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Muriqui do Norte: Características, Nome Científico, Habitat e Fotos

O Muriqui do Norte se trata de uma espécie endêmica da Mata Atlântica brasileira, que aparece principalmente nos estados Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo. Como ele é um primata relativamente grande, e tem uma vocalização alta, é muito fácil de ser encontrado nas florestas onde habita.

Curioso para saber mais sobre esse macaco nativo do nosso país? Então, confira, a seguir tudo sobre o Muriqui do Norte: características, nome científico, habitat e fotos!

Características Gerais do Muriqui do Norte

O Muriqui do Norte é um primata que tem a cauda preênsil mais longo dentre os macacos neo tropicais (ou seja, que vivem em regiões tropicais e subtropicais, como é o caso do Brasil). A pelagem desse macaco não é uniforme e, assim, pode ter uma cor amarela oliva, mesclada com tons mais próximos à ferrugem ou acinzentados.

Sua cauda por ser preênsil, como foi mencionado acima, não permite grande movimentação, portanto, é difícil que um Muriqui do Norte use esse membro do corpo para se pendurar, como fazem muitos primatas. Além disso, esses macacos não são leves, portanto, o peso do corpo sobrecarregaria o seu rabo.

O Muriqui do Norte tem a cabeça arredondada e a face achatada, com braços longos e mãos em forma de gancho. É fácil realizar a identificação do sexo nesta espécie.

Os animais pesam de 6,9 kg a 15 kg e podem variar de 46,1 cm a 49,7 cm, com um comprimento de cauda de 72,6 cm a 81,0 cm.

Habitat Natural do Muriqui do Norte

A maioria dos Muriquis do Norte que ainda reside na natureza, estão localizados nas partes mais montanhosas da floresta, o que dificulta a sua visualização por turistas e registros fotográficos, além da contabilização de quantos animais ainda existem. As estimativas são de que ainda existam 1.000 Muriquis do Norte.

Habitat do Muriqui do Norte
Habitat do Muriqui do Norte

Como já citado no começo, no Brasil, a maior concentração dessa espécie fica na Mata Atlântica. Em especial, nos estados de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santos, embora também possam ser encontrados (em menor número), no Rio de Janeiro.

Classificação Científica do Muriqui do Norte

De acordo com o cientista e biólogo alemão Wied (1820), a classificação oficial científica desse primata é:

  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Mammalia
  • Ordem: Primates
  • Família: Atelidae
  • Género: Brachyteles
  • Espécie: B. hypoxanthus
  • Nome binomial: Brachyteles hypoxanthu

Vale ressaltar que o termo popular “Muriqui” significa “povo manso da floresta” ou “gente tranquila” ou ainda “gente que bambaleia”, por conta dos movimentos que ele faz. Não é possível determinar ao certo o que originou seu nome na linguagem indígena tupi.

Comportamento do Muriqui do Norte

A espécie se organiza socialmente em grupos de machos e fêmeas, e o padrão de agrupamento tem muito a ver com a distribuição de alimentos e a sazonalidade reprodutiva de cada indivíduo.

Uma das maiores ameaças para a espécie é o desmatamento histórico que ocorre na Mata Atlântica, para criação de áreas de agricultura ou especulação imobiliária.

Já em relação aos hábitos alimentares do Muriqui do Norte, ela é baseada em folhas grandes, frutas e também flores, brotos de bambus e samambaias. Uma curiosidade é que eles comem terra! Eles fazem isso para completar os nutrientes de sua dieta, porque o solo que eles ingerem possui altos níveis de vanádio, alumínio, cromo, ferro, níquel, titânio e zinco.

Habitos do Muriqui do Norte
Habitos do Muriqui do Norte

Eles têm hábitos diurnos e se movem pelas árvores, de forma muito rápida por conta das adaptações corporais que tem, como a cauda preênsil e as mãos em forma de gancho. Eles têm o apelido de povo manso da floresta porque passam 50% do dia descansando.

Os Muriquis do Norte geralmente têm um filhote por gestação, o que dificulta a manutenção da espécie. As mães amamentam os filhotes por cerca de 2 anos. Atingem a maturidade sexual com 5 anos.

Muriqui do Norte em Alerta: Perigo de Extinção

As queimadas e o turismo descontrolado também têm sido considerados ameaças para a espécie, que acabou sofrendo com a fragmentação dos grupos, transformando-se cada vez mais em populações isoladas. Assim, como soluções para preservar a espécie, existem populações de muriquis do norte criadas em cativeiro.

Por exemplo, foram criadas alternativas de manejo e conservação ambiental para impedir que o Muriqui do Norte seja extinto. Diversos órgãos federais e estaduais estão envolvidos nas ações, como:

  • ICMBIO – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade;
  • IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis;
  • SEMAD/MG – Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado de Minas Gerais;
  • IEMA/ES – Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Espírito Santo;
  • Instituto Estadual do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro/ RJ, Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo; entre outros.

Universidades Federais, ONGs e proprietários particulares também auxiliam na conservação ambiental para a preservação da espécie. Foi criado um plano de ação e um protocolo de manejo emergencial para possibilitar que os animais sobrevivam em situações de baixo potencial de viabilidade, criando colônias em cativeiro.

Ainda, o incentivo à utilização de práticas de uso sustentável para recursos florestais, reflorestamento de áreas degradadas, e programas de ecoturismo que gerem renda que possa ser revertida para pesquisa e auxílio às comunidades de populações humanas do entorno.

Já o ICMBIO conta até mesmo com um plano de conservação específica para o Muriqui do Norte.

O muriqui pode ser considerado como espécie bandeira (espécie símbolo de uma causa ambiental). A ideia é levantar o conhecimento para que as duas espécies do macaco e conseguir mais apoio para preservar a natureza. Desta forma, mais espécies da Mata Atlântica seriam beneficiadas.

No estado na cidade de Santa Teresa (Espírito Santo), existe o Projeto Muriqui, que foi criado no ano de 2002. A iniciativa visa aprofundar os estudos sobre o Muriqui do Norte, além de contribuir com a sua conservação e bem-estar.

Por meio desse projeto, hoje, existe um espaço destinado no Museu de Biologia Professor Mello Leitão. Trata-se da exposição permanente “Redescobrindo a Mata Atlântica”, que permite ao público conhecer tudo sobre os Muriquis do Norte.

Já em 2014, o Muriqui do Norte ganhou um livro de edição ampliada: “O Muriqui – Símbolo da Mata Atlântica”, do autor Sérgio Lucena Mendes.

Você Sabia?

Que além do Murique do Norte, existe no Brasil, o seu parente mais próximo que é o Muriqui do Sul (que também habita a Mata Atlântica)?

Essa espécie apresente uma pelagem espessa e macia e nas cores: bege, marrom, amarelada, cinza-claro e castanho-avermelhada.

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