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Hábitos da Abelha na Natureza e Comportamento

As abelhas são insetos interessantes de serem observados. Além de terem hábitos bem peculiares, também são muito importantes para nós, seres humanos. Digamos que nossa sobrevivência depende bastante delas.

Quer saber mais do comportamento desses incríveis insetos? Então, acompanhe a leitura, pois iremos fazer um dossiê completo das abelhas.

Hábitos da Abelha na Natureza

De todas as espécies de abelhas conhecidas, a mais comum é a Apis mellifera, encontrada em toda a Eurásia e África. Nesses lugares, ela é criada para diversos fins, como a produção de mel, própolis, geleia real e até mesmo veneno (a Apitoxina, que, para as abelhas, serve como proteção a predadores, e para nós, pode ser um ótimo aliado no tratamento de artrites e reumatismos).

Interessante notar que essa abelha oriunda do Velho Mundo possui ferrão, ao passo que as que são nativas das Américas e da Oceania, não possuem esse instrumento de defesa, além destas serem menos agressivas. No entanto, existem criações de abelhas com ferrão aqui no Brasil, e que nada mais são do que insetos híbridos com as nossas espécies locais com as da Europa e África. Aqui, a abelha sem ferrão mais comum é do gênero Meliponini.

Espalhadas pelo mundo, conhecemos cerca de 25 mil espécies de abelhas, divididas em 7 famílias biológicas. Trata-se de um inseto encontrado em todos os continentes (com exceção da Antártida), e em todos os habitats da Terra onde existam plantas de flores polinizadas por insetos, que é de onde, inclusive, as abelhas tiram o néctar para a fabricação do seu famosíssimo mel.

Esses insetos também são classificados como “animais sociais”, vivendo em colônias, muitas vezes, de milhares de indivíduos, apesar de nem todas as abelhas possuírem todas essas características, incrivelmente. Adaptadas a uma alimentação básica focada somente em néctar e pólen, a abelha retira do primeiro a sua fonte de energia, e do segundo, proteínas e outros nutrientes. Inclusive, a maioria do pólen é usada para a alimentação das larvas.

Em se tratando de tamanho, as abelhas podem variar de minúsculas espécies sem ferrão, com cerca de 2 mm de comprimento, até a tamanhos como a da Chalicodoma Plutão, que vive na Indonésia, e cujas fêmeas podem medir até 3,5 cm.

Uma Longa Evolução

Através de estudos genéticos, descobriu-se que, muito provavelmente, as abelhas são provenientes de vespas predadoras, pertencentes à família Crabronidae, e que se alimentava, de insetos impregnados de pólen (daí a preferência posterior das abelhas por esse alimento).

Os mais antigos fósseis de abelhas que se tem notícia foram encontrados presos em âmbar (lembra o primeiro “Parque dos Dinossauros”, que mostrava aqueles mosquitos em âmbar? Pois bem). Os ancestrais das abelhas agora estão extintos. Inclusive, o mais antigo fóssil descoberto dos tataravós desses insetos foi o Melittosphex burmensis, com mais de 100 milhões de anos de existência,

Só ressaltando que as primeiras flores não foram polinizadas pelos ancestrais das abelhas, e sim, por insetos como besouros. Bem antes delas existirem, a polinização já era uma realidade. A questão é que, a partir do momento em que as abelhas, de fato, surgiram, logo a natureza ficou bastante dependente delas para a realização da polinização, tanto é que elas se tornaram especialistas no assunto, e hoje são responsáveis pela realização desse processo em cerca de 75% das plantas no mundo (acredite se quiser!).

Nesse processo, as flores também evoluíram, já que elas também saíram ganhando com a polinização das abelhas. Então, passaram a “recompensar” suas polinizadoras naturais com néctar, óleos florais e partes comestíveis. Em contrapartida, as abelhas desenvolveram línguas mais longas para extrair o néctar, e estruturas corporais mais eficientes para coletar e transportar o pólen. Algumas abelhas da família Apidae, por sinal, possuem cestas coletoras nas patas traseiras.

Variedade de Espécies, Mas com um Comportamento em Comum

É bom deixar claro um,a informação bem curiosa: a maioria das abelhas são solitárias, não produzem mel, nem formam colmeias. O que todas têm em comum? Uma importância crucial na polinização das plantas. Foram milhares e milhares de anos com esses insetos evoluindo, e se adaptando a diversos habitats. Algumas espécies, inclusive, nem gostam de néctar. Outras, por sua vez, ficaram especialistas em óleos florais.

Existem até abelhas que constroem ninhos no subsolo, como é o caso das espécies Andrena Fulva e Andrena Cinerária. Há até mesmo uma em especial que passou a ter o hábito de saquear o alimento de outras colônias de abelhas: a Lestrimelitta limão, espécie encontrada no Brasil e no Panamá.

E, por incrível que possa parecer, apenas meia dúzia de espécies de abelhas podem ser usadas para a exploração do mel e seus derivados. São elas: a Tetragonula carbonaria australiana (que não possui ferrão), a Tetragonisca angustula, a indonésia Megachile pluto, a Apis cerana japonica, a Apis dorsata labriosa, a Apis mellifera, e a africanizada Apis mellifera scutella (a mais feroz de todas elas).

Defesa Eficaz

A abelha operária (que também é chamada de obreira) é um dos componentes de colmeias das espécies que fabricam mel e que vivem e sociedade. Na colônia, é ela a encarregada pela segurança do local. Algumas espécies possuem ferrão na parte traseira para o caso de aparecer alguma provável ameaça. Esse ferrão, por sinal, possui pequenas farpas que dificultam a sua retirada da pele humana em caso de picada.

Depois que desfere uma ferroada, a abelha tenta escapar, mas, às vezes, por causa das farpas do ferrão, a parte abdominal dela fica presa em sua vítima, o que faz com que ela perca parte do intestino em algumas ocasiões, morrendo em seguida.

Abelha Operária
Abelha Operária

Uma ferruada de abelha numa pessoa é bem dolorosa, e se assemelha a um choque de alta voltagem. Como também existe um sistema venenoso nesse ferrão, a pela da vítima fica inchada ao redor. Ainda assim, é um veneno que não causa maiores danos do que isso. O problema é que muitos ataques não são de apenas uma abelha, mas, de várias, o que pode causar um dano grave à pessoa picada inúmeras vezes, em especial, se ela for alérgica.

Portanto, a recomendação é simples: nunca brinque com uma colmeia, e, em caso de criação, use uma roupa adequada para o manejo da colônia. Assim, você deixa as abelhas em paz, e elas, por sua vez, não lhe causam dano algum.

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