Home / Animais / Reprodução dos Elefantes e Seus Filhotes com Fotos

Reprodução dos Elefantes e Seus Filhotes com Fotos

Quem não viu Dumbo? A história do bebê elefante nascido em um cativeiro no circo e que aprendeu a voar é tão conhecida que ainda roda o mundo hoje, mesmo sendo um filme feito há mais de 70 anos atrás. Quem não curte aquela fofura, não é mesmo? O que você sabe de verdade sobre bebês elefantes?

A Difícil Reprodução de Elefantes

O tempo de duração de um namoro de elefantes dura até o macho acasalar com a fêmea. O difícil está exatamente aí, em conseguir acasalar. Não é mesmo nada fácil para um macho elefante conseguir essa façanha!

Uma fêmea elefante atinge a idade fértil geralmente a partir dos 14 anos. O macho costuma demorar dois ou até quatro anos depois pra atingir a maturidade sexual, lá pelos 16 anos ou mais. Quando chega nessa fase, o macho se desdobra pra chamar a atenção, esfregando seus corpos entre si ou em árvores, se mijando ou abanando as orelhas, tudo para expelir seus feromônios distante o suficiente para atrair fêmeas. Embora as fêmeas entrem em cio num ciclo trimestral, elas tendem a fugir dos machos e a perseguição é demorada.

Outro problema para o macho, além desse comportamento arredio das fêmeas, é a disputa com outros machos da espécie. O maior problema neste caso é a hierarquia. Os machos mais velhos que estiverem rondando o grupo tem a preferência sobre as fêmeas e, por isso, não é nada fácil para os mais jovens conseguir acasalar. Até surgem brigas entre os machos quando acontece de um mais novo tentar desafiar um mais velho mais isso é raro e, quando acontece, o mais velho quase sempre ganha. Não exatamente por ser maior, mais forte ou mais experiente; ocorre que entre elefantes existe mesmo um tradicional respeito e admiração a posição do mais velho. Elefantes mais jovens costumam demorar muitos anos antes de conseguir acasalar com uma fêmea quando existir um mais velho por perto.

Os Cuidados Pós Parto

Quando enfim o acasalamento acontece, o macho satisfeito se retira e cabe agora a fêmea cuidar de tudo. Essa é a gestação mais longa entre os mamíferos, pois um elefante demorar quase dois anos pra nascer. São 22 meses esperando nascer um único filhote pois partos de gêmeos são raríssimos.

Quando nascem, já são bem pesadinhos, com uma média de 100 quilos. Já terão cerca de um metro de altura e praticamente já começarão a andar no decorrer de poucas horas após o parto. De fato, as orelhas e caudas são mais longas proporcionalmente em relação ao corpo quando recém nascidos, um ajuste que se dará ao longo dos meses. Uma curiosidade é que nascem cegos.

Uma situação bem reconfortante para um bebê elefante é que ele não ganha apenas uma mãe, mais várias. Fêmeas elefantes geralmente andam agrupadas entre si, em sua maioria um círculo familiar de mães, irmãs, tias e avós. E todas são unidas, cuidando uma das outras e de seus filhotes. É normal, portanto, que outras fêmeas adultas auxiliem muito a mãe, amparando e cuidando de seu filhote até para que ela possa se alimentar bem. Isso é importante em especial na fase de amamentação pois um filhotinho de elefante consome mais de dez litros de leite em um único dia.

Elefantinho Tomando Leite Sozinho
Elefantinho Tomando Leite Sozinho

Além disso, a inexperiência e o jeito desajeitado de bebê com deficiência de visão o torna uma presa fácil e muito desejável para os predadores, em especial as hienas e crocodilos. Você notará que esses bebês vivem sempre atrás de uma delas, com seu tronco enrolado na cauda. E as outras fêmeas costumam estar sempre em posições que o mantém envolvido entre elas, quase que num círculo para protegê-lo.

Pequenas Desvantagens

A afeição maternal entre elefantes tem muita profundidade. Pode se dizer que é o vínculo mais leal e duradouro de todas as espécies do planeta. Se fou um bebê fêmea, por exemplo, é normal que ela permaneça com sua mãe mesmo após se tornar adulta e talvez apenas a morte seja a única coisa capaz de separar essa união.

Apesar de grandinhos e pesados já quando nascem, naturalmente os bebês elefantes nem se comparam em tamanho e força aos adultos que acompanham, e isso as vezes trazem algumas desvantagens. Quando nascem, os bebês elefantes geralmente já começam a se levantar em menos de uma hora após o parto e poucas horas depois já são capazes de seguir o grupo nas migrações. Como são cegos e desajeitados, dependem dos adultos pra comer e se locomover sem riscos. A mãe é que os alimenta diretamente na boca abaixo da tromba. Essa proximidade inevitável a corpos pesados e mais fortes as vezes causam pequenos ferimentos aos bebês.

