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Vulcão Kilauea: Curiosidades

Uma das principais curiosidades acerca do vulcão Kilauea, é o fato de ele ser simplesmente o vulcão mais ativo do mundo. Desde o ano de 1983 ele é uma das principais ameaças à população local.

O Kilauea está localizado na Ilha do Havaí e possui mais dois respeitáveis companheiros: o Mauna Loa e o Mauna Kea. Juntos, eles configuram-se como uma das mais ameaçadoras forças da natureza que existem.

Ele não chega a atingir 1250m de altura, no entanto, o seu apelido de “aquele que cospe”, dá uma boa ideia do perigo que se esconde por trás de tamanha exuberância e da aparente placidez que podem ser contempladas a partir da sua base.

O que se sabe é que o Kilauea vem sendo moldado há pelo menos 100 milhões de anos, na forma de um estratovulcão produzido pela rocha derretida que transborda em forma de lava do seu cone.

Mas o que o torna tão ameaçador é o fato de localizar-se sobre aquilo que convencionou-se chamar de “hotspot” ou “ponto quente” – uma espécie de depósito de magma presente constantemente em seu interior.

Esse material é suficiente para fazer com que nunca falte lava suficiente dentro do Kilauea. E ele contribui também para que, de uma hora para outra, uma sucessão de explosões (ou simplesmente efusões de lava e demais fragmentos) possam surgir, de forma devastadora, e comprometer toda a vida existente na região.

Mas o objetivo desse artigo é fazer uma lista com algumas das principais curiosidades que ajudam a compor a fama do vulcão Kilauea – uma “força da natureza” que, até hoje, desafia a inteligência dos principais especialistas nesse tipo de manifestação.

1.Uma das Suas Erupções já Foi Vista do Espaço!

Chega a ser comovente ver como um evento com características tão devastadoras pode, a partir do espaço, parecer tão banal e reduzido a apenas o acender de uma luz alaranjada.

E foi o que ocorreu com a terrível erupção ocorrida em maio desse ano, que fez transbordar uma quantidade de lava suficiente para encher dezenas de milhares de piscinas olímpicas.

O flagrante teria sido feito pelo astronauta americano Ricky Arnold que, durante as suas atividades a bordo da Estação Espacial Internacional (EEI), registrou a terrível erupção na forma de um simples ponto alaranjado, a cintilar no – agora para ele – distante planeta Terra.

Por meio de tecnologia infravermelha, foi possível captar, segundo o astronauta, “Um pequeno ponto laranja no mapa, a brilhar na escuridão, algumas horas antes do alvorecer no Oceano Pacífico.”

2.Há um Hotel na Borda da sua Caldeira!

Como se sabe, onde alguns veem uma crise, outros veem uma grande oportunidade! E foi isso que um grupo de empresários viu no Kilauea: uma oportunidade para fazer bons negócios.

Foi a partir desse pensamento que surgiu a Historic Volcano House, uma espécie de hotel-restaurante, fundado em meados dos séc. XIX dentro do Parque Nacional de Vulcões do Havaí, à beira do ameaçador Kilauea.

Para muitos, é uma experiência quase mística acordar juntamente com o sol e observar, de longe, a cratera Halema’uma’u como se vigiasse os visitantes.

Logo após um belo café da manhã, embrenhar-se por suas lendárias trilhas cercadas por uma leve neblina; onde, aqui e ali, poderá topar com algum vestígio de antigas erupções e de antigas civilizações indígenas. Até desembocar no epicentro de uma das mais controversas e perturbadoras manifestações naturais do planeta.

3.O Kilauea Terá um Fim Inevitável

Isso mesmo! Uma das mais estranhas curiosidades sobre vulcão Kilauea, é o fato de que as suas erupções não podem ser previstas, enquanto o seu fim pode.

Ao menos em tese, já que a “bolha” (ou o “ponto quente” existente em seu interior) está, de certa forma, afastando-se, lentamente, da chaminé do vulcão – o que seria suficiente para impedir que ele seja constantemente abastecido por lava.

Essa foi uma descoberta feita em 2003 por um grupo de pesquisadores americanos, confusos diante da observação de uma alteração de alguns centímetros na posição da cadeia de montanhas que circunda o Arquipélago do Havaí.

A situação parece mesmo surreal, pois, segundo os especialistas, a tendência é a de que a ilha “caminhe” em direção ao Noroeste do Pacífico, lentamente afastando-se do hotspot que há no seu interior, até desaparecer nas profundezas do oceano.

Seria como se, daqui a alguns milhões de anos, o arquipélago simplesmente desaparecesse sob a placa Euroasiática, para transformar-se tão somente em uma quantidade a mais de material a ser derretido e transformado em magma no “manto terrestre”.

Porém os cientistas chamam a atenção para o fato de que essas são previsões para um futuro distante. Muito distante! E que, por enquanto, a população de cerca de 1,5 milhão de habitantes da Big Island (a Ilha do Havaí) ainda terá que conviver, por um bom tempo, sob a constante ameaça do vulcão.

4 A Curiosa Maldição do Vulcão Kilauea

Essa é uma outra curiosidade do vulcão Kilauea – o fato de ele ser também cercado por inúmeras lendas e mistérios.

Há uma, por exemplo, que diz que essa é uma região sob o domínio da Deusa Pele, considerada uma divindade controladora do fogo, dos vulcões, da violência e da luz.

O curioso é que ela teria ido habitar o Havaí trazida pelos antigos polinésios que migraram para a região há milhares de anos.

É uma deusa repleta de polêmicas e de atributos, entre os quais, o de ser a “deusa da renovação”, ou “Aquela que dá forma à terra sagrada”, mas também por ser perigosa e cruel – como uma clara alusão à característica do Kilauea de ser ao mesmo tempo um símbolo da natureza viva e um símbolo de morte e destruição.

O problema é justamente esse: Pele é, segundo os mais antigos, uma deusa vaidosa e egocêntrica, que não permite que o seu nome seja pronunciado em vão.

E, mais que isso: ela não permite que, em hipótese alguma, pedaços de lava endurecida, cuspida pelo Kilauea em seus momentos de fúria, sejam levados para casa por quem quer que seja. Pois o resultado será, certamente, uma sucessão de tragédias que se abaterão, impiedosamente, sobre o infeliz.

E para tornar a lenda ainda mais autêntica, há uma lei no parque que proíbe qualquer visitante de levar para casa restos de erupções vulcânicas, sob pena de incorrer em crime devidamente aparado pela lei local.

O que se diz é que essa teria sido uma lenda recente, inventada pelos organizadores do parque, com o intuito de evitar o tráfico indiscriminado de resquícios do vulcão.

Mas só o que ninguém consegue explicar é por que todos os anos são devolvidos ao parque milhares de exemplares de pedras vulcânicas que foram, digamos, surrupiadas às escondidas do local, e com comovidas confissões de que, desde que levaram tais objetos, as suas vidas transformaram-se em um verdadeiro inferno.

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