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Características da Hidrosfera, Seus Biomas e Fenômenos

A hidrosfera terrestre é um conjunto de biomas aquáticos com fenômenos e características bastante distintos.

É a “água da esfera terrestre!” É o conjunto de oceanos, mares, lagos, rios, córregos, lagoas, baías, entre outros biomas, que formam um corpo descontínuo – muitas vezes subterrâneo – , que abrange mais de 70% da constituição do planeta.

Na verdade, ela é uma das partes da biosfera (juntamente com a atmosfera e a litosfera), que tem nos oceanos a sua grande “celebridade”, já que é quase 98% de toda a água presente na natureza, e onde encontram-se os maiores e os mais diversos organismos vivos do ambiente aquático.

Sobre os oceanos, é importante ressaltar que o seu conjunto possui em média 3.800m de profundidade, uma massa aproximada de 1,34 x 10₁₈ toneladas, e que é de onde se extrai a maior quantidade do petróleo brasileiro – além de carvão e outros minerais importantes para a economia do país.

Foi a partir da formação dos oceanos que todo o oxigênio contido na atmosfera passou a ser gerado.

É também a partir da hidrosfera que ocorre o chamado “ciclo hidrológico”, que consiste em todo o percurso feito pelas águas dentro da biosfera terrestre: evaporação, precipitação, escoamento subterrâneo, formação de córregos e mananciais, congelamento, derretimento, entre outros processos, que contribuem para a manutenção hídrica da terra.

Abaixo, segue, portanto, uma lista com os principais biomas da hidrosfera terrestre– com os seus fenômenos e principais características.

Biomas, esses, que, apesar da importância vital para o homem, encontram-se, em sua maioria, em um lamentável estado de degradação.

Os Biomas da Hidrosfera: Características e Fenômenos

1.Oceanos

Os oceanos bem que poderiam ser classificados como a “própria hidrosfera terrestre”, tal a imponência das suas constituições, e por abrangerem mais de 2/3 de todo o planeta.

Eles formam um imenso organismo vivo, com as suas vigorosas bacias, que ainda contribuem para a estabilidade da temperatura terrestre (entre 17 °C e 18°C) e para a manutenção das principais fases do ciclo hidrológico.

Oceanos
Oceanos

Os oceanos Atlântico, Pacífico, Ártico, Índico e Antártico compõem esse imenso corpo descontínuo de água salgada.

E se isso não bastasse, ainda são cercados pelas mais inacreditáveis lendas e mistérios, com seus significados místicos adotados pelas civilizações mais antigas que já pisaram na terra.

2.Mares

Os mares também fazem parte da hidrosfera terrestre; e da mesma forma são biomas com características e fenômenos que, de várias formas, os diferenciam dos oceanos.

São “oceanos em miniatura”, na forma de imensos volumes de água salgada diretamente ligados a um oceano; e que têm como principal característica talvez a ligação intensa que mantêm com uma determinada comunidade de países.

Mares
Mares

Como, por exemplo, os Mares Mediterrâneo (com uma imensa comunidade do sul da Europa e Oriente Médio), o Cáspio, Negro, o Mar do Norte, o Mar Báltico (no extremo norte da Europa, que acolhe países como Dinamarca, Finlândia, Suécia, Noruega, entre outros).

Também o Mar Vermelho (com a sua mítica história bíblica, além de uma estreita ligação com o Oceano Índico), o Mar do Caribe (um “astro” na América Central), entre outros monumentos naturais.

3.Rios

Ah, os rios! Alguns deles verdeiros sinônimos de vida! Leitos em torno do quais as primeiras civilizações se acomodaram! (e ainda se acomodam).

Como não lembrar das aulas de história, com as suas definições das principais características dos lendários rios Tigres e Eufrates. Ou como não se surpreender com as histórias que cercam o venerável Rio Amazonas – o maior em extensão e com a maior biodiversidade do planeta.

Rios
Rios

Os rios são, basicamente, imensos cursos d’água, que “deslizam”, mansamente, a partir de uma origem e sob o comando da gravidade, até desembocarem em outro rio ou num oceano.

Boa parte dos rios são o resultado do ciclo hidrológico, que faz emergir águas subterrâneas. Mas também podem ser o resultado do derretimento das calotas polares, da junção de outros rios, entre outras formas de constituição.

4.Lagos

Quem já não ouviu falar do mítico Lago Titicaca (entre a Bolívia e o Peru), onde está incrustada a lendária Ilha do Sol, que, de acordo com os povos Incas, é a morada do Deus Sol?

E o lago Tanganyka, um dos dos mais extensos do continente africano – supostamente medindo mais de 670km?

Do Lago Ness (na Escócia) com certeza todos já ouviram falar, pois é lá que certamente mora o famigerado Monstro do Lago Ness, uma espécie de plesiossauro que desde o séc. VI d.C. faz parte do imaginário popular.

Lagos
Lagos

Todos eles também são biomas da hidrosfera terrestre e possuem algumas características consideradas quase como fenômenos – principalmente o caráter místico que alguns deles possuem.

Um lago pode ser definido como uma “depressão” produzida naturalmente (ou não), como uma espécie de “acidente geográfico” que acabou acumulando água das chuvas, dos subterrâneos, do derretimento das calotas polares, dos rios – e sempre com a curiosa característica de, surpreendentemente, não secar com o tempo.

5.Lagoa

As lagoas são corpos d’água que costumam ser caracterizados como “pequenos lagos”, construídos de forma natural (pelo acúmulo das chuvas, águas subterrâneas, etc.) ou artificial, quando são equipamentos projetados pelo homem.

Diferentemente do que se imagina, as lagoas possuem pequenas correntezas, suficientes para que elas não tenham as suas águas completamente estagnadas.

Elas costumam ser impulsionadas pelos ventos, mas não com o mesmo ímpeto dos rios e correntezas – que são fenômenos à parte nesse sentido.

Lagoa
Lagoa

Ainda é preciso destacar que, ao contrário dos lagos (que podem ser formados por água salgada), as lagoas geralmente são constituídas por água doce – como no caso dos jardins de água, tanques, etc.

Na verdade não existe um consenso sobre o que exatamente diferencia um lago de uma lagoa, a não ser, obviamente, as suas dimensões – bem maiores no primeiro caso.

Muitos especialistas acreditam que uma massa d’água pouco profunda (a ponto de deixar transparecer o fundo), doce, suficientemente rasa para abrigar determinadas espécies aquáticas, com pouca ou quase nenhuma ondulação, com as chamadas “pequenas correntezas” e que tenha outras características semelhantes, pode ter essa denominação.

No entanto, nenhuma dessas formas de caracterização podem ser consideradas definitivas – nem mesmo as suas dimensões -, já que até mesmo a medida de 8 hectares (que supostamente definiria uma lagoa) estipulada pela Convenção Sobre as Zonas Húmidas de Importância Internacional (a Convenção de Ramsar) é extremamente questionada pela comunidade científica.

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