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Árvores Frutíferas para Solo Úmido

Ao observamos a grande árvore filogenética que abrange todos os seres vivos identificados no planeta, ou seja: desde as primeiras bactérias, passando pelos protozoários, fungos, animais e vegetais, é possível observar que há uma ligação entre todas esses representantes biológicos, essa lei ficando ainda mais sólida principalmente depois da década de 1980, quando as tecnologias voltadas para genética e ciências moleculares se uniram aos estudos evolutivos.

Animais e Vegetais são Parentes não Tão Distantes Assim

Se você observar a árvore filogenética (conforme a metodologia utilizada para a construção da mesma), veremos que o nosso genoma tem maior similaridade com fungos do que com plantas, entretanto nós temos maior similaridades com as plantas do que com as bactérias, assim como temos mais similaridade genômica com as bactérias modernas do que com as arqueobactérias.

Apesar de algumas lacunas observáveis na árvore filogenética (já que se trata da reconstrução da história natural, e isso envolve espécies extintas que não deixam registros fosseis, muito menos matéria orgânica e DNA), essa lógica parece óbvia aos olhos de qualquer ser humanos sóbrio (algo que pode ser raro nos dias de hoje) devido as revoluções metodológicas que avançaram nos últimos anos.

Mas pense na construção de todo esse quebra-cabeça que ocorre desde o século XIX, quando os britânicos Charles Darwin e Alfred Wallace deram início ao raciocínio evolutivo amplamente usado atualmente: como os métodos eram muito mais limitados, consequentemente o exercício da imaginação (plausível biologicamente) deveria ser mais apurado.

Claro: em uma sociedade extremamente fundamentalista, com os preceitos religiosos a respeito da origem da vida e do surgimento do homem, o desafio era muito mais significativo e limitador para o desenvolvimento do raciocínio científico.

Reino Vegetal
Reino Vegetal

Isso mudou gradativamente com as revoluções culturais que se seguiram, principalmente a partir das escolas filosóficas que emergiram da Europa a partir do século XVI – primeiro com o Renascentismo, seguido pelo Iluminismo – abrindo importantes portas para preparar os cientistas e pesquisadores.

E pensar que mesmo com cada vez mais e mais indícios científicos de que a evolução e a seleção são processos biológicos factíveis (ou seja: não são mais consideradas teorias, e sim leis), há ainda muita resistência, principalmente nos meios religiosos, os quais os menos radicais desde seguimento ainda insistem em querer juntar o que não é possível de ser juntado: ciência e religião.

A Dependência da Água e Evolução

Entre os reinos dos vegetais e dos animais podem ser feitos importante paralelos, principalmente com as divisões mais superiores de ambos.

Um mesmo padrão quanto a fisiologia para a dependência de água é observável, com divisões mais antigas na escala evolutiva proporcionalmente apresentando maior dependência da água para seu ciclo de vida, enquanto divisões mais recentes possuem menos dependência de ambientes úmidos, devido a aquisição de estratégias que evitam perda e desequilíbrio hídrico.

No grupo dos vegetais, as briófitas possuem dependência de água muito maior do que as pteridófitas e as fanerógamas (este sendo grupo que engloba as gimnospermas e angiospermas, plantas com presença de aparelho reprodutor de maior complexidade); nos animais invertebrados, os filos molusca e platelminto não possuem o exoesqueleto de quitina presente no filo arthrópodo, que possibilitou os representantes deste último se desenvolverem em biomas de condições mais extremas (como os desertos); os animais vertebrados, os peixes possuem uma necessidade absoluta do ambiente aquático para sobreviver, enquanto anfíbios dependem deste tipo de ambiente durante a fase larvária, e por fim os repteis, aves e mamíferos conseguindo se adaptar aos ambientes completamente terrestres (claro, há os casos de répteis, aves e principalmente mamíferos que vivem em ambientes aquáticos, entretanto, no caso dos mamíferos cetáceos – baleias, golfinhos, botos – o que ocorre é um retorno da vida terrestre para a água, conforme a os preceitos da irradiação adaptativa).

A Evolução no Reino Vegetal

Focando nos vegetais, lembremos da principal característica deles: são obrigatoriamente seres fixos, ou também chamado indivíduos sésseis, já que não possuem estruturas locomotoras e apêndices articulados tal como animais invertebrados (a partir dos poríferos) ou vertebrados.

