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Ficha Técnica do Bijupirá: Peso, Altura, Tamanho e Imagens

O bijupirá (Rachycentron canadum) é um peixe distribuído por todas as Américas amplamente e tem um valor comercial de extrema importância no Continente Asiático, além de também ser conhecido pelo nome de Cobia. Essa espécie é a única do gênero Rachycentron e da família Rachycentridae.

O bijupirá é nativo das águas brasileiras, mas o fato de ser um peixe farto em carne e que se reproduz de forma rápida, ele foi levado para inúmeras partes do mundo, e é muito comum encontrar o peixe bijupirá em águas na Austrália, por exemplo.

O bijupirá é considerado o salmão do Brasil, pois seu filé é extremamente agradável, além de ter um preço acessível por quilo, e também pelo fato deles se reproduzirem de forma conspícua.

O ambiente preferido do peixe bijupirá é dentro de detritos, contêineres e embarcações naufragadas, onde os mesmos consideram ideais para se reproduzirem.

A aparência do bijupirá é única, pois é um peixe que lembra um tubarão filhote, e as cores mais comuns da espécie variam entre cinza escuro e preto, com faixas horizontais nas cores cinza claro ou branca.

Além de ter um filé que pode pesar cerca de 1kg, o bijupirá é um peixe que tem um crescimento rápido (dentro de 2 anos ele pode chegar perto dos 15 kg) e uma reprodução rápida (4 vezes superior aos peixes convencionais).

O fato do bijupirá ser um peixe de grande consumo e fácil reprodução, ele é considerado como LC (Pouco Preocupante) na Lista de Status de Conservação das Espécies.

Peixe Bijupirá Pequeno
Peixe Bijupirá Pequeno

Confira algumas informações técnicas sobre o Bijupirá:

  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Actinopterygii
  • Ordem: Carangiformes
  • Família: Rachycentridae
  • Gênero: Rachycentron
  • Espécie: R. canadu

Alimentação e Peso do Peixe Bijupirá

O peixe bijupirá possui uma alimentação que segue os padrões dos tubarões, raias e tartarugas, se alimentando exclusivamente de caranguejos, camarões, inúmeros crustáceos, peixes menores e uma extensa variação de restos mortais de outros animais marinhos.

Os maiores predadores do peixe bijupirá são os tubarões, algumas espécies de golfinho e um peixe chamado Dourado-do-Mar (Coryphaena hippurus).

Outro aspecto interessante sobre o bijupirá, é o fato deles serem comumente parasitados por nematodas, trematodas, cestodas, copépodes e aconthocephalas.

O bijupirá pode atingir o peso máximo de 78 kg, mas na maioria das vezes esse peso é atingindo quando eles estão em criadouros. O peso mais comum do bijupirá varia entre 60 kg e 65 kg de forma natural, e é nesse peso em que eles geralmente são pescados.

Reprodução, Altura e Tamanho do Bijupirá

O bijupirá é um tipo de peixe que migra para realizar sua reprodução, e essa migração ocorre em alturas pelágicas nos oceanos. Os ovos são colocados em correntes de água morna e vivem como plânctons até eclodirem. As larvas ainda possuem 2 milímetros de tamanho, por isso continuam sendo considerados plânctons, e eles permanecem totalmente indefesos nas primeiras semanas de vida, até quando suas nadadeiras, olhos e bocas se desenvolvem o suficiente para os mesmos conseguirem conquistar alimento.

O bijupirá macho atinge a maturidade com 2 anos de idade e a fêmea com 3 anos, e ambos os sexos vivem por cerca de 15 a 20 anos de idade na natureza, enquanto que em criadouros ele pode chegar a viver até mesmo 30 anos de idade.

O Comprimento do Bijupirá
O Comprimento do Bijupirá

A espécie pode chegar a medir 2 metros de comprimento após o sexto ou sétimo ano de vida.

A fêmea do bijupirá geralmente ficam aptas ao acasalamento nos meses de Julho e Agosto, e as mesmas ovulam cerca de 30 vezes por cada temporada.

Além disso, a temporada de migração do bijupirá varia entre América do Sul e América do Norte, onde eles preferem o Sul durante o inverno e o Norte durante o verão.

A Importância do Bijupirá na Economia

O bijupirá é uma espécie considerada ideal para a aquicultura, já que possui uma taxa de reprodução alta e uma carne de excelente qualidade, e por isso a espécie é tida como promissora para o futuro dessa prática.

Atualmente, o bijupirá é cultivado em inúmeras partes do mundo, principalmente na Ásia, nos Estados Unidos, no México, Brasil e Panamá.

O local onde o bijupirá mais interfere na economia geral é em Taiwan, onde 80% dos criadouros se dedicam à criação de Cobia, e de lá, quando os peixes atingem a idade de 2-3 anos e pesam cerca de 8 kg, eles são exportados para o Japão e para a China.

Pesca de Peixe Bijupirá
Pesca de Peixe Bijupirá

O Vietnã também é um grande cultivador de bijupirá, e em 2008 tornou-se o terceiro maior exportador da espécie, ficando atrás da China e de Taiwan.

A maior taxa de mortalidade do bijupirá está focado no estresse que os peixes passam durante o processo de transporte de um País para o outro, que pode tanto ser transporte marinho quanto aéreo.

Um dos maiores cultivadores de bijupirá que existe no mundo é a Open Blue Cobia, que possui sua sede e origem no Panamá.

Curiosidades Sobre o Peixe Bijupirá

Um dos aspectos mais interessantes do bijupirá é que ele é um tipo de peixe que se aproxima de embarcações e na maioria das vezes eles seguem os barcos, sem demonstrar nenhum tipo de receio. O mesmo acontece com os mergulhadores, que podem facilmente se ver submersos em um enorme cardume da espécie.

É muito comum ver um bijupirá seguindo tubarões no intuito de ficar com sobras de comida que os mesmos podem deixar de lado, mesmo o tubarão sendo um predador comum da espécie.

Apesar do bijupirá parecer um pequeno tubarão, ele é comumente confundindo com as rêmoras, pois eles possuem um distante parentesco.

O fato do bijupirá ser um peixe que não demonstra ter medo de embarcações, combinado com seu tamanho robusto e comportamento elétrico (geralmente chamado de “lutador” pelos pescadores), ele se torna a espécie ideal para a prática de pesca esportiva.

Uma das principais características em relação à qualidade da carne do bijupirá está no fato de que sua carne possui um alto índice de ácidos graxos poliinsaturados, que combate diretamente e equilibra o índice de colesterol negativo no corpo.

Em algumas regiões do Brasil, o bijupirá também é chamado de beijupirá, e ambos os nomes tem origem do tupi guarani, onde beijupirá significa “peixe beiju”, e pelo fato da sua carne ser tão nobre e saborosa, os nativos apelidaram o peixe do mesmo nome do doce beiju, vindo da tapioca.

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