O que caracteriza a pesca predatória?
Diferente da pesca artesanal ou sustentável, a pesca predatória visa o lucro imediato, muitas vezes ignorando as regulamentações ambientais. Ela é feita em larga escala, com redes de arrasto, cercos e outros equipamentos que capturam não só os peixes desejados, mas também espécies não comerciais, incluindo tartarugas, golfinhos e tubarões.
Além disso, essa atividade não respeita períodos de defeso (épocas de reprodução), capturando animais jovens e prejudicando a renovação natural dos estoques pesqueiros.
Como a pesca predatória leva ao colapso das espécies?
Quando uma espécie é capturada em ritmo superior à sua capacidade de reprodução, ocorre uma diminuição drástica em sua população. Ao longo do tempo, essa pressão pode causar o colapso de estoques pesqueiros, como já aconteceu com o bacalhau no Atlântico Norte e com várias espécies de atum.
Esse desequilíbrio se estende pela cadeia alimentar marinha. Predadores perdem suas presas naturais, populações de algas e pequenos organismos se descontrolam, e todo o ecossistema sofre alterações.

pesca predatória
Quais são os impactos sociais e econômicos?
A escassez de peixes afeta diretamente comunidades que dependem da pesca para alimentação e renda. Pequenos pescadores são os primeiros a sentir os efeitos, sendo substituídos por grandes embarcações industriais que operam em águas profundas, longe da fiscalização. A longo prazo, o prejuízo é generalizado: menos pescado, preços mais altos e ameaça à segurança alimentar.
O que pode ser feito para combater esse problema?
A solução passa pela gestão eficiente dos recursos pesqueiros. É fundamental estabelecer e fiscalizar cotas de captura, proteger áreas de reprodução, incentivar práticas de pesca seletiva e promover a recuperação dos estoques com períodos de defeso. A conscientização dos consumidores também é essencial: escolher produtos certificados ou de origem conhecida ajuda a enfraquecer o mercado predatório.
Conclusão
A pesca predatória representa um sério risco à biodiversidade marinha e à sustentabilidade da atividade pesqueira. A responsabilidade é compartilhada entre governos, pescadores, empresas e consumidores. Com ações coordenadas, ainda é possível evitar o colapso de espécies e garantir a sobrevivência dos ecossistemas marinhos.
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