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Estrela-do-Mar: Filo, Família, Classe, Ordem e Nome Científico

As estrelas-do-mar são animais aquáticos, muito famosos pelo seu formato único e despertam muito a curiosidade de biólogos e das pessoas em geral, pois possuem características incomuns, com uma base evolucionária extremamente diversificada com mais de 1600 espécies conhecidas.

Porém, o mar é um ambiente muito extenso e não foi totalmente descoberto pelo homem, e novos seres e animais são descobertos quase todos os dias.

Filo e Subfilo das Estrelas-do-Mar

As estrelas-do-mar pertencem ao filo Echinodermata (do grego, echinos: espinhos, derme: Pele + ata: sufixo de plural) sendo equinodermes, equinodermos ou equinodermas.

Esses animais são deuterostômios (do grego deuteros: posterior + stoma: boca), e esse grupo de animais é definido por vários aspectos embrionários, como a forma da sua lava, a forma da clivagem (divisão celular mitótica), pelo celoma (cavidade embrionário preenchida por fluido celômico e revestido de mesoderme. Lembrando que a cavidade tem que ser recoberta de mesoderme para ser considerada  como celoma verdadeiro) que dá origem à cavidade abdominal e por fim pelas aberturas embrionárias que irão originar o ânus (por primeiro) e a boca (por segundo).

Quanto às estrelas-do-mar, podemos ressaltar que nem todas elas possuem ânus, como exemplo a Astropecten brasiliensis, que possui o trato digestivo incompleto e está ameaçada de extinção.

Os adultos são reconhecíveis pela sua simetria radial (geralmente de cinco pontos) e incluem animais conhecidos como estrelas-do-mar, ouriços-do-mar, dólares-de-areia e pepinos-do-mar, bem como os lírios do mar. Havendo exceção dos comatulídeos. São animais exclusivamente marinhos e bentônicos.

Com origem no período cambriano recente, essa espécie atualmente possui cerca de 7.000 espécies viventes e 13.000 extintas.

As estrelas-do-mar pertencem ao subfilo Eleutherozoa, que é caracterizado por serem animais de vida livre que possuem boca localizada em sua parte inferior direcionado ao solo que habitam, e a maioria dos equinodermos pertencem a esse subfilo, com exceção de alguns animais que vivem fixos em substratos, onde os principais exemplos são os crinoides como lírios do mar.

Superclasse e Classe das Estrelas-do-Amor

Sua superclasse é a Asterozoa que pertence ao filo equinoderme. Essa superclasse é caracterizada por animais com morfologia em estrela, possuindo sua boca na região ventral.

Sua superclasse se divide em 2 classes atualmente

  • Asteroidea (Estrela-do-mar)
  • Ophiuroidea

Antigamente, havia uma terceira classe conhecida como Somasteroidea, que apenas havia uma espécie não extinta, que foi adicionada à classe Asteroidea, ocasionando a extinção da classe.

Asterozoa
Asterozoa

Ordem e Famílias das Estrelas-do-Mar

Dentro da classe Asteroidea, há diversas ordens, algumas ainda vivas e uma extinta. Dentro dessas ordens há famílias, que são agrupamentos definidos por semelhanças morfológicas e funcionais. As primeiras serão descritas mais abaixo:

  • Brisingida: possui 100 espécies e duas famílias, Brisingidae e Freyellidae.

Descrição: os equinodermes desta ordem são de grande profundidade.

Espécies desta ordem têm um pequeno disco inflexível e entre 6 e 20 braços longos e finos que usam uma única série de placas marginais, um anel de placas de disco sobrepostas, ambulacral que possui forma cilíndrica, placas aborais reduzidas, predicelários cruzados e várias séries de espinhos longos em seus braços.

Brisingida
Brisingida

Eles vivem quase exclusivamente em habitats de águas profundas, embora alguns vivam em águas rasas da Antártica.

Em algumas espécies, os pés do ambulatório têm extremidades arredondadas e sem ventosas.

  • Forcipulatida: possui 300 espécies e 3 famílias: Asteriidae, Heliasteridae e Zoroasteridae (apesar de outras taxonomias citarem que essa ordem possui seis ou sete famílias.) .

