Home / Animais / Raças de Porcos Caipiras no Brasil, Tipos e Espécies

Raças de Porcos Caipiras no Brasil, Tipos e Espécies

O Brasil é um dos principais criadores de suínos no mundo, e já vem a um bom tempo se consolidando nesse mercado. Pra se ter uma ideia, atualmente, o nosso país ocupa a quarta posição no ranking mundial de produção e exportação de carne suína. É um momento tão bom na área que cabe aqui fazermos uma lista com as principais raças caipiras que temos em terras tupiniquins.

Porco-Canastrão

Porco-Canastrão
Porco-Canastrão

Essa raça é do tipo céltica, o que significa que se trata de um porco grande, oriundo do javali europeu. O porco-canastrão, no entanto, é descendente direto da raça Bizarra de Portugal, sendo encontrados com bastante frequência no leste de Minas Gerais e no Rio de Janeiro.

Tanto o corpo, quanto as orelhas desse suíno são grandes. Eles também possuem cabeça grossa, uma papada e membros fortes e compridos. A pelagem pode ser preta ou vermelha, e o couro é grosso e pregueado, possuindo cerdas duras e ralas.

Só que, alem dessas características, trata-se de uma raça tardia, cujos animais só ficam prontos a partir do segundo ano de vida.

Porco-Canastra

Porco Canastra
Porco Canastra

Suíno de médio porte, esse porco possui muita aptidão para a banha, mas, possui um pernil muito longo, enquanto que a sua carne é considerada razoável. A média de peso é de 120 kg, porém, alguns podem chegar a 150 kg com certa facilidade.

Sendo um animal bem rústico, essa raça já foi amplamente usada no Brasil, mas, como ocorre com a maioria dos nossos porcos nativos, ela também está ameaçada de extinção, especialmente, a partir da década de 70, que é quando houve a integração da agroindústria. Daí houve, cada vez mais, a importação de espécies estrangeiras, que eram mais produtivas e com maior aptidão para uma carne de melhor qualidade.

O porco-canastra está presente, atualmente, nas regiões do Centro-oeste e Sudeste do Brasil, porém, nesses lugares, a raça vem desaparecendo gradativamente, devido ao cruzamento com raças exóticas.

Porco-Nilo

É também chamado de nilo-canastra, e pouco se sabe a respeito de sua origem. Fisicamente, são porcos da cor preta, com porte do tipo médio, onde a característica principal deles é a ausência de pelos. Chegam a pesar quase 150 kg, e possuem uma ossatura fina, tendo um grande rendimento de seu toucinho.

Até pela rusticidade do animal, eles geralmente são criados soltos em manguezais, com ração suplementar na maioria das vezes. A fêmea dessa raça, por sinal, pode chegar a ter 8 leitôes por ninhada.

Inclusive, o Ministério da Agricultura, no passado, tentou melhorar a raça, mas, os resultados práticos não foram bons o suficiente.

Porco-Piau

O nome dessa raça (“piau”) vem do tupi-guarani, e significa, literalmente, “malhado” ou “pintado”. Para a seleção dessa ração, alguns trabalhos foram iniciados em 1939, cujo objetivo era recuperar a pureza da raça, estabelecendo um padrão para ela. A coloração básica da pelagem do porco-piau é de areia, com manchas pretas e marrons. Já as orelhas são de tamanho médio.

Já a carcaça desse porco apresenta uma grande deposição de toucinho, onde a espessura geralmente ultrapassa os 4 cm. Existe, por sinal, uma variedade dessa raça, que é o Sorocaba, cuja coloração é vermelha, e também possui tamanho médio.

Porco-Tatu

Porco-Tatu
Porco-Tatu

Essa raça é originária da Índia e da Indochina, e são suínos de pequeno porte, alcançando, no máximo, uns 90 kg de peso. Aqui no Brasil, são conhecidos por outros nomes, como Macau, Caruncho, Canastrinho, Perna-Curta, e no Norte e Nordeste do Brasil é mais chamado de Baé. Antigamente, foram trazidos da Ásia para as colônias pelos portugueses.

Em geral, são porcos pelados, com raros pelos (e, quando tem, estes são bem ralos e finos, com uma coloração preta). São suínos rústicos e pouco exigentes, sendo criados nos interiores do país para a produção doméstica de carne e toucinho. A fêmea dessa raça dá a luz a uma cria de até 8 filhotes por ninhada.

Porco-Pereira

Porco-Pereira
Porco-Pereira

Estudiosos no ramo atribuem essa raça como sendo um cruzamento entre o porco-canastra com o Duroc-Jersey (uma raça proveniente dos EUA, e que foi registrada pela primeira vez em 1875). O tamanho do pereira é médio, podendo chegar a 180 kg, com uma pelagem tordilha, podendo, eventualmente, ter manchas avermelhadas.

A formação dessa raça, na verdade, começou com um criador de Jardinópolis, em São Paulo, de nome Domiciano Pereira Lima, que é de onde foi tirado o nome do porco. Este, por sua vez, possui uma grande aptidão para o toucinho, e foi muito usado por criadores do Estado de São Paulo em cruzamentos com raças norte-americanas e europeias, cujo o intuito era a engorda precoce do animal.

Porco-Pirapetinga

Essa raça foi desenvolvida na Zona da Mata em Minas Gerais, mais precisamente na bacia do rio Pirapetinga, que é o motivo do nome desse porco. Ele é considerado do tipo asiático, ao passo que alguns zootecnistas o consideram uma variação do porco-tatu, porém, mais parecido com a raça do nilo.

No entanto, o pirapetinga é diferente do nilo, especialmente devido a certas características em sua cabeça. São porcos de tamanho médio, cujo corpo é comprido e estreito, apresentando pouca musculatura e ossatura, sem pelos e com cerdas ralas.

Porco-Pirapetinga
Porco-Pirapetinga

Porco-Moura

Essa aqui é uma raça nativa, que vem sendo criada no Brasil há bastante tempo. No entanto, apenas em 1990 que ela foi aprovada pelo MA e registrada no livro PBB, com cadastro oficial de raça brasileira e tudo. Pra se ter uma ideia, entre 1990 e 1995, foram registrados no Paraná cerca de 1660 suínos dessa raça na ABCS (a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos). Essa raça, por sinal, foi um dos pilares alimentares dos chamados “faxinais do Paraná” (um sistema produtivo de caráter agroecológico praticado secularmente naquele estado, e que é caracterizado pela divisão de terras em duas partes distintas).

São porcos que se adaptaram muito bem à região Sul do Brasil, tendo assumido características únicas em sua morfologia ao serem alimentados com plantas típicas desse lugar, como o pinhão e o butiá, especialmente, durante a engorda em todo o inverno.

Trata-se de uma raça que está disseminada, especialmente, nos estado do Sul no Brasil. As principais características dela são a prolificidade, o comprimento e a rusticidade.

Veja também

Filhotes de Airedale Terrier

Criação de Filhotes de Airedale Terrier

Se você está considerando a possibilidade de criar filhotes de Airedale Terrier, saiba que está …

Um comentário

  1. Boa tarde,essas informações deixa mais bem informados,ótima matéria

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *