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Cana de Macaco: Curiosidades e Fatos Interessantes Sobre a Flor

Existem diversas plantas que, além de serem visualmente muito interessantes e bonitas, ainda possuem propriedades medicinais muito boas, e que, por enquanto, não foram devidamente exploradas. Uma dessas plantas intrigante é a chamada cana de macaco, a qual vamos falar mais a respeito no texto a seguir, junto com alguns fatos curiosos sobre ela.

De nome científico Costus spicatus, a cana de macaco também tem outros nomes populares, como, por exemplo, cana do brejo, cana do mato, cana-roxa, jacuacanga, paco catinga, paco caatinga, periná e ubacaiá. Planta originária do Brasil, a cana de macaco apresenta algumas propriedades farmacológicas e fitoterápicas bem interessantes, sendo bastante usada na medicina popula no nosso país.

Porém, não se engane com muitos dos nomes populares que essa planta tem, pois o termo cana, por exemplo, refere-se à sua longa e rígida haste. Em se tratando de outro nome popular (cana roxa), ele faz menção às brácteas de colocações arroxeadas do vegetal.

Trata-se, no final das contas, de uma planta herbácea, com uma haste bem dura (realmente, parecida com uma cana de açúcar), possuindo folhas alternas, invaginantes e de coloração verde-escura. A bainha é pilosa e vermelha na parte das margens, e as suas flores são amareladas, cujas brácteas são da cor de carmim. Pode atingir ainda uma altura de até 2 metros.

Propriedades Medicinais da Planta

De forma geral, a cana de macaco é bastante usada para o tratamento de problemas menstruais, ou dos rins. A planta auxilia, especificamente, nessas questões pelo fato dela ser adstringente, anti-inflamatória, diurética e tônica. O melhor é que ela pode ser encontrada tanto em produtos naturais, quanto em farmácias de manipulação, bastando citar o nome científico da planta: Costus spicatus.

Por também ter ações antimicrobiana, emoliente e sudorífera, trata-se de uma planta com possibilidade de ser usada nas mais diversas situações, entre elas, cálculos renais, alterações menstruais, infecções sexualmente transmissíveis, dores nas costas, dores reumáticas, inchaços e úlceras.

Costus Spicatus

Fora que a cana de macaco também pode ser bastante útil para o tratamento de dores musculares, contusões, podendo até mesmo auxiliar no processo de emagrecimento caso você esteja pretendendo perder peso. Claro, em todos esses casos, faz-se necessário que o uso seja orientado por um médico ou fitoterapeuta.

Como Fazer um Chá da Cana de Macaco e Quais as Suas Contraindicações?

As partes dessa planta que podem ser utilizadas para fazer o chá dela são as folhas, as cascas e as hastes. Em geral, no entanto, utilizam-se as folhas e as hastes. Os ingredientes para um chá básico dessa planta são: 20 g de folhas, 20 g de hastes e 1 litro de água fervente.

Já o modo de preparo é bem simples, bastando que você coloque as folhas e as hastes no litro de água fervente, deixando descansando por cerca de uns 10 minutos. Depois, é só coar e beber o chá de 4 a 5 vezes ao dia.

O chá dessa planta, ao que se sabe até agora, não está ligado a nenhum efeito colateral, contudo o seu uso em excesso ou muito prolongado pode causar certos danos aos rins, visto que a cana de macaco possui propriedades diuréticas.

Fora essa questão, gestantes e mulheres que estejam amamentando não podem consumir esse chá, ou mesmo qualquer outro produto que seja feito que essa planta.

Como Fazer o Cultivo da Cana de Macaco?

Por ser uma planta nativa da Mata Atlântica, a cana de macaco vive em constante ameaça de extinção, e por isso acaba sendo importante que se tente fazer o cultivo dela o máximo que se puder. Até mesmo porque o cultivo de plantas que sejam medicinais traz inúmeras vantagens, especialmente quase trata do extrativismo (coleta a partir de remanescentes da mata nativa da planta em questão). Dessa forma, há a possibilidade de se obter uma planta com melhor qualidade, e até mesmo livre de qualquer resíduo químico.

É bom frisar que o cultivo necessita que seja feito a partir de um material propagativo de qualidade, a partir de plantas que tenham tido uma correta avaliação botânica, e sem sintomas de doenças, ou mesmo de alguma infestação de pragas. Esses cuidados se devem pelo fato de estarmos lidando com o cultivo de plantas que servem para o tratamento de pessoas que estão em um estado de debilitação muito forte. Em relação a essa questão, também não é recomendável que se faça o uso de insumos quimio-sintéticos.

Mudas de cana de macaco de qualidade podem adquiridas a partir de estacas apicais com um tamanho de uns 20 cm mais ou menos, possuindo 2 ou 3 folhas inteiras ou que, pelo menos, estejam seccionadas ao meio. Essas folhas, inclusive, garantem a sobrevivência da planta, já que ajudam na fabricação dos seus nutrientes enquanto ela enraíza e cresce. Mas, é importante que a quantidade de folhas seja pequena.

O substrato precisa ser de boa drenagem, até mesmo para facilitar o enraizamento da planta e o cultivo posterior dela em um local que seja definitivo. Uma boa mistura é com húmus de minhoca, com terra preta e pó de coco, numa proporção de 1:1:1. Outra dica é que a cana de macaco se desenvolve bem melhor quando está em um ambiente que seja parcialmente sombreado, mas que tenha, pelo menos, iluminação solar direta. Ah, e as regas precisam ser diárias, mas sem encharcar a planta.

Outras Curiosidades a Respeito Dessa Planta

Em se tratando dos seus nomes populares, o termo “Jacuacanga” é originário de uma expressão em tupi (yakua’kãg), e que significa, literalmente, “cabeça de jacu”. Já os termos “paco-catinga” e “paco-caatinga” são originários de outra expressão em tupi: pako’wa ka’tinga.

Essa planta tem um aroma muito similar ao de uma violeta, e é justamente por isso que, em alguns casos, partes da cana de macaco podem ser usadas para perfumarem um ambiente qualquer. Já o suco ou o sumo de sua raiz ou mesmo do rizoma, são usados em algumas regiões do Brasil para a produção de refrigerantes. Só lembrar, por exemplo, que na Europa, as violetas (que possuem aroma similar à cana de macaco) são usadas para a produção de licores por lá.

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