Descrição: Eles têm 5 braços ou mais, e estes são cilíndricos na parte inferior; os arcos inter-radiais são quase sempre aguçados.

Forcipulatida
Forcipulatida

O esqueleto forma uma grade mais ou menos aberta. O disco é relativamente pequeno e geralmente é bem definido.

As placas marginais não são muito aparentes, e as placas aborais nunca são paxiliformes (apêndices com o formato de um pequeno para sol) nem escamosas.

Os espinhos são isolados ou agrupados formando retículas, ou em séries transversais e longitudinais.

Às vezes, as placas atrofiam em adultos ou ficam escondidas na pele. As placas ambulacrais são numerosas, muito pequenas e comprimidas, muitas vezes espalhadas de forma confusa.

Pedicelários são altamente modificados, podem ser forcipiformes ou forficiformes. Os pés ambulatórios são geralmente quadrilátero, com ventosas no final.

  • Paxillosida: 255 espécies e 6 famílias (a terceira classe que foi extinta, a maioria dos animais daquela classe vieram para essa família.): Astropectinidae Gray, Ctenodiscidae Sladen, Goniopectinidae Verrill, Luidiidae Sladen, Porcellanasteridae Sladen, Pseudarchasteridae e Radiasteridae Fisher.
    Paxillosida
    Paxillosida

Descrição: Eles têm 5 braços ou mais, as placas abactinais são geralmente paxiliformes (com paxilas), tem apenas pápulas na superfície aboral.

As placas marginais são longas. Os espinhos de ambulacrais estão em séries paralelas. Têm placas chamativas superiores e ínfero-marginais.

A área aboral apresenta paxilas proeminentes. A área inferior inter-radial possui pequenas placas.

A ornamentação ambulacral e as placas orais são proeminentes e conspícuas (que definem a característica), com quilha e sulco médio.

Placas intra-neonatais são geralmente cobertas com espinhos e são suscetíveis a desenvolver pontas ou escamas.

A madreporita possui listras sinuosas e numerosas ranhuras transversais, sendo geralmente coberta de paxilas. Os pés do ambulatório são bilaterais, muitas vezes cônicos e com uma ventosa rudimentar (quando presente).

  • Notomyotida: 75 espécies e uma família: Benthopectinidas

Descrição: o disco é geralmente pequeno. Tem 5 braços muito longos atenuados dorsoventralmente e que se movem longitudinalmente graças à presença de conjuntos de músculos muito flexíveis.

Notomyotida
Notomyotida

O endosqueleto é reticulado. As áreas inter-radiais são pequenas. As placas aboral e inferior estão presentes. Placas super-marginais são essencialmente paxiliformes, mas são mais ou menos reduzidas.

As placas marginais são bem desenvolvidas. As placas orais são proeminentes. As zonas de espinhos paxilares são reduzidas em algumas espécies.

As pápulas limitam-se a áreas proximais, frequente mente estão na parte inferior dos braço. As placas ambulacrárias são relativamente grandes, mas superam as marginais em número. Os pés ambulacrários são distribuídos de forma quadrilateral.

Pedicelários são pectinados (possuem substância orgânica), em algumas espécies eles são valvulados e espinhosos. Os espinhos são significativamente finos e afiados.

  • Spinulosida 120 espécies e uma família: Echinasteridae
    Spinulosida
    Spinulosida

Descrição: A superfície aboral apresenta numerosos espinhos de diferentes tamanhos (solitários ou em grupos). Pedicelários são escassos.

O disco é geralmente pequeno e geralmente tem 5 braços cilíndricos.

Os arcos interbraquiais são angulosos, às vezes levemente arredondados. As placas aborais são apresentadas em séries regulares, poligonais, ovais ou arredondadas, podendo também ser planas ou convexas.

Pode ser imbricado formando uma grade irregular, às vezes formando séries mais ou menos compridas definidas com malhas adradiais (radialmente simétrica).

Eles geralmente têm vários pequenos espinhos, que às vezes são restritos às placas primárias e ocasionalmente são bem espaçados e alongados.

Individualmente eles podem ser montados em uma elevação ou diretamente em placas planas. As placas marginais são pouco aparentes e discretas.

