Como as serpentes detectam o calor de suas presas?

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As serpentes são caçadoras eficientes que utilizam diferentes estratégias para localizar suas presas. Entre os recursos mais fascinantes que algumas espécies possuem está a capacidade de detectar o calor corporal de outros animais. Mas como exatamente elas fazem isso? Que mecanismos sensoriais estão por trás dessa habilidade?

O que é a detecção infravermelha em serpentes?
Algumas espécies de serpentes, como as jiboias, pítons e cascavéis, possuem órgãos sensoriais especializados chamados de fossetas labiais ou fossetas loreais. Esses órgãos funcionam como sensores de calor, permitindo que as serpentes “enxerguem” a radiação infravermelha emitida por corpos quentes.

Isso significa que, mesmo no escuro total, elas conseguem localizar presas com base na diferença de temperatura entre o animal e o ambiente.

Onde ficam localizadas essas estruturas?
As fossetas labiais ficam ao longo da mandíbula superior das jiboias e pítons, enquanto as fossetas loreais estão localizadas entre os olhos e as narinas nas serpentes da família Viperidae, como as cascavéis.

Essas estruturas possuem terminações nervosas extremamente sensíveis que captam mínimas variações de temperatura.

Como essa habilidade ajuda na caça?
A detecção de calor permite que as serpentes identifiquem a presença de animais de sangue quente, como roedores, mesmo quando eles estão escondidos sob folhas ou dentro de tocas.

No momento do ataque, essa percepção térmica ajuda a calcular com precisão a distância e o local exato para a mordida. É uma ferramenta de caça tão eficiente que muitas vezes dispensa o uso da visão convencional.

Esse sentido é exclusivo das serpentes?
Embora as serpentes sejam os répteis mais conhecidos por essa habilidade, outros animais, como alguns tipos de morcegos e besouros, também possuem sensores de infravermelho. No entanto, a capacidade das serpentes é uma das mais apuradas e estudadas pela ciência.

A detecção térmica nas serpentes é um exemplo impressionante de como a evolução moldou diferentes estratégias para a sobrevivência.

Como os cientistas estudam essa capacidade?
Pesquisadores utilizam câmeras de infravermelho e testes de resposta comportamental para entender como as serpentes reagem a diferentes estímulos térmicos. Esses estudos ajudam não só na compreensão da fisiologia dos répteis, mas também inspiram o desenvolvimento de tecnologias, como sensores térmicos em equipamentos militares.

Conclusão
A capacidade das serpentes de detectar o calor de suas presas é mais uma prova da incrível adaptação desses animais ao ambiente. Conhecer esses detalhes nos aproxima da natureza e reforça a importância de preservar a biodiversidade. Continue acompanhando o Mundo Ecologia, compartilhe este artigo e ajude a espalhar o conhecimento sobre a vida selvagem!