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Porque no Brasil não Há Vulcões ou Terremotos?

De vez em quando vemos em jornais, na TV ou internet notícias de lugares que estão sofrendo pela erupção de vulcões, ou tendo casas e toda a cidade destruída por terremotos. Parece tudo ser bem distante da nossa realidade, o que na verdade, é mesmo. O Brasil é um dos países do mundo que não possui vulcões e nem terremotos de média ou grande escala.

Esse fato é muito interessante, e falando a verdade, muito bom para nós brasileiros. Não ter preocupações com tais fenômenos naturais é um grande ponto positivo para o nosso país. Entretanto, surge a dúvida, porque o Brasil não possui vulcões ou terremotos? Viemos através desse post explicar melhor e tirar de vez as dúvidas que cercam sobre esse assunto de geografia.

Como são Formados os Vulcões e Terremotos

Primeiramente é importante entender exatamente como esses dois fenômenos acontecem e o porque de eles acontecerem. A formação dos vulcões se dá a partir do movimento das placas tectônicas, que geram aberturas mais profundas. Dessas aberturas saem o magma, que sobe devido a sua densidade formando o vulcão que expele lava.

A formação de terremotos, também tem haver com as placas tectônicas. Ao se movimentar duas placas tectônicas e as mesmas se chocarem ou tiverem movimentações muito bruscas, elas liberam a energia acumulada em forma de onda elástica. É somente essa onda que tem força suficiente para tremer todo um país ou região.

Entendemos então como geograficamente é formado esses fenômenos. Entretanto, falamos muito sobre as famosas placas tectônicas. Mas o que seriam exatamente essas placas e como elas funcionam?

As Placas Tectônicas

As placas tectônicas são porções da litosfera (crosta terrestre) que são limitadas por zonas de convergência, divergência e conservativas. Para entendermos melhor o que são essas zonas, vamos explicar como cada uma delas age no planeta tanto aqui em cima quanto lá embaixo.

Os limites convergentes, são os limites de uma placa a outra. Quando duas placas se encontram, aquela área se torna uma zona de subducção. Uma das placas, sempre a que é mais densa, fica na parte de baixo da outra e depois regressa. Essas convergências são divididas em três.

A primeira é a convergência crosta oceânica com crosta continental, que é basicamente quando formam-se fossas abissais pela sua convergência. A crosta oceânica desce por ser mais densa, enquanto a continental sobe. Um exemplo é no Peru, Chile. Segunda convergência é a crosta oceânica com crosta oceânica.

Ela tem como consequência a formação de arcos vulcânicos como nas Ilhas Marianas. E a última é a convergência crosta continental com crosta continental. Nessa a subducção é mais difícil, e é mais comum o choque entre elas que forma cadeias de montanhas, como a cadeia dos Himalaias.

Os limites divergentes se baseiam na ideia de aumento da crosta oceânica, já que o magma causa o afastamento das placas tectônicas. No momento existem 12 placas tectônicas principais e várias outras sub-placas menores.

O Brasil na Placa Sul-Americana

A placa tectônia em que o Brasil está inserido é a Sul-Americana, que pega todos os países da América do Sul. Essa placa tem cerca de 43,6 milhões de quilômetros quadrados de área. É interessante saber como curiosidade que no centro dela, a sua espessura chega a 200 quilômetros, enquanto que os terrenos mais jovens ficam em torno de 15 quilômetros.

Brasil na Placa Sul-Americana
Brasil na Placa Sul-Americana

É legal sabermos disso, pois é algo que influencia muito para entendermos porque certos lugares possuem incidências de vulcões, terremotos ou maremotos, enquanto outros não. A placa Sul-Americana faz fronteira com as placas africana, antárctica, de Scotia, caribenha e de Nazca, mostrando ser próxima de muitas outras placas.

É preciso entendermos que as placas não ficam paradas e estão sempre se movimentando, por isso que existem as zonas que comentamos anteriormente. Uma consequência do movimento da nossa placa é que a cada ano ela se move mais para o oeste, indo em direção a placa de Nazca. E foi essa colisão que gerou a criação da famosíssima Cordilheira dos Andes e seus vulcões por toda ela.

Porque no Brasil não Há Vulcões ou Terremotos?

Agora que entendemos todo o conceito das placas, principalmente da placa que estamos inseridos, chegou a hora da resposta final. Porque no Brasil não há vulcões ou terremos?

Por ser uma placa muito grande, como já falamos seu gigantesco tamanho, existem países que ficam mais próximos de suas beiradas, e outros mais no centro da placa. Países que ficam próximos das bordas, tendem a ter muitos vulcões e terremotos por estarem em uma área instável. Afinal, você está na parte menos espessa da placa e está sempre em movimento podendo trombar com outra placa tectônica, gerando abalos sísmicos.

O Brasil, para nossa sorte, está localizada em uma área bem estável da placa: bem no meio dela. Logo, esses abalos que acontecem constantemente nas bordas, ao chegarem no nosso país, são muito fracos ou nem existem mais, impossibilitando que nosso país tenha terremotos ou maremotos.

No caso dos vulcões, a explicação é bem similar. O Brasil se formou em um período geológico antigo, há muitos milhões de anos. Foram formados vulcões, entretanto, esses vulcões que foram formados no Brasil naquela época, logo se tornaram extintos, ou seja, não ativos. Hoje só encontramos algumas poucas montanhas e coisas do tipo.

Apesar de não termos grandes terremotos, é interessante sabermos que o país já teve sim alguns terremotos de níveis baixíssimos, que não causaram nenhum transtorno para ninguém. Mas que foram sim, sentidos por várias cidades, principalmente para o sudeste do país. O maior caso de terremoto aconteceu em 2008 e pegou estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ele não gerou nenhum dano ou acidente, mas foi um belo de um sustinho para muitos que acreditavam não existir esses pequenos abalos no Brasil.

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