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Vombate: Reino, Filo, Classe, Ordem, Família e Gênero

Com origens australianas, o vombate é um pequeno marsupial de aparência rechonchuda. Chamado de fascólomo em terras portuguesas, essa criatura pertence à família vombatidae. Esse animal mede 1 m de comprimento e sua cauda é grossa e curta.

O vombate é encontrado com frequência nas áreas de floresta. Além disso, também pode ser visto em locais montanhosos do sul australiano, especialmente na região da Tasmânia. Um lugar onde é possível achar esse animal é o Parque Nacional Epping Forest, que fica na parte central do estado australiano de Queensland.

Características Gerais

Como gostam de cavar, os vombates criam uma espécie de sistema de tocas e túneis para se locomover. Eles fazem isso usando suas garras e seus dentes, ambos fortes e dotados de resistência. Ao contrário de outros marsupiais, a bolsa dos vombates fica na parte traseira, o que impede que a terra caia em cima do filhote enquanto as mães estão cavando.

Mesmo sendo um animal da noite, o vombate também anda durante o dia, desde que o clima esteja frio ou nublado. É bem difícil ver esse marsupial, apesar dele deixar rastros por meio de suas fezes em formato de cubo.

Os vombates tem uma dieta herbívora e gostam de comer raízes, cascas de árvores, ervas entre outras coisas. Seus dentes se assemelham com os de roedores como camundongos, toupeiras e ratos. Isso significa que a estrutura física desse animal lhe permite roer vegetações muito resistentes. Assim como muitos herbívoros mamíferos, esse marsupial apresenta um espaço entre os seus dentes, conhecido como diastema.

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O vombate possui uma coloração que varia entre o marrom e o bege ou então entre o preto e o acinzentado. Todos os animais dessa espécie medem aproximadamente 1 metro e seu peso varia entre 20 e 35 quilos.

As fêmeas desse marsupial só geram um filhote por vez, normalmente na primavera. O período gestativo de um vombate varia entre 20 e 21 dias. A bolsa desse marsupial é bem desenvolvida e o filhote fica dentro dela durante seis ou sete meses. O vombate deixa de amamentar após um ano e três meses de vida e atinge à maturidade sexual após um ano e seis meses de vida.

Ficha Técnica

Os vombates fazem parte do reino animal, pertencem ao filo dos cordados e fazem parte da classe mamífera. Ademais, eles são da infraclasse dos marsupiais e estão ligados a ordem dos diprotodontes. Por fim, eles são parte da subordem dos vombatiformes e fazem parte da família vombatidae.

Modo de Agir

O metabolismo dos vombates é muito lento, com uma digestão que demora entre 8 e 14 dias para ser finalizada. No entanto, isso não é tão ruim, pois essa digestão lenta ajuda esse animal a sobreviver em locais áridos.

Os vombates costumam se mexer de modo lento, mas, se virem alguma ameaça, são capazes de correr a 40 quilômetros por hora. Eles conseguem manter esse pique por aproximadamente um minuto e meio. Esse marsupial sempre protege o seu território e costuma agir de modo agressivo ao notar algum intruso.

Vombate Fotografado Caminhando
Vombate Fotografado Caminhando

Os animais que mais atacam esse marsupial são o dingo (espécie de cachorro selvagem australiano) e o famoso demônio-da-tasmânia. A principal ferramenta que esse marsupial usa para se proteger é a sua couraça traseira, que é constituída de cartilagem. Aliada a uma cauda pequena, essa couraça dificulta que algum predador morda o vombate enquanto ele está em uma de suas tocas ou túneis.

Quando se vê em perigo, o vombate entra em algum túnel que estiver próximo e usa a sua couraça para impedir que o predador o morda. O vombate deixa que seu inimigo entre na toca e aproxime a cabeça dele de suas costas. Depois disso, o marsupial usa as pernas para quebrar o crânio do adversário por meio de coices ou esmagando-a contra o teto.

A massa cerebral dos vombates é bem maior que a dos outros marsupiais da Austrália. Essa qualidade, combinada com os instintos que esse animal adquiriu na vida adulta, fazem com que ele se adapte bem à vida selvagem mesmo que tenha sido criado em cativeiro.

Vombate x Homem

Se, por acaso, um ser humano encontrar um vombate, a melhor estratégia de proteção é subir numa árvore e ficar lá até o marsupial ir embora. Além da força da mordida, as garras desse animal podem perfurar o corpo humano. Em situações de perigo, um vombate tem força para jogar um ser humano no chão. A queda é tão forte que a vítima pode ter todos os seus ossos quebrados.

O famoso naturalista da Austrália, Harry Frauca (1928-1986), foi mordido por um desses marsupiais e acabou com um ferimento de 2 cm de profundidade em sua canela. O animal conseguiu fazer esse estrago mesmo com Harry vestindo uma bota de borracha e tendo sua calça e uma grossa meia de lã protegendo o local da mordida.

Outro caso famoso de ataque de vombate ao ser humano foi no dia 6 de abril de 2010. Um senhor de 59 anos foi alvo desse animal e ficou com um grande número de cortes e machucados em seu corpo. O incidente ocorreu no estado australiano de Victoria e o homem teve que ir ao hospital. Esse caso foi noticiado pelo jornal inglês The Independent.

Problemas de Saúde

Vombate no Veterinário
Vombate no Veterinário

As intervenções humanas prejudicaram muito a sobrevivência do vombate. Esses animais pegaram uma enfermidade chamada sarna sarcóptica e essa doença chegou aos vombates por causa dos trabalhos humanos. O ácaro que gera essa doença deixa a pele do marsupial cheia de feridas que geram infecções. O resultado disso é uma morte dolorosa e bem longa.

Além disso, os vombates estão padecendo com doenças causadas pelo trabalho agrícola. Esses marsupiais estão sendo vítimas de bactérias que afetam o intestino e que causam o tétano. Voltando a falar da sarna, o contágio está tão avançado que apenas os vombates que habitam em locais de preservação ou que vivem em grupos isolados conseguirão sobreviver em longo prazo.

Os veterinários da Austrália só começaram a aprender a tratar dos vombates recentemente e a causa disso é que existem poucos estudos sobre esses animais. Isso faz com que seja complicado reabilitar vombates machucados ou doentes.

Em resumo, quando esse animal contrai alguma doença, é difícil recuperá-lo e devolvê-lo a natureza, pois as pessoas não sabem como lidar com os comportamentos e com o organismo dele.

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