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Ciclo Hidrológico: Etapas e Fases

Chega a ser comovente observar a forma como age a natureza ao nosso redor, e as formas que ela encontra para manter o equilíbrio, criar condições para a manutenção do planeta, produzir energia, impedir a sua perda, garantir a quantidade de destruição e morte necessária, entre outras formas de exibir o seu poderio.

E uma das formas que ela utiliza para exibir o seu poder, é justamente através do que chamamos “Ciclo Hidrológico”, um conjunto de fases e etapas pelas quais passa toda a água existente no planeta, e que garante todos os demais processos relativos à sobrevivência dos indivíduos; sejam eles processos físicos, químicos ou biológicos.

Desde que o homem desfez-se da crença de que a água brotava de forma milagrosa dos subterrâneos para a superfície da terra, ele passou, aos poucos, a compreender que ela era mantida sobre a terra graças a uma espécie de ciclo, que consiste, basicamente, numa série de etapas, nos quais que ela eleva-se da litosfera para a atmosfera, e desta para a terra novamente.

Elevando-se e precipitando-se, constantemente, e harmonicamente, em suas formas sólida, líquida e gasosa; acumulando-se nos mares, lagos, rios, oceanos, nos subterrâneos, na troposfera, entre outros locais que ela escolhe, e onde permanece em abrigo, à espera dos movimentos naturais dos fenômenos da natureza que a despertem.

Mas o resultado desse ciclo hidrológico não resume-se apenas a manter a quantidade necessária de água na terra.

Ele também ajuda a controlar a temperatura terrestre, contribui para a absorção de determinadas substâncias e radiações prejudiciais à vida dos seres, cria condições para as diversas ligações moleculares que garantem a formação de novas substâncias, entre outras funções; todas elas ligadas à manutenção da vida na terra.

As Fases e Etapas do Ciclo Hidrológico

1.Evaporação

Pode-se dizer que a evaporação é a primeira etapa ou fase do ciclo hidrológico. Ela consiste na conversão da água dos mares, lagos, rios oceanos, subterrâneos, entre outros reservatórios, para o estado gasoso, com consequente elevação até a atmosfera.

2.Acúmulo

Nessa fase, o que ocorre é o acúmulo desse líquido que elevou-se até à atmosfera no estado de vapor d’água. Ela irá resfriar-se, para só então formar as nuvens, que são as pequenas gotas de água acumuladas devido a determinadas condições de temperatura e pressão.

Esse vapor de água que eleva-se na forma gasosa também é o resultado da evaporação ou transpiração da água proveniente dos seres vivos, que da mesma forma se evola, para juntar-se às demais gotículas em forma de nuvens que poderão ser densas, tão densas, que acabam tendo que voltar para a terra na forma de chuva.

3.Solidificação da Água

Como vimos, toda a água que acumula-se na litosfera (superficial ou subterraneamente) deverá, necessariamente, elevar-se em seu estado gasoso, até acumular-se na atmosfera terrestre.

Lá, ela poderá encontrar temperaturas abaixo de 0°C, e quando isso ocorre o resultado é a sua cristalização, com consequente precipitação na forma de neve ou granizo.

Nesse último caso, essa formação de granizo ocorrerá se por algum motivo houver uma mudança brusca de pressão dentro das nuvens, que resultará no aumento de tamanho desses cristais.

Esse acúmulo de cristais será transportado por grandes altitudes, em regiões muito frias, até que, demasiadamente pesadas para permanecerem sob a forma de nuvens, acabem despencando em pequenos blocos de gelo, que podem resultar em transtornos difíceis de serem calculados.

4.Precipitação

Essa é a fase ou etapa do ciclo hidrológico na qual há a precipitação de chuvas, como o resultado do acúmulo de vapor d’água em forma de nuvens.

Nesse caso, em vez de transformar-se em granizo, ele simplesmente condensa-se (passa de vapor a líquido), devido ao acúmulo insuportável desse vapor.

Esse é o grande fenômeno da natureza! Responsável direto pela preservação da vida na terra! Fenômeno cantado em verso e prosa pela sua importância central para a agricultura, especialmente nas regiões desoladas – como as do sertão nordestino, por exemplo –, onde tal atividade torna-se um verdeiro desafio para o homem.

5.Águas Subterrâneas

Outra etapa do ciclo hidrológico é o acúmulo dessa água que despencou em sua forma líquida ou sólida nos subterrâneos, formando reservas de água doce.

Essas reservas também acumulam-se pelo derretimento das geleiras, que da mesma forma resultam na formação de um lençol de água doce, que em muitas regiões é a principal fonte de onde a população retira o líquido precioso para todas as suas necessidades diárias.

Esse acúmulo pode ocorrer em regiões pouco profundas ou em profundidades com alguns milhares de metros.

Ele também poderá ocorrer na forma de reservas artesianas ou livres, cuja quantidade de água irá depender do volume de chuvas de uma região, bem como da capacidade do solo de absorver essa água que vai se acumulando.

Ciclo Hidrológico: a Perfeição da Natureza em Suas Várias Fases e Etapas!

Essas foram, de forma bastante resumida, as várias fases e etapas que compõem o ciclo hidrológico na natureza.

Na sua última fase, as águas deverão procurar os caminhos subterrâneos, para serem utilizadas pelas plantas, servirem de abastecimento de rios, lagos, lagoas, córregos e mananciais. Para só depois fazerem o mesmo percurso de volta à atmosfera, por meio da transpiração das plantas e da evaporação das reservas.

Dela dependerá os animais (para os seus diversos processos metabólicos) e os vegetais; mas ela também se incumbirá de tornar suportável a vida na terra, por meio da regulação que faz da temperatura terrestre.

A água será capaz de absorver a radiação, e com isso livrar-nos dos seus efeitos deletérios. Mas também absorverá, em forma de vapor na atmosfera, diversos gases e substâncias mortais para os seres vivos.

Enfim, trata-se de um conjunto de fenômenos vitais para a vida na terra. Mas que, no entanto, precisará ser mantido nas melhores condições possíveis, por meio da diminuição das emissões de poluentes (que destrói a camada de ozônio), da atenção quanto ao descarte de resíduos (que tendem a contaminar as reservas subterrâneas) e da atenção quanto ao derretimento das calotas polares.

Além de outras preocupações, que têm no homem o seu principal personagem, pois é quem tem a responsabilidade de zelar por esses e outros fenômenos necessários à preservação da vida na terra.

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