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Ficha Técnica do Dragão-de-Komodo: Peso, Altura e Tamanho

Um dos répteis mais fascinantes do mundo é também um dos mais raros: o dragão-de-komodo. A seguir, vamos fazer uma ficha completa deste incrível lagarto.

Características Básicas do Dragão-de-Komodo

De nome científico Varanus komodoensis, essa é a maior espécie conhecida de lagarto, podendo medir quase 3 metros de comprimento, 40 cm de altura e em torno de 170 kg de peso. Vive nas ilhas de Komodo, Rinca, Gili Motang, Flores e Sitio Alegre; todas localizadas na Indonésia.

O seu tamanho avantajado se deve ao que chamamos de gigantismo insular, ou seja, pelo fato desses animais viverem isolados em ilhas que não possuem grandes preadodores como inimigos naturais dentro de um nicho ecológico, a evolução das espécies fez com que o dragão-de-komodo pudesse ter espaço e tranquilidade para aumentar de tamanho, sem praticamente concorrência alguma. O seu metabolismo baixo ajudou bastante também.

Devido a esses fatores, tanto este enorme lagarto, quanto as bactérias simbiontes são os seres que dominam o ecossistema dessas ilhas da Indonésia. Tanto é que esse réptil pode se dar ao luxo de comer carniça, ou simplesmente caçar seres vivos através de emboscadas. Seu cardápio pode incluir invertebrados, aves e pequenos mamíferos, como macacos e porcos selvagens, mas também podem ocasionalmente se alimentar de filhotes de veados e de búfalos.

Em suas patas, esse animal possui um total de 5 garras, porém, uma das coisas mais terríveis relacionadas a esse lagarto é que em sua boca habitam bactérias das mais letais. Ou seja, caso suas presas não morram devido às suas poderosas garras, é provável que caiam devido à infecção provocada pela mordida do dragão-de-komodo. Isso tudo sem contar o fato de que ele ainda usa sua poderosa cauda como chicote para derrubar suas vítimas, e facilitar que a caçada seja bem sucedida.

Características do Dragão-de-Komodo
Características do Dragão-de-Komodo

As bactérias presentes na saliva desse animal provocam o que chamamos de septicémia, cujos sintomas mais comuns são febre, aceleração dos batimentos cardíacos, e a morte. Em geral, no decorrer de uma semana uma vítima que foi mordida pelo dragão-de-komodo morre em decorrência de uma infecção generalizada.

Aspectos Gerais de sua Reprodução

Em geral, o período em que acontece a reprodução desses animais é entre maio e agosto, com os ovos sendo postos por volta do mês de setembro. Ou seja, são animais que chamamos de ovíparos, podendo as fêmeas, inclusive, colocarem de 15 a 35 ovos de cada vez. Após uns 6 ou 8 semanas, eles eclodem, de onde nascem pequenos lagartos já bem desenvolvidos e parecidos com os pais. Ao nascerem, esses filhotes já medem cerca de 25 cm de comprimento.

A eclosão desses ovos acontece justamente no período do ano em que há abundância de insetos, que, de início, serão alguns dos alimentos preferidos desses pequenos lagartos. Por serem, ainda, bastante vulneráveis, os filhotes do dragão-de-komodo ficam abrigados em árvores, onde ficam devidamente protegidos. A idade da reprodução pra eles acontece entre os 3 e os 5 anos de idade, mais ou menos. Estima-se que a expectativa de vida desses répteis possa chegar aos 50 anos de idade.

Essa espécie também é capaz de se reproduzir por meio de um método chamado de partenogênese, que é quando ovos são colocados para serem fertilizados pelos machos posteriormente, o que, diga-se de passagem, é mais raro de acontecer.

Um Réptil com Sentidos Apurados e Outros nem Tanto

O dragão-de-komodo é conhecido por ser um réptil cujos sentidos são muito bem desenvolvidos. Por exemplo, comumente ele usa sua língua para detectar estímulos variados de sabor e até mesmo de cheiro. Esse sentido, por sinal, é chamado de vomeronasal, onde o animal usa um órgão denominado Jacobson para ajudar na locomoção do bicho, em especial, no escuro. Caso o vento seja favorável, esse réptil pode detectar a presença de carniça há uns 4 km de distância.

Portanto, devido a essas características, as narinas desse animal não são lá muito úteis para sentirem cheiro, de fato, visto, inclusive, que eles não possuem diafragma. Outra peculiaridade deles é que não apresentam muitas papilas gustativas, tendo apenas algumas na parte de trás de sua garganta. Já as suas escamas, onde algumas são até mesmo reforçadas com osso, possuem algumas placas sensoriais que auxiliam bastante no sentido do tato.

Porém, um sentido que é pouquíssimo apurado no dragão-de-komodo é a audição, mesmo que o seu canal auditivo seja bem visível a olho nu. Sua capacidade de ouvir qualquer tipo de som é tão baixa que ele só consegue escutar ruídos que tenham entre 400 e 2000 hertz. A visão, por sua vez, é boa, permitindo com que enxergue a uma distância de até 300 m. Contudo, pelo fato de suas retinas não terem cones, especialistas afirmam que a sua visão noturna é péssima. Podem, inclusive, distinguir cores, mas, possuem dificuldade em identificar objetos parados.

Por sinal, antes muitos achavam que esse animal era surdo, devido a experiências onde alguns exemplares não reagiam a estímulos sonoros. Essa impressão foi colocada por terra após outras experiências que mostraram, justamente, o contrário.

Ou seja, como acontece com boa parte dos répteis, este aqui se beneficia mais por conta de um olfato muito bem apurado do que por outros sentidos propriamente ditos.

São Animais Perigosos para os Seres Humanos?

Apesar de seu tamanho avantajado, a força descomunal na cauda e o veneno presente em sua saliva, os ataques de dragões-de-komodo a pessoas é uma coisa rara de se ver, o que não quer dizer que acidentes fatais não possam ocorrer, especialmente com animais em cativeiro.

Dados coletados pelo Parque Nacional de Komodo dão conta de que entre os anos de 1974 e 2012 foram registrados  34 ataques a seres humanos, sendo que 5 deles foram, de fato, fatias. Inclusive, a maior parte das pessoas atacadas são aldeões que residem nas proximidades do parque.

Ainda assim, é um número pequeno se comparado à quantidade de dragões-de-komodo que já desapareceram da natureza pela ação do homem, Tanto é que, segundo estimativas, existem cerca de 4 mil exemplares desses animais soltos por aí, fazendo com que a espécie sendo considerada ameaçada de extinção, e obrigando entidades ligadas ao meio ambiente realizarem trabalhos de prevenção para evitar que esse incrível réptil venha a desaparecer um dia.

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