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Diferenças Entre Raiz, Broto e Haste de Orquídeas

Vamos iniciar uma viagem ao mundo das orquídeas.

A Raiz

O velame

As raízes das orquídeas são envoltas em uma cobertura especial, o velame.

O velame é como uma esponja, com a finalidade de captar água e nutrientes para as raízes e impedir que ressequem.

Essa definição não é uma regra, pode ser redefinida dependendo da espécie e do habitat da orquídea.

Entretanto é uma característica quase genérica da família Orchidaceae.

Nas orquídeas aéreas este velame, protegendo as  raízes  é mais espesso.

Nas orquídeas rupícolas (cultivadas sobre rochas), o velame é de boa espessura, entretanto mais fino.

Nas raízes das orquídeas plantadas sobre rochas o velame é  mais curto, se limitando ao perímetro do substrato, em geral na fenda da rocha, onde vivem.

Raízes de orquídeas plantadas diretamente no solo, tendem a um velame menos espesso, pois tanto o solo, como a matéria orgânica, dispõem a quantidade de umidade necessária, pra evitar seu ressecamento..

Ao quebrar uma raiz, note que esta permanece presa a planta por pequenos fios, esse é o velame.

Se acidentalmente isto acontecer, mantenha-o preso a planta, nesses fiozinhos existem os feixes vasculares, que mantém viva a raiz.

Funções

Algumas raízes de orquídeas terrestres desenvolvem tubérculos, que acumulam nutrientes.

Em orquídeas desprovidas de folhas, ou com pequenos rudimentos foliares, as raízes assumem a função de executar a fotossíntese.

O meristema subapical (ponta da raiz), geralmente esverdeada, sinaliza a região de crescimento da raiz.

A expressão subapical se justifica pelo fato, de que a região de crescimento da raiz, fica envolvido dentro de uma camada protetora (a coifa).

O desenvolvimento das raízes em geral se orientam pela umidade.

Característico das raízes das orquídeas, não se originam de uma semente, surgem no caule, durante toda a vida da planta.

As raízes das espécies Catasetuns e Grammatophylluns, crescem em duas direções:

As de calibre mais grosso fixam-se no substrato absorvendo água e nutrientes.

As de calibre mais finas crescem em sentido oposto, formando um emaranhado, garantindo umidade próximo a planta, e absorvendo nutrientes de matéria orgânica em decomposição.

Analisar o calibre das raízes, fornece um bom indicativo, quanto a escolha do substrato, ao plantar epifitas.

Calibres mais finos indicam maior tolerância, e adaptabilidade em substratos mais antigos.

Calibres médios requerem substratos mais rústicos, sem que sejam grosso demais.

Calibres grossos demandam substratos grossos e bem areados.

Essas regras não se aplicam as orquídeas terrestres.

Broto (keikis)

Observando a anatomia das orquídeas, verifica-se que possuem pequenas estruturas denominadas gemas.

São aqueles gomos, ao longo da haste da espécie Phalaenopsis ou as divisões nos pseudobulbos, em forma de bambu, do Dendrobium.

No interior de cada um destes gomos esta contido um conjunto de ‘células tronco’.

Dependendo do estímulo, uma mesma célula pode produzir diferentes partes da planta, tais como flores ou brotos.

As células com capacidade de se dividir e produzir diferentes partes do organismo vivo, são chamadas de totipotentes.

Circunstância climáticas e de cultivo, definirão a brotação ou a floração em orquídeas.

A espécie Dendrobium, por exemplo, carece de um período de seca, chamado stress hídrico, para a formação de keikis (brotação).

Esta seca transmite à planta a ideia que é época de florescer, então reações químicas transformam suas gemas em flores.

Ao continuarmos a rega, a planta cessa a floração e produz keikis (brotos).

A espécie Phanaenopsis abre ainda outra possibilidade.

Ao cessar a floração, permanece na haste um brotinho com folhas e raízes.

Circunstâncias  ainda, em estudos, podem despertar uma gema , repousando sobre esta haste,  e desencadear nova floração ou brotação.

Novamente fatores climáticos definirão qual estrutura será formada.

Haste da Orquídea

Haste de Orquídea
Haste de Orquídea

A definição da haste da orquídea, depende de compreendermos os hábitos de crescimento do caule.

Independente destes hábitos, os caules são definidos pela presença de nós, entre nós, gema apical e gemas laterais.

A gema apical é onde fica inserido o meristema (conjunto de células com grande capacidade de se reproduzir, formando diferentes estruturas vitais o crescimento da planta).

Gemas laterais são estruturas onde serão inseridas as folhas e os brotos.

Tipos de caules:

Monopodiais

–  caracterizado por gema apical única e crescimento vertical contínuo (Vandas e phalaenopsis);

Simpodiais

– caule tipo rizoma é o que se liga a outro tipo de caule, com reserva suficiente para suprir  a planta em  períodos de dificuldade;

Colmo

– caule herbáceo sem reservas, como a cana-de-açucar.

Rizoma

– caule que cresce na direção do substrato, serve de ligação entre os pseudobulbos, ou outros tipos de caules.

Do rizoma são geradas as novas raízes.

Os nós e sobre nós encontrados no rizoma e gemas viáveis, originam os brotos novos.

Os brotos novos, por sua vez, formam mais um segmento de rizoma, pseudobulbo, ou outro tipo de caule, folhas ou hastes florais.

A partir do rizoma é possível replicar, ou regenerar uma orquídea, desde que haja pseudobulbos em seu seguimento.

O principal elo entre sua orquídea simpodial (Cattleya), e os nutrientes absorvidos pelas raízes é o rizoma.

Pseudobulbos, colmos, caules carnosos, e pequenos caules herbáceos:

Então como vimos o rizoma é uma estrutura vegetal que se desenvolve na direção do substrato.

Entretanto há caules que crescem em sentido contrário.

Estes caules são responsáveis originar as folhas.

Podem ser os pseudobulbos, que, constam na anatomia de muitas orquídeas, seja aéreas, rupícolas ou terrestres.

Os pseudobulbos são especialistas em armazenar nutrientes e água, o que permite que as orquídeas se adapte a ambientes onde outra espécies morreriam.

O formato dos pseudobulbos variam de espécie para espécie.

As espécies Arundina (orquídea-bambu), tem caule como se fossem colmos, igual a cana-de-açúcar, com nós bem definidos, que podem ser carnosos, como na cana ou secos, como no bambu.

Nas Arundinas os nós são carnosos, mas finos, o que incorre em pouca capacidade de reserva, caso em que toda umidade e nutrientes que precisam são extraídos do substrato.

Outras espécies tem caules herbáceos tão pequenos que fica  até difícil de visualizar, como no grupo das “sapatinho” (Paphiopedilum).

Pela baixa reserva de água e nutrientes este grupo torna-se mais sensível a seca.

Outra estrutura vegetal a ser considerada são os caules herbáceos carnosos, como os do grupo das “Orquídeas jóias” (Ludisia versicolor).

Fim da viagem ao mundo das orquidáceas.

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