As placas carinais são indistinguíveis. As placas laterais são desenvolvidas e organizadas em séries paralelas. As áreas papulares são limitadas à superfície aboral, em raras ocasiões, inferior ou marginalmente.

As pápulas estão agrupadas em malhas. Tem relativamente poucas placas inferiores, dispostas em séries longitudinais e às vezes também transversais.

As placas orais são de tamanho médio. As chapas de ambulatório e ambulacral comprimem-se, estas são relativamente pequenas, raramente tem mais de 3 espinhos ao longo da margem do sulco.

Os pés do ambulatório são em pares e apresentam ventosas.

  • Valvatida: 695 espécies 14 famílias: Acanthasteridae, Archasteridae, Asterinidae, Asterodiscididae, Asteropseidae, Chaetasteridae, Ganeriidae, Goniasteridae, Leilasteridae, Mithrodiidae, Odontasteridae, Ophidiasteridae, Valvatidae, Oreasteridae, Podosphaerasteridae, Poraniidae, Pseudarchasteridae, Solasteridae, Sphaerasteridae (extinta), Asteropidae ou Asteropseidae, Gnathasteridae ou Odontasteridae, Gymnasteriidae ou Asteropseidae, Linckiidae ou Ophidiasteridae, Pentopliidae ou Goniasteridae e Valvasteridae ou Asteropseidae

Descrição: a forma do corpo é geralmente robusta, volumosa e grande. O esqueleto aboral tem placas bem ajustadas, paxiliformes, tabuladas, planas ou reticuladas e geralmente estão equipadas com espinhas e/ou grânulos.

Os braços são muito curtos e largos ou cilíndricos e robustos. A superfície inferior tegumentar (cobertura) é regularmente granular.

Os grânulos são as formações dermo-esqueléticas fundamentais dos valvátides. As placas superiores e inferiores são notáveis ​​e correspondem entre si, normalmente são iguais em número e sem canais inter-marginais.

As pápulas são simples ou múltiplas e limitam-se à superfície abactinal ou às vezes nos dois lados. Os pés ambulatórios são bi ou tetra-seriados e possuem ranhuras.

As placas orais são triangulares e não muito proeminentes, geralmente apenas distinguíveis dos sulcos do ambulatório. Espinhos ambulatórios não são comprimidos. Eles têm pedicelários valvulados.

  • Velatida: 203 espécies e 5 famílias: Caymanostellidae Belyaev, 1974, Korethrasteridae Danielssen & Koren, 1884, Myxasteridae Perrier, 1885 e Pterasteridae Perrier, 1875.

Descrição: o corpo é robusto com um grande disco e depressões inter-radiais. Apresenta 5 braços ou mais.

Os arcos interbraquiais são geralmente agudos (exceto em Pterasteridae e Caymanostellidae).

O esqueleto aboral pode ser reticulado, imbricado ou não aparente. As placas aborais são tabuladas, escalonadas ou ausentes; o arranjo pode ser emparelhado ou tesselado.

As placas carinais são indistinguíveis. As placas marginais são discretas (exceto na família Caymanostellidae).

Placas inter-marginais estão presentes em algumas espécies da família Solasteridae.

As placas actinais estão ausentes, exceto em Solasteridae; principalmente no disco.

As placas actinolaterais são subdesenvolvidas.

As placas orais são largas e proeminentes.

As placas ambulacrais não são comprimidas. Os espinhos ambulacrais são ou não cobertos por uma membrana, dispostos em séries paralelas ou transversais.

Os pés do ambulatório são em pares e possuem um terminal de ventosa bem desenvolvido. Pedicelários são geralmente ausentes, mas se eles ocorrem, eles consistem de um grupo de espinhos. Eles são espécies de grandes profundidades.

  • Calliasterellidae (extinta)

Animal incerto, sua existência foi a muito tempo e não há como definir se ele se mantém como uma estrela do mar totalmente primitiva ou se é movida para uma nova classe.

O nome científico Asteroidea  é derivada do grego aster, uma estrela e do grego eidos,  forma, aparência

Ou seja, forma de estrela, esse nome foi dado à estrela-do-mar pelo zoólogo francês de Blainville , em 1830.

Vale a pena notar que o nome Asteroidea não deve ser confundido com Asteroideae, que é um gênero de flor.

 

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