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Lontra de Água Doce: Quais Rios Brasileiros Abrigam Esse Animal?

A lontra, como se sabe, é um animal de água doce, que habita as margens dos rios brasileiros, além de ribeiros, córregos e mananciais que também costumam abrigar esse animal.

A lontra longicaudis (seu nome científico) é uma espécie solitária e com hábitos discretos. Mas como se não bastasse tamanha exoticidade, ela ainda possui a singular preferência pelo habitat de água doce, limpa e saudável; sendo, portanto, extremamente sensível à poluição do seu habitat natural, que torna praticamente impossível a sobrevivência dessa espécie de forma segura.

O curioso é que a lontra é, na verdade, um animal semiaquático, que passa a maior parte do tempo em terra firme (entre 60 e 70%), mas como um bom mergulhador gosta mesmo é de estar bem perto de um doce, limpo e saudável curso d’água, onde possa refestelar-se em meio às suas principais presas, entre as quais, diversas espécies de peixes, crustáceos, anfíbios, répteis, entre outras.

Esse é um animal formidável! Nas profundezas dos rios brasileiros que a abrigam, as lontras exibem toda a sua habilidade, como um verdadeiro torpedo a cortar o cerne das águas, com capacidade para permanecer até 10, 15 ou 20 minutos submersa, para só voltar munida de uma boa presa.

Mas o que se diz é que isso não é, nem de longe, a suas principal característica! Uma audição privilegiadíssima, visão apurada, faro superdesenvolvido, um tato que dificilmente a deixa não mão, além daqueles seus curisosos pelos (ou bigodes) que funcionam como um excelente captador de vibrações – por meio dos quais elas descobrem uma presa a dezenas de metros de distância –, não deixam dúvidas tratar-se de uma verdadeira exuberância da natureza.

Mas, Afinal, Quais São Os Rios Brasileiros Que Abrigam a Lontra, Esse Típico Animal De Água Doce?

Entre os principais, estão:

1.Rio Amazonas

Rio Amazonas
Rio Amazonas

O Rio Amazonas é um desses rios brasileiros que abrigam esse animal, a lontra de água doce. É o segundo mais imponente e importante rio do mundo, com os seus mais de 6.400 km, só perdendo mesmo para o quase mítico Rio Nilo, e os seus exuberantes 6.650 km.

Esse bioma é um portento! Ele é capaz de abrigar uma fauna marinha como nenhum outro é capaz. Com apenas um pequeno desnível de algumas dezenas de metros, o Amazonas configura-se como talvez o melhor ambiente fluvial para se navegar no mundo; e também para abrigar espécies singularíssimas, como a Ariranha ( a Pteronura brasiliensis), o Peixe-boi da Amazônia, a temível sucuri, o perigoso Candiru, entre inúmeras outras maravilhas naturais.

2.Rio São Francisco

Rio São Francisco
Rio São Francisco

Não menos singular e digno de nota, é esse símbolo do nordeste do Brasil. Apesar de nascer nas belas e exuberantes paragens do estado de Minas Gerais, é no Nordeste que ele apresenta-se, magnífico, no alto dos seus mais de 2.810 km de extensão; alvo de polêmicas e de controvérsias como nenhum outro consegue ser.

As suas características fazem com que o São Francisco seja um dos grandes astros do setor de energia elétrica do país, abrigando 5 usinas que abastecem todo o Nordeste e mais alguns trechos do Sudeste Brasileiro.

Na verdade o que se diz é que o São Francisco é uma espécie de organismo mítico ou mágico, que consegue, surpreendentemente, manter-se pleno mesmo em épocas de seca – o que não deixam dúvidas, na opinião dos seus admiradores, sobre o seu caráter sobrenatural.

3.Rio Paraná

Rio Paraná
Rio Paraná

O Rio Paraná é outro dos rios brasileiros que gabam-se de abrigar esse animal, a exótica e extravagante lontra de água doce.

O rio é uma imponência, com quase 5.000km; e que por isso mesmo configura-se como o segundo maior do Brasil (ou da América do Sul) em extensão.

Esse é também um rio repleto de controvérsias, como aquela que diz respeito ao seu começo. É uma extensão do Rio Grande ou do Rio Parnaíba?

Mas, controvérsias à parte, o que se sabe é que o Paraná é também uma espécie de símbolo do Sudeste Brasileiro, apesar do fato de abranger com toda a sua exuberância os estados de São Paulo, Minas Gerais e o Mato Grosso do Sul.

4.Rio Tocantins

Rio Tocantins
Rio Tocantins

Da foz do Rio Pará até Estreito (cidade do Maranhão), é possível navegar por cerca de 1.131km – quase 70% da sua extensão navegável, que é de mais de 1.960km.

No total, são cerca de 2.800km, a partir da Serra Dourada (Goias), passando pelos misteriosos trechos do Tocantins, Maranhão e Pará, até debruçar-se, após longa investida por entre territórios quase fantásticos, na foz da Ilha de Marajó.

Como se vê, é uma preciosidade! e por isso mesmo alvo de disputas ferrenhas pela sua propriedade; pela propriedade do segundo maior rio totalmente brasileiro (depois do Rio São Francisco) e um dos biomas mais importantes e biodiversos da biosfera terrestre.

Nele disputam com a lontra em exotismo e singularidade diversas espécies de peixes, anfíbios, crustáceos, mustelídeos; entre os quais, o extravagante Bufo granulosus, o perigosíssimo Epipedobates jlavopictus (o sapo-venenoso), além de iguanas, teiús, a Epicrates cenchria (a cobra Salamanta), o Thrichomys apereoides (o Rato-silvestre), entre inúmeras espécies tão ou mais excepcionais quanto as lontras de água doce.

5.Rio Juruá

Rio Juruá
Rio Juruá

E por fim, mas não menos exuberante, esse outro rio brasileiro que também gaba-se de abrigar esse animal, a lontra de água doce (ou Lontra longicaudis), em suas margens e vegetações do seu entorno.

Uma curiosidade sobre o Rio Juruá é que ele nasce no Peru, e antes de desaguar no lendário Rio Solimões estende-se por praticamente todo o território do Amazonas e do Acre, e ainda servindo de fonte de vida para diversas cidades ribeirinhas, como as importantes Cruzeiro do Sul (AC), Eirunepé, Thaumaturgo, Rodrigues Alves, entre diversas outras cidades que beneficiam-se da característica do Juruá de ser uma das mais importantes hidrovias do país.

Para a sorte dessas comunidades, o governo federal criou a Reserva Extrativista do Médio Juruá e a Reserva Extrativista do Baixo Juruá, como forma de disciplinar a exploração desse importante bioma brasileiro, que configura-se como uma das mais belas expressões da biodiversidade do Brasil.

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