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Rã se Camufla? Quais Espécies?

As necessidades no reino animal são muitas, e, às vezes, pequenos detalhes fazem a diferença. Pra se defender de predadores, muitos seres vivos, por exemplo, desenvolveram um sistema eficaz de camuflagem para se esconderem a qualquer sinal de perigo.

As rãs são um bom exemplo disso, em especial, devido à sua variedade de cores, o que faz com que possam se esconder em todo e qualquer ambiente.

Vamos saber mais a respeito disso?

Mecanismo de Defesa

Todos os anfíbios (com a rã inclusa, obviamente) possuem comportamentos distintos quando o assunto é se defender, com mecanismos sendo usados das mais diferentes formas nas principais fases da predação. Uns evitam serem encontrados (localização), outros evitam serem reconhecidos (identificação), outros tantos evitam serem capturados (aproximação), e por aí vai.

Nisso, podem os incluir a camuflagem como uma estratégia de defesa, com o animal em questão se parecendo com o ambiente em que vive (geralmente, em se tratando das cores), para não ser visto quando está vulnerável para a predação.

E, com as rãs em geral esse mecanismo de defesa é bastante eficaz. Afinal, o habitat principal desses animais são as lagoas, ecossistemas onde todo e qualquer ser pode estar indefeso contra uma gama enorme de predadores (cobras, lagartos, peixes, aves, etc.). A camuflagem para as rãs é uma necessidade vital, portanto.

No tocante à defesa, no entanto, nem todas as rãs usam a camuflagem. Algumas, por exemplo, usam justamente uma estratégia contrária: possuem cores chamativas e berrantes, que indicam que são seres venenosos, possuindo padrões de azul, vermelho e amarelo bem vivos e brilhantes. Muitas dessas rãs venenosas são encontradas nas partes mais densas das florestas tropicais.

A seguir, vamos apresentar algumas espécies bem pitorescas de rãs que conseguem se esconder na natureza.

Algumas Espécies de Rãs que Usam a Camuflagem

Rã Musgo Vietnamita (Theloderma Corticale)

O nome popular dessa rã já diz tudo, já que a aparência dela realmente se assemelha a um musgo, com rugas esverdeadas e amarronzadas. Uma forma, portanto, bastante eficaz de se camuflar em seu habitat natural, que são as florestas tropicais primárias, mais precisamente em cavernas e penhascos rochosos íngremes. É mais encontrada no norte do Vietnã. Trata-se também de uma espécie ameaçada de extinção devido ao desmatamento de seus habitats.

Rã de Olhos Vermelhos (Agalychnis callidryas)

Espécie de rã nativa das florestas da América Central, a rã de olhos vermelhos vive bem próxima a rios e lagos, e sua alimentação é feita de insetos e outros invertebrados. Possuindo em, torno de 7 cm de comprimento, a coloração da sua pele varia entre o verde e o marrom, porém, a principalmente característica desse anfíbio são os seus grandes olhos vermelhos, que parecem brilhar no escuro. Detalhe: ao contrário de outros anfíbios coloridos, a rã de olhos vermelhos não é venenosa, precisando da camuflagem entre a vegetação para se proteger de eventuais predadores.

Aru (Pipa pipa)

Também conhecido como sapo-do-surinã , o corpo desse anfíbio é tão estranho que seria natural usar essa estranheza como forma de camuflagem. É uma espécie nativa da América do Sul, o que inclui o Brasil. O corpo é achatado, e a cabeça, pontuda. As mãos possuem quatro dedos com papilas sensoriais e pés com cinco dedos interligados por membranas. O corpo é tão achatado que fica fácil esse animal se esconder no leito de lagos e rios, em meio a vegetação e rochas, já que a sua coloração ajuda bastante nesse sentido.

Rã Golias (Conraua goliath)

Aqui, pelo tamanho do bicho, ele nem precisaria de camuflagem, apesar de que a sua pele escura favorece se esconder no meio ambiente onde vive. Porém, fica meio complicado pensar que tipo de predador se meteria com uma rã de mais de 30 cm de comprimento, e pesando mais de 3 kg. Além disso, ela pode saltar a distâncias de até 3 metros de uma só vez, muito em decorrência de suas musculosas pernas. Trata-se de um anfíbio endêmico da África.

Rã-Voadora-de-Wallace (Rhacophorus nigropalmatus)

Também conhecida pelo nome popular de rã paraquedas, esse anfíbio de coloração verde clara e amarela possui a incrível habilidade de saltar de galho em galho (literalmente), devido a uma membrana presentes em seus dedos, o que faz com que esse animal amorteça a queda. Habita principalmente as áreas densas das florestas tropicais da Malásia e do Bornéu. Com uma coloração bem viva, essa rã consegue, facilmente, esconder-se em meio à vegetação. Mas, quando a camuflagem não dá certo, ela apela para o seu “paraquedas natural“.

Rã-Cornuda-Malaia (Megophrys nasuta)

Esse anfíbio está restrito às áreas de florestas tropicais do sul da Tailândia e Malásia, além de Cingapura, Sumatra e Bornéu. Seu tamanho é minúsculo, variando entre 100 e 120 milímetros de comprimento. Uma de suas características mais marcantes está no formato da cabeça, que parece fazer essa rã ter dois chifres e um focinho bem alongado. Com uma coloração repleta de variedades de marrom, pode facilmente se camuflar no chão das florestas, já que o seu corpo se parece muito com o de uma folha seca.

Rã de Chuva do Deserto (Breviceps macrops)

Eis aqui mais uma espécie incomum desse tipo de anfíbio, que apresente um corpo arredondado, um focinho curto e grandes olhos. É encontrada no continente africano, e sua camuflagem consiste em fazer com que as areias do local onde vive fiquem aderentes ao seu corpo. Já a coloração pode variar de amarelo a marrom, o que também auxilia na hora de se esconder de predadores. Está ameaçada de extinção, devido à urbanização e mineração de seus habitats naturais.

Sapito-Listado (Lithodytes lineatus)

Essa rã é encontrada em boa parte da América do Sul, incluindo o Brasil, e o seu habitat natural são as florestas tropicais e subtropicais úmidas, com baixa altitude. Sua camuflagem, ao contrário de outras espécies de rãs, é um pouco “diferente”, digamos assim. Esse anfíbio convive tranquilamente com as formigas saúvas, sem serem incomodados. Por que? Simples: essa rã usa biomoléculas que possui na pele para inibirem alguma resposta agressiva dessas formigas. Com isso, o sapito-listado o reconhecimento químico das formigas, e evita de ser atacado. Interessante, não?

E, é isso. Esperamos que tenham gostado das informações e curiosidades do texto.

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