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História da Equidna e Origem do Animal

A história da Equidna, e as origens desse animal, estão entre aquelas mais envoltas em lendas e mistérios dentre as espécies conhecidas na natureza.

Isso porque ele é uma espécie de “elo perdido” entre répteis e mamíferos, um mamífero do gênero Tachyglossus, cientificamente descrito como Tachyglossus aculeatus (a subespécie mais conhecida), e um membro dos ecossistemas exóticos e extravagantes da Austrália, Nova Guiné e Tasmânia.

A Equidna é a própria expressão de toda a singularidade e exoticidade que podem ser encontradas no seio da natureza.

Uma espécie de porco-espinho, afeito a um bom banquete à base de formigas (como os tamanduás), capaz de pôr ovos mesmo sendo um mamífero (assim como os ornitorrincos), desenvolve-se inicialmente em uma bolsa no ventre da mãe (assim como os cangurus), entre outras singularidades consideradas únicas na fauna do planeta.

O animal pertence à comunidade dos monotremados (que associam algumas características dos répteis); e o seu nome, Tachyglossus aculeatus, tem origem no grego, “tachy” (rápido) + “glossus” (língua); e no latim, “aculeo” (espinho) + “atus” (portador).

Uma descrição que logo revela a característica de um animal coberto de espinhos e portador de uma língua com alto poder de sucção, capaz de fazer uma verdadeira varredura em toda a sorte de cupinzeiros e formigueiros que possam encontrar em seus habitats naturais.

Equidna: História e Origens

Aqui temos outro exemplar de uma espécie da fauna do planeta cujas origens são quase totalmente desconhecidas.

Do pouco que se sabe sobre elas, conclui-se que a descrição da Equidna foi feita pelo botânico inglês Georg Kearsley Shaw, um importante pesquisador da fauna do continente australiano, que no final do séc. XIX publicou o importante Zoology of New Holland, uma obra na qual fez as primeiras descrições de que se tem notícia dos animais do continente australiano.

Por meio de comparações com algumas espécies de tamanduás sul-americanos – e ainda de análises da biologia e genética de espécies de ornitorrincos – , o cientista descreveu o que mais tarde seria o gênero “Echidna”.

Só que esse gênero foi posteriormente estabelecido como Tachyglossus, muito por conta da dificuldade de encontrar um outro para a espécie recentemente descoberta, e que já não estivesse devidamente ocupado por outras variedades de animais da época.

Equidna

Futuramente, esse gênero Echidna ainda seria descrito de diversas outras maneiras; entre as quais, como aculeatus, multiaculeatus, acanthion, iawesii e setosus – descrições que, de acordo com os estudiosos dessa família, ainda carecem de inúmeras revisões futuras.

E é justamente o que, mais uma vez, nos mostra o quão nebulosa é a história (e as origens) da Equidna; uma das espécies mais exóticas do continente australiano, e, sem dúvida, uma das mais extravagantes de toda a fauna do planeta.

Principais Características da Equidna

O Tachyglossus aculeatus, como dissemos, é um típico representante da fauna australiana, supostamente entre nós desde o período conhecido como o Plistoceno, de acordo com alguns achados fósseis encontrados nas cavernas do Lago Menidee e Wombeyan, localizadas em Nova Gales do Sul, na região da Austrália Meridional.

Sem dúvida, uma das principais curiosidades acerca da história da Equidna, e das origens desse animal, é justamente o fato de ser ele uma espécie de “transição” entre os mamíferos e os répteis; e não foi por outro motivo que recebeu esse nome, em uma alusão a uma antiga personagem mitológica conhecida como a “mãe de monstros primitivos”.

Trata-se de uma espécie que já habitava o planeta há pelo menos 50 milhões de anos; e hoje já se sabe que eles, curiosamente, possuem como ancestral mais próximo um monotrêmio aquático, que, ao que tudo indica, evoluiu para o ambiente terrestre em uma transição impressionante.

Já com relação aos hábitos alimentares da Equidna, o que se sabe é que eles competem com os não menos extravagantes tamanduás pelas comunidades de cupins e de formigas que constituem a sua dieta básica.

E com relação aos seus hábitos comportamentais, eles caracterizam-se por serem animais com hábitos noturnos e diurnos, gastando praticamente todo o dia em escavações vigorosas em busca de comida.

Eles reviram o solo com a ajuda de garras de impor respeito a qualquer felino na natureza; e ainda possuem outras características que ajudam a configurá-los como espécies de “elos perdidos” nessa incrível e cada dia mais fascinante natureza selvagem.

Além da História da Equidna, e da Origem Desse Animal, as suas Principais Características Físicas

A Equidna é um animal inconfundível! Uma verdadeira “bola de espinhos”, com um focinho que em muito assemelha-se ao de um tamanduá, e que se reproduz por meio da postura de ovos (mesmo sendo um mamífero) – além de possuir um corpo atarracado, bico longo e língua imensa.

Seu habitat de origem são as imensas e exóticas florestas arbustivas da Austrália e da Nova Guiné. No entanto, esse é um daqueles casos de espécies facilmente adaptáveis aos ambientes considerados “antrópicos” (modificados pelo homem), como as áreas agrícolas, lavouras, pastagens, entre outros ecossistemas semelhantes.

Dentre os seus principais predadores, destacam-se as aves de rapina (águias, abutres, gaviões, etc.). Mas também o lobo-da-tasmânia, algumas espécies de raposas, cães selvagens, porcos-do-mato, cobras, entre outras espécies que são um verdadeiro tormento na rotina dessas Equidnas em seus habitats naturais.

Com relação aos seus processos reprodutivos, pouca coisa se sabe. O que se sabe mesmo é que as fêmeas põem apenas e tão somente um ovo por ano, para ser incubado por cerca de 8 ou 9 dias numa bolsa abdominal.

E somente após esse período o filhote sai para a vida, totalmente cego, sem pelos, e ainda dependendo do ambiente seguro e aconchegante dessa bolsa abdominal por ainda mais uns 180 dias.

É o período em que essa sua couraça de espinhos vai se desenvolvendo, lentamente, como uma estratégia eficientíssima na sua luta pela sobrevivência.

A sobrevivência de uma das espécies símbolo do continente australiano. Uma figura única e dificilmente comparada a outra na natureza.

Um eficiente controlador das populações de cupins e de formigas de inúmeros ecossistemas da Austrália.

Entre outras características típicas desse gênero, inconfundível, de animais terrestres.

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