Quando a manada se reúnem em uma fonte da água para se reidratarem, os bebês podem enfrentar outro sério problema além dos crocodilos. As margens de rios, lagos ou outros poços de água nessas regiões são sempre macilentos e pegajosos. Um bebê elefante facilmente acaba agarrado ali. E se não houver nenhum elefante adulto perto o suficiente para socorrê-lo ele irá se afogar. Elefantes não são ágeis para ajudar e essa lentidão numa situação dessas pode ser fatal.

Bebês elefantes serão dependentes assim da mãe e/ou das outras fêmeas do grupo pelo menos no primeiro ano de vida. Começarão a aprender a encontrar e arrancar suas primeiras plantas nos próximos anos depois disso e assim a necessidade de amamentação se reduzirá gradualmente. Mas ainda assim, o desmame só deverá cessar completamente em média quando estiverem com três anos.

Filhotinho Desmamado
Filhotinho Desmamado

As fêmeas como já dito raramente cortam o vínculo e se separam. Os machos porém costumam deixar o bando na adolescência, por  volta dos 12 anos de idade, percorrendo suas migrações sozinho ou as vezes com outros machos. O curioso é que isso ocorre porque os machos tendem a ser tão rebeldes e agitados, com uma natureza de curiosidade e violência tão incontrolável, que  eles começam a aborrecer muito as fêmeas do grupo. Elas começam a rechaçá-lo com o tempo, colocando-os cada vez mais isolado do grupo. E esse comportamento masculino vai ficando tão irritantemente intenso que elas acabam por afugentá-lo de vez.

Reprodução em Cativeiro

A fisiologia de reprodução de uma fêmea elefante é muito semelhante a de outros mamíferos, tendo um ciclo hormonal com níveis de estrogênio e progesterona equivalente a espécie. Os cientistas ainda não conseguem explicar, no entanto, certas particularidades que tornam o cio e a concepção dos elefantes tão peculiares em relação aos outros mamíferos.

E é exatamente na questão de reprodução em cativeiro que os elefantes tem deixado os pesquisadores intrigados, preocupados e, acima de tudo, decepcionados. Muitas das tentativas de reprodução em cativeiros de elefantes não tem tido sucesso até hoje e os cientistas não conseguem compreender qual o motivo. Nem mesmo com as tentativas de gerar descendentes híbridos da espécie houve êxito pois, apesar de não apresentarem nenhuma deficiência física, orgânica, ou química, esses filhotes morriam pouco após o parto.

Filhote Sendo Tratado no Cativeiro
Filhote Sendo Tratado no Cativeiro

Tentativas com a junção de machos e fêmeas em cativeiros que imitavam seu ambiente natural, com o cuidado com a climatização, alimentação e enriquecimento ambiental também não surtiram os resultados desejados. A maior preocupação disso vem com o risco de extinção das espécies em seu ambiente natural; e a falha de tentativas dessa reprodução em cativeiro causa grande frustração aos que lutam pela preservação da espécie.

Uma ideia que anda atraindo pesquisa e ganhado apoio e repercussão está na questão emocional envolvida. Como já se sabe, inteligência e emoção são parte integrante da característica de um elefante e existe a possibilidade de uma simples união de um macho a uma fêmea não ser o suficiente para um acasalamento se não houver sentimentos entre o casal.

Existem instalações que tem adotado bebês elefantes órfãos na Ásia como, por exemplo, um em Pinnawala e outro em Uda Walewe. Nestas instalações os cientistas tem tido a oportunidade de aprender melhor sobre a constituição e o comportamento instintivo da espécie, e isso tem ajudado a revelar melhores meios de lidar com os elefantes em cativeiro. O orfanato de Pinnawala não costuma soltar de novo à floresta os bebês adotados e o comportamento dos elefantes lá tem oferecido grande esperança e  otimismo para o melhoramento de reprodução em cativeiro. Bebês crescendo juntos e amadurecendo no mesmo ambiente tem feito com que os vínculos emocionais se fortaleçam e, consequentemente, a reprodução lá tem registrado o maior índice de sucesso do que em qualquer outra instalação de cativeiro no mundo.

Veja também

Filhotes de Airedale Terrier

Criação de Filhotes de Airedale Terrier

Se você está considerando a possibilidade de criar filhotes de Airedale Terrier, saiba que está …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *