela mesmo. Sim, existe…

A Mandioca Amarela

A mandioca amarela é uma nova raça de polpa amarela de uma das culturas de raízes mais populares nos trópicos. A mandioca comum é uma cultura básica nos países tropicais em que 300 milhões de pessoas dependem em pelo menos 10% da sua ingestão calórica diária, em 15 países africanos. Na República Democrática do Congo , estima-se que a mandioca forneça mais de 1000 kcal / dia para mais de 40 milhões de pessoas.

A mandioca amarela é semelhante a variedades comuns de mandioca, mas tem uma polpa amarela dentro da raiz, que geralmente é branca em variedades comuns. Como planta, não difere em nada da mandioca comum. Também é um arbusto lenhoso que produz raízes grandes, que são colhidas para consumo. As raízes consistem em três partes: a medula central, a casca e um feixe vascular dentro da medula central.

As novas variedades amarelas têm alto rendimento e são resistentes a muitas pragas e doenças. Como a mandioca comum, não precisa de solos ricos em nutrientes ou de uma preparação extensiva da terra e não sofre durante as secas.

As três variedades de mandioca amarela, UMUCASS 36, UMUCASS 37 e UMUCASS 38, são os resultados de um concurso de 12 anos na Nigéria financiado pelo HarvestPlus, através do Instituto Internacional de Agricultura Tropical (IITA) e da cultura nativa da Nigéria Instituto de Pesquisa.

Mandioca Amarela Benefícios

Três variedades de mandioca de raiz amarela, UMUCASS 36, UMUCASS 37 e UMUCASS 38, estão sendo cultivadas na Nigéria por suas altas concentrações de β-caroteno. O β-caroteno é um precursor da vitamina A. A deficiência de vitamina A é uma questão importante, especialmente na África.

A Nigéria em particular, observa-se uma prevalência de deficiência de vitamina A em quase um terço das crianças menores de cinco anos de idade. Como a mandioca é um alimento básico importante, a mandioca amarela apresenta grande potencial para aliviar a deficiência de vitamina A na África.

As novas variedades amarelas têm alto rendimento e são resistentes a muitas pragas e doenças. Como a mandioca comum, eles não precisam de solos ricos em nutrientes ou de uma preparação extensiva da terra e não sofrem significativamente como muitas outras culturas durante as secas.

A porção comestível da raiz de mandioca é a medula central. É uma excelente fonte de carboidratos. A mandioca amarela contém altos níveis de β-caroteno, que é um precursor da vitamina A. A mandioca também é uma importante fonte de carboidratos, 80% dos quais são amidos.

A casca ao redor da raiz não é comestível, embora possa ser usada como alimento para porcos e cabras. Alguns agricultores vão colher e comer as folhas como um vegetal. Estas folhas são um componente importante da dieta na República Democrática do Congo, Tanzânia, Serra Leoa, Libéria e Guiné.

A deficiência de vitamina A é comum na África Subsaariana. Na Nigéria, afeta cerca de 20% das mulheres grávidas e 30% das crianças menores de cinco anos. Pode prejudicar o sistema imunológico e a visão que podem causar cegueira e, em alguns casos, a morte.

A nova mandioca amarela pode fornecer até 25% da ingestão diária recomendada de vitamina A. Como a mandioca é uma parte importante das dietas de muitas pessoas, a introdução da mandioca enriquecida com vitamina A é uma excelente inovação para melhorar a saúde em grande escala.

O Cultivo da Mandioca

A mandioca é geralmente armazenada no solo até que seja necessária, pois é altamente perecível. A secagem do tubérculo é um método simples de preservação da mandioca. No entanto, alguns métodos de secagem são mais eficazes do que outros em termos de manutenção dos níveis de β-caroteno.

Demonstrou-se que a secagem do forno a 60 ° C mantém 72% dos níveis de β-caroteno, embora a retenção tenha caído para 40% após quatro semanas de armazenamento. A secagem ao sol resultou apenas em uma retenção de 38% dos níveis de β-caroteno e, após quatro semanas de armazenamento, os níveis caíram para cerca de 18%.

