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Principais Características da Raia-Elétrica e Nome Cientifico

As arraias, por si, são seres interessantímos. Criaturas que são parentes bem próximas dos tubarões, mas que possuem suas próprias características também. Características, essas, que as tornam animais muito peculiares, e que merecem ser conhecidas mais a fundo. É o caso das raias-elétricas, por exemplo, um tipo ainda mais “exótico”, digamos assim, de arraia, principalmente no que diz respeito ao seu mecanismo de defesa, e do qual precisamos ter cuidado.

Muito comum no litoral brasileiro, essa raia é ainda pouco estudada pelo biólogos de plantão, o que deixa um vácuo de informações mais detalhadas quanto a este maravilhoso espécime. Mesmo assim, dentro do possível dos dados disponíveis, falaremos a repito da raia-elétrica e algumas de suas características mais marcantes.

A seguir, um pouco mais a respeito deste impressionante animal.

Características em Comum Com Outras Raias

De nome científico Narcine brasiliensis, a raia-elétrica está presente em toda a costa brasileira (pelo seu nome científico já dá pra notar, não é?), mas, ela também pode ser encontrada ao norte da Argentina, e até mesmo no Golfo do México, por exemplo. Chegam a descer a profundidades de 20 metros, preferindo águas temperadas e tropicais.

Como todo animal assim, a raia-elétrica tem o corpo achatado e arredondado, com a pele possuindo algumas pintas marrons ao longo do seu corpo. Fica, em geral, no fundo do mar, ou no chão, próxima às costas litorâneas, sempre a espera de alguma peixe que, por descuido, passe por ali, o que ocasionalmente acontece com alguma pessoa que, desavisadamente, pisa nela.

Muito boa nadadora, essa espécie de arraia se movimenta com a ajuda de suas nadadeiras (que mais parecem asas), possuindo um sistema sensorial muito bem desenvolvido para desviar de obstáculos, visto que os seus olhos estão localizados acima de seu corpo. É justamente através desses sistema que ela consegue se locomover por longas distância e não esbarrar em obstáculos indesejáveis.

Esse tipo de arraia também se mostra como uma exímia caçadora, usando a sua cauda para atordoar suas vítimas, que podem ser pequenos peixes, crustáceos, e por aí vai. Ainda assim a raia-elétrica, como qualquer outra, não é agressiva, e só ataca os seres humanos quando ameaçada de alguma maneira.

E, é aí que entra a diferença da Narcine brasiliensis pra outras espécies de raias, já que é no seu mecanismo de defesa que se encontra a sua maior particularidade.

Descarga Elétrica Para os Desavisados

Uma das coisas que diferencia de verdade as raias-elétricas de outras raias é a sua capacidade de emitir descargas elétricas. Essa habilidade é devido a dois órgão que ficam na parte dianteira do seu corpo (entre a cabeça e a nadadeira peitoral). São órgãos formados por milhares e milhares de pequenas colunas verticais, uma em cima da outra. É por esse motivo, inclusive, que as raias-elétricas são mais grossas do que as raias “normais”. Cada uma dessas colunas é formada por uma dúzia de discos, que ficam um sobre o outro (um com pólo positivo, e outro com pólo negativo).

É impressionante, inclusive, que até os filhotes desse animal podem emitir descargas elétricas. Pra se ter uma pequena noção, a descarga produzida por um adulto é capaz de soar uma campainha ou até mesmo acender uma lâmpada normal. Se o toque de sua vítima for na parte de cima e na parte de baixo do seu corpo ao mesmo tempo, o choque será ainda mais forte. Uma vez que a arraia emite um choque elétrico, são necessários vários dias para que ela possa se reconstituir, e poder deflagar outra descarga semelhante, e com a mesma voltagem que a anterior.

Os choques de uma raia dessas pode chegar a inacreditáveis 200 volts. Um ser humano que receber uma descarga assim pode sofrer com tontura, e até mesmo desmaios. Porém, na maior parte das vezes, esse choque não é letal para o ser humano, a depender (obviamente) da condição física  do indivíduo. Ou seja, caso alguém esteja, por qualquer motivo que seja, debilitado, pode vir a sofrer fortes consequências do choque emitido por essas raia. No entanto, na grande maioria dos casos, a pessoa sobrevive (e, evidentemente, fica mais cautelosa).

Reprodução das Raias-Elétricas

Em se tratando de reprodução, as raias-elétricas são vivíparas, podendo produzir de 4 a 15 embriões em uma única ninhada. Esses embriões nascem com um tamanho que varia entre 9 e 12 cm de comprimento, e são extremamente parecido com os adultos na aparência.

Há uma certa escassez de dados quando o assunto é a reprodução desses animais, porém, de acordo com estudos e observações feitas nos últimos anos, acredita-se que a primeira maturidade sexual dessa espécie de dê quando possuem 25 cm para machos, e 30 cm para fêmeas.

No mais, há pouco o que dizer a respeito dessa questão, pois ainda estão sendo feitos estudos mais minuciosos para detectar novas parâmetros e caraterísticas deste animal. O maiores dados a respeito do espécime vem de observações no sudeste e sul do Brasil.

Porém, não tarda para que tenhamos mais informações a respeito de um dos seres mais interessantes que encontramos nas águas atualmente. Aguardemos maiores e mais detalhados estudos a respeito da raia-elétrica.

Preservação da Espécie

Arraria Elétrica Nadando de Lado
Arraia Elétrica Nadando de Lado

Não somente as raias-elétricas, mas também outras espécies de raias estão ameaçadas de extinção, bem como os seus parentes mais próximos, os tubarões. Tanto é que, há dois anos atrás, a Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas colocou esses animais em um documento que determinava que o comércio de raias e tubarões deveria obedecer a regras internacionais mais rígidas, cujo intuito seja a conservação e a sustentabilidade desses seres marinhos.

Medidas assim são fundamentais pois as raias estão no topo da cadeia alimentar em seus habitats naturais, e, portanto, são elas quem determinam o equilíbrio do ambiente onde vivem. Sem esses animais ocorreria uma escassez de inúmeras espécies, inclusive, daquelas que são fundamentais para a subsistência humana.

Portanto, é importante que se tenha consciência pela preservação desses animais, incluindo aí a raia-elétrica, para que as nossas águas continuem a nos dar não somente subsistência, mas, também visões fascinantes de locais e seres realmente muito bonitos.

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