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Quais Os Primeiros Sintomas Da Leishmaniose Em Cães?

Ter um cão exige cuidados de diversos tipos, ainda mais quando se trata de prevenir certas doenças que podem ser bastante severas. Uma dessas enfermidades é a leishmaniose, e é por isso que é importante saber quais os primeiros sintomas dela para poder tratar do cão com mais facilidade.

O Que E, Na Verdade, a Leishmaniose Canina?

A leishmaniose canina é basicamente uma infecção ocasionada por protozoários que agem diretamente no sistema imunológico do animal. Trata-se de um parasita do tipo Leishmania, e que ao entrar em contato com o hospedeiro (o cão), começa a atacar as suas células fagocitárias, que são responsáveis pela proteção do organismo do animal.

Esse parasita se liga às células fagocitárias, e começa a se multiplicar de maneira vertiginosa, atacando cada vez mais células. Quanto mais se propagam, mais tendem a atingir órgãos como o fígado, o baço e a medula óssea.

Podemos dizer que há dois tipos bem distintos dessa doença: cutânea e visceral. A leishmaniose cutânea, por sua vez, é causada por dois tipos de parasitas: a Leishmania braziliensis e a Leishmania mexicana.

Já a visceral tem como origem três parasitas: as Leishmanias donovani, infantum ou chagasi. É preciso saber que em quase 100% dos casos, a doença tratável das duas é a visceral, já que na cutânea o alvo principal não é o cão.

Importante salientar ainda essa enfermidade pode ser transmitida de animais para seres humanos e vice-versa. Quem acaba sendo o vetor dessa transmissão são certos tipos de mosquitos. Por isso, dizemos que a leishmaniose é uma zoonose. Inclusive, bem grave, que pode matar tanto uma pessoa, quanto o próprio cão.

Não é à toa, portanto, que essa doença se torna um caso de saúde pública, exigindo cuidados tanto no combate, quanto na prevenção.

Primeiros Sintomas Da Leishmaniose Em Cães

Em relação à leishmaniose visceral, os sintomas nos cães podem ser os mais diversos possíveis. Alguns sinais externos podem ser facilmente observados, como, por exemplo, lesões na pele, além de descamação e uma coloração prateada. Já nas patas pode ocorrer infecção, o que damos o nome de pododermatite.

Outros sintomas bem visíveis são uma pele um pouco mais grosseira do que o normal, devido ao excesso de produção de queratina (chamado de hiperqueratose dos coxins), e unhas bem espessas, e que ficam em formato de garras (algo que denominamos de onicogrifose).

Podemos citar ainda machucados que nunca saram, além de feridas nas orelhas, como sendo sintomas relativamente comuns em animais que possuam essa enfermidade. Fora que cerca de 80% dos cães infectados por esse tipo de leishmaniose apresentam sérios problemas oculares, o que pode ser facilmente detectado se o animal tem uma secreção constante nos olhos, se faz piscadas excessivas, ou mesmo se sente qualquer tipo de incômodo na região.

Podemos citar ainda que, eventualmente, aparecem nódulos e caroços que podem ser considerados sintomas típicos dessa enfermidade. Como o sistema de defesa do organismo do cão vai tentar se defender do Leishmania, esse problema aparece, e, com ele, o aumento do volume dos gânglios linfáticos.

Alguns Sintomas Variáveis Da Leishmaniose Canina

Além desses sintomas que citamos anteriormente, também há aqueles considerados menos frequentes, e que podem ser variáveis, mas que, ainda assim, podem causar danos consideráveis ao animal. Por exemplo, esse parasita pode muito bem prejudicar outros órgãos, como rins e estruturas do aparelho digestivo.

A questão é cada lugar agredido do corpo do cão, trará uma consequência correspondente aquele órgão atacado. Por isso, essa enfermidade pode causar, entre outras coisas, vômito, diarreia, sangramentos nas fezes, perda de apetite, desidratação e também irregularidades no trato urinário.

Cachorro Olhando Fixamente Para um Mosquito
Cachorro Olhando Fixamente Para um Mosquito

Já quando, por exemplo, a medula óssea é atacada por esse parasita, a produção de células sanguíneas diminui muito, gerando anemia no animal, e deixando-o predisposto a ter novas infecções no futuro. Afinal, como essa doença afeta o sistema imunológico do cão, ele fica suscetíveis a contrair outras doenças, e por isso fica um pouco difícil diagnosticar a leishmaniose de imediato.

E é bom deixar claro também que apesar dessa doença apresentar tantos sintomas, há casos em que o animal não chega a apresentar nenhum desses sintomas. Na verdade, boa parte das contaminações é assintomática.

Como Fazer O Diagnóstico Da Leishmaniose Canina

Primeiro de tudo, é necessária uma observação clínica feita por um veterinário para que a doença seja devidamente detectada. Fora isso, é preciso realizar exames laboratoriais para confirmar se o cão tem ou não leishmaniose. O mais confiável de todos, e que também deve ser o primeiro, é a observação do parasita, que deve ser feita histopatologia, onde um fragmento do corpo do animal é retirado para ser analisado em laboratório.

A chamada citologia aspirativa é outra forma de confirmar as suspeitas a respeito dessa doença. O procedimento é bem simples: o veterinário vai usar uma agulha para aspirar as células de determinado órgão do cão para uma avaliação posterior. Nesse caso, assim como no exame anterior, o diagnóstico da doença dá positivo assim que o parasita é detectado.

Essas, sem dúvida, são as melhores formas de concluir se o animal está com leishmaniose, porém, elas possuem uma desvantagem, que é o fato da amostra retirada simplesmente não ter o protozoário causador da enfermidade, o que pode acontecer quando a infecção for branda, ou simplesmente está em sua fase inicial.

Por isso, outros métodos podem ser usados, como, por exemplo, coleta de sangue ou testes sorológicos. Isso porque o sistema de defesa do organismo do cão vai entrar em ação contra qualquer corpo estranho. Ou seja, se os níveis de anticorpos estiverem altos, é sinal quase certo de leishmaniose.

Principais Causas, Tratamento E Prevenção Da Doença

Prevenção de Leishmaniose Canina
Prevenção de Leishmaniose Canina

Em nosso país, a transmissão dessa doença se dá pela picada de um mosquito chamado Lutzomyia longipalpis, ou simplesmente mosquito-palha. Por isso, é mais comum essa doença aparecer onde as condições sanitárias, geralmente, são mais precárias.

Até um tempo atrás, o Ministério da Saúde não permitia o tratamento dessa enfermidade, visto que até o momento, ainda não se tem uma cura para a doença. Somente em 2016 surgiu um medicamento devidamente regularizado pelas autoridades brasileiras para controlar a infestação, promovendo uma cura clínica e epidemiológica, mas não uma cura total.

Algumas formas de prevenção são a devida limpeza tanto do cachorro, quanto do ambiente onde ele vive, além de instalar telas de proteção para proteger o pet do mosquito vetor da leishmaniose. Uma coleira repelente de mosquitos também ajuda bastante. E, por fim, vacinas no momento certo complementam a prevenção, podendo ser dadas a filhotes acima dos 4 meses de idade.

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