Por assim, eles são dependentes de outros agentes para poderem se deslocar geograficamente – como os climáticos: igual chuvas e vento; ou biológicos tal como animais polinizadores, e os transportadores de sementes ou esporos germinativos.

As briófitas são o grupo que corresponde as plantas mais simples estruturalmente, usualmente chamadas de musgos, já que não possuem sistema vascular desenvolvido, tendo que transportar água e nutrientes por simples difusão (o que explica a baixa estatura destes representantes), não apresentando suas estruturas desenvolvidas: ao invés de raiz, caule e folhas, as briófitas possuem rizoides, cauloides e filoides, respectivamente.

Na escala evolutiva logo após as briófitas, temos as pteridófitas: os primeiros representantes a apresentarem sistema circulatório para o transporte de suas seivas (bruta e elaborada), por isto que os indivíduos deste grupo apresentam uma estatura maior do que a divisão anterior, também já possuindo as estruturas conhecidas das plantas: raiz, caule e folha, entretanto o caule ser subterrâneo na maioria das espécies deste grupo.

Por conseguinte, têm-se os últimos representantes, conforme a escala evolutiva do Reino das Plantas: as gimnospermas e as angiospermas, onde ambas apresentam suas estruturas bem desenvolvidas, com raízes, caules e folhas e, diferentemente das briófitas e petridófitas, possuem um complexo sistema reprodutor, por assim chamadas de Fanerógamas (diferenciando das plantas Criptógamas).

A diferença principal entre a gimnospermas e as angiospermas se dá com a morfologia e funcionalidade de seus órgãos reprodutores: enquanto a primeira apresenta um sistema mais simples com ausência de flores, frutos e pseudofrutos (a famosa pinha das coníferas, as mais famosas gimnospermas) a segunda apresenta flores e frutos mais desenvolvidos estruturalmente.

Árvores Frutíferas para Solo Úmido

Chegando as árvores frutíferas, tem-se um grande grupo de representantes, que variam conforme os aspectos climáticos, ecológicos e ambientais o qual estas populações vegetais se desenvolveram.

Muitas das características que a planta assume se dá conforme as características do ambiente: na Floresta Amazônica, local de maior umidade e estações de chuvas bem definidas, a flora local apresentará perfil de paisagem bastante diferente de representantes das padrarias e dos campos gaúchos, local mais frio e mais seco que o norte equatorial brasileiro.

Por isso que se deve saber as características de um determinado vegetal antes de querer cultiva-lo, porque a energia e o tempo gasto para com um empreendimento destes pode ir por água abaixo se não estudar a biologia da planta (ou ao menos ter sementes modificadas geneticamente, mas isso é um outro complexo assunto).

São exemplos de árvores frutíferas para solo úmido, começando pelo grande símbolo brasileiro: a jabuticabeira, cujo a arvore produz grande quantidade de frutos quando em condições ótimas, uma delas clima e sólido com elevada umidade.

Jabuticabeira
Jabuticabeira

A goiabeira, árvore nativa aqui da América do Sul, também necessita de solos úmidos para o seu desenvolvimento, ela tendo importante papel económico no mercado frutífero brasileiro.

Goiabeira
Goiabeira

Bananeiras também são bastante reconhecidas pela necessidade do solo úmido, por isso sendo muito comum a plantação dela em áreas de serra, estuários e litorais.

Bananeira
Bananeira

A pitangueira também é uma planta que necessidade de considerável umidade no solo para assim produzir flores e frutos.

Pitangueira
Pitangueira

Claro, importante citar os frutos amazônicos, como o mais famoso: o açaí – tão comum em todo o país – além do cupuaçu (e a infame história de pesquisadores do Japão tentarem patentear o fruto, assim como o bombom de cupuaçu, um produto genuinamente da Amazônia), o guaraná, a castanha-do-Brasil, os menos conhecidos como o bacuri, o caçari, o mucuri, e tantos outros (considere ainda uma grande maioria não catalogada).

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2 comentários

  1. Na foto e um pe de maçã e a legenda descreve pitangueira

    • Boa tarde Renato,
      Tudo bem?

      Obrigado por entrar em contato e nos avisar! Já corrigimos ok.

      Desejamos um ótimo domingo e excelentes leituras meu amigo!

      Att,
      Equipe Mundo Ecologia

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