A retenção de β-caroteno pode ser melhorada por pré-tratamentos como branqueamento e desidratação osmótica. O descascamento de raízes de mandioca é muito trabalhoso. Os esforços de reprodução foram executados para selecionar um peeling branco, a fim de reduzir o trabalho associado à remoção da casca.

Embora a mandioca seja facilmente perecível uma vez colhida, é benéfica para os agricultores rurais porque pode agir como uma safra de seguro durante secas ou outras falhas de colheita. No entanto, descobriu-se que o acúmulo de carotenóides na mandioca é acompanhado por reduções acentuadas na deterioração fisiológica pós-colheita das raízes de armazenamento.

Vale a pena investigar para maximizar o potencial dessa cultura básica para uso nutricional e industrial. Três tipos genéticos estão sendo cultivados na Nigéria, UMUCASS 36, UMUCASS 37 e UMUCASS 38. A mandioca pode se reproduzir sexualmente ou por propagação.

A mandioca amarela não pode ser comprada de nenhum produtor atualmente, mas um sistema de distribuição está sendo implementado na Nigéria fornecendo 25.000 famílias locais com hastes sob a condição de que eles compartilhem seus caules com outros fazendeiros rurais na próxima temporada. Esta é a principal abordagem para alargar a distribuição da mandioca amarela.

Houve Controvérsias Pra Variar

Em 2011, o grupo de ação pelos direitos ambientais Amigos da Terra Nigéria tentou, sem sucesso, exigir a interrupção de pesquisas sobre mandioca geneticamente modificada na Nigéria pela equipe de pesquisa do Instituto Internacional de Agricultura Tropical, argumentando que essa experiência mina a biodiversidade. Uma jornalista e coordenadora do movimento de protesto usava como principal argumento que poderse-ia adquirir a quantidade de vitamina A necessária das cenouras.

Cenouras, no entanto, não são freqüentemente consumidas ou disponíveis em grande parte da Nigéria. Pesquisadores examinaram a disposição dos consumidores para comprar e comer mandioca amarela na Nigéria e descobriram que, na ausência de informação nutricional, variedades amarelas claras são apreciadas sobre as brancas no sudoeste (Estado de Oyo), mas não no sudeste (Estado de Imo). Com uma campanha de informação, as variedades amarelas captam maiores prêmios sobre o branco em todas as regiões.

Normalmente, é arriscado alterar a cor de uma cultura básica, pois a preferência de cor pode afetar negativamente as taxas de adoção do consumidor. Este não é o caso da mandioca amarela. Como os consumidores locais costumam adicionar óleo de palma à farinha de mandioca branca em seus alimentos, eles estão normalmente acostumados à cor dourada.

Portanto, a cor amarela demonstrou não deter os consumidores. Em um painel de sabor comparando fufu produzido com diferentes tipos de farinha de mandioca, o fufu contendo farinha de mandioca amarela foi preferido. O experimento também concluiu que o tom amarelado do fufu aumentava o apetite dos degustadores de sabor.

Considerações Finais

A mandioca é principalmente cultivada e consumida em áreas rurais. Sua perecibilidade é uma restrição à criação de animais e inovação, porque quando a colheita começa a apodrecer em poucos dias, ela não pode ser analisada em laboratório por longos períodos de tempo. Como é altamente perecível, não é uma boa safra de exportação e sua distribuição requer uma abordagem localizada.

Como a mandioca pode ser reproduzida através da propagação, cortar parte do caule e compartilhá-la com outros agricultores é uma boa maneira de fornecer a mandioca amarela rica em vitamina A para as populações rurais.

Ao preservar a mandioca, o pré-tratamento antes da secagem pode ter um efeito positivo do nível de retenção de β-caroteno durante o armazenamento. Como a mandioca não tem um tempo crítico de colheita, recomenda-se cultivar muita mandioca e colhê-la no dia do consumo. Isso faz da mandioca uma boa safra de seguro para os tempos em que a comida é escassa.